[ANPPOM-L] Fwd: tristes_trópicos_parte1
Rodolfo Caesar
rodolfo.caesar em gmail.com
Sex Jul 10 15:01:28 BRT 2009
Caro Luiz Roberto,
Minha mensagem, nesta lista, claramente não se endereçava aos autores de
cada uma das partes constituintes da Coletânea, mas à curadoria que as
defende.
Atenciosamente,
Rodolfo Caesar
SBME . wrote:
>
>
> ---------- Forwarded message ----------
> From: *Luis Roberto Martins Pinheiro* <stockcage em yahoo.com.br
> <mailto:stockcage em yahoo.com.br>>
> Date: 2009/7/8
> Subject: Enc: tristes_trópicos_parte1
> To: "SBME ." <sbme em sbme.com.br <mailto:sbme em sbme.com.br>>
>
>
>
>
> --- Em *qua, 8/7/09, Luis Roberto Martins Pinheiro
> /<stockcage em yahoo.com.br <mailto:stockcage em yahoo.com.br>>/* escreveu:
>
>
> De: Luis Roberto Martins Pinheiro <stockcage em yahoo.com.br
> <mailto:stockcage em yahoo.com.br>>
> Assunto: Enc: tristes_trópicos_parte1
> Para: anppom-l em iar.unicamp.br <mailto:anppom-l em iar.unicamp.br>
> Cc: antunes em jorgeantunes.com.br
> <mailto:antunes em jorgeantunes.com.br>, conrado em unb.br
> <mailto:conrado em unb.br>
> Data: Quarta-feira, 8 de Julho de 2009, 2:40
>
>
>
> --- Em *qua, 8/7/09, Luis Roberto Martins Pinheiro
> /<stockcage em yahoo.com.br <mailto:stockcage em yahoo.com.br>>/* escreveu:
>
>
> De: Luis Roberto Martins Pinheiro <stockcage em yahoo.com.br
> <mailto:stockcage em yahoo.com.br>>
> Assunto: tristes_trópicos_parte1
> Para: anppom-l em iar.unicamp.br <mailto:anppom-l em iar.unicamp.br>
> Cc: antunes em jorgeantunes.com.br
> <mailto:antunes em jorgeantunes.com.br>, conrado em unb.br
> <mailto:conrado em unb.br>
> Data: Quarta-feira, 8 de Julho de 2009, 2:38
>
>
> Caros colegas eletroacústicos e demais interessados no assunto,
>
>
> A respeito do texto publicado no encarte da Coletânea de
> Música Eletroacústica Brasileira recém lançada quero deixar
> claro, de início, que todos os erros e acertos nele contidos
> são de minha única e exclusiva responsabilidade. Não o
> escreveria se não tivesse tido total liberdade de ação. Ação,
> é necessário dizer, que se restringiu apenas à produção do
> texto, ora sob fogo cruzado.
>
> Quantos às críticas levantadas até então, acho curioso que se
> exija de um texto que não passa de um artigo de encarte
> discográfico os rigores de um trabalho musicológico em nível
> de pós-graduação acadêmica! Ainda mais que essa cobrança de
> rigor musicológico não vem acompanhada - em diversos momentos
> pouco edificantes - de rigor ético...
>
> Apesar das limitações óbvias do texto a sua realização, como
> não poderia deixar de ser, se apoiou em fontes bibliográficas
> e documentais. As notas e as referências bibliográficas não
> foram publicadas pelo curador por questão de espaço. Isso
> dificulta a aferição do rigor mas é o preço que se paga em
> trabalhos dessa natureza.
>
> É necessário observar que essa Coletânea é a primeira e não a
> última das possíveis colêtaneas sobre música eletroacústica no
> Brasil! Diante disso, até que me provem o contrário,
> destacar o papel dos pioneiros que estabeleceram o horizonte
> da música eletroacústica aqui no Brasil não tem nada de
> ilegitimo. E os fatos que se sobressaem, até então
> inquestionáveis, entre o final dos anos 50 e o início dos anos
> 70, são: Reginaldo Carvalho foi o primeiro a fazer música
> concreta, Jorge Antunes, música eletrônica, e Conrado Silva,
> desde logo, se preocupou com a formação de quadros.
>
> É evidente que podemos destacar com mais propriedade e rigor o
> papel de Jocy de Oliveira e Cláudio Santoro que começaram
> atuar também na década de 60, porém fora do Brasil. Tratar da
> ampliação da música eletroacústica no Brasil a partir da
> década de 70 e de sua sofisticação teórica e composicional.
> Das novas gerações dos anos 80 e 90 e dos estúdios
> independentes. Lembro que Igor Lintz Maués, em sua tese de
> mestrado de 1989, tratou do assunto em profundidade entre as
> datas de 1956 e 1981. Mas volto a insistir, como abarcar
> tantos fatos complexos, críticos, contraditórios em um texto
> limitado de encarte?
>
> Façamos outras coletâneas! (O que diante de tanta desunião e
> virulência parece impossível...)
>
> Também procurei destacar a questão política da
> institucionalização nacional da atividade no âmbito acadêmico,
> o que não quer dizer que a atividade extra-muros
> universitários não tenha importância histórica. Muito pelo
> contrário, há muita coisa a se levantar nesse ponto onde não
> apenas o Rio de Janeio e São Paulo tem história para contar,
> mas diversos lugares do Brasil, incluindo Brasília. Por outro
> lado, se é necessário sempre criticar TODO e qualquer processo
> de institucionalização artística em suas contradições, é
> estranho querer condenar a institucionalização interna da
> música eletroacústica brasileira quando, no Brasil, se tem
> como um dos ápices da carreira do compositor o reconhecimento
> de instituições externas traduzidas em especializações,
> mestrados, doutorados e premiações! Aliás, a minha intenção em
> resumir um pouco da história da música eletroacústica em seus
> centros de origem foi justamente para demonstrar essa
> característica da realização eletroacústica no que se refere
> a institucionalizaçaõ dos espaços de atuação e seus
> consequentes embates ideológicos. Isso não invalida o enfoque
> de outros pontos de vista.
>
> Quanto a questão do Studio PANaroma que tanta confusão e
> paranóia causou remeto parte do problema à informação contida
> no levantamento sobre a música eletroacústica no Brasil de
> 1982 a 1994 efetuado por José Augusto Mannis e apresentado
> durante o 1º Encontro de Música Eletroacústica, organizado por
> Jorge Antunes na Universidade de Brasília, em setembro de 1994.
>
> Em palestra de abertura do Encontro, junto com Conrado Silva,
> Mannis apresentou um documento onde descreve a formação das
> novas gerações de músicos eletroacústicos e destaca o papel
> dos home studios na ampliação e acesso ao metier
> eletroacústico. Fornece inúmeras informações sobre Festivais,
> Divulgação radiofônica, compositores por Estado, obras
> premiadas, lançamentos e estudios brasileiros. Nesse último
> item relaciona os estúdios existentes antes de 1982, onde
> aparecem o Estúdio da UNESP, coordenados por Conrado Silva e,
> posteriormente por Igor Lintz Maués; e o Estúdio da Faculdade
> Santa Marcelina, coordenado por Conrado Silva. Na relação dos
> novos estúdios está o PANaroma, descrito como fusão dos
> antigos estúdios da FASM & UNESP. (Coloquei em anexo
> fac-simile de duas páginas do texto de Mannis).
>
> Por dedução eu acrescentei à frase fusão dos antigos estúdios
> da FASM & UNESP a frase seguinte organizados anteriormente
> por Conrado Silva.
>
> O curioso é que se a informação de J. A. Mannis, que até onde
> sei é um compositor e pesquisador sério, é falsa ela não foi
> contestada lá atrás, em 1994, por Flo Menezes que também
> proferiu palestra dois dias depois. Pelo menos eu não tive
> notícia nenhuma de contestação desse dado. Lembrando, ainda,
> que foi durante esse encontro que se criou a Sociedade
> Brasileira de Música Eletroacústica.
>
> O fato é que uma vez resolvido esse imbroglio mesmo assim é
> possível formular a seguinte frase, agora com total e
> rigorosa correção histórica: Studio PANaroma, criado por Flo
> Menezes na FASM e UNESP em 1994, instituições onde Conrado
> Silva atuara anteriormente, nos anos 80.
>
> Desculpem-me pela extensão do comunicado
>
> Abraço a todos
>
> Luis Roberto Pinheiro
> Escola de Música de Brasília
>
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