[ANPPOM-L] Res: Qual a música que queremos em nossasUniversidades?

Marcos Filho marcosfilhomusica em yahoo.com.br
Qua Out 17 19:09:12 BRST 2007


Querido Jorge,



Existem quantos milhões de excelentes compositores (no
Brasil e fora dele) não fazem nem idéia do que seja contraponto florido?


 


Um abraço forte,


 


Marcos Filho.





----- Mensagem original ----
De: Jorge Antunes <antunes em unb.br>
Para: anppom-l em iar.unicamp.br
Enviadas: Sexta-feira, 12 de Outubro de 2007 8:53:54
Assunto: Re: [ANPPOM-L] Qual a música que  queremos em	nossasUniversidades?



Caro Silvio:
Você me apavora.

Quando você diz ter ouvido música ruim de quem cursou
até contraponto florido, dá a impressão de
que existem cursos formando compositores que não estudaram contraponto
florido.

A técnica, evidentemente, não basta por si só.
Mas sem ela a criatividade não dá frutos.

Quanto à disposição dos sistemas na teoria dos
conjuntos, devo lembrar que o próprio sistema tonal e o sistema
temperado já são sub-conjuntos da totalidade espectral, cuja
consciência foi despertada pelo advento da música eletrônica
(1950), pela análise espectral, pela síntese aditiva e pelo
domínio científico sobre ruído branco.

Abraço,

Jorge Antunes

 

 

silvio wrote:

caro antunes
entendo o que vc está querendo dizer com conjuntos que contém
outros.

até podemos dizer que é correto, mas tem suas

arestas que permitem leituras equivocadas e

preconceituosas e totalmente WAPs.

tenho ouvido muita música ruim de quem cursou até

contraponto florido ou escreveu primeiro

movimento de sonata.

talvez as coisas não sejam tão simples assim.

>Os estudantes que chegam, com paciência e muito

>trabalho, até ao contraponto florido a dois

>coros, acabam por entender e dominar

>complexidade que abarca qualquer construção

>musical com menor nivel de complexidade.

>A polirrítmia da música afro-brasileira é

>sub-conjunto da complexidade maior englobada

>pelo contraponto a que me referi.

não tem como, pois os conjuntos no caso (música

ocidental e música africana) não são tão

facilmente integráveis. O livro de John Blacking

traz pencas de exemplos disto. Simha Arom também

dedicou-se a demonstrar q os conjuntos são

distintos e não têm tão fáceis pontos em
comum.

por outro lado, nossos cursos têm de se tornar

menos engessados, incorporando disciplinas como

música e tecnologia, trajetória da música de

mercado no séc.XX (q é social e funcionalmente

bem distinta da música urbana do séc.XIX),

história e análise de música do séc.XX
e XXI.

talvez a pergunta não seja q música queremos na

universidade, mas que música podemos oferecer aos

alunos, com o máximo de competência q nos cabe,

em nossas universidades?

abs

silvio

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