[ANPPOM-Lista] prazer é poder 1: abril-maio 2016, parque lage | largo das artes | despina

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Sex Abr 1 18:38:36 BRT 2016


PRAZER É PODER

1º Programa - Abril e Maio de 2016

Uma série de ações e debates que investigam noções de arte, hedonismo e
contracultura, mas sobretudo uma plataforma de pesquisa sobre a potência
criativa que emana dos instintos vitais ou mesmo das pulsões de destruição.
Impulsionados pela curiosidade que mata e nos faz viver, os encontros
buscam especular sobre o princípio do prazer e as diversas manifestações
culturais que dele derivam.

Estruturado em blocos, o programa de conversas, performances, festas e
ações artísticas e políticas movidas a sol, prazer e inteligência coletiva,
ganhará corpo em 2016 a partir de colaboradores interessados em explorar as
fronteiras que separam pensamento e ação, trabalho e ócio, necessidade e
liberdade, natureza e espírito.

Eis algumas especulações a alimentar o debate proposto por Prazer é Poder:

Estaríamos vivendo, hoje, uma crise de imaginação? Ainda há espaço para a
utopia na vida contemporânea? Seria a praia uma grande arena democrática
para o exercício do prazer e da liberdade? Seria a rua a grande arena
política onde crenças pessoais e coletivas são expressadas, experimentadas
e ouvidas pelas massas?

Das ruas e dos morros cariocas verte a força vital de uma cidade em
convulsão: artérias de um Rio de Janeiro para poucos, mas de muitos:
cenário do Carnaval como catarse coletiva, do Funk como antídoto à
alta-cultura, do sexo e do corpo como plataformas de prazer e de poder -
uma paisagem exuberante que contrasta passado e futuro, riqueza e pobreza,
repressão e liberdade.

Curadores: Bernardo José de Souza e Susana Guardado

>20 de abril, às 19:00 na Despina - Largo das Artes
>Uma ideia na cabeça e uma câmera no pau: do ultravioleta ao infravermelho

Marcos Chaves + Bernardo Mosqueira

Conversa entre Marcos Chaves e Bernardo Mosqueira sobre praia, corpos, sexo
e prazer, seguida da exibição do filme Oferta e Procura.

Day and Nightshot (Oferta e Procura)
de Marcos Chaves
Produção de Lula Buarque de Hollanda, fotografia de Toca Seabra e Marcos
Chaves e edição de Natara Ney
Filme integrante do projeto "Destricted.br", curado por Marcia Fortes e
Neville Wakefield

Marcos Chaves nasceu no Rio de Janeiro em 1961, e iniciou sua atividade
artística na segunda metade dos anos 1980. Trabalhando sobre os parâmetros
da apropriação e da intervenção, sua obra é caracterizada pela utilização
de diversas mídias, transitando livremente entre a produção de objetos,
fotografias, vídeos, desenhos, palavras e sons.

Bernardo Mosqueira é diretor do Prêmio FOCO Bradesco ArtRio. É membro da
Comissão Curatorial da Galeria de Arte IBEU desde 2011; lecionou na Escola
de Artes Visuais do Parque Lage; participou de residências no Brasil e no
exterior; Recebeu o prêmio-residência V::E::R, como crítico/curador, em
Terra Una, MG (2011); foi premiado no 1º Laboratório Curatorial da SP-Arte;
realiza de forma independente e anualmente o festival de performance Vênus
Terra desde 2010; É escritor e foi responsável por mais de 40 curadorias.

>27 de abril, às 19:00 na Despina - Largos das Artes
>Praia & Heterotopia

Pablo León de la Barra

Os parques e as praias do Rio de Janeiro são mais do que lugares de
divertimento temporário e tornam-se uma forma de fuga das estruturas
urbanas racionais de controle encontradas nas cidades. Neste sentido estão
mais próximas daquilo que Michel Foucault chamou de heterotopias.

Pablo León de la Barra faz exposições, é curador independente, pesquisador,
editor e blogger, e possui PhD em História e Teorias na Architectural
Association, Londres. Atualmente, é o curador UBS MAP para a América Latina
no Solomon R. Guggenheim Museum.

>6 de maio, às 19:00 na Despina - Largos das Artes
>Nossa Liturgia

Leo Felipe + Tiago Rivaldo

Aos filhos do cinismo e da ironia resta apenas a pista de dança como espaço
da experiência de comunhão. A dimensão litúrgica da festa a coloca ao lado
da religião. O paganismo dos pós-modernos substitui um templo por outro.
Êxtase por apenas 30 reais.

Leo Felipe canta e dança sempre que pode. É escritor e curador; mestre em
Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com pesquisa
que investiga a contracultura, o punk e outros fenômenos localizados entre
as artes, a política e a cultura pop. É diretor e curador da Galeria de
Arte da Fundação Ecarta. Desde a década de 1990 tem se dedicado a diversos
projetos na cidade de Porto Alegre, compreendendo artes visuais, música,
literatura, jornalismo e radiodifusão.

Tiago Rivaldo
Vive no Rio de Janeiro desde 2001, onde além de desenvolver seus projetos
em Arte trabalha em produções de Cinema. Utiliza imagens técnicas
associadas a ações performativas e operações relacionais para pensar a
relação do seu corpo com o espaço e com o tempo e refletir sobre o
eu-e-o-outro e o ser-estar. É um dos criadores do coletivo Bota na Roda que
desde o início de 2013 produz eventos com música e intervenções de arte
contemporânea.

>11 de maio, na Despina - Largo das Artes
>O Corpo como Plataforma de Prazer

Bruno Cuiabano + Catarina Saraiva

Em nossa sociedade produtiva, tende-se a dissociar mente e corpo. Ócio:
onde o corpo encontra a mente, tornando-se uma coisa só. O espaço de ócio,
de festa, é aquele onde este encontro se faz com naturalidade em um terreno
que pode ser comum aos dois, sem hierarquias. O corpo como expressão da
sexualidade e de suas formas de performance de gênero. A dupla propõe jogos
entre corpo e mente, e o tantra, para investigar o paradoxo que é a
dissociação de ambos.

Catarina Saraiva é curadora, produtora e investigadora de artes
performativas. Tem pós-graduação em gestão cultural e master em “Practicas
Escénicas y Cultura Visual” pela Universidade de Alcalá de Henares,
Espanha. Começou a trabalhar em produção de teatro em 1992. Fez parte da
equipa alkantara entre 1999 e 2009, assumindo a direção de produção e
executiva da associação em 2001 e mais tarde a direção artística do espaço
alkantara. A partir de 2010, enveredou pela investigação e programação
artística. Participou e desenvolveu projetos de curadoria e investigação em
Madrid em colaboração com La Casa Encendida e Matadero Madrid. Entre 2012 e
2014 assumiu a direção artística do Festival Panorama, no Rio de Janeiro,
Brasil. Tem escrito vários artigos e efectuado vários seminários sobre o
mercado das artes performativas contemporâneas e sobre curadoria. Desde
2015 é curadora da plataforma internacional Movimiento Sur, sediada no
Chile. Em paralelo desenvolve distintos projetos de curadoria, assessoria
artística e apoio dramaturgista a artistas e organizações entre Europa e
América Latina, dois continentes onde se desdobra profissional e
emocionalmente. O foco de trabalho de todas estas colaborações e projetos
assenta na importância do diálogo igualitário entre curador e criador e no
desenvolvimento de discurso crítico.

Bruno Cuiabano é especialista em Análise Institucional e Esquizoanálise
pelo instituto Felix Guattari e especialista em Acupuntura pelo Instituto
Mineiro de Acupuntura e Massagem, com formação profissionalizante em Teatro
pelo Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado. Desenvolveu
trabalhos de investigação e apresentações de obras artísticas nas áreas de
Teatro, Dança Contemporânea e Performance como intérprete-criador e
preparador corporal. Tem percurso de investigação na filosofia tântrica e
trabalha com o método da Massagem 5 Elementos desenvolvido por Miho Mihov e
Jayanatha Devidasi. Coordenador de grupos de estudo com os temas:
sexualidade, relações de gênero e paradigmas não-monogâmicos de
relacionamento amoros

>13 de maio, às 19:00 no Parque Lage
>Funk: o Proibidão

Carlos Palombini + Praga

Palombini apresenta o compositor Thiago Jorge Rosa dos Santos, o MC Praga,
da Vila Cruzeiro, Complexo da Penha, autor de vários dos maiores sucessos
do proibidão, para falar sobre sua técnica e sua arte.

Carlos Palombini estudou piano com Sebastian Benda, formou-se em direção
teatral pela UFRGS e obteve doutorado em música na Universidade de Durham,
no Reino Unido, com tese sobre a tipo-morfologia do objeto sonoro. Sua
pesquisa sobre o funk carioca conta com apoio do CNPq, e investiga, em
particular, o subgênero proibidão, isto é, aquele que trata da "vida do
crime".

>18 de maio, no Parque Lage
>O Carnaval Carioca e os Bunytos de Corpo

Bunytos de Corpo + Bernardo Mosqueira

Bunytos de corpo invade o Parque Lage para uma conversa sobre catarse /
catálise coletiva carnavalesca e prazer espontâneo, acompanhada de uma
aula-de- gynastica-aerobyka ministrada pelo professor Gigante César.

O coletivo e bloco de carnaval Bunytos de Corpo satiriza o culto ao corpo,
desconstruindo arquétipos estéticos, encenando de modo irreverente os
rituais e as coreografias de ginástica e criando um espaço onde todos são
“bunytos”, celebrando a libertação do corpo e os encontros livres.

Bernardo Mosqueira é diretor do Prêmio FOCO Bradesco ArtRio. É membro da
Comissão Curatorial da Galeria de Arte IBEU desde 2011; lecionou na Escola
de Artes Visuais do Parque Lage; participou de residências no Brasil e no
exterior; Recebeu o prêmio-residência V::E::R, como crítico/curador, em
Terra Una, MG (2011); foi premiado no 1º Laboratório Curatorial da SP-Arte;
realiza de forma independente e anualmente o festival de performance Vênus
Terra desde 2010; É escritor e foi responsável por mais de 40 curadorias.

>25 de maio, no Parque Lage
>Helio Oiticica: Crelazer

Lisette Lagnado

"Eu inventei um negócio chamado Crelazer, eu queria transformar o dia todo,
inclusive o lazer, e a preguiça, numa coisa assim de estado permanente
inventivo, por isso eu comecei a transformar o lugar que eu moro, o ideal
era esse, morar na própria obra"
Helio Oiticica

Crelazer é fusão entre crer, criar e lazer, e busca implantar uma nova
prática de vida, baseada na percepção criativa do indivíduo e na sua
inclusão no coletivo, tomando lazer como produção

Lisette Lagnado é escritora e curadora, doutora em Filosofia pela
Universidade de São Paulo. Foi coordenadora do arquivo da obra de Hélio
Oiticica (Projeto HO, Instituto Itaú Cultural, São Paulo), e sua abordagem
original nesta pesquisa levou à ampliação dos estudoa sobre o artista. Em
2013, foi curadora do Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna
de São Paulo e, em 2006, foi curadora da 27 ª Bienal de São Paulo. Em 2010,
fez a curadoria da mostra Desvíos de la deriva. Experiencias, travesías y
morfologías, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, em Madri.
Lagnado contribuiu para publicações de muitos artistas como Dominique
Gonzalez- Foerster, Thomas Hirschhorn e Rivane Neuenschwander.

>1 de junho, na Despina - Largo das Artes
>O prazer de não trabalhar, ou: a recusa do trabalho

Rodrigo Nunes

A relação entre prazer e trabalho normalmente é pensada ou como exclusão
mútua –– prazer é algo que ocorre fora do tempo de trabalho –– ou como
investimento do primeiro no segundo: quanto mais a fronteira entre tempo de
trabalho e tempo de lazer desaparece, mas somos chamados a encontrar prazer
e identificação em nossos empregos. Mas há uma outra maneira de conceber
esta relação, que é o prazer como tempo liberado, tempo tomado de volta do
imperativo do trabalho assalariado. A isto se deu o nome, na Itália dos
anos 70, de rifiuto al lavoro: a recusa do trabalho. As diferentes
dimensões desta ideia, e do prazer a ser encontrado nela, são o que esta
apresentação pretende desenvolver.

Exibição do filme:

Lavorare con Lentezza (Guido Chiesa, 2004)

Radio Alice foi uma rádio livre em Bologna, Itália, no final dos anos 70.
Autodeclarando-se "mao-dadaísta", representava a "ala criativa" do amplo
movimento social que ficou conhecido como Autonomia. O filme, roteirizado
pelo coletivo Wu Ming (autores, entre outros, do livro Q, O Caçador de
Hereges), ficcionaliza este movimento por meio do encontro de dois de seus
vetores mais importantes: a contestação contracultural e experimentação de
novas formas de vida, por um lado, e a recusa do trabalho assalariado e da
disciplina fabril, por outro.

Rodrigo Guimarães Nunes é PhD em Filosofia pelo Goldsmiths College,
Universidade de Londres e professor de filosofia moderna e contemporânea no
Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro (PUC-Rio), tendo antes sido professor visitante em diversas
universidades do Brasil e do exterior. É autor do livro Organisation of the
Organisationless. Collective Action After Networks (Mute/PML Books, 2014) e
colaborador de diversas publicações nacionais e internacionais, como
Radical Philosophy, Les Temps Modernes, Le Monde Diplomatique, Serrote,
Nueva Sociedad, The Guardian, Al Jazeera e Folha de São Paulo. Em 2014,
editou um dossiê sobre o quadro político brasileiro pós-junho de 2013 para
a revista francesa Les Temps Modernes. Foi membro do coletivo editorial da
revista Turbulence e atualmente coordena o grupo de pesquisas
Materialismos: Ontologia, Ciência e Política na Filosofia Contemporânea
(CNPq). Como curador, organizou o programa de filmes e debates ‘Stronger
Are the Powers of the People’: Politics, Poetics and Popular Education in
Brazilian Cinema, 1962-1979, apresentado em Londres (No.w.here, 2009) e
Berlim (Eiszeit Kino, 2011).

Inscrições:

Despina - Largo das Artes
Rua Luis de Camões, 2. Centro Histórico. Rio de Janeiro
Fone: 21 - 31976002
email: adm em despina.org

Valores:

R$ 320,00 (ou 2 x R$ 160,00) - pacote de 8 encontros
R$ 50,00 - por 1 encontro

O pacote pode ser pago mediante depósito em conta bancária a ser fornecida
via email ou mediante cheque. Os encontros individuais devem ser pagos na
data dos encontros, no próprio local.

-- 
carlos palombini, ph.d. (dunelm)
professor de musicologia ufmg
professor colaborador ppgm-unirio
www.proibidao.org
ufmg.academia.edu/CarlosPalombini <http://goo.gl/KMV98I>
www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2
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