[ANPPOM-Lista] Alexandria

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Seg Jun 4 08:30:01 BRT 2012


Duda,

Esta requisição, de que os autores devam fornecer à Capes uma cópia de cada
livro em que apareça contribuição sua é, independente das várias questões
que você lista, mais uma, e das mais ridículas, das manifestações
ridiculamente policialescas de nosso meio (recomendo, a esse respeito, a
leitura do relatório da Human Rights Watch, *Força Letal: Violência
Policial e Segurança Pública no Rio de Janeiro e em São Paulo*, <
www.hrw.org/reports/2009/12/08/letal-0>), disputando o primeiro lugar com a
ABNT, uma associação que todo o ano se dá ao trabalho de inovar no
repertório de violações dos princípios mais básicos de boa tipografia, uma
história de séculos, e que no entanto manda e desmanda em lugares que se
concebem como centros da vida inteligente no planeta.

No ano passado publiquei uma entrevista num livro do qual ganhei um
exemplar. Tive que comprar uma cópia para a Capes.

No ano que vem publico um verbete num livro que está anunciado na Amazon
por US$250.00, do qual não vou ganhar nenhum exemplar. Vou comprar uma
cópia para mim e outra para a Capes?

Não, não vou.

Publiquei uma versão multimídia online. A Capes pode acessar.

Essa requisição de envio de publicações para a Capes parte do pressuposto
de que ninguém lê, ninguém sabe o que represente a editora X ou Y ou Z, ou
o organizador A, B, C ou D, ou o autor %, &, *, ou #. O livro, fisicamente
presente, serve para mostrar que todos são iguais perante a lei.

Abraço,

Carlos

2012/6/3 Rodolfo Caesar <rodolfo.caesar em gmail.com>

> Prezados colegas da lista,
>
>
> Peço um minuto:
>
> Devo apresentar, à Coordenação do meu programa de PG, um dos tres
> únicos exemplares que recebi como pagamento por parte de livro
> publicado. Caso contrário, não obterei minha perseguida pontuação na
> CAPES.
> Consideração:
> - (A exigência de cópias editadas, não-xerográficas se deve à denodada
> luta contra a pirataria.) Se todos os colegas de outras unidades que
> também participaram do livro sacrificarem como eu o seu terço, a
> biblioteca terá várias cópias inutilmente idênticas, somando um
> capital muitas vezes superior àquele que ora nos locupleta!
> Perguntas:
> 1 - Creio que apenas os livros impressos são cobrados. Penso em,
> brevemente, publicar um novo sítio na rede, pleno de textos e
> dinamicamente aberto a contribuições. Esse trabalho não deveria
> receber comparável tratamento? Mas como depositar uma cópia de site
> sem sacrificar sua dinâmica?
> 1.1 - Cópia de site para DVD é pirataria?
> 2 - Participei de um concerto no qual, em uma das peças do programa,
> improvisei durante vinte e cinco (conforme soube depois:
> intermináveis) minutos. Ninguém gravou! Mas se serve como produção
> intelectual, como fica seu registro nessa biblioteca?
> 3 - Devo concluir que as artes dinâmicas, cujo suporte material é o
> som no ar, em sua breve duração, são discriminadas contra o fundo das
> publicações gutenberguianas? Isso não atrairia nefandas consequencias
> para o setor musical?
> 3.1 - As partituras notadas são depositáveis?
> 3.1.1 - Nesse caso, aquelas que acabam de ser impressas pelos
> finales-sibelius servem, ou somente as que forem editadas por uma
> Schott alemã?
> 3.1.1.1 - Pergunta maldosa: quem possuir um finale-sibelius pirateado,
> a cópia de sua obra é também pirataria?
> 3.1.1.1.1 -------
>
> Agradecendo cordialmente,
>
> Rodolfo Caesar
> ________________________________________________
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> ________________________________________________
>



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carlos palombini
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