[ANPPOM-Lista] RES: sobre o manifesto em resposta ao editorial de O Estado de S. Paulo

luciano cesar lucianocesar78 em yahoo.com.br
Sex Fev 8 16:39:02 BRST 2013


Pessoal, 

Me parece que a ANPPOM não tomou nenhuma decisão ainda, ela está esperando mais manifestações. A diretoria tem esse dever sob pena de agir despoticamente, o que não é aceitável...
    A gente sempre gosta de ver decisões sendo tomadas anti-democraticamente quando concordamos com elas. Mas o fato é que, como presidencia, é necessário haver corum maior.
   Enquanto esperamos os colegas se mainifestarem, podemos fazer nossas próprias manifestações individuais. A caixa do Ombudsman do Estadão já lotou com nossas mensagens?

Abraços, 

Luciano


--- Em qui, 7/2/13, Alvaro Henrique <alvaroguitar em gmail.com> escreveu:

De: Alvaro Henrique <alvaroguitar em gmail.com>
Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] RES: sobre o manifesto em resposta ao editorial de O Estado de S. Paulo
Para: "Daniel Lemos" <dal_lemos em yahoo.com.br>
Cc: anppom-l em iar.unicamp.br
Data: Quinta-feira, 7 de Fevereiro de 2013, 19:34

Cadê os diretamente afetados por essa medida? Os psô-dotô? Os diretô? Os coordenadô? Os psô? Os pós-graduandos?

A decisão da ANPPOM em ficar calada me parece em total acordo com a opinião predominante dos afetados. 


Abraços,
Alvaro Henrique
www.alvarohenrique.com
----
http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU 




Em 6 de fevereiro de 2013 18:32, Daniel Lemos <dal_lemos em yahoo.com.br> escreveu:


Prezados colegas,

Sabe o que me deixa mais estarrecido nessa situação?

É o fato de que vários colegas insistem em querer provar pras demais áreas que a Música é uma legítima área de pesquisa (que é desnecessário, pois já provamos isso) até mesmo sob o risco de simplesmente colocar a produção artística em segundo plano (ou em plano algum)...


... e vem o governo federal e nos dá uma facada "sem fronteira" pelas costas.

Acho que temos mesmo é de fazer o que NÓS queremos, e não o que o Ministério da Educação, a CAPES e seus capangas querem.


Daniel Lemos CerqueiraCoordenador do Curso de Música
Coordenador do PIBID de Artes
Membro da Comissão Permanente de VestibularUniversidade Federal do Maranhão (UFMA)

http://musica.ufma.br



--- Em qua, 6/2/13, luciano cesar
 <lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu:


De: luciano cesar <lucianocesar78 em yahoo.com.br>
Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] RES: sobre o manifesto em resposta ao editorial de O Estado de S. Paulo

Para: "'Luciana Del-Ben'" <ldelben em gmail.com>, "'ANPPOM'" <anppom-l em iar.unicamp.br>, jamannis em uol.com.br

Data: Quarta-feira, 6 de Fevereiro de 2013, 11:38

Prezados, prezadas, Profa. Luciana,


   Concordo com o Prof. Mannis e fecho minha opinião com a dele. Acho importante uma manifestação como instituição. Mas a Profa. Luciana também tem razão em considerar a necessidade de um debate mais amplo. O Prof. Jorge Antunes defende a tomada de uma posição mais "direta" pela
 diretoria, mas isso pode virar uma atitude não representativa, porque poucos membros estão realmente participando da discussão: eu contei 7 pessoas que diretamente contribuíram no texto... Teríamos que ter pelo menos um "sim, concordo" de mais de 50 por cento dos membros da lista para autorizar uma manifestação da ANPPOM. Caso ela, como presidente, ache inadequado assinar em nome de uma instituição um documento elaborado e acatado por uma minoria, creio que devamos respeitar. 

   A declaração de
 solidariedade à divulgação do texto, no entanto, me parece um meio termo entre a necessidade de ampliar o debate e a agilidade que o ocorrido pede. Não é questão de impor uma reforma ampla na maneira como o governo vê a ciência. Trata-se, a meu ver, de alguns passos atrás disto: uma manifestação de classe que se pretende (ou pede apoio para que seja) um pouco mais assertiva do que meia duzia de cartas endereçadas ao jornal, coisa que, inclusive, podemos fazer individualmente, a qualquer momento. 

   Mas eu não gostaria de pressionar a presidente. Se pedimos o apoio "dela", ela como presidente precisa do apoio "nosso" e sobre esse assunto, a lista tem se mantido silenciosa.
Segue o link com o famigerado artigo, para contemplação dos colegas e professores


http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-ciencia-sem-fronteiras-,986117,0.htm



   Em tempo: pelo que me lembro do debate ocorrido na ANPPOM de João Pessoa,  a a música, como pesquisa ou produção ser passível de se caracterizar como ciência era algo em acordo, pois estamos inseridos nas Universidades, mas era também um problema de diálogo formal. Lembro do Prof. Iazetta admoestando que não basta que a produção artística dos professores seja inserida como pesquisa, ela tem que gerar uma reflexão, deixar um lastro conceitual, se apoiar em outras pesquisas, dialogar com projetos de longo prazo. Se há essa dificuldade de compreensão formal, em termos de conteúdo, me parecia evidente que há ciência sendo feita nas áreas de humanas e artes, só precisam ser formatadas para tal direção, o que, inclusive, diferenciaria
 essas pesquisas da produção para o mercado livre de música. Mas deixar a área de artes e humanidades às moscas não me parece contribuir com isso. É preciso inclusive informar professores, pesquisadores e orientadores sobre os processos através dos quais uma composição ou um recital, por exemplo, pode se tornar interessante do ponto de vista da formalidade científica e isso requer tempo, verba, etc. A UFRGS, por exemplo, tem um programa nota 7 e tem núcleos de produção de programas de concertos...

    Se as verbas do "ciência sem fronteiras" não reconhecem isso, então é necessário uma proposição política de alcance mais amplo. Isso dá razão a ponderabilidade da presidente, mas também pede uma certa rapidez de manifestação. 

    Há também a questão que o Marcus Wolff colocou: o programa tem fronteiras inclusive geográficas bastante claras e acho que isso não é uma mera questão de
 rótulo. É consequencia de uma visão de mundo e de ciência que precisa ser meditada para decidirmos se é o que queremos. Me parece cada vez mais clara uma intervenção política e econômica na pesquisa científica, começando pela definição de "ciência" contemplada no programa. Essa observação pode ser simplesmente caracterizada como corporativista? Por que é isso o que o editorial do Estado afirma...

   Vamos começar pelo começo do artigo: um governo, seja qual for, tem direito de estabelecer as prioridades que entende em matéria de ensino e pesquisa? Podemos esperar de um governo militar que dirija as verbas de financiamento públicas (porque é o governo, não é a Votorantim) para fabricação de armamentos, ou de um governo comunista uma formação marxista massificada nas escolas? Um governo do PP podería demonizar Antonio Conselheiro, um estado religioso poderia banir o ensino do evolucionismo? O nosso governo pode
 decidir, sozinho, o que priorizar na pesquisa e ensino acadêmicos?

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-ciencia-sem-fronteiras-,986117,0.htm


Está havendo na ANPPOM um microcosmos dessa discussão mais ampla, matizado em sua versão mais democrática: a Profa. Luciana, com toda razão, não quer agir despoticamente (como o governo federal parece estar agindo no caso da decisão do TRF do Ceará), e nós, enquanto maioria de membros da ANPPOM, estamos demorando a nos manifestar...

Um abraço!
Luciano 


--- Em ter, 5/2/13, jamannis em uol.com.br <jamannis em uol.com.br> escreveu:


De: jamannis em uol.com.br <jamannis em uol.com.br>

Assunto: [ANPPOM-Lista] RES: sobre o
 manifesto em resposta ao editorial
 de O Estado de S. Paulo
Para: "'Luciana Del-Ben'" <ldelben em gmail.com>, "'ANPPOM'" <anppom-l em iar.unicamp.br>

Data: Terça-feira, 5 de Fevereiro de 2013, 17:25

Senhoras, Senhores,  Conforme a Presidente da ANPPOM a associação só pode assumir a responsabilidade por aquilo que aprova, o que exige uma consulta ampla que, neste momento talvez seja de difícil operacionalidade.
  Me parece mesmo difícil que uma pessoa jurídica (como a Anppom) subscreva um abaixo assinado que em principio reúne pessoas físicas. Contudo, a ANPPOM, e outras associações podem SE SOLIDARIZAR com o conteúdo do manifesto RECONHECENDO-O como PERTINENTE e SUSCITANDO UMA ANALISE MAIS APROFUNDADA de sua implementação no âmbito das políticas públicas brasileiras. Para emitir um documento deste teor, ou seja de reconhecimento de uma iniciativa justa e plausível, sem subscrevê-lo, a ANPPOM não teria que proceder à uma
 ampla consulta, pois estaria dentro das prerrogativas da Presidência. O mesmo poderia ocorrer com outras associações.  Os documentos de SOLIDARIEDADE poderiam ser curtos, diretos, e veiculados juntamente com o Manifesto.
  De minha parte, sugiro que, neste momento o documento seja veiculado, tendo anexo uma mensagem de reconhecimento das associações que se prestarem a fazê-lo.
  Penso que, como RESPOSTA, a divulgação do manifesto não deveria tardar muito mais, para não diminuir demasiadamente seu impacto da resposta (e o nosso tempo de reação – o que não deixa de ser um indicador do grau de organização e de potencial do grupo que assina o documento).
  Abraços  Mannis
  De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] Em nome de Luciana Del-Ben

Enviada em: terça-feira, 5 de fevereiro de 2013 10:27
Para: ANPPOM
Assunto: [ANPPOM-Lista] sobre o manifesto em resposta ao editorial de O Estado de S. Paulo  
Caro Luciano, caros demais membros da lista,O documento, inicialmente, tramitou na lista e recebeu a colaboração de alguns associados, na condição de documento de autoria desses associados. Não foi discutido se este seria um documento representativo da ANPPOM. Assim, para que a Associação assuma a responsabilidade de encaminhá-lo, precisa da anuência dos associados, formalmente. Como a lista não é um fórum deliberativo da ANPPOM (mesmo porque nem todos os sócios participam da lista), é preciso fazer uma consulta a todos os associados para se manifestarem sobre se entendem que seja papel da ANPPOM assumir a responsabilidade de encaminhar o documento.
Caso os associados (em prazo a ser estabelecido) se manifestem a favor da
 iniciativa de encaminhamento do documento pela ANPPOM, a diretoria então assume a tarefa de revisar o documento, tendo em vista discussões anteriores sobre o tema realizadas tanto na lista quanto no último Congresso promovido pela Associação, especialmente na mesa-redonda “Diretrizes para a pesquisa e a formação pós-graduada na área de música”. 
Obviamente, tudo isso poderá ser feito, mas tomará um tempo maior do que o, acredito, desejado pelos associados que elaboraram o documento. Diante disso, pensamos na possibilidade de, neste momento, o documento ser divulgado por seus próprios autores e a Associação se responsabilizar
 não pelo seu encaminhamento, mas pela continuidade do debate. Isso seria feito por meio da criação de um espaço específico no próximo Congresso (um novo Grupo de Trabalho) para discutir as atuais políticas de pesquisa e formação no país, procedimento já adotado no Congresso de 2012, em relação a outras temáticas e que, acreditamos, trouxe-nos um retorno significativo, no sentido de apresentar algumas proposições não somente para a Associação, mas também para a área de música. 
Assim sendo, aguardaremos o posicionamento dos autores do documento sobre os encaminhamentos aqui sugeridos. Saudações,
Luciana
 Del-Ben
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http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l

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