[ANPPOM-Lista] o globo defende o fim da universidade pública

ms.eliana em usp.br ms.eliana em usp.br
Ter Jul 26 10:01:24 BRT 2016


Prof Marcos e Camila,
Concordo totalmente com o posicionamento de vocês.
Prof Palombini, obrigada por compartilhar o texto.
Abraços
Eliana Monteiro da Silva

----- Camila Zerbinatti <camiladuze em gmail.com> escreveu:
> Sim, professor Marcos. Bem isto.
> Como disse a Lia Veiner Schucmann*: "*O Discurso do "O Globo" antes de ser
> de mau caratismo também sofre de falta de coerência. O Globo foi contra as
> cotas porque era a favor do "mérito" e da "excelência" universitária. E
> enfim quando as universidades começam a ficar mais democráticas o argumento
> do O GLOBO é que as universidades não deveriam mais ser gratuitas porque
> afinal é um sistema injusto que só favorece os ricos. Oi? não era você que
> defendia exatamente que só ficassem os ricos?*"
> 
> *autora de "Entre o Encardido, o Branco e o Branquíssimo - Branquitude,
> Hierarquia e Poder na cidade de São Paulo"
> 
> Saudações,
> camila.
> 
> Em 25 de julho de 2016 06:09, <mcamara em usp.br> escreveu:
> 
> > Perigosa conversa que ilude os menos avisados. O sistema de ingresso que é
> > defeituoso e eles sabem disso. A distorção só poderá ser corrigida por uma
> > política de cotas e outros dispositivos que possibilitem a entrada das
> > classes populares na universidade.
> > O resto é elitismo puro.
> >
> > Marcos
> > ----- Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com> escreveu:
> > > Crise força o fim do injusto ensino superior gratuito Os alunos de renda
> > > mais alta conseguem ocupar a maior parte das vagas nos estabelecimentos
> > > públicos, enquanto aos pobres restam as faculdades pagas
> > >
> > > por EDITORIAL
> > > 24/07/2016 0:00 / Atualizado 24/07/2016 14:40
> > >
> > > Numa abordagem mais ampla dos efeitos da maior crise fiscal de que se tem
> > > notícia na história republicana do país, em qualquer discussão sobre
> > > alternativas a lógica aconselha a que se busquem opções para financiar
> > > serviços prestados pelo Estado. Considerando-se que a principal fórmula
> > > usada desde o início da redemocratização, em 1985, para irrigar o
> > Tesouro —
> > > a criação e aumento de impostos — é uma via esgotada.
> > >
> > > Mesmo quando a economia vier a se recuperar, será necessário reformar o
> > > próprio Estado, diante da impossibilidade de se manter uma carga
> > tributária
> > > nos píncaros de mais de 35% do PIB, o índice mais elevado entre economias
> > > emergentes, comparável ao de países desenvolvidos, em que os serviços
> > > públicos são de boa qualidade. Ao contrário dos do Brasil.
> > >
> > > Para combater uma crise nunca vista, necessita-se de ideias nunca
> > > aplicadas. Neste sentido, por que não aproveitar para acabar com o ensino
> > > superior gratuito, também um mecanismo de injustiça social? Pagará quem
> > > puder, receberá bolsa quem não tiver condições para tal. Funciona assim,
> > e
> > > bem, no ensino privado. E em países avançados, com muito mais centros de
> > > excelência universitária que o Brasil.
> > >
> > > Tome-se a maior universidade nacional e mais bem colocada em rankings
> > > internacionais, a de São Paulo, a USP — também um monumento à incúria
> > > administrativa, nos últimos anos às voltas com crônica falta de dinheiro,
> > > mesmo recebendo cerca de 5% do ICMS paulista, a maior arrecadação
> > estadual
> > > do país.
> > >
> > > Ao conjunto dos estabelecimentos de ensino superior público do estado de
> > > São Paulo — além da USP, a Unicamp e a Unifesp — são destinados 9,5% do
> > > ICMS paulista. Se antes da crise econômica, a USP, por exemplo, já tinha
> > > dificuldades para pagar as contas, com a retração das receitas
> > tributárias
> > > o quadro se degradou. A mesma dificuldade se abate sobre a Uerj, no Rio
> > de
> > > Janeiro, com o aperto no caixa fluminense.
> > >
> > > Circula muito dinheiro no setor. Na USP, em que a folha de salários
> > > ultrapassa todo o orçamento da universidade, há uma reserva, calculada no
> > > final do ano passado em R$ 1, 3 bilhão. Mas já foi de R$ 3,61 bilhões.
> > Está
> > > em queda, para tapar rombos na instituição. Tende a zero.
> > >
> > > O momento é oportuno para se debater a sério o ensino superior público
> > > pago. Até porque é entre os mecanismos do Estado concentradores de renda
> > > que está a universidade pública gratuita. Pois ela favorece apenas os
> > > ricos, de melhor formação educacional, donos das primeiras colocações nos
> > > vestibulares.
> > >
> > > Já o pobre, com formação educacional mais frágil, precisa pagar a
> > faculdade
> > > privada, onde o ensino, salvo exceções, é de mais baixa qualidade. Assim,
> > > completa-se uma gritante injustiça social, nunca denunciada por
> > sindicatos
> > > de servidores e centros acadêmicos.
> > >
> > > Levantamento feito pela “Folha de S.Paulo”, há dois anos, constatou que
> > 60%
> > > dos alunos da USP poderiam pagar mensalidades na faixa das cobradas por
> > > estabelecimentos privados. Quanto aos estudantes de famílias de renda
> > > baixa, receberiam bolsas.
> > >
> > > Além de corrigir uma distorção social, a medida ajudaria a equilibrar os
> > > orçamentos deficitários das universidades, e contribuiria para o
> > > reequilíbrio das contas públicas.
> > > http://goo.gl/B7Q0HE
> > >
> > > --
> > > carlos palombini, ph.d. (dunelm)
> > > professor de musicologia ufmg
> > > professor colaborador ppgm-unirio
> > > www.proibidao.org
> > > ufmg.academia.edu/CarlosPalombini <http://goo.gl/KMV98I>
> > > www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2
> > > scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ
> >
> > --
> > Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
> > Departamento de MúsicaFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
> > Ribeirão Preto
> > Universidade de São Paulo
> > http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4094693495303397
> > http://portal.ffclrp.usp.br/sites/camaradecastro
> > http://lattes.cnpq.br/8866596468646798
> >
> > https://scholar.google.com.br/citations?hl=pt-BR&user=GBa82HMAAAAJ&view_op=list_works&sortby=pubdate
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