[ANPPOM-L] Música e Risco Social (era: STF e OMB)

ale fenerich fenerich em gmail.com
Seg Ago 15 10:15:59 BRT 2011


1. Questão de estilo:

Eu pediria gentilmente que  alguns membros da lista se utilizassem de uma
linguagem menos empolada e mais objetiva. É enfadonho ler as mensagens que
aqui pululam. Poupe-nos também de falsos panegíricos ou ofensas diretas.

2. Questão ideológica (?):

Não costumo me manifestar aqui, mas dessa vez não deu pra deixar passar.
Pouco me importa o assunto insignificante que aqui se levanta (música é
risco social?  Ora, deixemos isso aos sacerdotes! Tomara que seja!
Civilização Elevada? Qual?). Poupem meus ouvidos! Nunca numa mensagem vi
reunidos tão fortemente elementos de elitismo cultural e  sexismo.

Parâmetros científicos? De qual ciência? Éticos? Basear um princípio ético
na sua ética, me parece: associar "cientificamente" violência e "música de
eros" parece-me um recurso pouquíssimo correto do ponto de vista ético.


"Performances cientificamente ordenadas"... que medo deste corpo
racionalizado, filho dos cadáveres de Versalius. Ora minha gente, deixem a
bunda de lado!! Não julguem mal aqueles que não conhecem Brahms ou Oferenda
Musical. Não são incultos! Praticam de outra forma a arte que voz apraz.
Aliás talvez tenhamos o que aprender  mais ali, nas performances de corpo
presente, que no cientificismo aqui apregoado. Nós, brasileiros de elite,
somos filhos de um corpo bem comportado, como de um coroinha. Gostaria de
ver aqui a liberdade criativa (com o corpo, com a voz, consequentemente com
o som que lhe emana) de uma Tati Quebra Barraco.


Não apliquemos a lógica do nosso universo à dos outros. Me parece que este
país tem feito isso sistematicamente depois que militares positivistas e
tacanhos tomaram o poder e não largaram mais por mais de meio século. É o
momento de aprendermos a olhar (positivamente, se quiserem) para aquilo que
nos rodeia. Paremos de legislar sobre a vida dos outros, como se fazia no
Império da Era de Augusto sobre os "povos incultos". Incultos somos nós.


Espero não ter sido ofensivo.


Atenciosamente


Alexandre Fenerich


Em 14 de agosto de 2011 23:50, Gil Amâncio
<givanildo.amancio em gmail.com>escreveu:

> Alvaro Henrique
> www.alvarohenrique.com
> dividiria a resposta em algumas frentes
>
>    1. do ponto de vista musicoterapeutico música bem cuidada em todos os
>    aspectos significa um bom investimento social. a relação direta da enrgia
>    sonora com a terminalidade do público faz toda a diferença.
>    2. do ponto de vista social, se houvesse uma classe organizada
>    tecnicamente, com parâmetros científicos e éticos, saberíamos estimular a
>    educação musical com mais eficiência, uma vez que se conhece uma sociedade
>    pela música que ela consome. o risco social que as músicas maléficas
>    produzem é a diminuição dos espaços midiáticos para ´música brasileira de
>    concerto MBC - para exposição majoritária de música que trabalham a penas a
>    energia de eros/de sexo como temos de forma avassaladora em alguns estados
>    do brasil. por estudos interdisciplinar prova-se que nos lugares onde esse
>    tipo de música é consumido há maiores tipos de violências simbólicas por
>    exemplo
>    3. com rigor científico a sua pergunta já traz a resposta positiva,
>    observe: o exercício profissional da música representa risco social.... se o
>    exercício for efetivamente profissional não oferece riscos e sim maiores
>    competências que serão disponibilizadas por melhores performances. se
>    oferecer risco será para o baixo clero social que está afinada com músicas
>    do reboleition
>    4. a falta do exercício profissional relava atuações proativas em prol
>    do pensar musical
>    5. a falta do profissionalismo musical promove a falsa impressão que o
>    universo musical é apenas performance disleixadas não porvidas de de
>    possibilidades cientícas com rigor
>    6. a constituição brasileira define que a funçaõ do sindicato é
>    trablahar em prol da qulaidade de vida dos profissionais e suas respectivas
>    defesas trabalhisticas, sobretudo as coletivas, e a função de um conselho
>    profissional é qualificar e definir para uma sociedade civil num Estado de
>    Direito quem é profissional ou quem não é a partir de critérios mínimos,
>    garantindo que quem portasse uma carteira do conselho seria símbolo ou
>    indicador de portaria um conjunto de conhecimentos básicos etc. a exemplo de
>    várias profissões.
>    7. temos um direito consquistado e poderíamos reformar o que já existe
>    e fazer funcionar em termos ideias, a partir do levante coletivo, do
>    acordar, do acroda povo... isso é uma obra coletiva e não de um só, óbvio.
>     8. quem não quisesse ter o título de profissional não o faria. era
>    apenas não se inscrever no conselho profissional. Mas para atuar na reserva
>    de mercado teria que ter critérios mínimos. Há pessoas que tocam há mais de
>    20 anos e não sabe conceitur com precisão o que é rítmo por exemplo. Outros
>    sabem conceitura mas se a partitura cair da estante ele para de tocar por
>    falta de memória, hábito de ouvido etc. equalizar essas questões seria um
>    doce desafio de um conselho profissioanal dos músicos diferentemente dos
>    anacrónicos posicionmentos que por ora se processa por todos os Estado do
>    Brasil. Adminsitrações sofríveis e despreparadas. Aplique um teste de
>    percepção musical e leitura a primeira vista para associar leitura e ouvido
>    que todos ou 99,9% dos conselheiros  seriam reprovados. Onde estão os
>    músicos sérios do Brasil que não assumem con digniedade a reforma da
>    classe/do conselho profissional?
>    9. felizmente ou infelizmente há coisas que só podemos aprender e fazer
>    sozinhos na vida. há outras que só podem ser feitas em grupo. esta última
>    afirmativa é verdade para  a questão de conscialização do conselho
>    profissional dos músicos. precisamos de ações conjuntas e estamos andando
>    com lampião aceso ao meio dia procurando homens-músicos de verdade. isso
>    ocorreu com os pré-socráticos e se repete largamente conosco ,
>    inacreditavelmente no Séc. XXI
>    10. abs.
>
>
> Em 14 de agosto de 2011 22:25, Alvaro Henrique <alvaroguitar em gmail.com>escreveu:
>
>> Queridos amigos e colegas da ANPPOM,
>>
>> Acho que a pergunta que o Jorge Antunes propôs é muito pertinente para nós
>> - talvez mais relevante para quem pesquisa sobre música que o resultado em
>> si da decisão do STF sobre a OMB.
>>
>> - O exercício profissional da música representa risco social?
>>
>> Gostaria muito que tantos participantes dessa lista que respeito e admiro
>> se dispusessem a responder essa questão.
>>
>> Abraços,Alvaro Henrique
>> www.alvarohenrique.com Novo vídeo:
>> http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU
>>
>> "For most men, then, one of the central problems of our time is that of
>> learning how to live in a relativistic and pluralistic world, a word without
>> scientific, metaphysical, or aesthetic absolutes." (Leonard Meyer)
>>
>> ________________________________________________
>> Lista de discussões ANPPOM
>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
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