[ANPPOM-L] Fwd: tristes_trópicos_parte1

SBME . sbme em sbme.com.br
Qua Jul 8 09:45:49 BRT 2009


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From: Luis Roberto Martins Pinheiro <stockcage em yahoo.com.br>
Date: 2009/7/8
Subject: Enc: tristes_trópicos_parte1
To: "SBME ." <sbme em sbme.com.br>




--- Em *qua, 8/7/09, Luis Roberto Martins Pinheiro
<stockcage em yahoo.com.br>*escreveu:


De: Luis Roberto Martins Pinheiro <stockcage em yahoo.com.br>
Assunto: Enc: tristes_trópicos_parte1
Para: anppom-l em iar.unicamp.br
Cc: antunes em jorgeantunes.com.br, conrado em unb.br
Data: Quarta-feira, 8 de Julho de 2009, 2:40



--- Em *qua, 8/7/09, Luis Roberto Martins Pinheiro
<stockcage em yahoo.com.br>*escreveu:


De: Luis Roberto Martins Pinheiro <stockcage em yahoo.com.br>
Assunto: tristes_trópicos_parte1
Para: anppom-l em iar.unicamp.br
Cc: antunes em jorgeantunes.com.br, conrado em unb.br
Data: Quarta-feira, 8 de Julho de 2009, 2:38


Caros colegas eletroacústicos e demais interessados no assunto,


A respeito do texto publicado no encarte da Coletânea de Música
Eletroacústica Brasileira recém lançada quero deixar claro, de início, que
todos os erros e acertos nele contidos são de minha única e  exclusiva
responsabilidade. Não o escreveria  se não tivesse tido total liberdade de
ação. Ação, é necessário dizer, que se restringiu apenas à produção do
texto, ora sob fogo cruzado.

Quantos às críticas levantadas até então, acho  curioso que se exija de um
texto que não passa de um artigo de encarte discográfico os rigores de um
trabalho musicológico em nível de pós-graduação acadêmica!  Ainda mais que
essa cobrança de rigor musicológico não vem acompanhada - em diversos
momentos pouco edificantes - de rigor ético...

Apesar das limitações óbvias do texto a sua realização, como não poderia
deixar de ser,  se apoiou em fontes bibliográficas e documentais. As notas e
as referências bibliográficas não foram publicadas pelo curador por questão
de espaço. Isso dificulta a aferição do rigor mas é o preço que se paga em
trabalhos dessa natureza.

É necessário observar que essa Coletânea é a primeira e não a última das
possíveis colêtaneas sobre música eletroacústica no Brasil!  Diante disso,
até que me provem o contrário, destacar o papel dos pioneiros que
estabeleceram o horizonte da música eletroacústica aqui no Brasil não tem
nada de ilegitimo. E os fatos que se sobressaem, até então inquestionáveis,
entre o final dos anos 50 e o início dos anos 70, são: Reginaldo Carvalho
foi o primeiro a fazer  música concreta, Jorge Antunes, música eletrônica, e
Conrado Silva, desde logo, se preocupou com a formação de quadros.

É evidente que podemos destacar com mais propriedade e rigor o papel de Jocy
de Oliveira e Cláudio Santoro que começaram atuar também na década de 60,
porém fora do Brasil. Tratar da  ampliação da música eletroacústica no
Brasil a partir da década de 70  e de sua sofisticação teórica e
composicional. Das novas gerações dos anos 80 e 90 e dos estúdios
independentes. Lembro que Igor Lintz Maués, em sua tese de mestrado de 1989,
tratou do assunto em profundidade entre as datas de 1956 e 1981. Mas volto a
insistir, como abarcar tantos fatos complexos, críticos, contraditórios em
um  texto limitado de encarte?

Façamos outras coletâneas! (O que diante de tanta desunião e virulência
parece impossível...)

Também procurei destacar a questão política da institucionalização nacional
da atividade no âmbito acadêmico, o que não quer dizer que a atividade
extra-muros universitários não tenha importância histórica. Muito pelo
contrário, há muita coisa a se levantar nesse ponto onde não apenas o Rio de
Janeio e São Paulo tem história para contar, mas diversos lugares do Brasil,
incluindo Brasília. Por outro lado, se é necessário sempre criticar TODO e
qualquer processo de institucionalização artística em suas contradições, é
estranho querer  condenar a institucionalização interna da música
eletroacústica brasileira quando, no Brasil, se tem como um dos ápices da
carreira do compositor o reconhecimento de instituições externas traduzidas
em especializações, mestrados, doutorados e premiações! Aliás, a minha
intenção em resumir um pouco da história da música eletroacústica em seus
centros de origem foi justamente para demonstrar essa característica da
realização  eletroacústica  no que se refere a institucionalizaçaõ dos
espaços de atuação e seus consequentes embates ideológicos. Isso não
invalida o enfoque de outros pontos de vista.

Quanto a questão  do Studio PANaroma que tanta confusão e paranóia causou
remeto parte do problema à informação contida no levantamento sobre a música
eletroacústica no Brasil de 1982 a 1994 efetuado por José Augusto Mannis e
apresentado  durante o 1º Encontro de Música Eletroacústica, organizado por
Jorge Antunes na Universidade de Brasília, em setembro de 1994.

Em palestra de abertura do Encontro, junto com Conrado Silva, Mannis
apresentou um documento onde descreve a formação das novas gerações de
músicos eletroacústicos e destaca o papel dos home studios na ampliação e
acesso ao metier eletroacústico. Fornece inúmeras informações sobre
Festivais, Divulgação radiofônica, compositores por Estado, obras premiadas,
lançamentos e estudios brasileiros. Nesse último item relaciona os estúdios
existentes antes de 1982, onde aparecem o Estúdio da UNESP, coordenados por
Conrado Silva e, posteriormente por Igor Lintz Maués; e o Estúdio da
Faculdade Santa Marcelina, coordenado por Conrado Silva. Na relação dos
novos estúdios está o PANaroma, descrito como fusão dos antigos estúdios da
FASM & UNESP. (Coloquei em anexo fac-simile de duas páginas do texto de
Mannis).

Por dedução eu acrescentei à frase fusão dos antigos estúdios da FASM &
UNESP  a frase seguinte organizados anteriormente por Conrado Silva.

O curioso é que se a informação de J. A. Mannis, que até onde sei é um
compositor e pesquisador sério, é falsa ela não foi contestada lá atrás, em
1994, por Flo Menezes que também proferiu palestra dois dias depois. Pelo
menos eu não tive notícia nenhuma de contestação desse dado. Lembrando,
ainda, que foi durante esse encontro que se criou a Sociedade Brasileira de
Música Eletroacústica.

O fato é que uma vez resolvido esse imbroglio mesmo assim é possível
formular a seguinte  frase, agora com total e rigorosa correção
histórica:  Studio
PANaroma, criado por Flo Menezes na FASM e UNESP em 1994, instituições onde
Conrado Silva atuara anteriormente, nos anos 80.

Desculpem-me pela extensão do comunicado

Abraço a todos

Luis Roberto Pinheiro
Escola de Música de Brasília













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