[ANPPOM-Lista] o globo defende o fim da universidade pública

Camila Zerbinatti camiladuze em gmail.com
Qua Ago 3 13:39:06 BRT 2016


Olá,

A reitoria da Unifesp emite uma nota sobre este editorial:

http://www.unifesp.br/boletins-anteriores/item/2316-nota-da-reitoria-da-unifesp-relacionada-ao-editorial-de-o-globo-sobre-o-fim-das-universidades-publicas-gratuitas


Saudações,
Camila.



Em 26 de julho de 2016 10:01, <ms.eliana em usp.br> escreveu:

> Prof Marcos e Camila,
> Concordo totalmente com o posicionamento de vocês.
> Prof Palombini, obrigada por compartilhar o texto.
> Abraços
> Eliana Monteiro da Silva
>
> ----- Camila Zerbinatti <camiladuze em gmail.com> escreveu:
> > Sim, professor Marcos. Bem isto.
> > Como disse a Lia Veiner Schucmann*: "*O Discurso do "O Globo" antes de
> ser
> > de mau caratismo também sofre de falta de coerência. O Globo foi contra
> as
> > cotas porque era a favor do "mérito" e da "excelência" universitária. E
> > enfim quando as universidades começam a ficar mais democráticas o
> argumento
> > do O GLOBO é que as universidades não deveriam mais ser gratuitas porque
> > afinal é um sistema injusto que só favorece os ricos. Oi? não era você
> que
> > defendia exatamente que só ficassem os ricos?*"
> >
> > *autora de "Entre o Encardido, o Branco e o Branquíssimo - Branquitude,
> > Hierarquia e Poder na cidade de São Paulo"
> >
> > Saudações,
> > camila.
> >
> > Em 25 de julho de 2016 06:09, <mcamara em usp.br> escreveu:
> >
> > > Perigosa conversa que ilude os menos avisados. O sistema de ingresso
> que é
> > > defeituoso e eles sabem disso. A distorção só poderá ser corrigida por
> uma
> > > política de cotas e outros dispositivos que possibilitem a entrada das
> > > classes populares na universidade.
> > > O resto é elitismo puro.
> > >
> > > Marcos
> > > ----- Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com> escreveu:
> > > > Crise força o fim do injusto ensino superior gratuito Os alunos de
> renda
> > > > mais alta conseguem ocupar a maior parte das vagas nos
> estabelecimentos
> > > > públicos, enquanto aos pobres restam as faculdades pagas
> > > >
> > > > por EDITORIAL
> > > > 24/07/2016 0:00 / Atualizado 24/07/2016 14:40
> > > >
> > > > Numa abordagem mais ampla dos efeitos da maior crise fiscal de que
> se tem
> > > > notícia na história republicana do país, em qualquer discussão sobre
> > > > alternativas a lógica aconselha a que se busquem opções para
> financiar
> > > > serviços prestados pelo Estado. Considerando-se que a principal
> fórmula
> > > > usada desde o início da redemocratização, em 1985, para irrigar o
> > > Tesouro —
> > > > a criação e aumento de impostos — é uma via esgotada.
> > > >
> > > > Mesmo quando a economia vier a se recuperar, será necessário
> reformar o
> > > > próprio Estado, diante da impossibilidade de se manter uma carga
> > > tributária
> > > > nos píncaros de mais de 35% do PIB, o índice mais elevado entre
> economias
> > > > emergentes, comparável ao de países desenvolvidos, em que os serviços
> > > > públicos são de boa qualidade. Ao contrário dos do Brasil.
> > > >
> > > > Para combater uma crise nunca vista, necessita-se de ideias nunca
> > > > aplicadas. Neste sentido, por que não aproveitar para acabar com o
> ensino
> > > > superior gratuito, também um mecanismo de injustiça social? Pagará
> quem
> > > > puder, receberá bolsa quem não tiver condições para tal. Funciona
> assim,
> > > e
> > > > bem, no ensino privado. E em países avançados, com muito mais
> centros de
> > > > excelência universitária que o Brasil.
> > > >
> > > > Tome-se a maior universidade nacional e mais bem colocada em rankings
> > > > internacionais, a de São Paulo, a USP — também um monumento à incúria
> > > > administrativa, nos últimos anos às voltas com crônica falta de
> dinheiro,
> > > > mesmo recebendo cerca de 5% do ICMS paulista, a maior arrecadação
> > > estadual
> > > > do país.
> > > >
> > > > Ao conjunto dos estabelecimentos de ensino superior público do
> estado de
> > > > São Paulo — além da USP, a Unicamp e a Unifesp — são destinados 9,5%
> do
> > > > ICMS paulista. Se antes da crise econômica, a USP, por exemplo, já
> tinha
> > > > dificuldades para pagar as contas, com a retração das receitas
> > > tributárias
> > > > o quadro se degradou. A mesma dificuldade se abate sobre a Uerj, no
> Rio
> > > de
> > > > Janeiro, com o aperto no caixa fluminense.
> > > >
> > > > Circula muito dinheiro no setor. Na USP, em que a folha de salários
> > > > ultrapassa todo o orçamento da universidade, há uma reserva,
> calculada no
> > > > final do ano passado em R$ 1, 3 bilhão. Mas já foi de R$ 3,61
> bilhões.
> > > Está
> > > > em queda, para tapar rombos na instituição. Tende a zero.
> > > >
> > > > O momento é oportuno para se debater a sério o ensino superior
> público
> > > > pago. Até porque é entre os mecanismos do Estado concentradores de
> renda
> > > > que está a universidade pública gratuita. Pois ela favorece apenas os
> > > > ricos, de melhor formação educacional, donos das primeiras
> colocações nos
> > > > vestibulares.
> > > >
> > > > Já o pobre, com formação educacional mais frágil, precisa pagar a
> > > faculdade
> > > > privada, onde o ensino, salvo exceções, é de mais baixa qualidade.
> Assim,
> > > > completa-se uma gritante injustiça social, nunca denunciada por
> > > sindicatos
> > > > de servidores e centros acadêmicos.
> > > >
> > > > Levantamento feito pela “Folha de S.Paulo”, há dois anos, constatou
> que
> > > 60%
> > > > dos alunos da USP poderiam pagar mensalidades na faixa das cobradas
> por
> > > > estabelecimentos privados. Quanto aos estudantes de famílias de renda
> > > > baixa, receberiam bolsas.
> > > >
> > > > Além de corrigir uma distorção social, a medida ajudaria a
> equilibrar os
> > > > orçamentos deficitários das universidades, e contribuiria para o
> > > > reequilíbrio das contas públicas.
> > > > http://goo.gl/B7Q0HE
> > > >
> > > > --
> > > > carlos palombini, ph.d. (dunelm)
> > > > professor de musicologia ufmg
> > > > professor colaborador ppgm-unirio
> > > > www.proibidao.org
> > > > ufmg.academia.edu/CarlosPalombini <http://goo.gl/KMV98I>
> > > > www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2
> > > > scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ
> > >
> > > --
> > > Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
> > > Departamento de MúsicaFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
> > > Ribeirão Preto
> > > Universidade de São Paulo
> > > http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4094693495303397
> > > http://portal.ffclrp.usp.br/sites/camaradecastro
> > > http://lattes.cnpq.br/8866596468646798
> > >
> > >
> https://scholar.google.com.br/citations?hl=pt-BR&user=GBa82HMAAAAJ&view_op=list_works&sortby=pubdate
> > > ________________________________________________
> > > Lista de discussões ANPPOM
> > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
> > > ________________________________________________
> > >
>
>
-------------- Próxima Parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: <http://www.listas.unicamp.br/pipermail/anppom-l/attachments/20160803/84a146e1/attachment.html>


Mais detalhes sobre a lista de discussão Anppom-L