[ANPPOM-Lista] Composition is not research???

Dr. K musicoyargentino em gmail.com
Dom Dez 13 21:30:22 BRST 2015


Caro Jorge Santos,

Obrigado por contribuir argumentos (atitude muito diferente dos "berros" do
nosso colega Croft). Para os usuários de facebook copio abaixo o endereço
da troca acontecendo em paralelo sobre o mesmo assunto. Achei a resposta do
Ian Pace equilibrada e bem fundamentada. Dessa resposta resgato a definição
de pesquisa usada na Inglaterra e pergunto, ela não se aplica às práticas
criativas?:

1. For the purposes of the REF, research is defined as a process of
investigation leading to new insights, effectively shared.
3. It includes research that is published, disseminated or made publicly
available in the form of assessable research outputs, and confidential
reports (as defined at paragraph 115 in Part 3, Section 2). (p. 48).

Agora respondendo parte dos questionamentos levantados na tua mensagem...

> A reação do "campo" ao texto do Croft só demonstra como as vozes deste
campo estão mais preocupados em manter seu status acadêmico do que em
realmente tornar a pesquisa na área algo coerente e socialmente relevante.

Meu argumento principal foi: aqui no Brasil estamos de fato discutindo o
assunto, portanto existe a intenção de mudar o enfoque. Vou colocar
exemplos concretos abaixo.

> Enquanto isso, a composição (acho que o problema é ainda maior na
"performance" - aquele tipo de pesquisa em que o sujeito faz uma análise da
música e depois sugere uma digitação ou interpretação) até por sua tradição
individualista, centrada no gênio individual, é na maioria das vezes um
teoria/método de um homem só.

Concordo completamente. A atitude do Grupo de Música Ubíqua (g-ubimus)
envolve tanto uma mudança de método quanto de objeto de estudo. Nosso
trabalho é feito em rede. Trocamos ferramentas, materiais e resultados
entre os vários grupos de pesquisa que compõem o g-ubimus. O foco da
pesquisa passa a ser o processo criativo, colocando o produto em segundo
plano. Vc pode ver alguns exemplos nos anais dos últimos workshops:
http://lammax.lnu.se/ubimus/,
http://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdeinformatica.

> A partir do momento que deixou de haver um paradgima único do que é a
"boa composição" [ e não estou defendendo a volta de disso, claro] uma
análise racional do resultado (de uma obra) se tornou tecnicamente inviável,

Neste ponto não concordamos. Se substituímos o termo <bom> por <criativo>,
temos sim métodos para avaliar se um produto ou um resultado é relevante.
No painel sobre música ubíqua do congresso da Anppom 2014 tem alguns
exemplos:
http://www.anppom.com.br/anais/category/137-subarea-musica-e-interfaces-cognicao-dramaturgia-e-audiovisual-midia-musicoterapia-semiotica?download=1584:desafios-da-pesquisa-em-musica-ubiqua

> Na composição acadêmica o mundo se volta para o self, é como se a
composição fosse um fenômeno puramente individual.

Concordamos. Esse é um dos aspectos das práticas criativas fortemente
criticado nos trabalhos sobre música ubíqua.

Damián


Dr. Damián Keller | ccrma.stanford.edu/~dkeller
NAP | sites.google.com/site/napmusica


https://www.facebook.com/valerio.f.dacosta/posts/10206874211766709?comment_id=10206880652447722&notif_t=feed_comment_reply
https://ianpace.wordpress.com/2015/12/09/video-of-research-seminar-on-composition-and-performance-as-research-and-some-wider-responses-to-john-croft-and-others/
http://ubimus.eu
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