[ANPPOM-Lista] Suzana Herculano-Houzel na BBC Brasil

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Ter Jun 7 00:18:12 BRT 2016


A única saída que vejo, Climério, é realmente o recurso à justiça,
esgotados os procedimentos administrativos que, *esprit de corps oblige*,
sabemos, não dão em nada. Infelizmente, sabemos também, poucos estão
dispostos a adotá-la, não apenas porque a justiça federal é lenta, mas
também porque resta a esperança de que as coisas se resolvam da melhor
forma possível, o que de fato acontece às vezes. Mas isso significa ainda
conivência com a falcatrua em interesse próprio, de modo que, para o bem de
todos, fica minha recomendação: recorram à justiça.

Abraço,

Carlos

2016-06-05 14:49 GMT-03:00 climério de oliveira santos <zabumba2 em gmail.com>:

> Eu fiz poucos concursos até agora, tenho uma experiência neófita e,
> portanto, prefiro atentar para o que estão dizendo as pessoas com mais
> experiência. É uma situação preocupante e que merece total atenção da
> comunidade acadêmica. Se os concursos estão mergulhados em fraudes, é
> necessário que a comunidade acadêmica discuta, aponte soluções e faça
> encaminhamentos ao MEC, ao Ministério Públicos e às demais instâncias
> pertinentes. Devemos tomar as medidas cabíveis no sentido de evitar a
> fraude. Devemos também estimular as pessoas a impetarem ação judicial
> quando perceberem falhas nos concursos. As pessoas costumam ficar com
> receio de acionar a Justiça devido a um pensamento tacanho e corriqueiro de
> que quem o faz fica "queimado". Ora, quem é preterido de modo fraudulento
> já está sendo "queimado", ao que me parece.
> A leitura pública da prova escrita é um procedimento que melhora a
> transparência dos concursos, não acham? Mas nem todos os editais adotam a
> leitura pública e nós podemos agir no sentido de incluir este procedimento
> na Lei, não podemos?
>
> Alguém pode sugerir outros procedimentos que podem ser adotados?
>
> Vamos em frente com esse diálogo.
>
> Climério.
>
>
>
> Em 5 de junho de 2016 11:24, <mcamara em usp.br> escreveu:
>
>> Também acho que não devemos generalizar essa história de concursos. Há
>> concursos e concursos. E deixo avisado aos colegas para que não me chamem
>> jamais para um com cartas marcadas.
>> Marcos
>> ----- climério de oliveira santos <zabumba2 em gmail.com> escreveu:
>>
>> > Olá, todos.
>> >
>> > Certamente vem ocorrendo a "carta marcada" em muitos casos, oque deve e
>> tem
>> > como ser evitado/minimizado e combatido.
>> > Mas eu posso contar uma experiência própria em que isso não ocorreu:
>> > Eu fiz um concurso numa UF, onde todas as pessoas da banca me conheciam
>> e
>> > alguns me têm muita amizade. A pessoa que ficou na primeira colocação
>> não
>> > conhecia ninguém da banca. Eu fiquei em segundo e, como só havia uma
>> vaga,
>> > não fui chamado. E acredito que o resultado foi justo.
>> >
>> > Terá sido essa a única exceção? O que vocês acham?
>> >
>> > Abraços.
>> >
>> >
>> > Em 3 de junho de 2016 14:54, Jorge L. Santos <jorgelsantos02 em gmail.com>
>> > escreveu:
>> >
>> > > Olá,
>> > >
>> > > Recomendo o artigo dela na Piauí, ele aponta para várias questões,
>> está
>> > > aberto no site (http://piaui.folha.uol.com.br/materia/bye-bye-brasil/
>> ).
>> > > Concordo com vários pontos e discordo de outros tantos.
>> > >
>> > > O primeiro e mais explícito: concurso público para professor é
>> > > praticamente "carta marcada". Ela fala isso com certa naturalidade,
>> como um
>> > > fato consumado, regras do jogo, mas para o "contribuinte" e para
>> opinião
>> > > pública em geral não é isso que se pensa. É um tema tabu que quem está
>> > > dentro não fala e quem está fora também não, por medo.
>> > >
>> > >
>> > > ​
>> > > Ela explica ao fim como "graças ao lobby de alguns professores
>> influentes"
>> > > e o perfil da vaga era o dela, a única candidata inscrita.
>> > >
>> > >
>> > > ​
>> > >
>> > >
>> > > ​Paradoxalmente (ou nem tanto), em outro trecho ela revela que a
>> > > estabilidade dela é muito superior a de seus pares estrangeiros .
>> > >
>> > >
>> > >
>> > > Outro ponto que ela mesma escreveu, mas parece desconsiderar diante do
>> > > momento atual, é a maior facilidade para conseguir financiar pesquisa
>> pura
>> > > em relação ao que ocorre nos EUA
>> > >
>> > >
>> > > ​
>> > > Ela comenta do aumento de verba crescente como se isso tivesse
>> acontecido
>> > > por mágica e não por uma política governamental deliberada
>> > >
>> > >
>> > > ​Daí subitamente tudo mudou. Sim, a crise econômica afetou
>> > > inevitavelmente, mas ela não parece estabelecer relação conjuntural
>> > >
>> > >
>> > > ​
>> > > Outro tema tabu, e aí concordo com ela, é com relação à produtividade.
>> > > Sempre que esse tema aparece é colocado como se fosse apenas uma
>> demanda
>> > > neoliberal e utilitarista, desconsiderando que como servidor público,
>> é
>> > > legítimo que qualquer setor da sociedade questione isso.
>> > >
>> > >
>> > > ​
>> > > Sei que é um assunto que "não é da minha conta", mero doutorando
>> outsider
>> > > que sou, mas acho que a reflexão dela, com todas suas contradições,
>> merecia
>> > > ser discutida.
>> > >
>> > > Att,
>> > >
>> > >
>> > > Jorge L. Santos <http://jorgesantosmusica.wordpress.com/>
>> > > Rio de Janeiro
>> > > 55 21 980508454
>> > > website <http://jorgesantosmusica.wordpress.com/>
>> > > ProjetoBC - Compositores <http://projetobc.com/>
>> > > Academia <https://unicamp.academia.edu/JorgeSantos>
>> > >
>> > > <https://www.facebook.com/jorge.lima.santos>
>> > > <https://twitter.com/jorsantos02>
>> > >
>> > > 2016-05-30 17:16 GMT-03:00 Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com>:
>> > >
>> > >> Em entrevista à BBC Brasil <https://www.facebook.com/bbcbrasil/>,
>> ela
>> > >> critica o que diz ser falta de meritocracia nas universidades
>> federais,
>> > >> onde professores têm salários fixos independentemente do que
>> produzem, e
>> > >> afirma que "não dá para ser otimista no Brasil nesse momento".
>> > >>
>> > >> http://goo.gl/AIoo17
>> > >>
>> > >> --
>> > >> carlos palombini, ph.d. (dunelm)
>> > >> professor de musicologia ufmg
>> > >> professor colaborador ppgm-unirio
>> > >> www.proibidao.org
>> > >> ufmg.academia.edu/CarlosPalombini <http://goo.gl/KMV98I>
>> > >> www.researchgate.net/profile/Carlos_Palombini2
>> > >> scholar.google.com.br/citations?user=YLmXN7AAAAAJ
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>> > >> Lista de discussões ANPPOM
>> > >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
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>> > Climério de Oliveira Santos
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>> > (81) 9945-9434
>> >
>> > Aguardo sua resposta.
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>> Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
>> Departamento de MúsicaFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
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