[ANPPOM-Lista] [Sonologia-l] Fraude para inflar visualizações de clipes cai como bomba no meio musical
Igor Reis Reyner
reynerpianista em yahoo.com.br
Seg Jun 10 14:32:48 BRT 2013
Não sabia que os sertanejos universitários serviam de inspiração comportamental para certos acadêmicos.
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De : Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com>
À : anppom-l em iar.unicamp.br; Pesquisadores em Sonologia (Música) <sonologia-l em listas.unicamp.br>
Envoyé le : Lundi 10 juin 2013 14h14
Objet : [Sonologia-l] Fraude para inflar visualizações de clipes cai como bomba no meio musical
A notícia não é nova, mas... (parece que alguém não pagou o serviço!) Para quem esteja interessado:
http://www.comprarviews.com/ (este eu recomendo, ou não)
04/06/2013 00:30:00
Fraude para inflar visualizações de clipes cai como bomba no meio musical
Esquema denunciado pelo DIA mostra que sites nacionais e internacionais vendem centenas de cliques por uma bagatela
Leandro Souto Maior e Ricardo Schott
Rio - Esquema tecnológico usado para
fraudar número de visualizações de vídeos no YouTube — através de
acessos reais e não gerados por ferramenta automática — foi denunciado
ontem pelo colunista Leo Dias no DIA. Na reportagem, empresário
conhecido no meio musical como Magalhães disse ser o responsável por
fenômenos da internet, como clipes de artistas populares do sertanejo,
entre eles Gusttavo Lima, Luan Santana, Munhoz & Mariano e Gabriel
Gava, e afirmou que tentava “falar com o escritório do Naldo”.
Luan Santana, Gusttavo Lima, entre outros, foram citados como artistas que
tiveram visualizações infladas por um esquema que vende até comentários
em redes sociais. Eles Foto: Divulgação
Procurada pelo jornal, a Som Livre, gravadora dos artistas citados, disse que não poderia esclarecer informações sobre as supostas fraudes dentro do prazo de fechamento desta edição. Já o
delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática
(DRCI), Gilson Perdigão, irá analisar o caso e verificar se a situação
constitui fraude.
Numa rápida busca no Google, é possível encontrar sites que oferecem o serviço de venda de ‘views’. Já o YouTube informou que o canal está sempre preocupado em evitar abusos contra seu sistema e “usa diversas tecnologias para prevenir aumento artificial de
visualizações por spambots, malware e qualquer outro programa” (veja nas páginas 6 e 7 como funcionam).
Responsável pelas redes sociais de Luan Santana,
um dos astros apontados como consumidor do serviço, Juliana Thomé diz
que não conhece o especialista identificado como Magalhães, que
comandaria o esquema. Thomé afirma que o sucesso de Luan é real: “Uma
vez uma pessoa ofereceu um recurso desses e a gente não aceitou. A gente sabe que o público do Luan é muito forte e muito natural, nem tem por
que cogitar esse tipo de serviço. Existem, sim, mecanismos que aumentam
as visualizações e esse cara parece que sabe bem do que fala, quando
cita que são visitas diferentes, que consegue acessos de mobiles... Mas
qualquer pessoa pode ver como o Luan mobiliza a internet”.
Dos artistas citados por Magalhães, que afirmou
cobrar R$ 7,5 mil a cada 1 milhão de visualizações no YouTube, o mais
indignado é Luan Santana: “Coloco os meus canais da internet para
auditoria, que possa provar que a verdade é o que sustenta uma história, uma carreira, cujo sucesso é assinado junto com o público”.
Em gravação, o empresário ouvido por Leo Dias
contou ainda que tenta falar com Naldo e entrar no mundo do funk, mas
ainda não havia conseguido. Ele afirmou que poderia ganhar qualquer
premiação que angarie votos populares via internet. “Hoje consigo ganhar o prêmio Multishow com qualquer artista”, disse.
Representantes de Naldo teriam sido procurados para receberem proposta semelhanteFoto: Divulgação
Gerente de produtos e negócios do canal Multishow, Stella Amaral discorda: “A Globosat emprega em seus sites de internet e processos de votação online práticas de segurança
compatíveis com o mercado. A votação popular é muito importante no
Prêmio Multishow, existe desde a primeira edição, e é baseada no
envolvimento e no engajamento dos fãs, que se mobilizam para eleger seus artistas favoritos”.
Diretor de marketing de Naldo, Mario Portella já
espera a proposta com uma negativa. “Nunca nos propuseram isso. E não
adianta criar nenhum esquema baseado em fraudes. É possível criar fakes
na internet para bombar determinado artista, mas não tenho como provar”, diz Portella, explicando que o trabalho realizado com seriedade envolve contato diário com fãs-clubes. “Damos ferramentas para eles, fazemos
promoções, para que comecem a divulgar. Eles criam o ‘exército’ de fãs a partir do momento em que os credenciamos como fãs-clubes oficiais. E um dissemina as informações para o outro. É algo que não tem custo e é
espontâneo”, afirma.
Criador do aplicativo musical Plaay (uma espécie
de rede social de músicas), o programador João Pedro Motta conta que, no Brasil, tal procedimento “serve mais para burlar o YouTube do que para
fazer realmente uma fraude. Nos Estados Unidos, eles usam robôs,
enquanto aqui são pessoas com vários perfis, muitos seguidores, que
ganham pouco por não saberem o verdadeiro preço de mercado disso”,
relata. “E também não sabem o peso da propaganda na internet. Muitas
vezes o que acontece é o link ser exibido até todo mundo enjoar. O
próprio artista sai perdendo”.
Newma Santiago, produtora da dupla Pepê &
Neném, diz que foi procurada recentemente por uma pessoa oferecendo um
serviço desses. “A ideia deles é pegar os artistas que estão precisando
bombar. Por isso, tem muita gente aí que não é famosa mas tem
visualizações à beça”, ressalta.
Também citada como cliente do esquema de
Magalhães, a dupla Munhoz & Mariano descarta tais fraudes. “Só
podemos pensar que isso se trata de uma brincadeira de mau gosto. Por
que razão um canal como o YouTube, conhecido no mundo inteiro por sua
credibilidade, seria suscetível a um tipo de ‘manobra’?”, disseram,
através de sua assessoria.
Pelo Twitter, o apresentador Danilo Gentili se
manifestou sobre os esquemas denunciados, dizendo que não são novidade:
“Sempre soube disso!”
http://odia.ig.com.br/diversao/2013-06-04/fraude-para-inflar-visualizacoes-de-clipes-nas-redes-sociais-cai-como-bomba-no-meio-musical.html
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carlos palombini
pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio
ufmg.academia.edu/CarlosPalombini
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