[ANPPOM-L] STF e OMB

Rogerio Budasz rogeriobudasz em yahoo.com
Sáb Ago 13 09:26:49 BRT 2011


Prezado Maestro Jorge Antunes,
Devo lembrar primeiramente que minha posição quanto à OMB sempre foi a de que quem quiser se filiar, filie-se e usufrua os benefiícios oriundos dessa filiação, se é que existe algum, mas que não se exija que intérpretes, regentes, compositores, educadores musicais, musicólogos, semioticistas musicais, engenheiros de som, copistas, etc. etc. façam o mesmo. Entendo que o ponto principal de sua colocação concerne a afirnação  da ministra Ellen Gracie de que o exercício desregulamentado da profissão de músico não representa um "risco social". Noto que as suas mensagens anteriores referem-se a intérpretes e, talvez, técnicos de som. Entretanto, seus argumentos a respeito da interpretação "errada" de certas obras seriam fatalmente usados em outras esferas da prática musical, afinal compositores também são profissionais da música e seriam julgados pelo mesmo crivo. Curiosamente, a história nos tem mostrado que são sempre os
 regimes totalitários e as elites econômicas os maiores preocupados com o risco social que a música pode causar, porque para eles, de fato, certas músicas representam risco. Temo que, se delegarmos à OMB ou a qualquer juiz decidir se a música que compomos e que interpretamos representa um risco social, aí voltaríamos ao Zhdanovismo ou, pior ainda, aos tempos do Reichsmusikkammer. Se por correto exercício da profissão de músico devemos entender apenas à interpretação e difusão da música, então a OMB que aí está não serve a ninguém. 
abraçosRogério Budasz

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