[ANPPOM-Lista] RES: Manifestações fora dos tópicos habituais da lista

Camila Zerbinatti camiladuze em gmail.com
Seg Jun 6 13:12:17 BRT 2016


Olá à todas e a todos:

A fim de explicar mais detalhada e embasadamente a utilização de algumas
palavras em meu texto de resposta e apoio à professora Heloísa, considero
importante trazer as definições das palavras censura e moderação que
constam em, pelo menos, dois dicionários, evitando, assim, distorções,
manipulações e compreensões/ interpretações equivocadas de meu texto:


*Censura: *
1) Dicionário Michaelis
"

*censura cen.su.ra sf (lat censura) 1 Ato de censurar. 2 Cargo, dignidade e
funções de censor. 3Exame crítico de obras literárias ou artísticas. 4
Corporação ou tribunal encarregado de censurar (livros, filmes etc.). 5
Instituição, sistema ou prática de censurar obras literárias, artísticas ou
comunicações escritas ou impressas:Censura da imprensa. 6 Condenação
eclesiástica de certas obras. 7 Crítica com o fim de corrigir. 8
Admoestação, repreensão. C. prévia: ato de rever e julgar em tribunal
competente qualquer obra antes de ser publicada.*"

2) Dicionário Infopédia









*"censuracen.su.ra [sẽˈsurɐ]nome feminino1.condenação; crítica; reprovação
social2.exame crítico de obras, espetáculos ou publicações segundo
critérios moraisou políticos e exercício do poder de autorizar ou não a sua
exposição oupublicação3.repreensão; admoestação4.(psicanálise) recalcamento
no inconsciente de elementos da vida psíquicaconsiderados inaceitáveis pela
sociedade5.RELIGIÃO pena eclesiástica6.tribunal encarregado de censurar"*



*Moderação:*
1) Dicionário Michaelis


*"moderação mo.de.ra.ção sf (lat moderatione) 1 Ato ou efeito de moderar. 2
Afrouxamento, diminuição, minoração, redução. 3 Comedimento, compostura,
procedimento circunspecto, prudência. 4 Mediania, mediocridade."*


2) Dicionário Infopédia
"








*moderaçãomo.de.ra.ção [mudərɐˈsɐ̃w̃]nome feminino1.ato ou efeito de
moderar ou moderar-se2.comedimento, temperança,
parcimónia3.prudência4.compostura5.mediania6.redução, afrouxamento*"



Por fim, expresso minha concordância com a ideia que diz que é sempre bom
sabermos quem são os verdadeiros censores. É verdade. É sempre bom. Também
acho sempre bom sabermos o quê de fato as palavras que usamos significam e
de que formas os sentidos que elas carregam se manifestam.



Saudações cordiais à todas e a todos,
Camila.

Em 6 de junho de 2016 00:37, Celso Cintra <celsocintra em gmail.com> escreveu:

> Obrigado Camila, belo texto.
> Há braço
> Celso
>
>
> Em domingo, 5 de junho de 2016, <mcamara em usp.br> escreveu:
>
>> Apoiado, prezada Camila. Muito bem exposto.
>> Abs,
>> Maecos
>> ----- Camila Zerbinatti <camiladuze em gmail.com> escreveu:
>> > Olá a todas e a todos,
>> >
>> > Agradeço a professora Heloísa por sua fala.Apoio sua fala, seu pedido e
>> sua
>> > sugestão para a ANPPOM. Me senti representada por seu e-mail,
>> professora, e
>> > expresso aqui meu total apoio à sua fala e à sua sugestão, que me
>> parecem
>> > sensatas, inclusivas, respeitosas e acolhedoras das diferenças e da
>> > diversidade existente na própria ANPPOM, assim como em qualquer
>> > universidade/ escola/ faculdade de música no Brasil. Acredito e desejo
>> para
>> > mim e para todas as pessoas uma ANPPOM, um país e um mundo em que
>> pessoas,
>> > sujeitos, indivíduos, opiniões, práticas, ideias e posicionamentos
>> > diversos, divergentes e diferentes possam co-existir e conviver de forma
>> > respeitosa e madura. Em que a tolerância e o respeito às diferenças
>> sejam
>> > práticas e hábitos de todas as pessoas, sejam valores cultivados e
>> > compartilhados por todas as pessoas. Talvez isto tenha há ver com a
>> raiz de
>> > qualquer convivência democrática, onde quer que ela se dê.
>> >
>> > E sim, ninguém aqui é obrigado(a) a ler nenhum texto ou e-mail, nem
>> mesmo
>> > sequer a abrir qualquer e-mail. Cada um(a) na lista lê o que quer, aber
>> os
>> > e-mails que quer, e cada um(a) de nós é responsável por decidir o que
>> abre,
>> > o que não abre, o que lê e o que não lê aqui. A ANPPOM, até o presente
>> > momento, não é ou funciona como uma estrutura autoritária e ditatorial
>> que
>> > obriga às pessoas a lerem textos, e-mails, ou a sequer abrirem e-mails.
>> Nem
>> > é ou funciona como uma estrutura autoritária e ditatorial que censura,
>> > oprime e silencia ideias, posicionamentos ou pessoas. Eu, pessoalmente,
>> não
>> > compactuo e não apoio nenhuma prática ou forma de censura,
>> silenciamento ou
>> > opressão, quer seja aqui na lista da ANPPOM, quer seja em outros
>> lugares.
>> > Expresso aqui meu repudio à toda e qualquer prática e tentativa de
>> > silenciamento, opressão e censura.
>> >
>> > Ressalto aqui que a música, assim como a pesquisa em música, é, antes e
>> > depois de tudo, uma prática humana, feita por pessoas, pensada por
>> pessoas,
>> > localizada e contextualizada, no mínimo, social, histórica, política,
>> > antropológica, estética, filosófica, ideológica, econômica, psicológica,
>> > étnica, racial, psicanalítica, sexual, jurídica e biologicamente. Há,
>> > inclusive, vastíssima literatura, assim como reconhecidas instituições e
>> > periódicos da e Música, que tratam exatamente de todas estas relações,
>> além
>> > de muitas outras, assim como vasta literatura que trata especificamente
>> > sobre música e política, sob os mais variados prismas. A música, assim
>> como
>> > a pesquisa em música, como toda prática e ação humana, não é nem está
>> > isenta, neutra, e nem existe de forma isolada da sociedade e dos
>> contextos
>> > nos quais ela está inserida. Isto se dá quer a gente queira, quer não
>> > queira, quer a gente tenha consciência disto, quer não tenha, quer a
>> gente
>> > goste de tudo isto, quer a gente não goste, quer a gente se dê conta de
>> > tudo isto, quer a gente prefira negar tudo isto.
>> >
>> > Torço para que a gente não precise chegar ao cúmulo de, como diz um
>> amigo
>> > meu, perdermos as salas onde aprendemos, ensinamos, tocamos e
>> pesquisamos o
>> > dó sustenido, bem como os salários e financiamentos que permitem que o
>>>> > sustenido seja ensinado, aprendido, tocado e pesquisado, para que,
>> > finalmente, possamos nos dar conta das inúmeras e inegáveis relações de
>> > nossa música e de nossas pesquisas em música com o nosso entorno, com a
>> > sociedade na qual estamos inseridos e da qual somos parte.
>> >
>> > Vida longa ao dó sustenido! Vida longa aos ambientes físicos e virtuais
>> > inclusivos, que comportam, acolhem e respeitam, com maturidade, de forma
>> > democrática, as diferenças, as discordâncias, as divergências, as
>> pessoas e
>> > as ideias! Vida longa à jovem e frágil democracia brasileira, período no
>> > qual aconteceu, inegavelmente, o maior e mais notável crescimento e
>> > fortalecimento da área da música e da pesquisa em música no Brasil!
>> >
>> >
>> >
>> >
>> > Saudações cordiais a todas e todos,
>> > a quem concorda e a quem discorda,
>> > Camila.
>> >
>> >
>> >
>> >
>> > Em 3 de junho de 2016 10:55, Heloísa e Wagner Valente <
>> whvalent em terra.com.br
>> > > escreveu:
>> >
>> > > Caros colegas,
>> > >
>> > >
>> > >
>> > > Não pensava em me manifestar, pelo fato de que o conteúdo, para ser
>> > > expresso de maneira correta toma um tempo que, infelizmente, não
>> tenho.
>> > >
>> > > Então, limito-me a opinar que, muito embora a lista não tenha sido
>> > > concebida para veicular e debater assuntos fora da área dos estudos
>> > > acadêmicos sobre música, a situação política em que vivemos permite
>> uma
>> > > exceção. Afinal somos a massa pensante e que, em grande medida, é
>> > > responsável por alguns dos rumos que o país acaba por adotar. No meu
>> modo
>> > > de pensar, gostaria de tomar conhecimento do que acontece pelo país e
>> pelo
>> > > mundo e que, por razões compreensíveis, a imprensa e a mídia em geral,
>> > > decidem ocultar.
>> > >
>> > > Não sei se o volume de mensagens causa algum problema no servidor.
>> Caso
>> > > isso não venha a causar problemas, proponho que as mensagens possam
>> ser
>> > > transmitidas. Fica a critério do pesquisador lê-las ou não.
>> > >
>> > > Podemos agir assim?
>> > >
>> > > Abraço cordial a todos,
>> > >
>> > > Heloísa
>> > >
>> > > ________________________________________________
>> > > Lista de discussões ANPPOM
>> > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>> > > ________________________________________________
>> > >
>>
>> --
>> Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
>> Departamento de MúsicaFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
>> Ribeirão Preto
>> Universidade de São Paulo
>> http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4094693495303397
>> http://portal.ffclrp.usp.br/sites/camaradecastro
>> http://lattes.cnpq.br/8866596468646798
>>
>> https://scholar.google.com.br/citations?hl=pt-BR&user=GBa82HMAAAAJ&view_op=list_works&sortby=pubdate
>> ________________________________________________
>> Lista de discussões ANPPOM
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>
>
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> http://www.iarte.ufu.br/celsocintra
>
> *"Se as crianças não forem expostas a música estranha, elas podem muito
> bem crescer, ir à escola, arrumar empregos, ter filhos... e morrer! Sem
> nunca ter experimentado a loucura! Isso é muito perigoso!" *Lux Interior
> (The Cramps)
>
>
>
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