[ANPPOM-L] menos gestão e mais pesquisa

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Sáb Abr 9 13:08:59 BRT 2011


(Eles esqueceram de falar da Fundep...)
Menos gestão e mais pesquisa

8/4/2011

*Por Fábio de Castro*

*Agência FAPESP* – A Universidade Estadual Paulista (Unesp) acaba de aprovar
a criação, em todas as suas unidades, de seções técnicas que darão apoio
institucional aos seus pesquisadores.

O objetivo principal da iniciativa, de acordo com Maria José Soares Mendes
Giannini, pró-reitora de Pesquisa, é permitir que os cientistas sejam
poupados da pesada carga de trabalho exigida para a gestão e administração
de projetos de pesquisa e possam, dessa forma, dedicar-se mais à pesquisa e
à orientação de alunos. Os escritórios também darão apoio às relações
internacionais.

De acordo com o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz,
a Fundação tem estimulado fortemente as universidades paulistas a criar
estruturas que garantam o apoio institucional.

“Esse é um assunto importante para a FAPESP. É preciso haver apoio para
evitar que o pesquisador se desgaste na administração do projeto e na sua
gestão, de tal modo que o seu tempo possa ser dedicado à pesquisa e à
orientação de estudantes”, disse.

Algumas instituições brasileiras já possuem escritórios de apoio técnico
semelhantes. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo,
criou em 2003 a *Unidade de Apoio ao Pesquisador<http://www.prp.unicamp.br/uap>
*, que realiza prestações de contas de projetos às agências de fomento,
preparação de formulários e documentos para submissão de projetos,
levantamento de editais e fontes de financiamento e orientações nos
processos de compras e no uso dos recursos.

Um artigo recente publicado na revista *Research Managment
Review<http://www.ncura.edu/content/news/rmr/docs/v16n2_Shelton.pdf>
* destaca a importância da existência de estruturas de apoio institucional à
pesquisa. “O texto mostra que, nos Estados Unidos, 42% do tempo do
pesquisador é gasto com administração dos projetos de pesquisa”, disse Brito
Cruz.

De acordo com Giannini, as Seções Técnicas de Apoio ao Ensino, Pesquisa e
Extensão serão implementadas em todas as unidades da Unesp, com a atribuição
de apoiar as atividades de pesquisa e internacionalização. Toda essa
estrutura será coordenada por um Escritório Central de Apoio à Pesquisa
(Ecap), centralizado na Pró-reitoria de Pesquisa.

“O Ecap oferecerá consultoria para as demais seções técnicas e fornecerá os
elementos necessários para que elas padronizem o treinamento do pessoal que
será contratado. Esses escritórios regionais, por sua vez, darão todo o
apoio institucional para os projetos de pesquisa e para as relações
internacionais”, disse à *Agência FAPESP*.

A expectativa, segundo ela, é que as novas estruturas ajudem a contornar um
dos principais gargalos para o crescimento da pesquisa na universidade: a
prestação de contas de projetos financiados pelas agências de fomento.

“Com a nova estrutura, vamos aumentar a nossa demanda por projetos de
pesquisa e elevar nossa competitividade nos grandes projetos da FAPESP,
minimizando os erros de prestação de contas. Achamos também que os
escritórios permitirão que possamos prospectar melhor os editais
internacionais”, disse Giannini, que também é conselheira da FAPESP.

Entre várias outras atribuições, os escritórios deverão assessorar docentes
e alunos na elaboração de pedidos de auxílios à pesquisa e submissão de
projetos às agências, divulgar programas e bolsas disponíveis, auxiliar na
divulgação, elaboração e aprimoramento de projetos e gerenciar parcerias
resultantes dos projetos.

“Os escritórios vão também conferir e encaminhar a documentação para as
agências de fomento, orientar o corpo docente no preenchimento do Currículo
Lattes, apoiar parcerias empresariais, orientar a prestação de contas de
projetos dos pesquisadores, divulgar editais associados à
internacionalização da Unesp e organizar eventos que levem à integração dos
alunos estrangeiros nas unidades”, explicou.

Segundo a pró-reitora, o Ecap criará um portal na internet para dar apoio
aos escritórios regionais e levantará dados gerais sobre projetos e
financiamento de pesquisas da Unesp, produzindo relatórios anuais de
pesquisa.

“O Ecap terá um papel importante de agregar dados gerais sobre os projetos
de pesquisa apoiados na universidade. Com isso, será possível centralizar e
monitorar a informação sobre o retorno dos projetos. Ter esses dados à
disposição será fundamental para traçar políticas de pesquisa”, afirmou.

*Pontos de Apoio>*

Em algumas unidades da Unesp já existem seções técnicas estruturadas, que
serão aproveitadas. “A diferença é que agora, além de serem implantados em
todas as unidades, os escritórios contarão com a contratação de pessoas
qualificadas e treinadas especialmente com essa finalidade. Como haverá uma
forte ênfase nas relações internacionais, esses profissionais precisarão ter
domínio não apenas de toda a parte financeira e de gestão, mas também de
línguas estrangeiras”, disse Giannini.

A Unesp tem atualmente 32 unidades distribuídas em 23 campi. A universidade
conta ainda com 18 Pontos de Apoio FAPESP, que também servirão como embriões
das novas estruturas de apoio técnico.

“Estamos contratando o pessoal e os quadros serão proporcionais à demanda,
de acordo com um levantamento que fizemos sobre o número de projetos
aprovados por cada unidade. Provavelmente, teremos um mínimo de três
funcionários trabalhando em cada seção, mas isso irá variar de acordo com a
necessidade de cada uma, considerando que a Unesp possui unidades com
diferentes graus de complexidade”, disse Giannini.

O número de funcionários aumentará continuamente de acordo com a
necessidade. Serão assistentes de suporte acadêmico e assistentes
administrativos capazes de realizar todas as tarefas referentes à execução
orçamentária e financeira dos projetos.
“Começamos a organizar o treinamento do pessoal, a fim de estabelecer as
novas seções técnicas e uniformizar os serviços das que já existem. O setor
de recursos humanos está orientando as unidades a contratar pessoal com o
perfil que precisamos. É possível que em seis meses a maior parte das
estruturas já esteja operacional”, afirmou a pró-reitora de Pesquisa.

-- 
Carlos Palombini
cpalombini em gmail.com
-------------- Próxima Parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: <http://www.listas.unicamp.br/pipermail/anppom-l/attachments/20110409/ae6d3c9b/attachment.html>


Mais detalhes sobre a lista de discussão Anppom-L