[ANPPOM-L] OMB

Marcio Pereira marciopereira111 em gmail.com
Dom Jan 16 22:57:48 BRST 2011


Graziela, é bom lembrar que Ordem é uma coisa e sindicato (union, nos  
EUA) é outra.
Os sindicatos de músicos no Brasil são municipais e de direito  
privado. A Ordem, como o CREA, CRM, OAB, etc., são órgãos do governo  
federal (autarquias) com representações nos estados. Daí, CRM  
(Conselho Regional de Medicina), etc.
Para refundar ou acabar a Ordem dos Músicos, teríamos que mexer com  
assunto do governo, organizar um movimento político, de alguma forma.  
Acho que não depende só da vontade dos músicos.
Abs,
Marcio


On Jan 16, 2011, at 10:26 PM, Graziela Bortz wrote:

> Caros colegas,
>
> Todos sabemos que a OMB como tem existido é um lixo, mas acredito,  
> sim, que devamos ter um órgão de classe que de fato nos represente.  
> Sem ter pesquisado a respeito, diria que o melhor seria acabar com a  
> OMB e criar outro órgão do zero por toda a história corrupta da OMB.  
> Se essa opção for possível sem que deixe de valer a lei citada pelo  
> colega Marcio Pereira, não há dúvida de que precisamos de outra  
> organização de classe e que deveríamos pesquisar como funcionam os  
> sindicatos em países de longa história democrática. Pela pouca  
> vivência que tive com a Union dos EUA, seria interessante entrar em  
> contato com eles. Apenas para citar um exemplo, crises entre  
> maestros e instrumentistas de orquestras costumam ser intermediadas  
> pela Union, salvaguardando músicos contratados. Tabelas de  
> pagamentos, limites e regulamentações de horários, entre outros, são  
> importantes benefícios para o músico ao estar ligado a um sindicato.  
> Mas isso tudo é de direito, não dever. Para isso, temos que ser  
> capazes de nos articular e investirmos nossas energias em assuntos  
> realmente cruciais para a classe. Esses assuntos são, de fato,  
> cruciais a nossos alunos, que vivem de bico e não têm nossos  
> empregos de docentes universitários. Argumentar deste prisma  
> confortável torna a discussão distante da realidade. Este é um  
> assunto do qual a nova geração deve participar. São eles que podem  
> fazer essa mudança. Que tal convidá-los? Acho também que uma ampla  
> discussão com as orquestras profissionais deveria acontecer. É  
> estarrecedor saber o que a Orquestra Sinfônica Municipal, Coro  
> Lírico e Escola Municipal de São Paulo têm como contrato, só para  
> citar um caso de realidade dramática do músico brasileiro. Onde  
> esteve a OMB nesses últimos 20 anos que até agora não fez nada em  
> relação aos contratos ilegais do município de São Paulo?
>
> Abs. a todos,
>
> Graziela
>
>
>
> > From: marciopereira111 em gmail.com
> > To: anppom-l em iar.unicamp.br
> > Date: Sun, 16 Jan 2011 20:54:36 -0200
> > Subject: [ANPPOM-L] OMB
> >
> > A OMB foi criada por uma lei no governo Juscelino Kubitschek  
> (esqueci
> > o número da lei) que regulamentou a profissão de músico e deu status
> > de curso superior aos que fazem o tal exame da Ordem.
> > Os atores conseguiram isso só recentemente e antes tinham que  
> assinar
> > carteira profissional como comerciários, caso contratados.
> > Por isso, é preciso tomar cuidado para não jogar fora o bebê junto  
> com
> > a água do banho, ou seja, acabar a Ordem poderia também, por  
> hipótese,
> > cancelar a tal lei do Juscelino, o que não seria bom para os  
> músicos,
> > principalmente os populares.
> > Sei que quem manda na Ordem é uma turma de aproveitadores desonestos
> > que estão lá há anos.
> > Não seria o caso de moralizar a Ordem em vez de simplesmente acabar
> > com ela?
> > Abs,
> > Marcio Pereira (UNIRIO)
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