[ANPPOM-L] OSB, em nova fase, realiza "avaliação de desempenho" obrigatória geral

Leonardo Fuks cyclophonica em yahoo.com
Seg Jan 24 10:46:30 BRST 2011


Caríssimo professor e amigo Rubens Ricciardi
De início, devo observar que minha mensagem foi resultado de discussões e 
comentários feitos a partir de um texto original meu, que foi veiculado para um 
grupo de colegas músicos, do qual fiz uma versão final. Portanto, ainda que 
tenha incorporado ideias e sugestões destes colegas, é de minha inteira 
responsabilidade. Parte anexa do texto são as duas mensagens enviadas pela 
direção da OSB em 6/01/2011 e 7/01/2011 para todos os seus músicos, dentre 
outros possíveis endereçados.

Como sabemos, a OSB é parte do Patrimônio Cultural de nosso País. Tudo que 
ocorre com esta grande orquestra é de interesse de nossos concidadãos, ainda que 
seja uma fundação privada e mesmo que não recebesse consideráveis verbas 
públicas para sua manutenção.
Em nenhum momento qualifico o trabalho e o talento do maestro Minczuk, que tem 
reconhecimento internacional. Os seus depoimentos e opiniões, caro Rubens, 
reafirmam o seu mérito musical.
Absolutamente não quis identificar o profissional ou a pessoa de Roberto Minczuk 
com o personagem "Darth Vader", além do que a performance da OSB já o pudesse 
fazer no imaginário de seu público. 
http://www.youtube.com/watch?v=fg-EnRyHROQ

outros links relacionados
http://www.youtube.com/watch?v=KJt2Chs1B70&feature=related
http://video.google.com/videoplay?docid=399518662556032906#

O conteúdo da minha mensagem se referia principalmente à maneira como a OSB 
parece estar realizando esta "avaliação de desempenho" de seus músicos efetivos. 
Não me oponho a avaliações de qualidade em quaisquer instituições e atividades. 
No entanto, esta sistemática divulgada no edital me pareceu obscura e com um 
prazo muito exíguo.
Obscura, porque não informa aos nossos colegas músicos as consequências práticas 
de uma eventual reprovação ou baixa pontuação na prova a ser realizada. Além 
disso, não parece levar em consideração o efetivo desempenho profissional dos 
músicos no decorrer de um período de trabalho transcorrido delimitado. De fato, 
posso ter sido precipitado ao supor que os reprovados serão demitidos da 
orquestra.
Caberia certamente um esclarecimento por parte da OSB, aos seus instrumentistas 
e à toda a sociedade, sobre como  procederá a partir dos resultados desta 
avaliação.  
Prazo Exíguo, porque concede apenas 60 dias, dos quais 30 são de férias dos 
músicos, para que possam se preparar para uma prova compulsória inédita na 
história da orquestra. Abaixo, poderemos comparar com os QUATRO meses que foram 
concedidos pela OSESP em situação semelhante, verificada em 1997.

Outros aspectos que  me chamaram a atenção, e que se relacionam diretamente com 
nossa atuação em Graduação e Pós-Graduação, foram aqueles relacionados com o 
mencionado Centro de Educação Musical, proposto como "núcleo de referência para 
a criação de metodologias de ensino da música".  Esta iniciativa estaria 
dialogando, e em que bases, com os programas de pesquisa em educação musical ou 
com a ABEM ?
E será que os músicos formados em nossa universidade, e os programas 
curriculares adotados, estão em conformidade com os padrões requeridos por estas 
"orquestras reestruturadas" ?

Seria importante que a OSB informasse à sociedade sobre a ocupação da Cidade da 
Música, tratado no documento como ponto já resolvido. Vale lembrar que a sala 
principal da Cidade da Música se chama José Siqueira, o principal fundador da 
OSB, que foi docente da UFRJ.

Portanto, as questões levantadas em nossa mensagem permanecem sem respostas.

Enquanto isso, em 21/01/2011, o maestro John Neschling postou em seu blog 
matéria relacionada a meu documento, que pode ser lida em
http://semibreves.wordpress.com/2011/01/21/a-respeito-das-audicoes-na-osb/

Embora o maestro Neschling declare que meu documento possui afirmações a seu 
respeito que considera como "errôneas e falsas", ele reforça diversos de nossos 
argumentos quando são  traçados paralelos entre as reestruturações e audições da 
OSESP e a da OSB : 
-O maestro Neschling informa que em 1997 foram concedidos QUATRO meses de 
INATIVIDADE, remunerados, fora do período de férias, para que os músicos da 
antiga OSESP se preparassem para as audições. 
No caso da OSB, o prazo é de DOIS MESES, sendo que um destes meses coincide com 
o período de férias de janeiro. Sem dúvida, uma diferença considerável entre os 
dois casos.
-O regente John Neschling confirma que foi sumariamente demitido em 2008 através 
de carta escrita pelo ex-presidente FHC, então presidente do Conselho de 
Administração da orquestra.
-O maestro Neschling informa que as audições não eram obrigatórias, mas 
facultativas. Aqueles que não realizassem as audições, bem como aqueles que 
fossem considerados reprovados, foram remanejados para outra orquestra, a da 
Fundação Padre Anchieta, hoje extinta.
-O maestro Neschling declara que os músicos que passaram nas audições "foram 
mais de 50% da antiga OSESP, e que passaram a receber um salário quatro vezes 
maior e a ter condições de trabalho invejáveis".  Enquanto isto, os músicos que 
permaneceram na Orquestra Sinfonia da Fundação Padre Anchieta, continuaram com 
seus vencimentos regulares até o fim da mesma.
-O maestro Neschling afirma ser verdade que Roberto Minczuk era seu "assistente 
durante esse período crítico da história da reestruturação da OSESP" e "que 
seria natural, portanto, que as audições da OSB tivessem mecânica semelhante".
- O maestro Neschling não desqualifica nosso argumento de que os músicos da 
OSESP usavam e usam frequentemente drogas do tipo Propanolol (e.g. Inderal), 
acrescentando que :
"Quem toca numa grande orquestra internacional, seja onde for, está sujeito a 
uma pressão técnica e psicológica enorme, assim como esportistas de ponta o 
estão quando têm competições internacionais pela frente (ou um cirurgião 
cardíaco diante de uma operação complicada). Em todas as orquestras há músicos 
mais e menos preparados para essas circunstâncias e muitos fazem uso do remédio 
INDERAL para ter mais controle em momentos de stress." 
Apenas este tópico do INDERAL pode abrir uma enorme discussão nos meios médicos, 
da saúde do trabalhador e da previdência social, por exemplo..

- O maestro Neschling afirma que nenhum músico original da OSESP foi  DEMITIDO 
na fase de reestruturação.
Admito que o termo "Demitido" tenha sido usado inapropriadamente por mim, pois a 
Demissão implicaria em rescisão do contrato de trabalho. O que parece ter 
ocorrido é  que os músicos originais da OSESP , indesejados na nova fase da 
orquestra, foram REMANEJADOS para a Orquestra Sinfonia da Fundação Padre 
Anchieta, extinta em 2006. 
-Finalmente, o maestro John Neschling informa que " as audições da OSESP foram 
longa e profundamente discutidas com a comissão da orquestra em 1997 e os 
músicos acabaram convencidos da necessidade daquele passo, sem dúvida 
traumático, para alcançarem a sua melhoria profissional e qualitativa. Na 
verdade, após as audições, havia duas orquestras e não uma. Não sei se isso 
também vai acontecer no Rio de Janeiro."
-No caso da OSB, verificando o documento de 6/01/2011,  não há qualquer indício 
da criação de um corpo estável adicional para acolher aqueles músicos 
eventualmente dispensados neste processo de reestruturação.

Abraços e atenciosamente, 
Leonardo Fuks, PhD
Escola de Música da UFRJ




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From: "rrrr em usp.br" <rrrr em usp.br>
To: Leonardo Fuks <cyclophonica em yahoo.com>
Cc: anppom-l em iar.unicamp.br
Sent: Sun, January 23, 2011 5:09:37 PM
Subject: Re: [ANPPOM-L] OSB, em nova fase,  realiza "avaliação de desempenho" 
obrigatória geral

Caro Prof. Leonardo Fuks,

há quanto tempo! talvez desde aquela banca com o Ripper no mestrado do Alexandre 
Padrão em 2004 na UFRJ, não é mesmo?

bom, sobre o assunto Roberto Minczuk e a OSB, se me permite, gostaria de 
comentar um pouco,

pensando bem, tudo pode virar piada, e é claro, como dizia Kant, o que causa o 
riso é "a repentina transformação de uma expectativa tensa em nada". Mas esta 
piada de associar agora a figura do Minczuk a um personagem qualquer da 
indústria da cultura seja talvez por demais redutiva ? não é mesmo? - ou será 
que vamos simplesmente ignorar o músico excepcional que ele é?

lembremo-nos que o Minczuk foi talvez o maior trompista brasileiro de todos os 
tempos (e como é bom saber que quem rege uma orquestra tem atrás de si uma 
carreira de notável instrumentista ou compositor, ou seja, merece antes de mais 
nada o respeito de todos), e é ainda um regente com uma capacidade 
extraordinária na essência da expressão "interpretação/performance", pois efetua 
uma leitura sempre muito cuidadosa da linguagem de cada compositor, bem como 
leva a orquestra sempre ao máximo do rendimento artístico - com certeza, o 
Minczuk pode e vai fazer ainda muito mais pela música no Brasil, tenho plena 
confiança no trabalho dele...

entre 1995 e 2000, o Minczuk aqui em Ribeirão Preto como regente da OSRP elevou 
exponencialmente a qualidade da orquestra e estreou dezenas de obras inéditas, 
promoveu inúmeros concertos de música brasileira de todos os períodos, bem como 
criamos aqui projetos como o ?Juventude tem concerto? (com resultados 
importantíssimos até hoje!), além de outros projetos de formação profissional 
que hoje estão finalmente sendo implantados, portanto, além de sua vocação de 
grande intérprete, o Minczuk tem este espírito empreendedor para melhorar a 
situação geral da música - e disso eu não tenho nenhuma dúvida, sem esquecer 
ainda seus projetos de inclusão social...

assim, penso que a OSB, esta orquestra fundamental para a música brasileira, tem 
muito a ganhar com projetos como esse do Minczuk,

afinal, o que nós compositores e pesquisadores poderemos esperar de nossas 
orquestras? não seria sempre o mais alto nível de excelência técnica e 
artística, dedicação, respeito e profissionalismo? pois só através de projetos 
como este do Minczuk frente à OSB que as orquestras brasileiras poderão um dia 
finalmente amadurecer ao ponto de um trabalho sério, de dedicação à música e aos 
compositores que executam, para que possamos ainda atingir um nível em que a 
música contemporânea inédita seja executada com o mesmo cuidado e dedicação como 
no caso dos grandes clássicos, será que estou sonhando demais? talvez não!

só alguns poucos regentes no Brasil podem levar adiante um projeto assim, e, com 
certeza, o Minczuk é um deles, e aqui, por fim, meus mais sinceros votos de 
sucesso ao trabalho do Minczuk frente à OSB.

e a vc, Prof. Fuks, um forte e fraternal abraço,

Prof. Rubens Russomano Ricciardi ? chefe em exercício do Departamento de Música 
da FFCLRP-USP


Citando Leonardo Fuks <cyclophonica em yahoo.com>:

> O texto abaixo tem circulado na internet com diferentes versões.
> Nos faz pensar sobre diversos temas tais como: o significado e atualidade dos
> cursos de bacharelado em instrumento, as opções profissionais do músico de
> concerto, o papel educacional de uma orquestra e sua articulação com a 
>academia,
> a transparência administrativa das fundações mantidas com dinheiro público, a
> estrutura do poder em uma instituição constituída por artistas de "padrão
> internacional de excelência musical", o mito da "formação de plateias", entre
> muitos outros.
> Faço minhas as palavras do texto, com algumas adições.
> 
>   OSB e Darth Vader : prenúncio de uma nova era ?
> 
> 
> A Orquestra Sinfônica Brasileira tem repetido nos últimos anos um espetáculo
> divertido e muito popular, em que o malévolo Darth Vader, protagonista do
> StarWars, rege a orquestra com seu perigosíssimo sabre de luz, numa suíte de
> temas cinematográficos de John Williams.
> O que normalmente só assusta a criancinhas desacostumadas com a saga das 
>guerras
> estelares , concebida e realizada por George Lucas entre 1977 e 2005, parece
> estar tomando ares realistas para os mais de 90 músicos que formam a OSB nesta
> segunda década do século XXI.
> Na última sexta-feira de 7 de janeiro de 2011, em plenas férias coletivas de
> verão, os instrumentistas foram surpreendidos com uma circular por email,
> informando que "Todos os integrantes do corpo orquestral" , e os contratados
> (opcionalmente), serão submetidos a um rigoroso exame musical (denominado de
> ?avaliação de desempenho?), consistindo em audições individuais, com direito a
> um ensaio com pianista acompanhador a ser ?disponibilizado? pela OSB. As 
provas
> serão realizadas entre 10 e 18 de março de 2010, conforme instrumento.  Não
> parece estar prevista a avaliação de desempenho para os regentes.
> 
> Portanto, aqueles que receberam a notícia no mesmo dia de envio, terão tido
> cerca de dois meses para reciclar, em grande parte de suas férias, toda sua
> técnica instrumental e buscar assegurar sua permanência no emprego.
> Esta ?avaliação de desempenho?, conforme definida no edital, não leva em
> consideração nenhum trabalho pregresso do músico na OSB, sendo que diversos
> deles têm servido na orquestra por mais de 25 anos ininterruptos. Apenas em
> 2010, a orquestra realizou 100 concertos, apresentando 175 diferentes obras,
> conforme declara em documento recentemente divulgado .
> ?Avaliação de desempenho? semelhante será aplicada em ?audições no Rio de
> Janeiro, em Nova Iorque e em Londres, que visam a preencher 14 posições que
> ainda estão em aberto no corpo orquestral? (conforme o documento divulgado) ,
> além das vagas que serão liberadas pelos músicos reprovados nos exames de 
>início
> de março.
> Este novo conjunto de procedimentos de testes e iminentes demissões, inédito
> no Rio de Janeiro e na OSB , em seus 70 anos de história, parecem replicar
> exatamente aqueles implementados pela OSESP, no período iniciado em 1987 pela
> administração e direção de John Neschling , que foi sumariamente demitido em
> 2008 através de carta escrita por FHC, presidente do Conselho de Administração
> da orquestra.
> A OSESP, que se firmou como a melhor orquestra brasileira desde sua 
>remodelação,
> imprimiu um ritmo de concertos e ensaios consideravelmente maior do que de 
>todas
> as outras . Conforme relato de muitos de seus membros e ex-membros, tal 
aumento
> na pressão psicológica estimulou o consumo crescente de remédios calmantes ,
> sobretudo os chamados beta-bloqueadores ( e.g. Inderal e seus genéricos com
> Propanolol) , conhecidos amplamente por seus efeitos sobre profissionais que
> apresentam grande apreensão e stress no trabalho.
> O regente atual da OSB, Roberto Minczuk, foi justamente o maestro auxiliar de
> Neschling durante grande parte de seu período à frente da OSESP.
> 
> No documento distribuído aos músicos da OSB, datado de 6 de janeiro, fica 
pouco
> claro se a orquestra ainda mantém os ideais pioneiros de fomentar e promover a
> música feita no Brasil e estimular a criação da música de nosso tempo, como 
foi
> definido por seus fundadores, tais como os músicos e professores da então 
>Escola
> Nacional de Música (hoje UFRJ) José Siqueira, Djalma Soares, Antão Soares e
> Antônio Leopardi.
> Infelizmente, o site atual da OSB não apresenta qualquer informação sobre a
> história da orquestra , seus criadores, seu atual estatuto, ou sobre os
> documentos que a definiram. Isto pode fazer parecer que estejam deixando para
> trás uma ?antiga? OSB e FUNDANDO uma nova orquestra, sem qualquer compromisso
> com sua história e a de seus músicos precursores, fundadores e continuadores. 
>Em
> muitos períodos de enormes dificuldades financeiras, os músicos chegaram a
> trabalhar por diversos meses sem receber qualquer salário.
> 
> Como afirma o documento abaixo, a OSB inclui o Centro de Educação Musical
> Brasileiro, que se propõe como "núcleo de referência para a criação de
> metodologias de ensino da música". Se utilizam ou pretendem utilizar seus
> próprios músicos neste setor, de que forma e em que momento da admissão ou da
> "avaliação de desempenho" estes especialistas terão a oportunidade de 
>demonstrar
> habilidades para tarefas pedagógicas e de pesquisa ?
> 
> No que diz respeito à ocupação da Cidade da Música, pertencente ao Município 
do
> Rio de Janeiro, obra iniciada em 2002 e ainda inacabada, vale mencionar que
> nunca ficou claro, através da mídia ou de portais municipais, se a OSB de fato
> conseguiu ser habilitada nas licitações, após seguidas reprovações no ano de
> 2008.
> 
> A OSB é co-patrocinada (ou mantida)  pelo município carioca, através de uma
> verba de aproximadamente 6 milhões de reais por ano.
> Em 2010, os outros patrocínios - informados em diferentes sites-  foram de 8
> milhões da Vale, R$ 8 milhões do BNDES, R$ 8 milhões de 26 empresas privadas e
> R$ 2 milhões adicionais de parceiros amigos da OSB. Grande parte destas verbas
> são públicas ou oriundas de renúncia fiscal.
> 
> Seria fundamental que a OSB , já neste momento rumo à comemoração de seus 71
> anos de existência, em que busca se aprimorar e se tornar ainda mais atuante e
> competitiva no mercado cultural brasileiro e mesmo internacional, tivesse em
> seus dirigentes a preocupação de realizar tais passos de forma democrática e 
em
> harmonia com todo sua comunidade artística, de maneira justa e respeitosa.
> 
> 
> Afinal, o patrimônio das relações humanas na orquestra deve ser valorizado e
> mesmo priorizado, mantendo um olhar para os ideais ousados e inspirados de 
seus
> fundadores, como os do compositor, educador, docente universitário , advogado 
e
> combatente cultural José Siqueira.
> +++++++++++++
> 
> 
> (Circular encaminhada aos músicos da OSB em 7/1/2011)
> 
> Prezado Músico,
> 
> Com o intuito de prosseguir com o trabalho de qualificação artística da
> Orquestra Sinfônica Brasileira, realizaremos uma avaliação de desempenho de 
>todo
> o corpo orquestral no período entre 10 e 18 de março de 2011. As avaliações
> consistirão, basicamente, em audições com o objetivo de analisar o potencial e 
>o
> desenvolvimento artístico de cada integrante do corpo orquestral e indicar as
> eventuais demandas do conjunto para que a OSB atinja um padrão internacional 
de
> excelência musical.
> 
> As performances serão examinadas por um grupo de avaliadores formado pela
> Diretoria Artística da OSB, além de profissionais de reconhecida atuação no
> circuito sinfônico internacional, estabelecendo um processo que tem em vista a
> premência dos desafios artísticos esperados pelo público, pela crítica e pelos
> apoiadores da instituição, como a difusão de novos
> repertórios, a realização de turnês no Brasil e no exterior, assim como a
> gravação de CDs, DVDs e outras mídias.
> 
> A seguir, estão disponibilizadas todas as informações relativas a este 
processo
> de avaliação, bem como o repertório das audições, cujas partes serão 
fornecidas
> pelo Departamento de Arquivo da Fundação OSB.
> 
> FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA
> 
> REGULAMENTO | AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO OSB
> 
> A Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira anuncia a realização de avaliação de
> desempenho para o corpo orquestral, que acontecerá no período entre os dias 10 
>e
> 18 de março de 2011.
> 
> 1. PROCESSO DE AVALIAÇÃO
> Todos os integrantes do corpo orquestral serão submetidos à avaliação de
> desempenho, que consistirá em audições individuais, na forma indicada neste
> regulamento. Os músicos contratados temporariamente pela OSB (?músico
> temporário?) durante a Temporada 2010 também poderão participar do processo, 
>com
> a exigência de executarem o repertório completo estipulado por este 
>regulamento.
> 
> Os músicos temporários interessados em submeter-se à avaliação e aqueles que
> desejarem pleitear uma categoria superior à que ocupam hoje terão até o dia 14
> de fevereiro de 2011 para comunicar ao Departamento Artístico da OSB, por
> e-mail, as informações a seguir, que serão necessárias para a organização das
> audições.
> 
> A. Nome Completo
> B. Categoria atual no naipe
> C. Categoria desejada
> D. Peça de livre escolha selecionada (caso requisitada na categoria)
> 
> A confirmação dessas informações é obrigatória e de responsabilidade do 
músico,
> devendo ser feita exclusivamente pelo endereço
> eletrônicoaudicoesmarco em osb.com.br. Os músicos interessados em pleitear uma
> categoria superior à ocupada atualmente deverão executar os programas 
>referentes
> a ambas, a categoria ocupada e a categoria desejada.
> 
> 2. CALENDÁRIO
> 14 de fevereiro de 2011 - Término do prazo para contato com o Departamento
> Artístico
> 10 de março de 2011 - Avaliação de violinos
> 11 de março de 2011 - Avaliação de violinos
> 12 de março de 2011 - Avaliação de violas e harpa
> 14 de março de 2011 - Avaliação de violoncelos e flautas
> 15 de março de 2011 - Avaliação de contrabaixos e oboés
> 16 de março de 2011 - Avaliação de clarinetes e fagotes
> 17 de março de 2011 - Avaliação de trompas, trombones e tuba
> 18 de março de 2011 - Avaliação de tímpanos, trompetes e percussão
> 
> 3. LOCAL E HORÁRIO
> As avaliações serão realizadas a partir das 10h da manhã, em local a ser
> confirmado. O horário de apresentação de cada músico será informado pelo
> Departamento Artístico até o dia 4 de março de 2011.
> 
> 4. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
> - Os músicos interessados em pleitear uma posição superior à atual deverão
> apresentar primeiramente o programa exigido para sua categoria e, então, 
>poderão
> executar o repertório da categoria pleiteada.
> - O grupo de avaliadores será composto pela Diretoria Artística da Orquestra
> Sinfônica Brasileira e profissionais de reconhecida atuação no cenário
> internacional da música de concerto.
> - A OSB disponibilizará um pianista acompanhador para cada músico, com direito 
>a
> um ensaio. A lista de pianistas acompanhadores será divulgada até07/02/2011.
> - A parte de piano da peça de livre escolha a ser executada pelo pianista
> acompanhador deverá ser providenciada pelo músico em duas cópias, sendo a
> segunda para o grupo de avaliadores.
> 
> 5. REPERTÓRIO
> As avaliações consistirão na execução do repertório apresentado no livreto
> anexo, dividido por instrumentos e categorias.
> As partes orquestrais listadas já estão disponíveis em CD ROM, impressas ou 
por
> e-mail para os músicos da OSB no Departamento de Arquivo. O material poderá 
ser
> retirado de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e de 13h às 18h; seu conteúdo
> também poderá ser enviado por email, quando solicitado.
> +++++++++
> (Mensagem enviada em 6 de janeiro de 2011)
> 
> OSB 2011: rumo a mais 70 anos de história
> 
> Em 2010, a Orquestra Sinfônica Brasileira celebrou 70 anos de história na
> companhia de alguns dos maiores artistas do país e do exterior, atraindo nada
> menos que 190 mil espectadores numa diversificada programação. Do Hexameron de
> Liszt ao Ciclo Brahms-Masur, da Terceira Sinfonia de Mahler à Nona de 
>Beethoven,
> a Temporada 2010 apresentou o melhor do repertório sinfônico e reviveu 
momentos
> marcantes destas sete décadas de música.
> 
> A Temporada cumpriu, assim, uma dupla função: colocar em foco a importância da
> OSB para a história da música no Brasil e mostrar as diferentes faces do 
>projeto
> que pauta o presente da instituição. A aposta em uma programação artística de
> ponta, que alinha expressões musicais de épocas e estéticas próprias, foi
> refletida na realização de 100 concertos, na apresentação de 175 diferentes
> obras, na participação de 39 solistas convidados e em iniciativas como a Série
> Fora de Série, o ciclo de música de câmara Quartas Clássicas e o espetáculo
> Aquarius, que reuniu cerca de 100 mil pessoas na Praia de Copacabana.
> 
> Além de um criterioso trabalho de divulgação da música sinfônica, o ano de 
2010
> também enfatizou projetos que têm por objetivo revelar novos talentos e formar
> plateias para a música de concerto, missões institucionais da Fundação OSB. Em
> junho, retomamos o Concurso Nelson Freire OSB Jovens Solistas, que trouxe ao 
>Rio
> instrumentistas de diferentes regiões do país. O Coro de Crianças da OSB, 
>criado
> em 2010, foi aplaudido em suas apresentações com a orquestra e em recitais
> independentes. O Departamento Educacional da OSB também atuou na 
sensibilização
> de novos públicos tanto por meio da série Concertos da Juventude, que levou 
>mais
> de 8 mil alunos da rede municipal de ensino para espetáculos exclusivos no
> Theatro Municipal, como também em palestras para estudantes e professores de
> projetos socioeducacionais vinculados a instituições e empresas parceiras.
> 
> Estes foram alguns dos feitos de um ano que não podia deixar de ser histórico.
> Para a OSB, o privilégio não é apenas chegar a uma data tão simbólica, mas
> compartilhar com todos vocês os motivos que tem para comemorar.
> 
> O desenvolvimento de projetos educacionais vem assumindo protagonismo dentre 
os
> objetivos da Fundação OSB. A trajetória e o valor desta instituição 
estabelecem
> também uma responsabilidade com o legado que queremos transmitir às futuras
> gerações, dando à Orquestra Sinfônica Brasileira um capital único para
> implementar ações capazes de impactar a realidade sociocultural do Rio de
> Janeiro e de todo o país. Por este exato motivo, o ano de 2011 que agora se
> inicia contemplará uma série de iniciativas da Fundação OSB em torno da
> capacitação de jovens músicos, da multiplicação de tecnologias de ensino 
>musical
> e da formação de novas plateias para a música sinfônica.
> 
> Uma das frentes desta atuação é o Centro de Educação Musical Brasileiro, 
núcleo
> de referência para a criação de metodologias de ensino da música. Este projeto
> dará a professores e alunos de escolas e projetos sociais a oportunidade de
> sistematizarem o conhecimento sobre a linguagem musical com especialistas no
> assunto, os próprios músicos da OSB.
> 
> Os Concertos da Juventude darão continuidade a uma tradição que a OSB iniciou 
>> em 1943: a facilitação do acesso à música clássica, por meio de uma 
programação
> anual voltada para novos públicos. Além da abordagem didática proporcionada 
>pela
> interação entre o maestro e a plateia, os Concertos da Juventude ganharão
> desdobramentos com a produção de materiais de apoio que aprofundarão a
> experiência do concerto.
> 
> O número de integrantes, ensaios e recitais do Coro de Crianças também será
> ampliado, e à OSB Jovem, que completa doze anos em 2011, daremos o destaque 
que
> seu crescimento merece. Pela variedade dos repertórios que apresenta e pela
> qualidade artística de seus concertos, podemos nos orgulhar em dizer que este
> conjunto é, hoje, uma das principais orquestras de formação do Brasil. A OSB
> Jovem, que já conta com mais de oitenta bolsistas, será reforçada com novos
> membros e assumirá um desafio artístico inédito em sua história. Para 
>prestigiar
> os talentos que temos formado em casa, convidaremos a orquestra para realizar 
>os
> espetáculos de estreia de nossas séries de assinatura. Assim, os jovens
> dividirão o palco com consagrados solistas e regentes, e terão a chance de
> demonstrar seu alto nível musical em repertórios cada vez mais exigentes.
> 
> Dentre as surpresas que o ano de 2011 ainda reserva, a inauguração da Cidade 
da
> Música possibilitará a infraestrutura para a realização de ações artísticas,
> sociais e educacionais como há muito esperamos poder desenvolver, além de um
> lugar especial para apresentarmos nossas novas séries de concertos a partir do
> segundo semestre. Sede de importantes eventos internacionais, o Rio de Janeiro
> ampliará nos próximos anos sua histórica condição de vitrine da cultura
> brasileira. Por simbolizar a cidade e o país através de sua música, a OSB
> investirá este ano na intensificação do trabalho de qualificação artística que 
>a
> credenciará como um dos grandes conjuntos sinfônicos do mundo e um ícone do 
que
> o Brasil possui de mais relevante. Nosso esforço em busca da excelência
> abrangerá a realização de audições no Rio de Janeiro, em Nova Iorque e em
> Londres, que visam a preencher 14 posições que ainda estão em aberto no corpo
> orquestral. Em março, os músicos da OSB realizarão também um processo de
> avaliação de desempenho, objetivando o desenvolvimento do conjunto para novas
> metas, como a gravação de CDs e DVDs.
> 
> Todas essas novidades são apenas uma parte do que preparamos para o ano. Em
> fevereiro, faremos o anúncio oficial da Temporada 2011, com atrações que são
> marcas do projeto artístico da OSB e agitarão nossa agenda cultural. Os
> assinantes das séries de concerto no Theatro Municipal poderão renovar seus
> assentos a partir de 11 de março; na Sala São Paulo, o período terá início no
> dia 25 de abril. Desde já, fazemos um convite para o nosso primeiro espetáculo
> do ano: uma homenagem ao movimento pela paz no Rio de Janeiro, com a OSB Jovem 
>e
> a grandiosa Paixão Segundo São João, de J. S. Bach, no dia 19 de março, no
> Theatro Municipal.
> 
> Rumo a mais 70 anos de história, desejamos a todos os que acompanham nosso
> trabalho um feliz 2011. E, claro, ótimos concertos!
> 
> FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA
> 
> 
> 
> 


      
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