[ANPPOM-L] sobre CDs independentes (era Lista de CDs)

[carlos palombini]

Marcelo Gomes escreveu:
> o fato
> da noção de "independente" ter muitos significados e ser ainda
> re-significada por diferentes interlocutores,  não compromete o fato de que
> "independente" quer dizer: não produzido e/ou distribuido pelas cinco majors
> do planeta.
>
>   
É uma distinção muito nítida de conseqüências confusas. De acordo com 
ela: (1) a produção da Casa Edison é um CD independente quando lançada 
pela EMI-Odeon, embora não o seja quando lançada como parte do livro de 
Humberto Franceschi, pela Sarapuí; (2) já o álbum _Chico Buarque_ de 
1978, com "Cálice", é um CD dependente da Philips, mas o dico _Carioca_, 
de 2006, pela Biscoito Fino não; a gravação da  "Grande fantasia 
triunfal sobre o hino nacional brasileiro" de Gottschalk interpretada 
por Guiomar Novaes em 1927 é um CD independente quando lançada pela 
Music and Arts em 1991, embora a chapa original tenha sido lançada pela 
RCA (BMG); e o Bonde do Tigrão cantando "Tchutchuca" é independente no 
volume 2 do _Tornado muito nervoso_ da Furacão 2000 no ano 2000, 
tornando-se dependente no ano seguinte no álbum solo _Bonde do Tigrão_, 
da Columbia-Sony; e Francisco Alves é dependente quando lançado em CD 
pela RCA-BMG em 1997, mas se independentiza por obra do selo Revivendo...

Qual o sentido musical ou social desta divisão?  

-- 
carlos palombini (dr p)
professor adjunto de musicologia
universidade federal de minas gerais
<cpalombini em gmail.com>

"Revolutionär wird der sein, der sich selbst revolutionieren kann" (Ludwig Wittgenstein, Vermischte Bemerkungen)