[ANPPOM-Lista] Suzana Herculano-Houzel na BBC Brasil

Jorge L. Santos jorgelsantos02 em gmail.com
Qua Jun 8 00:50:42 BRT 2016


Um dos problemas, como foi mencionado por um prof. em mensagem anterior, já
começa no edital.  Muitos são feito sob medida. Quando não mistura áreas
sem qualquer relação, estabelecem critérios ou provas que não fazem muito
sentido para a subárea. Como são concursos (os de prof. universitários) sem
visibilidade, pois comparado a qualquer concurso público no Brasil o número
de candidatos é irrisório, nunca despertam estranheza ou interesse da
mídia.

Acabei de receber um aviso de um concurso para universidade federal, não
sou candidato, que fique claro, e se fosse, seria de certa forma
beneficiado no aspecto "recital" em relação a pessoas de outras subáreas e
formações, mas ainda assim questiono: qual o sentido das exigências
abaixos?
Um prof. de s*ociologia da música, etnomusicologia e musicologia* (repare
que são três áreas bem  distintas na pós, a primeira então nem na maioria
dos departamentos de ppgm tem, mas ignoremos isso) precisa tocar? precisa
fazer um recital? O mais curioso, se ele por acaso tocar violão, trombone
ou violino, já está fora! Imagina, fez um doutorado em etnomusicologia, tem
dezenas de artigos publicados, experiência docente, ainda que sem o estudo
regular, toca um instrumento, mas por "azar",  toca violino. Está fora.

Qualquer candidato que bate o olho nisso, no mínimo, fica com o pé atrás.


​


Jorge L. Santos <http://jorgesantosmusica.wordpress.com/>
Rio de Janeiro
55 21 980508454
website <http://jorgesantosmusica.wordpress.com/>
ProjetoBC - Compositores <http://projetobc.com/>
Academia <https://unicamp.academia.edu/JorgeSantos>

<https://www.facebook.com/jorge.lima.santos>
<https://twitter.com/jorsantos02>

2016-06-07 0:18 GMT-03:00 Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com>:

>
> A única saída que vejo, Climério, é realmente o recurso à justiça,
> esgotados os procedimentos administrativos que, *esprit de corps oblige*,
> sabemos, não dão em nada. Infelizmente, sabemos também, poucos estão
> dispostos a adotá-la, não apenas porque a justiça federal é lenta, mas
> também porque resta a esperança de que as coisas se resolvam da melhor
> forma possível, o que de fato acontece às vezes. Mas isso significa ainda
> conivência com a falcatrua em interesse próprio, de modo que, para o bem de
> todos, fica minha recomendação: recorram à justiça.
>
> Abraço,
>
> Carlos
>
> 2016-06-05 14:49 GMT-03:00 climério de oliveira santos <zabumba2 em gmail.com
> >:
>
>> Eu fiz poucos concursos até agora, tenho uma experiência neófita e,
>> portanto, prefiro atentar para o que estão dizendo as pessoas com mais
>> experiência. É uma situação preocupante e que merece total atenção da
>> comunidade acadêmica. Se os concursos estão mergulhados em fraudes, é
>> necessário que a comunidade acadêmica discuta, aponte soluções e faça
>> encaminhamentos ao MEC, ao Ministério Públicos e às demais instâncias
>> pertinentes. Devemos tomar as medidas cabíveis no sentido de evitar a
>> fraude. Devemos também estimular as pessoas a impetarem ação judicial
>> quando perceberem falhas nos concursos. As pessoas costumam ficar com
>> receio de acionar a Justiça devido a um pensamento tacanho e corriqueiro de
>> que quem o faz fica "queimado". Ora, quem é preterido de modo fraudulento
>> já está sendo "queimado", ao que me parece.
>> A leitura pública da prova escrita é um procedimento que melhora a
>> transparência dos concursos, não acham? Mas nem todos os editais adotam a
>> leitura pública e nós podemos agir no sentido de incluir este procedimento
>> na Lei, não podemos?
>>
>> Alguém pode sugerir outros procedimentos que podem ser adotados?
>>
>> Vamos em frente com esse diálogo.
>>
>> Climério.
>>
>>
>>
>> Em 5 de junho de 2016 11:24, <mcamara em usp.br> escreveu:
>>
>>> Também acho que não devemos generalizar essa história de concursos. Há
>>> concursos e concursos. E deixo avisado aos colegas para que não me chamem
>>> jamais para um com cartas marcadas.
>>> Marcos
>>> ----- climério de oliveira santos <zabumba2 em gmail.com> escreveu:
>>>
>>> > Olá, todos.
>>> >
>>> > Certamente vem ocorrendo a "carta marcada" em muitos casos, oque deve
>>> e tem
>>> > como ser evitado/minimizado e combatido.
>>> > Mas eu posso contar uma experiência própria em que isso não ocorreu:
>>> > Eu fiz um concurso numa UF, onde todas as pessoas da banca me
>>> conheciam e
>>> > alguns me têm muita amizade. A pessoa que ficou na primeira colocação
>>> não
>>> > conhecia ninguém da banca. Eu fiquei em segundo e, como só havia uma
>>> vaga,
>>> > não fui chamado. E acredito que o resultado foi justo.
>>> >
>>> > Terá sido essa a única exceção? O que vocês acham?
>>> >
>>> > Abraços.
>>> >
>>> >
>>> > Em 3 de junho de 2016 14:54, Jorge L. Santos <jorgelsantos02 em gmail.com
>>> >
>>> > escreveu:
>>> >
>>> > > Olá,
>>> > >
>>> > > Recomendo o artigo dela na Piauí, ele aponta para várias questões,
>>> está
>>> > > aberto no site (
>>> http://piaui.folha.uol.com.br/materia/bye-bye-brasil/).
>>> > > Concordo com vários pontos e discordo de outros tantos.
>>> > >
>>> > > O primeiro e mais explícito: concurso público para professor é
>>> > > praticamente "carta marcada". Ela fala isso com certa naturalidade,
>>> como um
>>> > > fato consumado, regras do jogo, mas para o "contribuinte" e para
>>> opinião
>>> > > pública em geral não é isso que se pensa. É um tema tabu que quem
>>> está
>>> > > dentro não fala e quem está fora também não, por medo.
>>> > >
>>> > >
>>> > > ​
>>> > > Ela explica ao fim como "graças ao lobby de alguns professores
>>> influentes"
>>> > > e o perfil da vaga era o dela, a única candidata inscrita.
>>> > >
>>> > >
>>> > > ​
>>> > >
>>> > >
>>> > > ​Paradoxalmente (ou nem tanto), em outro trecho ela revela que a
>>> > > estabilidade dela é muito superior a de seus pares estrangeiros .
>>> > >
>>> > >
>>> > >
>>> > > Outro ponto que ela mesma escreveu, mas parece desconsiderar diante
>>> do
>>> > > momento atual, é a maior facilidade para conseguir financiar
>>> pesquisa pura
>>> > > em relação ao que ocorre nos EUA
>>> > >
>>> > >
>>> > > ​
>>> > > Ela comenta do aumento de verba crescente como se isso tivesse
>>> acontecido
>>> > > por mágica e não por uma política governamental deliberada
>>> > >
>>> > >
>>> > > ​Daí subitamente tudo mudou. Sim, a crise econômica afetou
>>> > > inevitavelmente, mas ela não parece estabelecer relação conjuntural
>>> > >
>>> > >
>>> > > ​
>>> > > Outro tema tabu, e aí concordo com ela, é com relação à
>>> produtividade.
>>> > > Sempre que esse tema aparece é colocado como se fosse apenas uma
>>> demanda
>>> > > neoliberal e utilitarista, desconsiderando que como servidor
>>> público, é
>>> > > legítimo que qualquer setor da sociedade questione isso.
>>> > >
>>> > >
>>> > > ​
>>> > > Sei que é um assunto que "não é da minha conta", mero doutorando
>>> outsider
>>> > > que sou, mas acho que a reflexão dela, com todas suas contradições,
>>> merecia
>>> > > ser discutida.
>>> > >
>>> > > Att,
>>> > >
>>> > >
>>> > > Jorge L. Santos <http://jorgesantosmusica.wordpress.com/>
>>> > > Rio de Janeiro
>>> > > 55 21 980508454
>>> > > website <http://jorgesantosmusica.wordpress.com/>
>>> > > ProjetoBC - Compositores <http://projetobc.com/>
>>> > > Academia <https://unicamp.academia.edu/JorgeSantos>
>>> > >
>>> > > <https://www.facebook.com/jorge.lima.santos>
>>> > > <https://twitter.com/jorsantos02>
>>> > >
>>> > > 2016-05-30 17:16 GMT-03:00 Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com>:
>>> > >
>>> > >> Em entrevista à BBC Brasil <https://www.facebook.com/bbcbrasil/>,
>>> ela
>>> > >> critica o que diz ser falta de meritocracia nas universidades
>>> federais,
>>> > >> onde professores têm salários fixos independentemente do que
>>> produzem, e
>>> > >> afirma que "não dá para ser otimista no Brasil nesse momento".
>>> > >>
>>> > >> http://goo.gl/AIoo17
>>> > >>
>>> > >> --
>>> > >> carlos palombini, ph.d. (dunelm)
>>> > >> professor de musicologia ufmg
>>> > >> professor colaborador ppgm-unirio
>>> > >> www.proibidao.org
>>> > >> ufmg.academia.edu/CarlosPalombini <http://goo.gl/KMV98I>
>>> > >> www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2
>>> > >> scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ
>>> > >>
>>> > >> ________________________________________________
>>> > >> Lista de discussões ANPPOM
>>> > >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>>> > >> ________________________________________________
>>> > >>
>>> > >
>>> > >
>>> > > ________________________________________________
>>> > > Lista de discussões ANPPOM
>>> > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
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>>> > >
>>> >
>>> >
>>> >
>>> > --
>>> > Climério de Oliveira Santos
>>> >
>>> > (81) 9945-9434
>>> >
>>> > Aguardo sua resposta.
>>>
>>> --
>>> Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
>>> Departamento de MúsicaFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
>>> Ribeirão Preto
>>> Universidade de São Paulo
>>> http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4094693495303397
>>> http://portal.ffclrp.usp.br/sites/camaradecastro
>>> http://lattes.cnpq.br/8866596468646798
>>>
>>> https://scholar.google.com.br/citations?hl=pt-BR&user=GBa82HMAAAAJ&view_op=list_works&sortby=pubdate
>>>
>>
>>
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>> Climério de Oliveira Santos
>>
>> (81) 9945-9434
>>
>> Aguardo sua resposta.
>>
>> ________________________________________________
>> Lista de discussões ANPPOM
>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
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>
>
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> --
> carlos palombini, ph.d. (dunelm)
> professor de musicologia ufmg
> professor colaborador ppgm-unirio
> www.proibidao.org
> ufmg.academia.edu/CarlosPalombini <http://goo.gl/KMV98I>
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