[ANPPOM-Lista] [etnomusicologiabr] Não é só pelos bailes funks

[Carlos Palombini]

Obrigado, Hugo!

O assunto parece que substituiu as "manifestações" na mídia, sob uma ótica
menos reativa, mas com reações populares talvez mais iracundas.

"Não adianta não gostar de ver a periferia no shopping. Se há poesia da
política do rolezinho é que ela é um ato fruto da violência estrutural
(aquela que é fruto da negação dos direitos humanos e fundamentais): ela
bate e volta. Toda essa violência cotidiana produzida em deboches e recusa
do Outro e, claro também por meio de cacetes da polícia, voltará a
assombrar quando menos se esperar." ("Etnografia do rolezinho", Rosana
Pinheiro Machado)

http://rosanapinheiromachado.wordpress.com/2013/12/30/etngrafia-do-rolezinho/

"Rolezinhos se espalham pelo país" (Instituto Humanitas Unisinos, com um
calendário para os interessados em participar dos eventos)

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/527280-qrolezinhosq-se-espalham-pelo-pais

"Quando nos matarem, pelo menos não teremos de chamar de Senhor e perguntar
o motivo. Esta pátria é nossa por direito. Está na hora de pensarmos
naqueles que vão fazer valer nossos direitos. Ou nós mesmo vamos fazê-lo.
Aliás já começamos. Viva o 'rolezinho' e sua capacidade de fazer cair as
máscaras e nos tornar mais conscientes do que somos." (a sempre ótima
Mônica Francisco em sua coluna no *JB*, "Rolezinho: Está na hora de fazer
valer a lei")

http://www.jb.com.br/comunidade-em-pauta/noticias/2014/01/15/rolezinho-esta-na-hora-de-fazer-valer-a-lei

"Rolezinho no shopping... Apropriações, ressignificações e antropofagia...
Enquanto os capitalistas vendem a imagem de Che e lucram com os hippies de
boutique, os pobres usam ouro para derrubar muros da concentração de
riqueza. Caricaturas de milionários incomodam os magnatas... A cultura de
consumo, que sempre investiu milhões em marketing para atrair multidões,
hoje tenta afastá-las dos shoppings. Derrubar o consumismo pela overdose de
consumo... Ideias novas, várias dúvidas, muita curiosidade e nenhuma
certeza. Polêmica. As linhas da história são sempre tortas, e quem sou eu
pra julgar quem está certo ou errado? Humildade sempre." (Guilherme
Pimentel, em seu FB)

"Assistindo ao debate na Globo News sobre os jovens e o rolezinho.
Conclusão: um discurso antropológico rasteiro derruba o discurso jurídico.
Enfim, o direito não explica a vida! O direito interfere na vida! Portanto,
temos que desconstruir o direito para entender a vida e permitir que a
política interfira efetivamente nas relações sociais! Sinceramente, o que o
direito pode contribuir para este debate?" (Delegado Orlando Zaccone, em
seu FB)

Abraços (e viva a esquerda da *Carta Capital*),

Carlos

PS Versão marxista-leninista de "Beijinho no ombro":

https://soundcloud.com/pedro-fernandes-123/mc-flu-do-beijinho-no-ombro

2014/1/15 Hugo Leonardo Ribeiro <hugoleo75 em gmail.com>

 Texto da Carta Capital.
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> http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-e-so-pelos-bailes-funks-2178.html
>
> Hugo
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