[ANPPOM-Lista] [adunb] lusofonia

Jorge Antunes antunes em unb.br
Sex Dez 9 10:32:07 BRST 2011


Oi, Ebnezer:

Acho muito boa a existência do Certificado de Proficiência em Língua
Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras).
Sinto falta da existência de um Celppu-Bras (Certificado de Proficiência em
Língua Portuguesa para Professores Universitários).
Abraço,
Jorge Antunes






Em 9 de dezembro de 2011 10:00, Ebnezer Da Silva
<ebnezerdasilva em gmail.com>escreveu:

> Dioney obrigado pelo texto tão rico em informações (muitas alem do meu
> conhecimento). Será que este é o movimento  para acabar com a CELPBRAS?
> Um abraço
> Ebnezer
>
> Em 9 de dezembro de 2011 06:47, dioney <dioney98 em unb.br> escreveu:
>
>  Professor Jorge,
>> Especular que eu seja mais um a cantar loas ao avanço da anglofonia é uma
>> estratégia pífia para angariar meia dúzia de aplausos. Fixe-se em minhas
>> palavras por favor e não em suas próprias ideias, ao menos quando for
>> tentar falar do que penso. Sobre o avanço da anglofonia, sou obrigado a
>> desfiar alguns breves comentários. É hora de nós, leitores esclarecidos,
>> promovermos uma reflexão mais refinada sobre esse tal avanço. Em lugar de
>> sermos "aldorabelianos", sejamos machadianos, alencarianos, andradianos...
>> Temos uma língua sim, mas ela é recheada de palavras vindas de dezenas de
>> outras línguas. Houve época em que o francês era tido como uma ameaça para
>> nós e se criou o galicismo em nossas gramáticas normativas. Resultado? O
>> senhor, eu, nós falamos dezenas de palavras oriundas do francês, e isso não
>> destruiu a língua brasileira. Esse tipo de perseguição aos empréstimos tem
>> origem bem antiga. A gramática tradicional criada pelos gregos (isso do
>> lado ocidental; se quiser, lhe dou a origem do lado oriental), foi cunhada
>> na base da visão limitada do que seja língua e povo, bem parecida com a sua
>> visão, professor. O próprio termo "bárbaro", em grego, significa "o pio dos
>> passarinhos". Assim eles, os gregos, tratavam seus vizinhos, ignorando suas
>> falas, suas línguas. A nossa gramática tradicional incorporou também esse
>> falso tratamento científico e criou a seção "barbarismos". Se o senhor
>> quiser, posso lhe emprestar um dos meus dicionários de grego. Bobagem essa
>> a que escrevi agora: o senhor deve ter tudo em casa, pois arvora-se
>> conhecedor de todos os assuntos. Infelizmente, não vi nada de concreto no
>> que chamou de artigo. É um texto de opinião, subjetivo. Talvez o senhor
>> tenha quisto dizer "artigo de opinião", mas até para isso falta substância
>> ao texto.
>> Os povos? Esses sim merecem respeito. Nisso concordamos, mas há uma
>> grande diferença entre o que o senhor chama de povo e o que eu chamo de
>> povo. Não confunda povo com uma pequena parcela dele, aquela que fica
>> bradando vivas a Portugal e sua língua. Temos língua própria, professor. O
>> Brasileiro não é o Português mera e simplesmente.
>> Sou obrigado a parar de escrever agora de manhã, pois preciso continuar
>> corrigindo os milhares de textos do CELPBRAS (mais de 5 mil provas), um
>> exame de proficiência em língua brasileira feito no mundo todo por pessoas
>> que creem na língua brasileira e a buscam como ferramenta de trabalho e
>> vida. Engraçado: será que elas deveriam ter ido a Portugal fazer esse
>> exame? Ou ele deveria se chamar CELPLUSO?!
>> Dioney Gomes
>>
>>
>> Em 8/12/2011 23:45, Jorge Antunes escreveu:
>>
>> Que pena, professor Dioney!
>> O senhor é mais um desses que pregam o nacionalismo, combatem o
>> internacionalismo e cantam loas ao avanço da anglofonia.
>> Gostaria de ouvi-lo falar, para aplaudir a musicalidade de sua
>> brasilofonia.
>> Sinto desapontá-lo, mas garanto que os canadenses de Montreal e os
>> franceses de Paris são francófonos e que nós, brasileiros, moçambicanos,
>> angolanos e outros irmãos somos lusófonos.
>> Enquanto o senhor pede respeito a países, eu peço respeito a povos.
>> Jorge Antunes
>>
>>  PS. Fiquei perplexo em saber que o senhor leu citações simplistas no
>> artigo em que não incluí nenhuma citação.
>>
>>
>>
>>
>> Em 8 de dezembro de 2011 23:25, dioney <dioney98 em unb.br> escreveu:
>>
>>>  Que pena, professor Jorge! O senhor é mais um iludido por uma pretensa
>>> união lusófona,  quando somos BRASILEIROS e não lusófonos... Respeito à
>>> peculiaridade e identidade de cada país citado por V. Sa. é a única coisa
>>> que se pode pedir neste momento.
>>> Dioney
>>>
>>> p.s.: Procurei pelo artigo e li apenas linhas genéricas, com citações
>>> simplistas e generalistas...
>>>
>>>
>>> Em 8/12/2011 17:49, Jorge Antunes escreveu:
>>>
>>> Olá, colega:
>>>
>>>  Convido à leitura de meu artigo intitulado:
>>> *Por uma verdadeira união de todos os povos lusófonos*
>>>
>>>  Leia em:
>>>
>>> http://www.miraculoso.com.br/index.php/pt/noticias-do-brasil/212-por-uma-verdadeira-uniao-de-todos-os-povos-lusofonos.html
>>>
>>>  Abraço,
>>> Jorge Antunes
>>>
>>>
>>
>
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