[ANPPOM-L] rejeição

carlos palombini palombini em terra.com.br
Qui Jul 24 19:32:58 BRT 2008


Prezado Farlley e colegas,

Nunca recebi nenhum parecer relativo aos trabalhos que enviei a 
congressos da Anppom, e enviei trabalhos para os congressos da Bahia 
(nos anos 90), do Rio (em co-autoria), de Brasília (em co-autoria), e de 
São Paulo, todos aceitos sem comentários. Nunca reclamei disso, mas 
sempre imaginei que as seleções estivessem sendo menos criteriosas do 
que eu desejaria. Freqüentemente, elas foram visivelmente atribuladas. 
Em pelo menos um caso, elas deram a impressão de sequer existirem.

Há congressos seletivos que rejeitam trabalhos sem nenhuma explicação. 
Por exemplo, o da AMS, que já rejeitou um trabalho meu. Muitas 
instituições repeitabilíssimas se dão por satisfeitas com  um 
"lamentamos informar que dado o grande número de candidatos 
qualificados, desta vez, você não foi bem sucedido." Eu sempre me dei 
por satisfeito com demonstrações de civilidade deste tipo. Mas sempre 
tive em melhor conta aquelas instituições que, sim, se dão ao trabalho 
de explicar porque você foi ou não foi bem sucedido, e o que você 
poderia fazer para sair-se melhor da próxima vez, em um caso ou no outro.

Pessoalmente, entendo que a montagem e o gerenciamento da comissão 
científica sejam a parte mais importante de um congresso. 
Mesas-redondas, convidados, concertos, premiações, grupos de trabalho... 
tudo isto me parece acessório.

É significativo, diz muito do que somos enquanto um grupo, o fato de que 
a ausência de pareceres só se tenha tornado um problema no momento exato 
em que a auto-imagem de alguns colegas foi atingida. E que a questão das 
avaliações não seja motivo para debates enquanto entra tudo, mas o fato 
de que entre muito pouco provoque toda esta grita (não, não estou 
falando de funk carioca).

Cordialmente,

Carlos Palombini

PS I Esclarecimentos à população acadêmica quanto aos critérios adotados 
no congresso A, B, C ou D me soam como excrescência populista. Ou você 
confia no julgamento de seus pares ou não confia. Se não confia, não 
submete. Se confia, submete. E não reclama.

PS II Vejo que você enxerga longe, pois já deixou, em sua assinatura, um 
espaço para a data de seu falecimento.

Farlley Jorge Derze escreveu:
> Prezados todos.
>
> É justa a cobrança para que se desvendem os critérios de seleção ou 
> classificação de um paper como poster, em suma, de uma categoria de documento 
> noutra categoria. Não há dúvida que esse é o desejo expresso da maioria. 
> Desejo justo. Compartilho desse desejo.
>
> Seria possível considerar esse momento como um "marco"? Ou sempre foi assim, 
> isto é, na ANPPOM e seus Congressos anteriores sempre se deu notícia 
> esclarecedora aos interessados, sobre os critérios de classificação adotados 
> pela Organização local, dos eventos que se deram? A UFBA estaria 
> desconsiderando uma "tradição de esclarecimentos à população acadêmica" que a 
> Administração e Organizadores de Congressos anteriores sempre cumpriram e 
> prezaram?
>
> Concordo e acredito na cultura da elucidação de critérios adotados quando se 
> está diante de uma seleção e classificação.
>
> Como não tenho a experiência e longevidade que muitos colegas aqui possuem, 
> estou tentando verificar se se está diante de uma espécie de "marco" inaugural 
> e saudável, ou se se está buscando preservar as práticas históricas da ANPPOM 
> quando realiza(ou) seus Congressos.
>
> Cordialmente,
>
> Farlley Derze (1963 - ; pianista)
> Instituto de Ensino Superior de Brasília
>
>
>
>   




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