[ANPPOM-Lista] o globo defende o fim da universidade pública

Camila Zerbinatti camiladuze em gmail.com
Seg Jul 25 20:34:55 BRT 2016


Sim, professor Marcos. Bem isto.
Como disse a Lia Veiner Schucmann*: "*O Discurso do "O Globo" antes de ser
de mau caratismo também sofre de falta de coerência. O Globo foi contra as
cotas porque era a favor do "mérito" e da "excelência" universitária. E
enfim quando as universidades começam a ficar mais democráticas o argumento
do O GLOBO é que as universidades não deveriam mais ser gratuitas porque
afinal é um sistema injusto que só favorece os ricos. Oi? não era você que
defendia exatamente que só ficassem os ricos?*"

*autora de "Entre o Encardido, o Branco e o Branquíssimo - Branquitude,
Hierarquia e Poder na cidade de São Paulo"

Saudações,
camila.

Em 25 de julho de 2016 06:09, <mcamara em usp.br> escreveu:

> Perigosa conversa que ilude os menos avisados. O sistema de ingresso que é
> defeituoso e eles sabem disso. A distorção só poderá ser corrigida por uma
> política de cotas e outros dispositivos que possibilitem a entrada das
> classes populares na universidade.
> O resto é elitismo puro.
>
> Marcos
> ----- Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com> escreveu:
> > Crise força o fim do injusto ensino superior gratuito Os alunos de renda
> > mais alta conseguem ocupar a maior parte das vagas nos estabelecimentos
> > públicos, enquanto aos pobres restam as faculdades pagas
> >
> > por EDITORIAL
> > 24/07/2016 0:00 / Atualizado 24/07/2016 14:40
> >
> > Numa abordagem mais ampla dos efeitos da maior crise fiscal de que se tem
> > notícia na história republicana do país, em qualquer discussão sobre
> > alternativas a lógica aconselha a que se busquem opções para financiar
> > serviços prestados pelo Estado. Considerando-se que a principal fórmula
> > usada desde o início da redemocratização, em 1985, para irrigar o
> Tesouro —
> > a criação e aumento de impostos — é uma via esgotada.
> >
> > Mesmo quando a economia vier a se recuperar, será necessário reformar o
> > próprio Estado, diante da impossibilidade de se manter uma carga
> tributária
> > nos píncaros de mais de 35% do PIB, o índice mais elevado entre economias
> > emergentes, comparável ao de países desenvolvidos, em que os serviços
> > públicos são de boa qualidade. Ao contrário dos do Brasil.
> >
> > Para combater uma crise nunca vista, necessita-se de ideias nunca
> > aplicadas. Neste sentido, por que não aproveitar para acabar com o ensino
> > superior gratuito, também um mecanismo de injustiça social? Pagará quem
> > puder, receberá bolsa quem não tiver condições para tal. Funciona assim,
> e
> > bem, no ensino privado. E em países avançados, com muito mais centros de
> > excelência universitária que o Brasil.
> >
> > Tome-se a maior universidade nacional e mais bem colocada em rankings
> > internacionais, a de São Paulo, a USP — também um monumento à incúria
> > administrativa, nos últimos anos às voltas com crônica falta de dinheiro,
> > mesmo recebendo cerca de 5% do ICMS paulista, a maior arrecadação
> estadual
> > do país.
> >
> > Ao conjunto dos estabelecimentos de ensino superior público do estado de
> > São Paulo — além da USP, a Unicamp e a Unifesp — são destinados 9,5% do
> > ICMS paulista. Se antes da crise econômica, a USP, por exemplo, já tinha
> > dificuldades para pagar as contas, com a retração das receitas
> tributárias
> > o quadro se degradou. A mesma dificuldade se abate sobre a Uerj, no Rio
> de
> > Janeiro, com o aperto no caixa fluminense.
> >
> > Circula muito dinheiro no setor. Na USP, em que a folha de salários
> > ultrapassa todo o orçamento da universidade, há uma reserva, calculada no
> > final do ano passado em R$ 1, 3 bilhão. Mas já foi de R$ 3,61 bilhões.
> Está
> > em queda, para tapar rombos na instituição. Tende a zero.
> >
> > O momento é oportuno para se debater a sério o ensino superior público
> > pago. Até porque é entre os mecanismos do Estado concentradores de renda
> > que está a universidade pública gratuita. Pois ela favorece apenas os
> > ricos, de melhor formação educacional, donos das primeiras colocações nos
> > vestibulares.
> >
> > Já o pobre, com formação educacional mais frágil, precisa pagar a
> faculdade
> > privada, onde o ensino, salvo exceções, é de mais baixa qualidade. Assim,
> > completa-se uma gritante injustiça social, nunca denunciada por
> sindicatos
> > de servidores e centros acadêmicos.
> >
> > Levantamento feito pela “Folha de S.Paulo”, há dois anos, constatou que
> 60%
> > dos alunos da USP poderiam pagar mensalidades na faixa das cobradas por
> > estabelecimentos privados. Quanto aos estudantes de famílias de renda
> > baixa, receberiam bolsas.
> >
> > Além de corrigir uma distorção social, a medida ajudaria a equilibrar os
> > orçamentos deficitários das universidades, e contribuiria para o
> > reequilíbrio das contas públicas.
> > http://goo.gl/B7Q0HE
> >
> > --
> > carlos palombini, ph.d. (dunelm)
> > professor de musicologia ufmg
> > professor colaborador ppgm-unirio
> > www.proibidao.org
> > ufmg.academia.edu/CarlosPalombini <http://goo.gl/KMV98I>
> > www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2
> > scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ
>
> --
> Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
> Departamento de MúsicaFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
> Ribeirão Preto
> Universidade de São Paulo
> http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4094693495303397
> http://portal.ffclrp.usp.br/sites/camaradecastro
> http://lattes.cnpq.br/8866596468646798
>
> https://scholar.google.com.br/citations?hl=pt-BR&user=GBa82HMAAAAJ&view_op=list_works&sortby=pubdate
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