[ANPPOM-L] OMB

Damián Keller musicoyargentino em hotmail.com
Qua Jan 19 11:28:28 BRST 2011



Cara Graziela,

Concordo em parte com a tua colocação:

> Tabelas de pagamentos, limites e regulamentações de horários, entre outros, são importantes benefícios para o músico ao estar ligado a um sindicato. Mas isso tudo é de direito, não dever. Para isso, temos que ser capazes de nos articular e investirmos nossas energias em assuntos realmente cruciais para a classe. Esses assuntos são, de fato, cruciais a nossos alunos, que vivem de bico e não têm nossos empregos de docentes universitários. Argumentar deste prisma confortável torna a discussão distante da realidade. 

No entanto, ampliar a discussão a outros órgãos só vale a pena se tivermos uma posição consensual (e oficial) dentro da comunidade de músicos-pesquisadores. Como falei antes para o Paulo, acho que um passo importante seria redigir um documento explicitando a posição da ANPPOM em relação às questões colocadas sobre a OMB. 

Abraço,
Damián

Dr. Damián Keller -
Núcleo Amazônico de Pesquisa Musical (NAP) - Universidade Federal do Acre - Amazon Center for Music Research - Federal University of Acre -
http://ccrma.stanford.edu/~dkeller



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> Message: 2
> Date: Mon, 17 Jan 2011 00:26:13 +0000
> From: Graziela Bortz 
> To: , 
> Subject: Re: [ANPPOM-L] OMB
> Message-ID: 
> Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1"
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> Caros colegas,
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> Todos sabemos que a OMB como tem existido é um lixo, mas acredito, sim, que devamos ter um órgão de classe que de fato nos represente. Sem ter pesquisado a respeito, diria que o melhor seria acabar com a OMB e criar outro órgão do zero por toda a história corrupta da OMB. Se essa opção for possível sem que deixe de valer a lei citada pelo colega Marcio Pereira, não há dúvida de que precisamos de outra organização de classe e que deveríamos pesquisar como funcionam os sindicatos em países de longa história democrática. Pela pouca vivência que tive com a Union dos EUA, seria interessante entrar em contato com eles. Apenas para citar um exemplo, crises entre maestros e instrumentistas de orquestras costumam ser intermediadas pela Union, salvaguardando músicos contratados. Tabelas de pagamentos, limites e regulamentações de horários, entre outros, são importantes benefícios para o músico ao estar ligado a um sindicato. Mas isso tudo é de direito, não dever. Para isso, temos que ser capazes de nos articular e investirmos nossas energias em assuntos realmente cruciais para a classe. Esses assuntos são, de fato, cruciais a nossos alunos, que vivem de bico e não têm nossos empregos de docentes universitários. Argumentar deste prisma confortável torna a discussão distante da realidade. Este é um assunto do qual a nova geração deve participar. São eles que podem fazer essa mudança. Que tal convidá-los? Acho também que uma ampla discussão com as orquestras profissionais deveria acontecer. É estarrecedor saber o que a Orquestra Sinfônica Municipal, Coro Lírico e Escola Municipal de São Paulo têm como contrato, só para citar um caso de realidade dramática do músico brasileiro. Onde esteve a OMB nesses últimos 20 anos que até agora não fez nada em relação aos contratos ilegais do município de São Paulo?
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> Abs. a todos,
>
> Graziela
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