[ANPPOM-L] sobre pioneiros: os primeiros serão os últimos?

Leonardo Fuks cyclophonica em yahoo.com
Seg Jul 6 00:14:18 BRT 2009


Sem entrar no mérito da discussão sobre anterioridade na ME no Brasil, está parecendo que o eventual encontro do atual chefe do Depto de Música da UNESP, prof. Florivaldo Menezes Filho (Flô Menezes) , e seus  debatentes desta lista, ocorrerá apenas em tribunais de justiça. 
Curioso que alguém que JAMAIS tenha feito parte da ANPPOM se inscreva e pague anuidade apenas para participar desta lista e declare estar feliz por seus compromissos artísticos o terem "auxiliado a
estar ausente dos encontros", afirmando que "o que mais se ouve sejam
críticas de um ao trabalho do outro". 
Isto me soa como ultrajante para a ANNPOM e para todos os seus membros e participantes de seus congressos.

Atenciosamente, 
Leonardo Fuks
Prof. Adjunto da  EM/UFRJ

 
Subject: Re: [ANPPOM-L] sobre pioneiros: os primeiros serão os
    últimos?
Message-ID: <C675AC5A.6D28%flo em flomenezes.mus.br>
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Bonitinho tudo o que você escreveu, Denise Garcia,
principalmente na paráfrase ao final de minha polêmica
sobre o uso de Gilberto Gil do termo música eletroacústica:
Cada macaco(a) no seu galho! Toda razão.

Só que você está se aproveitando de uma lista pública para
criticar o primeiro livro sobre ME em português, publicado em... 1996!!!!!
E isto quando a discussão era simplesmente uma OUTRA:
no encarte da Coletânea que Antunes produziu, publicada agora,
há uma afirmação errada e tendenciosa, de que o PANaroma teria sido
uma "fusão" de coisas que aconteceram antes, com as quais
NUNCA tive o menor, o MENOR contato.

Só isso! Nada mais.

Me pergunto quais os motivos que levaram você a entrar nessa discussão, pulando do teu galho, para criticar a cronologia, aliás bastante honesta, que elaborei ao final daquele meu volume. A discussão não tinha nada a vercom isso.

E por favor não queira me jogar contra a comunidade toda que lê esta lista.
Quem afirmou que apenas SP e RJ interessam???
Que tristeza tudo isso...

Por tudo isto JAMAIS fiz parte da ANPPOM. Felizmente meus concertos me auxiliaram a estar ausente desses encontros dos quais o que mais se houve são críticas de um ao trabalho do outro, como você está fazendoagora em relação ao meu.
Fiz questão de pagar a anuidade e entrar nessa associação para deixar claroeste erro, que julgo ser grave.
Mas começo a me arrepender enormemente, porque ao contrário do que os seus comentários fazem supor ­ de que eu tenho destreza "política" em construir grandes estúdios ­, tudo o que fiz deve-se ao meu trabalho de COMPOSITOR, à minha obra, exclusivamente a ela, à qual pretendo, cada vez mais, destinarmeu tempo, ao invés de servir de saco de pancada em discussões como essa.

E, diga-se de passagem, por minhas mãos já passaram significativas
solicitações, que SEMPRE contemplei honestamente (mesmo porque detesto urubus, e penso que quanto mais tivermos, em mais lugares, tanto melhor para todos nós!!!), ao contrário dos meus compatriotas, que sistematicamenteprocuram minar tudo que esteja relacionado a trabalhos que venham de mim.
E veja como irônicas são as coisas: bem ao teu lado você deveria perceber tudo isso, se devo dizer bem sinceramente!!! Tanto com relação a contemplados quanto com relaçãoaos que sistematicamente procuram minar meu trabalho!!!

Ao menos minha consciência está tranqüila.
E mais tranqüilos ficarão todos os que se regozijam dessa triste discussão:com certeza ABSOLUTA não me verão tão cedo nas reuniões da ANPPOM.

Felicidades a você e seus ­ para usar o adjetivo inicial de sua mensagem ­
³queridos² amigos (sinceros votos!).
Flo


On 4/7/09 3:56 PM, "d_garcia em iar.unicamp.br" <d_garcia em iar.unicamp.br>
wrote:

> Querido Flô,
> 
> mesmo quando não temos identidade estética aos primeiros experimentos
> daqueles que foram nossos professores - por exemplo, as primeiras
> obras mistas de uma geração de compositores como as de Gilberto
> Mendes, quando mesmo se duvida (e o próprio compositor) que aquilo
> seja música eletroacústica - se pode negar a existência dessas
> realizações. O Laboratório criado por Conrado pode não ter deixado
> rastros materiais no Depto de Música da Unesp, mas deixou marcas muito
> concretas na formação de compositores, como por exemplo José Augusto
> Mannis e Wilson Sukorski.
> 
> A idéia da enquete é interessante, mas deveria se perguntar onde se
> faz: se na Bahia, se em Brasília, se no Rio de Janeiro, se em São
> Paulo, se em Porto Alegre... Sem dúvida, as referências em cada um
> desses lugares serão outras e não apenas o estúdio PANaroma. O Brasil,
> Flô não se resume a São Paulo e Rio de Janeiro.
> 
> Mesmo quando temos no Brasil por tradição, não ter memória, houve uma
> atividade intensa em difusão e criação de música eletroacústica nos
> lugares em que pesquiso (São Paulo e Rio) nos anos 80 - em São Paulo
> junto ao Núcleo Música Nova criado por Conrado Silva. Se a molecada de
> 30 anos não sabe disso é porque não temos a nossa história bem
> documentada, o que começa a mudar com o desenvolvimento da pesquisa
> acadêmica junto aos Programas de Pós-Graduação das diversas
> universidades em todo o Brasil. Espero que cada região documente suas
> realizações para que possamos ter uma idéia mais abrangente e correta
> da história da música brasileira.
> 
> O seu livro não abriu o mundo para mim, Flô. Primeiramente, estudei na
> Alemanha de 79 a 84. Em segundo lugar, o meu conhecimento em francês,
> inglês e alemão me permite ler as fontes bibliográficas na língua
> original. Não me referi ao seu livro como um todo, eu me referi
> precisamente à cronologia que publicou no final do livro, que foi sem
> dúvida pouco RIGOROSA em termos musicológicos. Montar uma cronologia
> mundial da música eletroacústica é uma tarefa dificílima, que exige
> muita pesquisa. Abarcar tão amplo espaço de fatos é trabalho de anos.
> 
> Portanto, caro Flô, cada macaco no seu galho, não tenho nada que
> continuar ou melhorar as suas realizações. Você, como compositor e
> coordenador do PANaroma, continua aí o seu trabalho. Eu, no meu
> Departamento com as minhas atividades. Não tenho talento nem vontade
> de construir grandes estúdios, em produzir grandes eventos. Mas se
> assumo pesquisar e orientar pesquisas na área da música eletroacústica
> brasileira, sou por meu lado bastante rigorosa e tenho conhecimento
> para comentar afirmações errôneas que surgiram nesta lista.
> 
> um abraço,
> Denise
> 
> 



      
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