[ANPPOM-L] Sobre CAs e esclarecimento de informações sobre produtividade

Martha Ulhôa mulhoa em unirio.br
Qua Mar 9 08:34:17 BRT 2011


Caro Sílvio, QUANDO alguem das pos publicarem na Leonardo ou a jnmr serão
provavelmente classificados em A1.

A listagem no CNPq não são para os representantes, mas para a comunidade que
sempre se renova e não está a par dos critérios. E, principalmente para as
comunidades internas das IES, onde em muitas Artes não recebe pontuação
equivalente às outras áreas.

Ab. Mt.

Em 6 de março de 2011 22:40, silvioferrazmello <silvioferrazmello em uol.com.br
> escreveu:

> cara marta e colegas
> desculpem-me mas a leonardo e a journal of new music research não são
> revistas que devam ser avaliadas em abaixo de A1 pois é assim que
> internacionalmente elas são qualificadas...
> também qto a intermediações, desculpem-me. É mto complicado dizermos que os
> representantes de artes não conheçam a Leonardo e sua importância.
>
> acredito q mais importante que argumentos que justifiquem a ausência das
> revistas seria pensarmos em como resolver este, que sem dúvida é um erro.
>
> abs
> silvio
>
>  On Mar 6, 2011, at 4:52 PM, Martha Ulhôa wrote:
>
>  Damián, só um esclarecimento sobre o QUALIS. São listadas apenas os
> periódicos onde houve publicação registrada no coleta CAPES.
>
>
> Houve uma ocasião em que estávamos colocando a listagem dos periódicos que
> considerávamos importantes como indução, incluindo esses que vc indicou. Só
> que a lista nossa de A1 ficou muito grande e tem uma norma que diz: A1<A2 e
> A1 + A2 + B1 = ou < 20 % de toda a produção. Assim, resolvemos só listar e
> classificar a produção efetivamente publicada.
>
>
> No entanto, a CA de avaliação ao verificar que tem alguma publicação
> registrada de padrão alto ela leva isto em consideração, assim como os
> consultores ad hoc ao emitir o parecer de mérito.
>
>
> POR OUTRO LADO, as representações estão aí para intermediar as necessidades
> e melhorar a forma de avaliação por pares. Nossa legitimidade enquanto
> comunidade acadêmica só existe enquanto pudermos estabelecer critérios
> aceitáveis não só interna quanto externamente.
>
>
> Sugiro que levem o assunto para o CNPq, para que a agência tome
> conhecimento de que a área de Artes tem muitas especialidades, uma vez que
> abriga Artes Cênicas, Artes Visuais e Música. Segundo, apesar de a área ter
> se expandido bastante, nem todos cursos de graduação de artes tem
> pós-graduação estrito senso. Terceiro, a área de Artes está em consolidação
> na pesquisa, o que significa que ao FAZER AVALIAÇÕES INTERNAS (concursos
> docentes, acesso a fomento nas próprias IES) a ausência de um QUALIS
> abrangente (com uma listagem ampla e não somente a listagem dos veículos
> onde se publicou no ano/triênio) pode prejudicar a área.
>
>
> Em relação ao respeito pela produção artística creio que isto só se dará
> quando conseguirmos refinar os critérios de modo que qualquer avaliador da
> área (pois em qualquer lugar existem as câmaras por área do conhecimento -
> no CNPq a música sempre foi respeitada porque se recusa a ser avaliada por
> não músicos - ISTO É ESSENCIAL - A AVALIAÇÃO SÓ PODE SER FEITA POR PARES)
> possa ele mesmo inferir o nível da produção, mesmo se esta se der fora do
> âmbito da pós-graduação, onde tem sido classificada.
>
>
> Vai demorar o tempo que a área leve para refinar os critérios e a
> comunidade aprenda a valorizar a produção artística, indicando no LATTES os
> índices para sua qualificação (Ineditismo, estréia, primeira audição;
> Instituição promotora ou evento; Abrangência da produção: duração e extensão
> do evento, temporada, turnê, festival; Reconhecimento dos pares: processo de
> seleção ou convite formal; prêmios).
>
>
> Você deve saber que a CAPES não lida com pesquisadores isolados, mas com
> Programas de Pós-Graduação. Mas, as recomendações para os PPG valem também
> para os currículos individuais (vou parafrasear): É recomendável sublinhar
> as produções que são fundamentais, no mérito. Evitar informar eventos
> repetidos de uma mesma produção ou repertório, sendo melhor aplicável o
> conceito de turnê, temporada ou série; isto também se aplica ao caso de
> atuações múltiplas numa mesma capacidade junto a um mesmo grupo.
>
>
> Arre! Falo mais que o homem da cobra...
>
>
>
> Ab. Mt.
>
> Em 3 de março de 2011 12:41, Damián Keller <musicoyargentino em hotmail.com>escreveu:
>
>>
>>
>>
>> Cara Heloísa,
>>
>>
>>
>> A questão que você
>> coloca é fundamental. A nossa produtividade como pesquisador é
>> avaliada pelo número de publicações e pela consistência da
>> produção. Essa avaliação tem impacto na avaliação dos cursos
>> feita pelo MEC, e a avaliação dos cursos – entre outros fatores –
>> determina a verba disponibilizada pela Capes e pelo MEC. Quer dizer,
>> se a avaliação não é feita de forma clara e objetiva é possível
>> criar um ciclo destrutivo e excludente.
>>
>>
>>
>> Lembro de algumas
>> colocações da nossa representante - Martha Ulhoa - durante o
>> encontro da Anppom em 2009. Uma das conquistas foi a criação do
>> Qualis Artístico. Esse é o primeiro passo para conseguir a paridade
>> entre a produção artística e a produção científica. Eu acho que
>> ainda estamos muito longe disso.
>>
>>
>>
>> Entre os vários
>> problemas do sistema de avaliação atual, aqui tem os mais óbvios:
>> - A Capes tem uma lista
>> com revistas avaliadas com Qualis A internacional. Nessa lista não
>> aparecem algumas das principais revistas da área de composição:
>> Journal of New Music Research, Leonardo Music Journal, etc.
>> http://qualis.capes.gov.br/webqualis/ConsultaListaCompletaPeriodicos.faces
>>
>>
>>
>> - Os eventos
>> internacionais mais importantes não são avaliados: ISME, ISMIR,
>> ICMC, SMC, etc.
>>
>>
>>
>> - Na avaliação de
>> projetos de pesquisa são aplicados três filtros:
>>
>> 1. instituições que
>> não têm pós-graduação em música não recebem apoio da Capes.
>> Isso gera uma migração centrípeta: quem não tem pós não atrai
>> doutor, e sem doutor não tem pós... Isso é particularmente grave
>> na região Norte.
>>
>> 2. Projetos de pesquisa
>> em arte não têm prioridade. Concorrendo em editais nacionais é
>> comum receber o parecer “projeto com mérito mas área não
>> prioritária”. E o que é totalmente devastador para grupos de
>> pesquisa incipientes fora das regiões centrais...
>> 3. “O projeto tem
>> mérito mas não atende as necessidades regionais”. Ou seja, se
>> você vive em uma região pobre – digamos no Norte do Brasil –
>> você não merece fazer pesquisa de ponta em arte. Como estão
>> faltando pedreiros nas usinas é melhor você ir trabalhar em Belo
>> Monte ou no Rio Madeira.
>>
>>
>>
>> (Desculpas pela última
>> frase, tem horas que dá desânimo...).
>>
>>
>>
>> Abraço,
>> Damián
>>
>>
>>
>>
>> Dr. Damián Keller -
>> Núcleo Amazônico de Pesquisa Musical (NAP) - Universidade Federal do Acre
>> - Amazon Center for Music Research - Federal University of Acre -
>> http://ccrma.stanford.edu/~dkeller
>>
>>
>>
>> ________________________________________________
>> Lista de discussões ANPPOM
>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
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> Martha Tupinambá de Ulhôa
> Instituto Villa Lobos - UNIRIO
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> Projeto Matrizes - PPGM - UNIRIO
> http://www.unirio.br/mpb/matrizes/
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> Executive Editor, IASPM em Journal
> http://www.iaspmjournal.net/index.php/IASPM_Journal/login
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> Editora Executiva, Cadernos do Colóquio
> http://seer.unirio.br/index.php/coloquio
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> Tel: (55) 21 -  2287 3775 // 8799 2998 (cel)
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