[ANPPOM-L] derrubando muros e renascendo do útero da nova presidência feminino-republicana - o retorno...o ritornelo)

Jorge Antunes antunes em unb.br
Ter Ago 16 17:56:09 BRT 2011


Caro Gil Amâncio:

Ufffffffff!!!
Ao ler você, me senti como se estivesse lendo Joyce.

Comento esta sua frase:
*"11-Nossos garotos propaganda da composição engajada politicamente contra
um sistema ditador dos anos 60/70, aparentemente se transformaram em garoto
propaganda do novo sistema e estão em casa contando os metais."*
Os garotos a que você se refere nunca foram "meus garotos".
Sempre os considerei "oportunistas aliados das *majors* e multinacionais do
disco: Warner, EMI, Sony etc".
Por isso não vivi a amarga experiência da desilusão.

Abraço,
Jorge Antunes







Em 16 de agosto de 2011 13:09, Gil Amâncio
<givanildo.amancio em gmail.com>escreveu:

> Mestre Antunes,
> Meu nome é Givanildo Amancio (Gil).
> Ainda não tive o prazer de lhe conhecer pessoalmente além de suas algumas
> de suas obras- propostas-pensamentos.
> Sou seu admirador pelas suas produções e pela sua pessoa, claro.
> "A obra imortaliza o homem".
>
> Sendo toda música sem fronteiras - ok.
> Se há uma amplitude e não limítrofe na natureza profunda das coisas
> (informação da gestalt), isto é verdade. Somo todos uno. Filosoficamente
> Sócrates já nos disse muito antes de Cristo que tudo que há advém de um
> único centro de força e voltará para este centro de força na totalidade da
> existência socrateana.
> Agora na própria gestalt há uma perspectiva da superfície do ser, do
> aprender e do saber que segundo os expert´s da área tudo dependerá da
> cultura de cada local.
> O saber de cada ser e a matéria constitutiva da essência de cada ser é a
> mesma em todas a partes do globo.
> Quando chegamos na superfície, as árvores genealógicas vão sendo moldadas a
> partir dos signos das culturas locais e inter-relações dos mesmos.
> É aqui que começa a se constituir estilos, guetos, culturais locais,
> cultura de raíz, folk, song-folks /folk-songing´s, MBC, cantobregoriano,
> música das esferas de Pitágoras etc.etc.
>
> É nesse coração da complexidade que deve habitar nossa paciência reflexiva
> e encontrarmos um entendimento do trazido pelo pensador francês E. Mourran e
> de um outro pensador contemporâneo italiano que aponta para entendimento do
> "nó-de-circunstâncias".
>
> Descascando este abacaxi ficaria assim:
>
> 1-Não podemos nos obrigarmos a participarmos de uma corrida sem pernas ou
> tentarmos encaixar uma figura triangular num figura quadrada.
> 2-Devemos partir do que temos como concreto ou de forma palpável. Apesar de
> sabermos que o cérebro é ilimitado, conforme meu amigo Phd Luiz Machado que
> fundou a cidadedocérebro
> 3-Identificamos primeiramente quais os materiais de superfície que temos -
> o que temos de pessoas e o que poderemos fazer pela soma delas. A partir
> poderemos construir ou descontruir ou reconstruir, considerando os eixos dos
> "x" e dos "y" (quantidade e qualidade) proporcionalmente a equipe.
> 4-Conjunto solução: partirmos de um grupo de pessoas que levará em conta o
> erberg da realidade possível, segundo a soma das lentes de cada um.
> 5-Estruturar uma equipe aberta e com reflexo paviloviano condicionado ao
> diálogo e ao alto poder de resiliência será a única salvação/condição para
> que suportemos uns aos outros na difícil tarefa de construção de um norte
> coletivo a "mil e um mãos".
> 6-Após estruturar esse "tur de forças" na construção de um tablet de
> diálogo entre X Grupo de novos construtores coletivos da nova cena
> (destrutiva ou reconstrutiva) é conveniente haver uma média no foco, no rumo
> magnético ou questão fulcral que será perseguida, alcançada e executada.
> 7-Quando isto estiver montado, como placa tectônica-mãe, é que poderemos
> discutir aos olhos dos vários colaboradores (o monstro argos - da mitologia
> grega de mil olhos) a construção coletiva e normativa de funcionamento
> institucional levando em consideração os vários e diversos aspectos e
> desafios que são constituintes do cenário contemporâneo onde estamos
> inseridos, local e nacionalmente, mas, como disse Paulo Freire: "Ninguém
> ensina a si mesmo, ninguém ensina ninguém, a aprendizagem /educação (leia-se
> evolução, transformação, superação etc.) acontece na inter-relação das
> pessoas".
> 8-Seria precipitado dar respostas fechadas e unilaterais neste local
> virtual, simplesmente porque o email e a lista de email´s ainda não traz
> (por enquanto) o brilho dos olhos das pessoas que discursam ou opinam -
> ainda é algo gélido, mas como esforço contribuitivo me arriscaria a dizer
> que, quando houver uma rede humanitariamente montada para articular esta
> história que tanto cantamos reclames mas nada de concreto fazemos em grupo
> (não porque não queremos, mas porque realmente é difícil/é complicado - mas
> fácil mesmo é questionar, falar mal, meter o pau, mas, de fora, sem se
> envolver e sem nada de concreto fazer de forma articulada) isso modulará de
> forma linda. Se Heráclitos da grécia não estiver errado, um só bom vale por
> mil. Isso explica a importância do uníssono que precisa haver entre nós. A
> soma dos vários mil, tornamos um - valeremos por milhões. Da forma que
> estamos dispersa tudo fica reduzido no som de um prédio ou cantoria sonora '
> édificil '. Todos falamos sem sair do canto, do cantum
> 9-Quem sabe o Mestre Antunes não expressaria a angustia numa ópera
> comunitária de queremos mudar algo fora de nós sem mudarmos nossa postura ou
> pulsão interna.
> Queremos mudanças, "mas a dor é perceber que apesar de tudo que vivemos
> ainda somos os mesmos e vivemos...como nossos pais" (leia-se pais como
> gerações antecessoras a nossa e não muito distante).
> 10-Somos incrivelmente dispersos e aéreo. Nossos rostos e faces a mim
> promove uma sensação que estamos sempre em descanso de tela,  nestas
> questões de proatividade política.
> 11-Nossos garotos propaganda da composição engajada politicamente contra um
> sistema ditador dos anos 60/70, aparentemente se transforaram em garoto
> propaganda do novo sistema e estão em casa contando os metais.
> 12-"Viver é melhor que sonhar' - Belchior A questão não poribir ninguém de
> tocar ou conceder nada. A questão é ter uma instituição afinada ou na gama
> frequêncial das necessidades contemporâneas promovendo o tal erberg social
> num tablet de teias e redes sociais preparada para o futuro que se aproxima
> após 2012. Isto poderá acontecer com nossa participação ou alinha da
> história poderá explodir como acontece no sol (explosão solaris) e ficarmos
> mais uma vez, como sempre temos estado, a mercês das ondas sem tomarmos a
> responsabilidade do rumo histórico como um dia Siqueira, Antunes, Dimas
> Sedícias tomaram pra si a responsabilidade de chegarem até o presidente da
> republica na época e criaram uma instituição com poder de estado federal que
> podemos deletar se quisermos e criar apenas uma com poder virtual para atuar
> somente na frequencia discursiva como estamos fazendo agora.
>  A lista de chamada vai aberta para amigos comporem um organismo
> democrático de discussão e ação: Clovis Pereira, Guedes Peixoto, José Amaro,
> Edino G., Eduardo L., Clausi Nascimento, Ademir Araújo, Maestro Duda,
> Maestro Forró , Dierson Torres, José Renato, Zizo, Valmir, Geraldo, Nelson
> Almeida, Fla´vio Tenório, Cristiane Galdino, Dinara, Sérgio, Paulo , Frede,
> George, Glaucia, Edson Rodrigues, Fernando do Baixo acústico, Edson Feijó,
> José Gomes,  José Beltrão, M.Bezerra, Ceça Moreno, Josias, Josué Silva,
> MAuro Maibrade , Heloísa Maibrade, amigos, professores e estudantes do
> CPCMR, CEMO, CPM, Sem,. Batista, Lúcio Sócrates como neto de Levino
> Ferreira, Zé da Flauta, Aé do Pife, os Bois, os maracatus, os cabloquinos,
> Antulho, Walmir Chagas, Maestro Nunes (patrimonio vivo do frevo juntamente
> com Duda, Guedes, Formiga, Maestro Forró, Edson Rodrigues, Clovis Pereira) o
> modo de ser da Bomba do Hemetério, o Bernardo dos Consulados Culturais, o
> Naná Vasconcelos, Tony Boy, O Som da Pele com Batman, Frede da Flauta, Paulo
> do Violão e toda a nação cultural do acorda povo com Cirinéia, Adrina
> Nacimento com os meninos cantores de Olinda, Spok, Adelmo Aplonio, Carlinhos
> Caetéis, Alex, Flavio, Federação de Bandas, ABCANTOCORAL.ORG, Suely
> Farias, Paulo do Oboé, Anatálio Teixeira, Bandas Fanfarras, OSR, EMJP
> -Escola de Música e Artes João Pernambuco, Abraão, Elias Oliveira, Alberico,
> Fernando Almeida, Lourdinha do sax, os Maias, Os Gruuver, Escola Comunitária
> de Música da Bomba do Hemetério (http://ecombh.blogspot.com), onde se
> componhe música coletivamente, e vai da iniciação musical da criança até a
> introdução dela nas orquestra profissional. Cada músico é um compositor além
> do maestro forró que faz todas as orquestrações do repertório da
> www.opbh.com.br e cria músicas próprias, componhe e escreve para orquestra
> do lata de sardinha ao tringulo, aos sax barítono , ao caixa, agogo, etc.
> etc. Esse cara é gênio pela performance instrumental, de ouvido,de escrita,
> de trabalho social, de responsabilidade socail com o seu quintal (bairro).
> Se todos fizessem isso o Brasil daria um salto quântico. Lembro centenas e
> centenas e mais centenas de outros nomes no nosso continental País que por
> força das circunstâncias de drive de memória neste momento não citei mas
> sinto que sito nas entrelinhas de pessoas comprometidas de fato com a
> seriedade de ser construtor social num País que ainda não possui claramente
> de maneira diáfana uma política cultural para o Estado Nação. Entendendo
> Política como a arte de definir recursos/planejar para curto, médio e longo
> prazo. Nesta ordem ou sequencia. Temos vários editais, programas, mas não
> consigo visualizar uma linha orientadora horizontalizad me dando um panorama
> para o bem ou para o mal (não assumiram isto ainda - não sei se é por
> incompetência ou por ação estratégica de não vir a ser cobrado ou
> questionado). Se for o segundo caso lamento a falta de brio e princípio
> ético.
> 13- Apesar de saber que (falando para os vários Chicos do nosso País, os
> Caetanos e os Gil´s e na expressão desse trio todos os nossos ícones de uma
> bela época, da nossa brasileira *belle´époque*)
> "E hoje eu sei
> Eu sei!
> Que quem me deu a idéia
> De uma nova consciência
> E juventude
> Está em casa
> Guardado por Deus
> Contando seus metais..."
>
> Cumprimentos,
>
> Givanildo Amâncio
> assinaturas eletrônica-sonora:
> http://www.youtube.com/watch?v=USX07vIJZFs
> http://concertoparavida.blogspot.com
>
> PS-Quando grandes nomes se juntarem como os nomes das estirpes, Elza, L.
> Cecilia Conde, Profa.Maria José-UFRJ, Consiglia, Cris BR-6, Professoras de
> Música universitárias, resolveriam-se os problemas da reforma da OMB numa
> porrada só. As mulheres são mais cabra macho do que os homens quando se
> trata de re-engenharia de elefantes brancos. Precisa ter o poder além do
> querer. Acho que elas se entenderiam bem com Dilma R. Observem que a OMB
> começou na casa do Presidente a luz de jantares e músicas. Poderá renascer
> pelo poder de Estado uterino através da soberania constituída por lei e os
> poderes respectivos que revestem a Presidenta.
>
> Peço desculpas aos machistas e ao meu lado machista para seguir com a minha
> verdade pessoal de leitura dos fatos.
>
> Os homens fundaram e afundaram. As mulheres tem o poder de dar luz. Fica a
> ideia da salvadora da pátria sonora e mãe gentil em prol de um novo brasil
> músico-classista.
>  Os homens deverão se despir da vaidade assumirem-se como escravos e
> ajudantes (como diz a letra da música..."escravo do seu prazer e de sua
> glória...) nesta construção que são das mulheres.
> Deus fez a mulher da costela dos homens porque todos os grandes projetos
> precisam de um borrão, por isso ele fez primeiro o homem. Se disserem que
> estou numa atitude babatória não ficaria chateado por estar falando de algo
> que pra mim é uma realidade.
> Haverá um momento que tudo se equilibrará e as mulheres entenderam que não
> precisarão mais de jornadas duplas, carregando pedras na cabeça enquanto
> descansam e os homens perceberão que não possuem estruturas físicas para
> alimentarem fisicamente e emocionalmente uma criança com  a mesma natureza
> da mulher.
> Após elas descontarem o que nós homens fizemos com elas (rs rs rs  - tamo
> fritos). Depois, deixo aqui registado o pedido de perdão do homens pela
> opressão produto da ignorância - logo tocaremos juntos, sem haver vítimas e
> sem haver algoz, tocaremos tete a tete uma sinfonia coletiva e integrada de
> "som e luz".
>
> Em 15 de agosto de 2011 16:53, Jorge Antunes <antunes em unb.br> escreveu:
>
>> Olá,
>>
>> Para os que ainda insistem em contrapor música erudita e música popular,
>> musica boa e música ruim, vanguardista e repentista, envio a seguir trecho
>> de artigo que escrevi há uns 12 anos:
>>
>>       Desde 1875, quando surgiu nos cabarés da Lapa, o maxixe era
>> abominado pela intelectualidade. Os eruditos torceram tanto o nariz que,
>> quatro décadas depois, a polícia proibiu a prática da dança em razão da
>> lascívia de seus praticantes. A baixaria só veio a ser reconhecida como arte
>> quando Mário de Andrade, já nos anos 30, qualificou o maxixe como a primeira
>> dança genuinamente brasileira e estudou sua gênese sincopada da cultura
>> afro-lusitana.
>>
>>       Esse tipo de história, em que intelectualóides condenam a arte
>> comercial de mau gosto, viria a se repetir com a Geração Paissandu, no Rio.
>> Os jovens intelectualizados dos anos 60, freqüentadores do Cine Paissandu,
>> passaram a se apaixonar pelas musas de Godard depois de muito torcerem o
>> nariz para as chanchadas da Atlântida. Enquanto Anna Karina e Anne Wyazenski
>> eram cultuadas no Paissandu da Rua Senador Vergueiro, astros como Eliana,
>> Oscarito, Cyl Farney e Adelaide Chioso, na tela do Poeira da Rua Larga, eram
>> repudiados pelos intelectuais. Hoje a Chanchada é matéria de estudo na
>> Universidade, cultuada de modo científico, e é assunto de inúmeras teses
>> acadêmicas nas áreas de Cinema e Comunicação.
>>
>>              Por essas e outras eu não condeno os tchans, as bundas
>> televisivas, as danças da garrafa e nem as egüinhas pocotós. Estou certo de
>> que dentro de uns 30 anos, teses e mais teses serão escritas na Academia,
>> estudando o comportamento e a semiologia das egüinhas rapidinhas dos bailes
>> funks, e a estética e estilística de poucos tons dos pocotós. Já vislumbro
>> defesa de tese no Anfi 9 da UnB, em 2040: *"A interdisciplinaridade como
>> forma de hibridismo na egüinha pocotó, sob um olhar fenomenológico e
>> calipigista".*
>>
>> *...............................
>> *
>>
>>              Assim, não me assombro quando tenho notícias de que um
>> estudante secundarista mergulhou de modo cego sobre outros adolescentes
>> roqueiros durante o recreio. Isso é cultura. Se já é raro vermos jovens
>> malhando judas no Sábado de Aleluia, também não me assusto tanto. Nem mais
>> fico indignado ao ver consagrada a importação do halloween ianque. Tudo isso
>> é transformação cultural.
>>
>> ...........................
>> Abraços,
>> Jorge Antunes
>>
>> ________________________________________________
>> Lista de discussões ANPPOM
>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>> ________________________________________________
>>
>
>
>
> --
>
>
>
>
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