[ANPPOM-Lista] Nilo Batista denuncia a censura inconstitucional: A criminalização do funk
Daniel Lemos
dal_lemos em yahoo.com.br
Seg Nov 11 00:46:12 BRST 2013
Prezados,
Mas este tipo de cenário não é exclusivo do funk carioca. Acontece com qualquer outro estilo musical, não é verdade?
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Em dom, 10/11/13, Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com> escreveu:
Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Nilo Batista denuncia a censura inconstitucional: A criminalização do funk
Para: "anppom-l em iar.unicamp.br" <anppom-l em iar.unicamp.br>
Data: Domingo, 10 de Novembro de 2013, 16:48
Caio,
Não, a estrutura
musical fica intacta. E nem é a mídia que
"traveste", os artistas são bem treinados na
autocensura. Por exemplo, o produtor da MC Anita, que não
tem base nas comunidades, a não ser aquela que lhe confere
a fama, e portanto não é uma artista "de raiz",
isto é, não seria convidada para a Roda de Funk, é um
excelente produtor, que trabalhou e trabalha com os MCs mais
radicais do funk, Dennins DJ. De modo análogo, a MC Sabrina
(da Provi), em sua atual fase pop, tem como produtor
Grandmaster Raphael, que é um dos primeiros DJs do funk
carioca, cujo papel tem sido um tanto ofuscado pela
obsessão geral com a figura de Marlboro.
Abraço,
Carlos
2013/11/10 Caio Barros
<caio.barros em gmail.com>
A grande mídia cede espaço a esses artistas como
concessões. Porque no fundo, o funk não é digerível. Ele
causa mal estar. E, na TV, tende a tornar-se obsceno. Como a
MC Byana, cantando "Vem, ousadia, vem, ousadia, /
Festinha, festinha!" ao invés de "Vem, putaria,
vem, putaria / Orgia, orgia!". O mercado do funk, em
seu território, compete com o da grande mídia, que só o
engole travestido. Por isso, há que proibi-lo, do mesmo
modo como se botam pra correr as economias locais nas
comunidades "pacificadas".
Prof. Carlos, a mídia traveste, além das
letras, a sonoridade e/ou a estrutura musical de alguma
maneira?
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