RES: [ANPPOM-L] Contratação de Prof. Substitutos Eletroacústica e Violoncelo

ja.mannis ja.mannis em uol.com.br
Dom Abr 8 23:38:51 BRT 2007


Caros Colegas,
 
Caro Rubens, Caro Jorge, Caro Rodolfo, Caro Carlos, Cara Sandra, 
 
Vejo com entusiasmo que este assunto esteja suscitando nosso interesse.
 
Isso é muito importante sendo tal empreendimento fundamental para que alguma
ação seja encetada.
 
Mais uma vez saliento que há necessidade de examinar o problema de uma
posição distante, de modo que possamos ver o todo.
 
Foi por isso que chamei a atenção para o o fato de que "conjugar perfis com
necessidades de capacitação distintas me parece um equivoco".
 
Justamente o que está suscitando esta discussão. Todos os que nela estão
envolvidos tem excelência reconhecida e se expressaram de forma coerente.
 
Observo que todos consideram a mesma posição, somente que cada um está no
dominio da área de sua abrangencia.
 
Pediria que considerassem que estamos diante de uma situação nova.
 
Há novos perfis de atividade na sociedade que não estão totalmente
institucionalizados, estão em formação e, por isso, não estão sendo
atendidos pelas instituições acadêmicas.
 
Em nenhum momento a formação do músico deve ser menos efetiva. Ao contrário,
os alunos de música deveriam chegar na universidade
com capacitação mais avançada do que agora. Mas isso seria outra questão que
não convém abordar neste âmbito.
 
A formação do interprete, do compositor e do pesquisador em música é
fundamental, certamente. Deve seguir e mesmo se aperfeiçoar.
 
Minha preocupação é centrada no fato de que 2.000 pessoas entram no Mercado
de Trabalho e têm que "se virar de qualquer jeito".
 
Acho que seria melhor ter um Engenheiro de Som que fosse violinista, e que
tivesse uma cultura musical ampla, do que um Engenheiro de Som somente
centrado em um segmento especifico da música. Para garantir a diversidade,
precisamos colocar no mercado pessoas com a mente aberta e com visão musical
ampla.
       
Acho melhor que o pianista que acabou indo trabalhar no comércio, que pelo
menos tenha a chance de atuar num campo onde a música esteja presente. 
O compositor que teve que ir para o mercado editorial, que pelo menos seja
para o segmento de música e não que se ocupe com coisas alheias a seu mundo;
O pesquisador que acabou trabalhando na imprensa, que seja uma função onde
expresse sua capacitação em arte e cultura e não num setor técnico básico.
 
Mas para isso os estudantes necessitam de pelo menos algumas ferramentas
complementares.
 
Poderiamos talvez pensar em que disciplinas seriam desejáveis nos cursos de
música para capacitar alunas e alunos em algumas técnicas exigidas nas
demandas de trabalho: por exemplo, conhecer bem os repertorios musicais
(estilos, épocas, generos); ter uma escuta trabalhada (saber analisar uma
sensação sonora; e saber analisar uma expressão sonora) (saber fazer uma
escuta técnica e alternar para uma escuta estética com o devido controle);
ter senso crítico e saber se expressar diante do que acabou de ouvir
(comentar com pertinencia); aprender a editar uma partitura de orquestra
(isso é importante para todo músico, saber como preparar uma virada de
página ...); saber como microfonar os instrumentos (hoje nos estudios se o
interprete não souber como é o campo acustico de seu instrumento corre o
risco de sair da gravação com um som de 'metálico' sem saber porque e sem
saber o que fazer, pois há técnicos que não sabem isso); como fazer um Press
Release para um evento seu; como funciona um roteiro de radio e de cinema;
como captar recursos para projetos; como montar projetos claros e objetivos;
como funciona acusticamente uma caixa cênica, qual a função de cada parte do
palco na escuta dos músicos; etc...
 
Sem REFLEXÃO sobre as especifidades de cada elemento da enorme MALHA DE
ATIVIDADES que aqui se abre, sem considerar as hierarquias e categorias
intrinsecas, acabam surgindo inevitavelmente imagens nebulosas.
 
HÁ MÚSICOS, HÁ PROFISSIONAIS/PESQUISADORES LIGADOS Á MÚSICA, HÁ MÙSICOS
LIGADOS A OUTROS SETORES. São três coisas distintas. Se pudermos não
refletir sobre uma pensando na outra vamos avançar positivamente.
 
1) MÚSICA : interpretação, composição, pesquisa
 
2) PROFISSIONAIS/PESQUISADORES LIGADOS À MÙSICA: todos os que atuam para a
atividade fim MUSICA ou que estudam a MUSICA à luz de outras áreas do
conhecimento.
 
3) MÚSICOS LIGADOS A OUTROS SETORES: música aplicada, multimeios,
intermidias.  
 
O Número 1), nós já temos na Universidade e precisamos melhorar.
 
Os Números 2) e 3): DOCENTES - Muitos fazem na academia e, para seguir,
necessitam de adequações estruturais; ALUNOS - Muitos acabam "aprendendo no
tranco" sem a devida preparação e sem algumas bases que facilitariam sua
vida;
 
Se os 2.000 alunas e alunos que saem anualmente das escolas de música
pudessem ter algumas ferramentas em 2) e 3) a vida deles seria muito melhor
e hoje estariam muito mais felizes. Mais que isso, no setor em que
estivessem trabalhando, teriamos aliados e pessoas que SABEM DO QUE ESTAMOS
FALANDO. (Quantas vezes não precisamos explicar que o que fazemos não é o
que grande parte dos profissionais pensam que é?)
 
Reforçar os itens 2) e 3) é criar condições adequadas de que a SOCIEDADE
tenha PESSOAS em vários setores CONSCIENTES dos valores nos quais todos nós
acreditamos e queremos passar adiante.
 
Nós temos 2.000 pessoas que entram no mercado de trabalho POR ANO e estamos
PERDENDO A MAIORIA DELAS.
 
Nos ultimos 10 anos dos 20.000 profissionais desovados me pergunto: Quantos
ainda trabalham COM MÚSICA?; Quantos ainda podem considerar A MÚSICA algo
importante em suas vidas?; Quantos tem em suas mãos poder para INCENTIVAR ou
NÃO uma iniciativa musical? Quantos puderam desenvolver os valores que
receberam em sua formação?
 
Por isso, gostaria de expressar novamente que "conjugar perfis com
necessidades de capacitação distintas me parece um equivoco".
 
Pessoalmente creio que estamos ao meio de uma articulação no processo
histórico, portanto, vivendo um tempo importante e decisivo.   
 
Estamos num MOMENTO DE EXPANSÃO, uma OPORTUNIDADE que cabe a nós, MÚSICOS,
aproveitar ou não dela. 
 
Apesar dessa oportunidade estar aí PARA TODOS, neste momento está MUITO MAIS
PROXIMA DE NÓS, mas não vai ficar estacionada eternamente onde está.
 
Melhores saudações e Boa Páscoa !
 
José Augusto Mannis
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

  _____  

De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br]
Em nome de Jorge Antunes
Enviada em: domingo, 8 de abril de 2007 12:14
Para: Rubens Ricciardi
Cc: anppom-l em iar.unicamp.br
Assunto: Re: [ANPPOM-L] Contratação de Prof. Substitutos Eletroacústica e
Violoncelo


Caro Rubens: 

Suas preocupações procedem. 
É preciso que nos mantenhamos sempre atentos às possíveis modas ou ondas
que, em geral, não se sabe exatamente de onde vêm. 
Quero analisar a questão um pouco sob o ponto de vista político e
ideológico. 
Existe um projeto supra-big-brother comandado pelo Bush, pelo Banco Mundial,
pelo BID e pelo FMI (e, é claro, também pela ONU capitaneada pelo Bush), de
fazer com que as grandes potências sejam os únicos produtores de saber,
conhecimento, informação e tecnologia. Os subdesenvolvidos ou "em vias de
desenvolvimento" seriam os produtores de consumidores, de mão de obra e de
técnicos. 
Assim, os únicos detentores de tecnologia nuclear seriam eles. Nós seríamos
apenas os compradores de submarinos atômicos. 
Na música esse fenômeno se encontra em processo de implantação. 
Então, é preciso que não caiamos na tentação da submissão ao mercado que se
espraia por aí. 
Assim, eles criariam e construiriam as máquinas de luzes e efeitos, as
Madonas e os softwares e nós formaríamos os técnicos de sonorização de
espaços públicos. Eles criariam os grandes compositores, as músicas a serem
consumidas e as obras a serem incluídas nos discos e outros suportes,
enquanto nós formaríamos os técnicos e assistentes de som. 
Por isso concordo com você, quando você diz que se deve dar primazia à
música e à formação de bons músicos. 
Abraço, 
Jorge Antunes 
  
  


Rubens Ricciardi wrote: 


caro Prof. Rodolfo Caesar, 

agradeço a sua atenção sempre cordial, e mais uma vez é uma satisfação 
trocar boas idéias com vc, 


quem aponta a exclusão de algo como problema é porque tem em mente a sua 
inclusão, pois muito bem, até aí nada contra a inclusão das "rebarbas" 
conforme vc mesmo citou, 


eu só levantei o problema de como esta inclusão poderia ser efetuada, de 
como este processo seria concebido: se por um lado, pensando-se bem a 
relação todo-um, ou seja, contextualizando-se a música como conceito maior, 
ou se, por outro lado, esta inclusão se daria de maneira apressada, 
superficial ou mesmo tecnicista e redutiva (infelizmente, como de costume 
acontece no Brasil), e, neste caso, a inclusão das "rebarbas" pode sim 
significar ao mesmo tempo a exclusão da música ela mesma, 


portanto, estou tão-somente falando de um cuidado a ser tomado que talvez 
possa ser importante - e não tentando resolver unilateralmente o problema, 


e já que se está tratando de sofismas auto-refutáveis, então vamos ao 
problema do "preconceito" levantado pelo Prof. Palombini, 


aliás, palavras chaves como "exclusão" e "preconceito" são argumentos 
cotidianos para o estabelecimento de uma política "politicamente correta", 
ou seja, para a imposição da ditadura do homem mediano enquanto distorção 
ideológica (e a "esquerda burra" e a "direita mediana" sempre já se 
confundem), 


aliás, o preconceito é um lado da moeda, mas no outro lado talvez se 
encontre justamente outro preconceito, devemos estar vigilantes quanto a 
isso... 


por exemplo, o vídeo selecionado pelo Prof. Palombini com o rapaz tocando 
violão e falando do violoncelo pode ser divertido e engraçado para alguns, 
mas ao mesmo tempo violento e agressivo para outros - é como o caso recente 
da ministra do Lula que quer incentivar o ódio dos brasileiros que tenham 
pele mais escura contra os outros brasileiros com pela mais clara (e ela 
igualmente se justifica sempre através da "exclusão" e do "preconceito"), 


portanto, não posso concordar com a irreverência e o desrespeito com que o 
"Johann" foi tratado no vídeo, justamente porque aí reside a essência da 
música, ela se dá não só com o tal "Johann", como também com o "Johann 
Sebastian", com o "Wolfgang Amadeus", "Ludwig", "Fryderyk", "Gabriel", 
"Tonico" (e este era de Campinas!), "Claude", "Anton", "Igor", "Béla", 
"Manuel", "Cláudio", "Heitor" (veja aí um carioca!), "György" (e imaginem o 
Kubrik sem este aí!) e tantos outros próximos da gente como o "Gilberto", 
"Edino", "Marlos", "Ricardo", "Mario", "Rodolfos" (vc e o outro que trabalha

aqui em RP), "Luís Carlos", "Tato", "Roberto", "Silvio", "João Augusto", 
"Eli" etc. etc. etc. 


enfim, somos todos "Johann"... 


boa páscoa a todos! 


Rubens Ricciardi (USP de Ribeirão Preto) 


_______________________________________ 


Falou, Carlos! 


Uma citação tirada de Sygmunt Bauman para nossa meditação pascoalina: 
"Cada ordem tem sua própria desordem; cada modelo de pureza tem sua 
própria sujeira que precisa ser varrida." 
(O mal-estar da pós-modernidade, pg 20) 


abs, 


Rodolfo 


carlos palombini wrote: 
> 
> A discussão da função das escolas e departamentos de ensino superior 
> de música é realmente importante. Mas ela não vai avançar, pelo menos 
> não aqui, enquanto os usuários desta lista se utilizarem da mesma como 
> veículo seus preconceitos religiosos, estéticos ou de classe. 
> 
> -- 
> cvp 
> 
> 


----- Original Message ----- 
From: "Rodolfo Caesar" <caesar em acd.ufrj.br> 
To: "Rubens Ricciardi" <rrrr em usp.br> 
Cc: "'anppom-l'" <anppom-l em iar.unicamp.br>; "ja.mannis" 
<ja.mannis em uol.com.br> 
Sent: Saturday, April 07, 2007 5:24 PM 
Subject: Re: [ANPPOM-L] Contratação de Prof. Substitutos Eletroacústica e 
Violoncelo 


Meus caros, 


Quem me conhece sabe o quanto o mercado e eu vivemos afastados. Quem 
nao, pode pensar que minha linha - em referencia ao designio frustrado 
daquela disciplina comentada - abriria meu interesse por essa fatia. Nao 
foi o caso. Se alguém pensou assim, desculpe-me. 
E meu caro Rubens: nao entenda minha msg como pleito pela introduçao 
dessa ou daquela materia. Foi só a constatação de uma tremenda 
desatualidade - a associação de uma disciplina nascida para um mercado 
que morreu - com a música que se pauta por um conhecimento sonológico. 
Agora: eu jamais poderia conviver com a noção de que a única forma de 
alguma coisa existir é excluindo, limando as diferenças. As rebarbas 
estão ficando do tamanho de uma faculdade. 


Um abraço, 


Rodolfo 


Rubens Ricciardi wrote: 
> caríssimo Prof. Mannis, 
> meus caros colegas da ANPPOM, 
> 
> muito boa a discussão, ainda mais depois de ontem que deu no Jornal da 
> Globo - vcs viram? - "os pastores DJs" (o culto religioso enquanto evento 
> da Indústria Cultural!), isto é que é conhecimento "just in time"! Isto é 
> que é mercado de trabalho! 
> 
> em todos os casos, a música por sorte viabiliza toda uma série de 
> atividades profissionais que giram em torno dela em seus mais diversos 
> desdobramentos (bilheteiros dos teatros, faxineiras que limpam o palco, 
> eletricistas que consertam a tomada quando queima o fusível etc., e todos 
> merecem nosso carinho e atenção!) 
> 
> mas só seria bom também não se esquecer que a música, enquanto cerne do 
> conceito, abrange três atividades maiores e primevas (e estas atividades 
> ainda são sempre já indissociáveis entre si): 
> 
> o compositor 
> o intérprete 
> o pesquisador 
> 
> será que já estamos dando conta bem dada na formação destes três ofícios 
> (com pelo menos 2500 anos de história) nas universidades brasileiras??? 
> 
> será que formaremos profissionais competentes em qualquer outra área de 
> apoio sem que estes estejam devidamente em casa nestas três áreas 
> fundamentais??? ou seja, não se trata antes de mais nada de promover uma 
> boa formação musical??? 
> 
> pelo que eu saiba, para atuar como diretor de gravação ("Tonmeister") nos 
> EUA, Alemanha ou Japão (como exemplo de países com boas faculdades neste 
> ramo), antes de mais nada este profissional tem que ser um bom músico! - 
> aliás, como é o caso justamente do Mannis, mas infelizmente de quase mais 
> ninguém no Brasil... 
> 
> não é por menos que a OSESP grava com os profissionais do selo BIS da 
> Suécia e não com uma firma brasileira!... então, será que não falta aqui 
> no Brasil justamente a imprescindível boa formação musical nestas 
> atividades com interfaces tecnológicas? 
> 
> a quem interessa a proliferação de um tecnicismo mediano, redutivo e sem 
> compromisso com os conceitos fundamentais da música? não estaríamos assim 
> tão-somente difundindo a estupidez? 
> 
> e repito pra concluir: não é então o caso de se estudar música pra começo 
> de conversa??? (como dizia já o velho Mário de Andrade)... 
> 
> abraços do Rubens Ricciardi (USP de Ribeirão Preto) 
> 
> ----- Original Message ----- From: "ja.mannis" <ja.mannis em uol.com.br> 
> To: "'Rodolfo Caesar'" <caesar em acd.ufrj.br>; "'anppom-l'" 
> <anppom-l em iar.unicamp.br> 
> Sent: Saturday, April 07, 2007 10:37 AM 
> Subject: RES: [ANPPOM-L] Contratação de Prof. Substitutos Eletroacústica e

> Violoncelo 
> 
> 
>> Colegas da Anppom, 
>> 
>> Reforço a colocação do Rodolfo Caesar, bem como mensagens anteriores de 
>> Silvio Ferraz sobre 
>> as necessidades evidentes de uma reengenharia de cursos na área de 
>> música. 
>> 
>> Segundo o Banco de Dados MUSICON existem atualmente pelo menos 408 órgãos

>> institucionais dedicados à formação musical no Brasil, que anualmente 
>> devem 
>> desovar pelo menos 2000 alunos, o equivalente a 25 ORQUESTRAS SINFONICAS.

>> 
>> Que atividades profissionais estão exercendo essas pessoas, se o numero 
>> de 
>> concursos e chamadas para orquestras é muito inferior a essa cifra, assim

>> como os concursos para docentes e oportunidades para professores de 
>> música ? 
>> 
>> Há segmentos requerendo profissionalmente conhecimento artistico, 
>> capacitação de escuta e habilidades musicais. Estão sendo preenchidos por

>> profissionais de outras áreas do conhecimento. Os músicos estão perdendo 
>> terreno desde, pelo menos, os ultimos 10 anos. 
>> Os cursos informais de música e tecnologia, em franca expansão, estão 
>> suprindo essas necessidades crescentes diante do silencio das estruturas 
>> acadêmicas. Porém, não há um controle nem um credenciamento garantindo um

>> padrão mínimo de funcionamento. Se as entidades de ensino superior 
>> reconhedicas, credenciadas e com credibilidade não se organizarem em 
>> torno 
>> dessa área emergente e demorarem a se estruturar perderão uma liderança 
>> que, 
>> potencialmente, ainda é possivel resgatar e manter, mas não por muito 
>> tempo. 
>> 
>> Não acreditro que tenhamos o direito de entregar essa demanda social nas 
>> mãos do mercado pura e simplesmente. Temos a obrigação de uma atitude 
>> ativa 
>> neste processo. Porém, tentativas isoladas, apesar de bem-intencionadas, 
>> devem ser consideradas com prudencia pois neste momento estamos 
>> trabalhando 
>> NA RAIZ de uma área do conhecimento bastante complexa. Estamos 
>> estabelecendo 
>> os baldrames de futuras paredes e estruturas de sustentação. 
>> 
>> Acredito que a preocupação em definir novos perfis e novas formações seja

>> construtiva, mas é URGENTE que se estabeleça uma ação conjunta e 
>> organizada 
>> de âmbito nacional em torno da REFLEXÃO sobre esses novos setores que, no

>> Exterior, são praticados academicamente há muito tempo. 
>> 
>> Essa reflexão é fundamental para a QUALIDADE DOS CURSOS: estabelecimento 
>> de 
>> grades curriculares e prioridades de formação. Há sobretudo necessidade 
>> de 
>> discernimentos essenciais: o que é da arte, o que é do metier, o que é 
>> técnico, o que é artistico. Todos os perfis necessitam de capacitação 
>> artistica e técnica. Porém, o grau de proficiencia artistica e técnica 
>> varia 
>> de um perfil a outro. Conjugar perfis com necessidades de capacitação 
>> distintas me parece de fato um equivoco. Isso é, a meu entender, o que 
>> foi 
>> justamente levantado por Rodolfo Caesar. 
>> 
>> Se no Brasil ainda é motivo de debate a pertinencia ou não dessas 
>> evidencias 
>> reais e constatadas, e mesmo o vocábulo SONOLOGIA é ainda discutido, é 
>> tempo 
>> de atualizarmos nossos conhecimentos e passarmos a olhar com mais atenção

>> o 
>> que se passa fora de nossas fronteiras, além mar e após os Andes, pois 
>> aqui 
>> mesmo na América Latina já temos iniciativas adiantadas nesse sentido. 
>> 
>> A ignorancia pode ser reflexo de ingenuidade, mas fechar os olhos às 
>> evidências seria ignorancia de má fé. 
>> 
>> Estou certo de que poderemos dar novo impulso à formação musical, 
>> estarmos 
>> mais presentes e ativos face às demandas sociais, incluindo os novos 
>> perfis 
>> de atividades. Estão esperando uma resposta e tenho certeza de que 
>> poderemos 
>> demonstrar que a capacidade de inovação, de articulação e a excelencia do

>> ensino de música no país serão reconhecidos pela comunidade após nossa 
>> pronta reação. 
>> 
>> Melhores saudações 
>> 
>> José Augusto Mannis 
>> 
>> 
>> 
>> Grupo de Estudos de Música e Tecnologia da Unicamp 
>> 
>> Perfis profissionais identificados 
>> 
>> PROFISSÕES: Domínio de MÚSICA E ESPETÁCULO 
>> . Produtor fonográfico 
>> . Músico-Engenheiro de Som 
>> . Técnico / Assistente de som 
>> . Sonoplasta 
>> . Sonorizador / Operador de som 
>> . Compositor (trilha): Ilustrador musical 
>> 
>> PROFISSÕES: Domínio de DOCUMENTAÇÃO E ACERVOS 
>> . Restaurador de registros sonoros 
>> . Conservador de acervo 
>> 
>> PROFISSÕES: Domínio do CINEMA E AUDIOVISUAL 
>> . Chefe de operação de audio / Responsável pela tomada de som 
>> . Técnico de Mixagem / Pos-Sincronização / Pos-Produção 
>> . Criador de ruidagem 
>> . Sound designer 
>> 
>> PROFISSÕES: Domínio INDUSTRIAL 
>> . Designer sonoro 
>> 
>> PROFISSÕES: Domínio da ACÚSTICA 
>> . Técnico de sonorização de espaços públicos 
>> . Profissional em acústica arquitetural 
>> . Profissional em Acústica Musical 
>> 
>> A acústica musical é um domínio vasto e multidisciplinar, compreendendo: 
>> 
>> o acústica de instrumentos musicais; 
>> o construção de instrumentos musicais; 
>> o manutenção de instrumentos musicais; 
>> o voz cantada; 
>> o percepção dos sons instrumentais/vocais e a percepção de músicas; 
>> o gesto e execução instrumental 
>> o acústica de salas e percepção/controle espacial dos sons; 
>> o dispositivos eletroacústicos para captar, transformar e 
>> reconstituir/gerar sons; 
>> o algoritmos e dispositivos para análise e síntese de sons musicais. 
>> 
>> Diversos: outras atividades profissionais e setores 
>> 
>> . COMÉRCIO 
>> . ENSINO 
>> . RÁDIO 
>> . CONSULTORIA 
>> . MUSEOLOGIA 
>> . INTERNET 
>> . COPISTA 
>> 
>> REFERENCIAS 
>> 
>> The Royal Conservatoire 
>> http://www.koncon.nl/ 
>> 
>> INSTITUUT VOOR SONOLOGIE 
>> http://www.koncon.nl/public_site/220/Sononieuw/NL/SOmain.html 
>> 
>> physical models  Peter Pabon  Varèsezaal 1+2 
>> midi instrument design Frank Baldé BEA 6  1+2 
>> digital studio techniques  Johan van Kreij BEA 6  1+2 
>> digital signal processing Peter Pabon Varèsezaal 1+2 
>> capita selecta Kees Tazelaar Varèsezaal t/m 10 Oct 
>> aesthetics and performance of electr. music  Joel Ryan vergaderkamer 1+2 
>> signals and systems 2  Peter Pabon Varèsezaal 1+2 
>> psycho acoustics Bert Kraaijpoel Varèsezaal 1+2 
>> the language of musical signal processing Paul Berg computer studio  1+2 
>> sound and space Raviv Ganchrow BEA 7  1+2 
>> computer-assisted algorithmic composition Paul Berg computer studio  1+2 
>> voltage control techniques Kees Tazelaar BEA 5  1(+2) 
>> new theory  Martijn Voorvelt  Varèsezaal 1+2 
>> 
>> musiquantics Clarence Barlow Varèsezaal project week 
>> music psychology Renee Timmers Varèsezaal project weeks 
>> 
>> discussion concerts 
>> 
>> 
>> Gesellschaft für Sonologie 
>> http://www.nbsonologie.net/ 
>> 
>> 
>> Instituut voor Sonologie, Koninklijk Conservatorium 
>> http://www.onderzoekinformatie.nl/nl/oi/nod/organisatie/ORG1236274/ 
>> 
>> 
>> Escola Superior de Musica de Catalunia 
>> http://www.esmuc.net/titulacions.php?i=fr
<http://www.esmuc.net/titulacions.php?i=fr&id=8&c=3> &id=8&c=3 
>> 
>> 
>> Centro di Sonologia computazionale 
>> http://www.unipd.it/strutture/centri/ac.htm 
>> 
>> 
>> Departamento de Musica y Sonologia - Univ. de Chile 
>> http://www.musicaysonologia.uchile.cl/proyectos/index.html 
>> 
>> 
>> "Studio di Sonologia Computazionale Edgard Varese". 
>> http://h1.ath.cx/aevo/evs/INTER/evs.home.int2.html 
>> 
>> Studiekiezer Universiteit Gent 
>>
http://www.opleidingen.ugent.be/studiegids/2006/EN/FACULTY/LW/COURSE/ABKUNS/

>> 02000008/INDEX.HTM 
>> 
>> 
>> 
>> -----Mensagem original----- 
>> De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br 
>> [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] 
>> Em nome de Rodolfo Caesar 
>> Enviada em: sábado, 7 de abril de 2007 08:43 
>> Para: 'anppom-l' 
>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] Contratação de Prof. Substitutos Eletroacústica e

>> Violoncelo 
>> 
>> Prezada Lista, 
>> 
>> Não é engraçado que, no momento em que muitos e diversos pesquisadores 
>> começam a reconhecer um foco de trabalho na sonologia, que tem muita 
>> relação 
>> com a música eletroacústica, esta última apareça acompanhada por uma 
>> 'sonoplastia'? Caso alguém não se lembre, esse era o nome que se dava ao 
>> trabalho dos técnicos de teatro (a UNIRIO integra as duas áreas) que 
>> faziam 
>> os 'sons' das peças,atividade essa atualmente designada por 'foley' na 
>> indústria cinematográfica. 
>> Uma qualificação que nao serve nem para a pesquisa, e muito menos para o 
>> 'mercado', o alvo inicial. 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> abs, 
>> 
>> 
>> Rodolfo Caesar 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> Fernando José Silveira wrote: 
>>> Caríssimos, 
>>> Foi publicado ontem no Diário Oficial da União o Edital do Processo 
>>> Seletivo para professores substitutos do Instituto Villa-Lobos da 
>>> UNIRIO. 
>>> 1. DCR - Área de Música e Tecnologia - Composição Eletroacústica e 
>>> Sonoplastia - Nível de exigência: Graduação em Música (Habilitação 
>>> Composição) 
>>> 2. DPC - Violoncelo - Nível de exigência: Graduação em Música 
>>> (Habilitação Violoncelo). 
>>> 
>>> O Edital está disponível em link na página da UNIRIO - notícias: 
>>> www.unirio.br <http://www.unirio.br> 
>>> As inscrições são até 17 de abril. 
>>> DIVULGUEM!!! 
>>> 
>>> Atenciosamente, 
>>> 
>>> Fernando José Silveira 
>>> IVL/UNIRIO 
>>> ---------------------------------------------------------------------- 
>>> -- 
>>> 
>>> ________________________________________________ 
>>> Lista de discussões ANPPOM 
>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l 
>>> ________________________________________________ 
>> 
>> 
>> ________________________________________________ 
>> Lista de discussões ANPPOM 
>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l 
>> ________________________________________________ 
>> 
>> 
>> ________________________________________________ 
>> Lista de discussões ANPPOM 
>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l 
>> ________________________________________________ 
>> 
>> 
>> 
>> -- 
>> Internal Virus Database is out-of-date. 
>> Checked by AVG Free Edition. 
>> Version: 7.1.413 / Virus Database: 268.18.13/726 - Release Date: 
>> 18/3/2007 
>> 
>> 
> 
> 


-- 
Internal Virus Database is out-of-date. 
Checked by AVG Free Edition. 
Version: 7.1.413 / Virus Database: 268.18.13/726 - Release Date: 18/3/2007 


________________________________________________ 
Lista de discussões ANPPOM 
http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l 
________________________________________________

-------------- Próxima Parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: <http://www.listas.unicamp.br/pipermail/anppom-l/attachments/20070408/1f9ab182/attachment.html>


Mais detalhes sobre a lista de discussão Anppom-L