[ANPPOM-L] sobre pioneiros: os primeiros serão os últimos?

Salomea Gandelman salomea em iis.com.br
Seg Jul 6 11:54:25 BRT 2009


Concordo com voce, Leonardo! Salomea Gandelman
Leonardo Fuks escreveu:
> Sem entrar no mérito da discussão sobre anterioridade na ME no Brasil, 
> está parecendo que o eventual encontro do atual chefe do Depto de 
> Música da UNESP, prof. Florivaldo Menezes Filho (Flô Menezes) , e 
> seus  debatentes desta lista, ocorrerá apenas em tribunais de justiça.
> Curioso que alguém que JAMAIS tenha feito parte da ANPPOM se inscreva 
> e pague anuidade apenas para participar desta lista e declare estar 
> feliz por seus compromissos artísticos o terem "auxiliado a estar 
> ausente dos encontros", afirmando que "o que mais se ouve sejam 
> críticas de um ao trabalho do outro".
> Isto me soa como ultrajante para a ANNPOM e para todos os seus membros 
> e participantes de seus congressos.
>
> Atenciosamente,
> Leonardo Fuks
> Prof. Adjunto da  EM/UFRJ
>
>  
> Subject: Re: [ANPPOM-L] sobre pioneiros: os primeiros serão os
>     últimos?
> Message-ID: <C675AC5A.6D28%flo em flomenezes.mus.br 
> <mailto:flo em flomenezes.mus.br>>
> Content-Type: text/plain;    charset="ISO-8859-1"
>
> Bonitinho tudo o que você escreveu, Denise Garcia,
> principalmente na paráfrase ao final de minha polêmica
> sobre o uso de Gilberto Gil do termo música eletroacústica:
> Cada macaco(a) no seu galho! Toda razão.
>
> Só que você está se aproveitando de uma lista pública para
> criticar o primeiro livro sobre ME em português, publicado em... 1996!!!!!
> E isto quando a discussão era simplesmente uma OUTRA:
> no encarte da Coletânea que Antunes produziu, publicada agora,
> há uma afirmação errada e tendenciosa, de que o PANaroma teria sido
> uma "fusão" de coisas que aconteceram antes, com as quais
> NUNCA tive o menor, o MENOR contato.
>
> Só isso! Nada mais..
>
> Me pergunto quais os motivos que levaram você a entrar nessa 
> discussão, pulando do teu galho, para criticar a cronologia, aliás 
> bastante honesta, que elaborei ao final daquele meu volume. A 
> discussão não tinha nada a ver com isso.
>
> E por favor não queira me jogar contra a comunidade toda que lê esta 
> lista.
> Quem afirmou que apenas SP e RJ interessam???
> Que tristeza tudo isso...
>
> Por tudo isto JAMAIS fiz parte da ANPPOM. Felizmente meus concertos me 
> auxiliaram a estar ausente desses encontros dos quais o que mais se 
> houve são críticas de um ao trabalho do outro, como você está fazendo 
> agora em relação ao meu.
> Fiz questão de pagar a anuidade e entrar nessa associação para deixar 
> claro este erro, que julgo ser grave.
> Mas começo a me arrepender enormemente, porque ao contrário do que os 
> seus comentários fazem supor ­ de que eu tenho destreza "política" em 
> construir grandes estúdios ­, tudo o que fiz deve-se ao meu trabalho 
> de COMPOSITOR, à minha obra, exclusivamente a ela, à qual pretendo, 
> cada vez mais, destinar meu tempo, ao invés de servir de saco de 
> pancada em discussões como essa.
>
> E, diga-se de passagem, por minhas mãos já passaram significativas
> solicitações, que SEMPRE contemplei honestamente (mesmo porque detesto 
> urubus, e penso que quanto mais tivermos, em mais lugares, tanto 
> melhor para todos nós!!!), ao contrário dos meus compatriotas, que 
> sistematicamente procuram minar tudo que esteja relacionado a 
> trabalhos que venham de mim.
> E veja como irônicas são as coisas: bem ao teu lado você deveria 
> perceber tudo isso, se devo dizer bem sinceramente!!! Tanto com 
> relação a contemplados quanto com relação aos que sistematicamente 
> procuram minar meu trabalho!!!
>
> Ao menos minha consciência está tranqüila.
> E mais tranqüilos ficarão todos os que se regozijam dessa triste 
> discussão: com certeza ABSOLUTA não me verão tão cedo nas reuniões da 
> ANPPOM.
>
> Felicidades a você e seus ­ para usar o adjetivo inicial de sua mensagem ­
> ³queridos² amigos (sinceros votos!).
> Flo
>
>
> On 4/7/09 3:56 PM, "d_garcia em iar.unicamp.br 
> <mailto:d_garcia em iar.unicamp.br>" <d_garcia em iar.unicamp.br 
> <mailto:d_garcia em iar.unicamp.br>>
> wrote:
>
> > Querido Flô,
> >
> > mesmo quando não temos identidade estética aos primeiros experimentos
> > daqueles que foram nossos professores - por exemplo, as primeiras
> > obras mistas de uma geração de compositores como as de Gilberto
> > Mendes, quando mesmo se duvida (e o próprio compositor) que aquilo
> > seja música eletroacústica - se pode negar a existência dessas
> > realizações. O Laboratório criado por Conrado pode não ter deixado
> > rastros materiais no Depto de Música da Unesp, mas deixou marcas muito
> > concretas na formação de compositores, como por exemplo José Augusto
> > Mannis e Wilson Sukorski.
> >
> > A idéia da enquete é interessante, mas deveria se perguntar onde se
> > faz: se na Bahia, se em Brasília, se no Rio de Janeiro, se em São
> > Paulo, se em Porto Alegre... Sem dúvida, as referências em cada um
> > desses lugares serão outras e não apenas o estúdio PANaroma. O Brasil,
> > Flô não se resume a São Paulo e Rio de Janeiro.
> >
> > Mesmo quando temos no Brasil por tradição, não ter memória, houve uma
> > atividade intensa em difusão e criação de música eletroacústica nos
> > lugares em que pesquiso (São Paulo e Rio) nos anos 80 - em São Paulo
> > junto ao Núcleo Música Nova criado por Conrado Silva. Se a molecada de
> > 30 anos não sabe disso é porque não temos a nossa história bem
> > documentada, o que começa a mudar com o desenvolvimento da pesquisa
> > acadêmica junto aos Programas de Pós-Graduação das diversas
> > universidades em todo o Brasil. Espero que cada região documente suas
> > realizações para que possamos ter uma idéia mais abrangente e correta
> > da história da música brasileira.
> >
> > O seu livro não abriu o mundo para mim, Flô. Primeiramente, estudei na
> > Alemanha de 79 a 84. Em segundo lugar, o meu conhecimento em francês,
> > inglês e alemão me permite ler as fontes bibliográficas na língua
> > original. Não me referi ao seu livro como um todo, eu me referi
> > precisamente à cronologia que publicou no final do livro, que foi sem
> > dúvida pouco RIGOROSA em termos musicológicos. Montar uma cronologia
> > mundial da música eletroacústica é uma tarefa dificílima, que exige
> > muita pesquisa. Abarcar tão amplo espaço de fatos é trabalho de anos.
> >
> > Portanto, caro Flô, cada macaco no seu galho, não tenho nada que
> > continuar ou melhorar as suas realizações. Você, como compositor e
> > coordenador do PANaroma, continua aí o seu trabalho. Eu, no meu
> > Departamento com as minhas atividades. Não tenho talento nem vontade
> > de construir grandes estúdios, em produzir grandes eventos. Mas se
> > assumo pesquisar e orientar pesquisas na área da música eletroacústica
> > brasileira, sou por meu lado bastante rigorosa e tenho conhecimento
> > para comentar afirmações errôneas que surgiram nesta lista.
> >
> > um abraço,
> > Denise
> >
> >
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