[ANPPOM-Lista] "pontos de ruptura no tecido civilizatório"

Andersonn Henrique Araújo andersonn.henrique em hotmail.com
Ter Jun 4 14:21:39 BRT 2013


Olá professor.Como não ser opressor e ter um mecanismo infalível de punição? 
Bem essa é uma questão de tirar o sono de qualquer um, rsrsrs, pensando sobre eu cheguei a duas conclusões, vejamos:1-Se temos uma posição de não punição, talvez seja a maior ferramenta de punição. A ausência da punição, no sentido de deixar de corrigir, seria uma ferramenta altamente eficiente, culpando os sujeitos pela ausência de crescimento e pela ausência de correção. Entretanto, apesar de ser eficiente ainda não deixamos de ser opressores pois não permitimos que o sujeito-aluno se desenvolva. Oprimindo o aluno através da ausência da punição-correção não resolve o problema da punição nem tão pouco do opressor-oprimido.
2-A questão que acho válida é a superação dessa dicotomia oprimido-opressor. Quando os sujeitos estão envoltos a contextos não departamentalizantes, não segredados, não se sentirão oprimidos. Não é que eu queira tornar todos opressores, ao contrário o ideal seria a superação dessa dicotomia antagônica. Não sentir-se um oprimido, mas antes disso, sentir-se sujeitos de direitos dentro de uma sociedade pode ser um dos papéis principais da educação. Claro, o sentir-se deve vir agregado a efetividade da garantia de direitos, para não parecer mais uma ferramenta de uma ideologia torta de opressão. Essa superação transcendente, pode ser propiciada pela educação consciente. E onde fica a punição na superação da dicotomia?A punição, nesse sentido, não é dirigida aos sujeitos, e sim a própria dicotomia departamentalizante de opressor-oprimido. Corrigindo essa barreira categorizante que as pessoas podem ter.
O vídeo que o sr. postou recentemente colabora para essa superação das departamentalizações opressor-oprimido, erudito-popular. A sociedade é muito mais plural que isso e encaixar tudo em duas categorias antagônicas é uma pretensão irreal. Quando Lázaro Ramos pergunta sobre a ascensão da classe C, Criolo fica perplexo e compara essas categorizações a caixinhas de leite... (fantástico). A sociedade, e a música não foge disso, é muito mais plural para ser categorizada em dicotomias antagônicas.
Desculpe o texto grande, mas as vezes me empolgo, rsrs.Acertei?AbraçosAndersonn Henrique
Date: Tue, 4 Jun 2013 00:38:35 -0300
Subject: Re: [ANPPOM-Lista] "pontos de ruptura no tecido civilizatório"
From: cpalombini em gmail.com
To: andersonn.henrique em hotmail.com

Andersonn,

Obrigado pela mensagem.

Eu entendo isso perfeitamente: quase sempre, odiei ser aluno.

Eu não gosto de me tornar um opressor, mas tenho um mecanismo infalível de punição.

Vamos ver se você adivinha.


Abraço,

Carlos

 		 	   		  
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