[ANPPOM-L] STF e OMB

Daniel Lemos dal_lemos em yahoo.com.br
Sáb Ago 13 15:50:43 BRT 2011


Caros,

Reforço a exposição do prof. Rogério Budasz. Ele chegou exatamente no ponto: a função do sindicado é justamente zelar pelo exercício profissional digo na profissão de músico, seja perante os empregadores, os burocratas estatais que fomentam a Cultura ou os administradores da indústria midiática. Nossa energia deve ser gasta dessa forma.

Além do mais, a Universidade não é necessariamente um ambiente de excelência musical. A grande maioria dos músicos mais importantes do Brasil, tanto do Erudito quanto do Popular, estão fora da academia. Os melhores músicos da academia estão sempre produzindo fora dela, pois ela ainda não possui uma estrutura administrativa que valorize e incentive de fato a produção artística. Este é outro tipo de instituição que precisa de mudanças urgentes.

Abraços,

Daniel LemosProfessor do Curso de Música / DEART
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
http://musica.ufma.br
Blog Audio Arte
Fórum de Pedagogia da Performance
ENSAIO - Grupo de Pesquisa em Ensino da Performance


--- Em sáb, 13/8/11, Rogerio Budasz <rogeriobudasz em yahoo.com> escreveu:

De: Rogerio Budasz <rogeriobudasz em yahoo.com>
Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB
Para: "ANPPOM" <anppom-l em iar.unicamp.br>
Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 13:12

Maestro,Entendo a sua preocupação e solidarizo-me com a sua angústia, mas me parece que o senhor está falando de duas coisas distintas. Uma coisa é a defesa do músico perante o empregador e facilitando o seu acesso à seguridade social, coisas que o Sindicato deveria fazer.Mas não acredito que a OMB deva ter algum papel em regulamentar a arte. Volto a tocar no mesmo ponto: vamos agora entregar a um Zhdanov ou Goebbels tupiniquim a fiscalização da nossa competência artística? O senhor se submeteria a ter um burocrata da OMB avaliando a "competência técnico-musical" de sua obra? 
Não se revoltaram as vanguardas do passado contra critérios rançosos de competência artística? Quem estabelece os critérios para a avaliação da competência artística, a academia ou o artista individual? Não estaremos
 criando um monstro que vai nos morder daqui a pouco?Ou, voltando ao assunto anterior, será que a sua preocupação nesse ponto não é apenas com os intérpretes e operadores de som? Mais ou menos como a célebre queixa de Stravinsky sobre intérpretes que "interpretavam" demais? Mesmo assim, não consta que ele tivesse pensado em delegar a algum burocrata que fiscalizasse isso.
abraçoRogério

--- On Sat, 8/13/11, SBME . <sbme em sbme.com.br> wrote:
O que defendo não tem nada a ver com jdanovismo, stalinismo, dirigismo estético. Tem a ver somente com competência artística, competência técnico-musical, ou seja, com tudo aquilo que lutamos construir em nosso trabalho nas Universidades.


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