[ANPPOM-Lista] Fraude para inflar visualizações de clipes cai como bomba no meio musical

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Seg Jun 10 14:14:37 BRT 2013


A notícia não é nova, mas... (parece que alguém não pagou o serviço!) Para
quem esteja interessado:

http://www.comprarviews.com/ (este eu recomendo, ou não)

 04/06/2013 00:30:00
 Fraude para inflar visualizações de clipes cai como bomba no meio
musical Esquema
denunciado pelo DIA mostra que sites nacionais e internacionais vendem
centenas de cliques por uma bagatela
  *Leandro Souto Maior* e *Ricardo Schott* **

Rio - Esquema tecnológico usado para fraudar número de visualizações de
vídeos no YouTube — através de acessos reais e não gerados por ferramenta
automática — foi denunciado ontem pelo colunista Leo Dias no DIA. Na
reportagem, empresário conhecido no meio musical como Magalhães disse ser o
responsável por fenômenos da internet, como clipes de artistas populares do
sertanejo, entre eles Gusttavo Lima, Luan Santana, Munhoz & Mariano e
Gabriel Gava, e afirmou que tentava “falar com o escritório do Naldo”.
  Luan Santana, Gusttavo Lima, entre outros, foram citados como artistas
que tiveram visualizações infladas por um esquema que vende até comentários
em redes sociais. Eles
 Foto:  Divulgação


 Procurada pelo jornal, a Som Livre, gravadora dos artistas citados, disse
que não poderia esclarecer informações sobre as supostas fraudes dentro do
prazo de fechamento desta edição. Já o delegado titular da Delegacia de
Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Gilson Perdigão, irá analisar o
caso e verificar se a situação constitui fraude.

Numa rápida busca no Google, é possível encontrar sites que oferecem o
serviço de venda de ‘views’. Já o YouTube informou que o canal está sempre
preocupado em evitar abusos contra seu sistema e “usa diversas tecnologias
para prevenir aumento artificial de visualizações por spambots, malware e
qualquer outro programa” (veja nas páginas 6 e 7 como funcionam).

Responsável pelas redes sociais de Luan Santana, um dos astros apontados
como consumidor do serviço, Juliana Thomé diz que não conhece o
especialista identificado como Magalhães, que comandaria o esquema. Thomé
afirma que o sucesso de Luan é real: “Uma vez uma pessoa ofereceu um
recurso desses e a gente não aceitou. A gente sabe que o público do Luan é
muito forte e muito natural, nem tem por que cogitar esse tipo de serviço.
Existem, sim, mecanismos que aumentam as visualizações e esse cara parece
que sabe bem do que fala, quando cita que são visitas diferentes, que
consegue acessos de mobiles... Mas qualquer pessoa pode ver como o Luan
mobiliza a internet”.

Dos artistas citados por Magalhães, que afirmou cobrar R$ 7,5 mil a cada 1
milhão de visualizações no YouTube, o mais indignado é Luan Santana:
“Coloco os meus canais da internet para auditoria, que possa provar que a
verdade é o que sustenta uma história, uma carreira, cujo sucesso é
assinado junto com o público”.

Em gravação, o empresário ouvido por Leo Dias contou ainda que tenta falar
com Naldo e entrar no mundo do funk, mas ainda não havia conseguido. Ele
afirmou que poderia ganhar qualquer premiação que angarie votos populares
via internet. “Hoje consigo ganhar o prêmio Multishow com qualquer
artista”, disse.
  Representantes de Naldo teriam sido procurados para receberem proposta
semelhante
 Foto:  Divulgação


 Gerente de produtos e negócios do canal Multishow, Stella Amaral discorda:
“A Globosat emprega em seus sites de internet e processos de votação online
práticas de segurança compatíveis com o mercado. A votação popular é muito
importante no Prêmio Multishow, existe desde a primeira edição, e é baseada
no envolvimento e no engajamento dos fãs, que se mobilizam para eleger seus
artistas favoritos”.

Diretor de marketing de Naldo, Mario Portella já espera a proposta com uma
negativa. “Nunca nos propuseram isso. E não adianta criar nenhum esquema
baseado em fraudes. É possível criar fakes na internet para bombar
determinado artista, mas não tenho como provar”, diz Portella, explicando
que o trabalho realizado com seriedade envolve contato diário com
fãs-clubes. “Damos ferramentas para eles, fazemos promoções, para que
comecem a divulgar. Eles criam o ‘exército’ de fãs a partir do momento em
que os credenciamos como fãs-clubes oficiais. E um dissemina as informações
para o outro. É algo que não tem custo e é espontâneo”, afirma.

Criador do aplicativo musical Plaay (uma espécie de rede social de
músicas), o programador João Pedro Motta conta que, no Brasil, tal
procedimento “serve mais para burlar o YouTube do que para fazer realmente
uma fraude. Nos Estados Unidos, eles usam robôs, enquanto aqui são pessoas
com vários perfis, muitos seguidores, que ganham pouco por não saberem o
verdadeiro preço de mercado disso”, relata. “E também não sabem o peso da
propaganda na internet. Muitas vezes o que acontece é o link ser exibido
até todo mundo enjoar. O próprio artista sai perdendo”.

Newma Santiago, produtora da dupla Pepê & Neném, diz que foi procurada
recentemente por uma pessoa oferecendo um serviço desses. “A ideia deles é
pegar os artistas que estão precisando bombar. Por isso, tem muita gente aí
que não é famosa mas tem visualizações à beça”, ressalta.

Também citada como cliente do esquema de Magalhães, a dupla Munhoz &
Mariano descarta tais fraudes. “Só podemos pensar que isso se trata de uma
brincadeira de mau gosto. Por que razão um canal como o YouTube, conhecido
no mundo inteiro por sua credibilidade, seria suscetível a um tipo de
‘manobra’?”, disseram, através de sua assessoria.

Pelo Twitter, o apresentador Danilo Gentili se manifestou sobre os esquemas
denunciados, dizendo que não são novidade: “Sempre soube disso!”

http://odia.ig.com.br/diversao/2013-06-04/fraude-para-inflar-visualizacoes-de-clipes-nas-redes-sociais-cai-como-bomba-no-meio-musical.html
-- 
carlos palombini
pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio
ufmg.academia.edu/CarlosPalombini
proibidao.org
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