[ANPPOM-Lista] Nilo Batista denuncia a censura inconstitucional: A criminalização do funk

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Dom Nov 10 16:48:25 BRST 2013


Caio,

Não, a estrutura musical fica intacta. E nem é a mídia que "traveste", os
artistas são bem treinados na autocensura. Por exemplo, o produtor da MC
Anita, que não tem base nas comunidades, a não ser aquela que lhe confere a
fama, e portanto não é uma artista "de raiz", isto é, não seria convidada
para a Roda de Funk, é um excelente produtor, que trabalhou e trabalha com
os MCs mais radicais do funk, Dennins DJ. De modo análogo, a MC Sabrina (da
Provi), em sua atual fase pop, tem como produtor Grandmaster Raphael, que é
um dos primeiros DJs do funk carioca, cujo papel tem sido um tanto ofuscado
pela obsessão geral com a figura de Marlboro.

Abraço,
Carlos

2013/11/10 Caio Barros <caio.barros em gmail.com>

>
>
> A grande mídia cede espaço a esses artistas como concessões. Porque no
>> fundo, o funk não é digerível. Ele causa mal estar. E, na TV, tende a
>> tornar-se obsceno. Como a MC Byana, cantando "Vem, ousadia, vem, ousadia, /
>> Festinha, festinha!" ao invés de "Vem, putaria, vem, putaria / Orgia,
>> orgia!". O mercado do funk, em seu território, compete com o da grande
>> mídia, que só o engole travestido. Por isso, há que proibi-lo, do mesmo
>> modo como se botam pra correr as economias locais nas comunidades
>> "pacificadas".
>>
>
> Prof. Carlos, a mídia traveste, além das letras, a sonoridade e/ou a
> estrutura musical de alguma maneira?
>
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