[ANPPOM-Lista] COMUNICADO E CONVITE - Associação Brasileira de Musicologia (ABMUS) - reunião, XXIII ANPPOM/Natal, 2013

[Diósnio Machado Neto]

Luciano,
Seu questionamento é justo, pertinente e enriquecedor.  Por isso desde um
primeiro momento acreditei que a ANPPOM era o espaço para a discussão sobre
o associativismo das áreas sob o guarda-chuva, naturalmente plural, da "pequisa
musical"
Espero vê-lo hoje à noite.
Um abraço,
Diósnio Neto

Em terça-feira, 20 de agosto de 2013, Luciano Morais escreveu:

> Caro Diosnio,
>
>    Perfeito, então, que se crie a associacao da subárea.
>    Me desculpe pelo tom direto, mas talvez algumas propostas e finalidades
> da Anppom não tenham ficado claras para todos os associados e quem levanta
> a bola acaba levando cortada mesmo. Normal. "Musicogia" já era pra ser um
> grande guardachuva, talvez até mais abrangente do que a nossa Anppom.
> Abarcando a pesquisa em posgraduaçao, seria de se pensar que a Anppom nao
> atuaria diretamente na graduação e na iniciação cientifica? Não sei, estou
> jogando perguntas pra clarear a questão.
>     Não é segredo, sou dos que acreditam que a Anppom poderia atuar mais
> na representação estrutural e política, intervindo e se manifestando em
> questões que afetam direta ou indiretamente as atividades acadêmicas e de
> formação profissional. Mas qualquer um está aberto para entender e cooperar
> com modelos diversos nos quais essas diversas finalidades podem ser
> cumpridas ou encaminhadas para subareas específicas. Eu estou justamente
> questionando pra onde vai o fluxo e não sou o único a perguntar.
> Abraço!
> Luciano
>
> Em 20/08/2013, às 07:12, Diósnio Machado Neto <diosnio em gmail.com<javascript:_e({}, 'cvml', 'diosnio em gmail.com');>>
> escreveu:
>
> Meu caro Luciano,
> A ANPPOM está funcionando há tempos como um guarda-chuva agregando várias
> modalidades de pesquisa, que se expressam em coordenadorias:
> composição, educação musical, etnomusicologia, música e interfaces, música
> popular, performance, musicologia e estética musical.
> Esta lista, por si só, apresenta aporias das mais diversas, tanto na ordem
> das disciplinas como na própria apresentação das especialidades. Logo, este
> é um primeiro aspecto que as sociedades de áreas, ou subáreas, tornam-se
> importantes. É só perguntar para os colegas se gostariam de dissolver a
> ABEM ou a ABET em benefício, ou prejuízo, da ANPPOM. Justamente é o
> contrário. Foi a força dessas associações que ajudaram a impulsionar a
> ANPPOM. Tenho certeza que o colega não acha pleonástica a ABEM, a ABET ou a
> IASPM-AL. Seria pleonástica a musicologia pela falta dos muros altos com
> que a musicologia cerca seus interesses? Acho que não, pois qualquer área é
> interdisciplinar...
> E qual seu objetivo? O mesmo das associações acima citadas. Inclusive
> representatividade política para auxiliar a ANPPOM a definir cada vez
> melhor a seleção de trabalhos expostos sob o guarda-chuva da pesquisa
> musical, ou a política de atuação diante dos órgãos de fomento à
> pesquisa. E como as outras associações, acredito que a área da musicologia
> buscará definir esta representação por simpósios e publicações periódicas,
> sempre numa perspectiva de possibilitar ao associado vislumbrar novas
> tendências, fomentar vínculos intitucionais, etc...
> Por fim, acho que o questionamento que cabe é sobre a SBM. Neste aspecto,
> como venho dizendo, houve tentativas de aproximação de vários colegas desde
> a ANPPOM que ocorreu na UNESP, sempre sem sucesso. Eu mesmo, como já expus
> em emails anteriores, busquei saber como estava a situação. Ano passado
> entrei em contato com Muriel Waldman, que aparecia no wickipédia com 1ª
> secretária da SBM (informo o telefone desta senhora a quem desejar). Foram
> ao menos três conversas que não tiveram continuidade, pois a mesma não
> soube informar o que estava ocorrendo com a presidência, já que a Carla
> Brombreg estava no exterior em pós-doc. Escrevi a Carla, mas não tive
> resposta (aliás seria positivo que pessoas mais próximas a Carla pudessem
> buscar respostas com ela, na qualidade de última presidente da SBM).
> Assim, sem resposta e percebendo que a SBM estava inativa aderi a ideia de
> criação de uma nova sociedade, consciente de todos os problemas apontados
> pelos colegas. Porém esperançoso de que possa ter um espaço para discutir
> com pares algumas especificidades da área que hoje não vislumbrado na
> ANPPOM, pela sua própria natureza. O único que posso afirmar é que não me
> localizo na ABEM, nem na ABET, nem na IASPM-AL... Enfim, não consigo
> encontrar essa ressonância pleonástica como você consegue, até mesmo pela
> consciência que tenho da ANPPOM como um grande guarda-chuva.
> Um abraço,
> Diósnio Neto
>
>
> Em segunda-feira, 19 de agosto de 2013, Luciano Morais escreveu:
>
> Cara Catarina,
>    Não sei onde há discordância. Todos concordamos com o que esta dito, o
> que não está claro é a finalidade da nova associação de musicologia, tendo
> a Annpom, e a seqüência do trabalho da associação fundada em 1981. Se há
> duvidas, esse é o espaço para dirimi-las...
>     Por nenhuma associação ser perfeita é que é necessário ter clareza em
> criar associações que soam pleonásticas. Não sou eu o único "desinformado",
> como muitas mensagens aqui parecem indicar.
>
> Abraço!
> Luciano
>
> Em 19/08/2013, às 08:44, Catarina Domenici <catarina em catarinadomenici.com>
> escreveu:
>
> Caro Luciano,
>
> Permita-me discordar da tua colocação. A ABRAPEM foi fundada para dialogar
> sobre a performance musical com outros segmentos da sociedade que
> localizam-se fora do âmbito da pós-graduação. Um das missões da ABRAPEM é
> justamente criar uma ponte entre a pós-graduação, a graduação, o ensino
> técnico e escolas de música.
> Como associada da ANPPOM, penso que esta associação tem atendido as
> demandas às quais se propõe. Claro que sempre busca-se o aprimoramento,
> pois *nenhuma* associação é perfeita.
> Aproveito para expressar aqui a minha visão sobre a criação das
> associações de subáreas, a qual vejo de maneira positiva no tocante ao
> aprofundamento das discussões sobre questões específicas de cada subárea, o
> que poderá fortalecer a área como um todo desde que se busque ações
> articuladas entre essas e especialmente com a ANPPOM. O perigo da
> fragmentação está no isolamento, na "puxação de tapete", na rivalidade e na
> perda da perspectiva de ações coletivas em prol do fortalecimento da área
> da *música* em nosso país.  Por isso, em momento algum vejo isso como uma
> ameaça à ANPPOM, asociação que considero es
>
>

-- 
Diósnio Machado Neto
História da Música e Música Brasileira
Departamento de Música - FFCLRP/USP
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