[ANPPOM-L] Res: Contraponto sobre possbilidades dos testes específicos

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Qua Nov 24 12:06:31 BRST 2010


E como você diferencia "conteúdo" de "concepção"?

2010/11/24 Daniel Lemos <dal_lemos em yahoo.com.br>

>
> Caros,
>
> A idéia do prof. Palombini justamente exibe esta necessidade de
> reformulação do ensino universitário de Música, só não compactuo com a forma
> como ela foi exposta. Os conhecimentos da "Música erudita européia" são
> fundamentais sim para a formação de qualquer músico. O que precisamos
> repensar é se nossos Cursos formam profissionais capacitados para inserir-se
> numa sociedade em constante mutação. Algumas perguntas que podem nos guiar:
>
> "Quais os campos de atuação do músico atualmente?"
> "Como a Universidade pode prover conhecimentos básicos necessários a este
> exercício?"
>
> Precisamos não nos livrar dos conteúdos conservatoriais, mas das CONCEPÇÕES
> conservatoriais.
>
>
> Um abraço a todos,
>
>
>
>
> Daniel Lemos
> Professor Assistente I
> Curso de Música - http://musica.ufma.br
> Departamento de Artes (DEART)
> Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
>
> --- Em *qua, 24/11/10, Eduardo Patricio <epatricio em yahoo.com>* escreveu:
>
>
> De: Eduardo Patricio <epatricio em yahoo.com>
> Assunto: [ANPPOM-L] Res: Contraponto sobre possbilidades dos testes
> específicos
> Para: "Carlos Palombini" <cpalombini em gmail.com>, anppom-l em iar.unicamp.br
> Data: Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010, 10:27
>
>
>
>
>
> É. Pela mensagem do André Machado, me parece que a posição do Palombini
> (e/ou reflexos dela) foi agora melhor captada.
> A questão central seria menos sobre a existência ou não de testes
> específicos e mais a respeito da necessidade de um questionamento acerca dos
> objetivos e proposições dos cursos de música no Brasil - que apresentam sim
> um certo descolamento da realidade (histórico-social), e, que fique claro,
> não se trata aqui de uma questão puramente de mercado.
>
> Saudações
>
> Eduardo Patrício
>
>
> _____________________________________
> Eduardo Patrício
> http://www.eduardopatricio.com.br
> +55 41 8434-0480
>
>
> ------------------------------
> *De:* Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com>
> *Para:* anppom-l em iar.unicamp.br
> *Enviadas:* Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010 1:02:13
> *Assunto:* Re: [ANPPOM-L] Contraponto sobre possbilidades dos testes
> específicos
>
> Voilà!
>
> 2010/11/24 André Luís Cardoso Machado <andrelcmac em ig.com.br<http://mc/compose?to=andrelcmac@ig.com.br>
> >
>
> Olá, se me permitem
>
> O ensino superior em música é todo baseado na tradição européia que
> culminou na música erudita contemporânea. Os jovens que ingressam nas
> faculdades de música, como todos os outros, são um pouco
> inconsequentes. Se julgam poderosos e pensam poder vencer a realidade
> e se tornar grandes solistas ou reconhecidos compositores. Porém essas
> possibilidades já não existem, já tem algum tempo. O máximo que se
> pode conseguir é um reconhecimentozinho acadêmico. Não dá pra ganhar
> dinheiro nem com a música tradicional nem com a contemporânea. A não
> ser sob a égide do estado que não oferece(e nem deveria) vagas para
> todos.
> Em qualquer outra área a academia se veria obrigada a mudar seus
> rumos. Mas em nossa área específica, amparada inclusive por uma
> equivocada visão de toda a sociedade de que nossos valores são muito
> diferentes do resto, mantem-se tudo como está.
> Me parece que mudar o enfoque acadêmico vigente é como a reforma
> política. Todos sabem que ela é necessária, mas quem tem poder para
> realizá-la são os menos interessados.
>
> Abraço a todos
> André Machado
>
> Em 23/11/10, Carlos Palombini<cpalombini em gmail.com<http://mc/compose?to=cpalombini@gmail.com>>
> escreveu:
> > É outra possibilidade. Infelizmente, muito pouco na política da Capes e
> nada
> > na política do CNPq aponta nesta direção.
> >
> > 2010/11/23 Flavio <flateb em gmail.com<http://mc/compose?to=flateb@gmail.com>
> >
> >
> >> Pelo visto, pode-se mesmo dizer que nada do que se faz na tal "área
> >> específica" de música presta ( "análises interpretativas",
> >> "instrumentista-pesquisador que nem toca nem faz pesquisa",
> >> "compositor-pesquisador cuja pesquisa é dizer o que quer que seja da
> >> música
> >> que só é ouvida por seus próprios colegas" etc.). Faltou apenas incluir
> a
> >> categoria de egrégios "pesquisadores" que não tocam, não cantam, não
> >> compõem, não diferenciam uma colcheia de um violão, costumam fugir de
> sala
> >> de aula e de orientações, mas encontram-se muito bem instalados e pagos
> >> em... Escolas de Música (vejam que coisa!). Enfim, acabemos com esse
> tipo
> >> também, pessoal, e assim podemos apagar todas as luzes de tão nefasta
> >> área,
> >> entregando os prédios (e principalmente a verba pública que alimenta,
> por
> >> exemplo, muitas bolsas de pesquisa) para a sociedade fazer de tudo isso
> um
> >> melhor uso.
> >>
> >>  Flavio Barbeitas.
> >>
> >>
> >> 2010/11/23 Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com<http://mc/compose?to=cpalombini@gmail.com>
> >
> >>
> >> Não, acabamos apenas com a prova de habilidades específicas, o que
> >>> resultará no fim do Conservatório Universitário, e no fim também das
> >>> intermináveis discussões sobre a "especificidade" da área, sobre
> quantos
> >>> artigos vale um concerto, sobre o número de artigos que substitui uma
> >>> dissertação na pós-graduação em performance, acabamos com as "análises
> >>> interpretativas" e tantos outros males, como o
> instrumentista-pesquisador
> >>> que nem toca nem faz pesquisa (ou faz de conta que faz, e se publica
> >>> porque
> >>> as revistas precisam de artigos para satisfazer as exigências de
> >>> periodicidade da Capes), com o compositor-pesquisador cuja pesquisa é
> >>> dizer
> >>> o que quer que seja da música que só é ouvida por seus próprios
> colegas,
> >>> e
> >>> poderemos pensar numa formação adequada e específica para
> >>> instrumentistas,
> >>> compositores, musicólogos, educadores etc. Não seria um benefício?
> >>>
> >>> 2010/11/23 Fernando Pereira Binder <fernandobinder em yahoo.com.br<http://mc/compose?to=fernandobinder@yahoo.com.br>
> >
> >>>
> >>>> Muito bem,
> >>>>
> >>>> Primeiro acabamos com a prova de habilidades específicas para música.
> >>>> Depois acabamos com a prova geral (português, história, etc...).
> >>>> Daí acabamos com a alfabetização.
> >>>> Re-instituímos a igreja como guardiã do conhecimento ocidental
> (começada
> >>>> na última eleição).
> >>>> Pronto, voltamos todos à Idade Média em 4 etapas!
> >>>>
> >>>> Fernando Binder
> >>>>
> >>>>  Em 22/11/2010, às 10:07, Carlos Palombini escreveu:
> >>>>
> >>>>
> >>>>
> >>>>  2) Não exigir conhecimentos específicos desvaloriza a Lei
> 11.769/2008,
> >>>>> uma árdua conquista da área de Música que simboliza sua valorização,
> >>>>> pois
> >>>>> esta é comumente tratada de forma amadora pela sociedade. Atualmente,
> >>>>> há uma
> >>>>> verdadeira "indústria educacional" em torno da Educação Básica, pois
> >>>>> sua
> >>>>> função mais comum é oferecer acesso à Universidade, desvalorizando
> sua
> >>>>> própria utilidade educacional. Nesse contexto, há o risco de muitos
> se
> >>>>> perguntarem: "pra que estudar Música se para entrar no Curso de
> Música
> >>>>> não é
> >>>>> necessário estudar Música?";
> >>>>>
> >>>>
> >>>> Há um erro básico aqui: supor que estudar música seja solfejar, tocar
> um
> >>>> instrumento (ou cantar), ou compor. Como é isso que a maioria de
> nossos
> >>>> colegas sabe fazer, esse erro não será democraticamente erradicado. A
> >>>> prova
> >>>> específica tem a função de perpetuá-lo.
> >>>>
> >>>>
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