[ANPPOM-L] A idéia é ser ÚTIL.

Roberto Bittar rbittar em uai.com.br
Sex Nov 28 13:38:38 BRST 2008


Prof. Jorge Antunes

 

Tenho que reconhecer, este debate está muito acima de minhas competências,
inteligências e experiência, mas vou tentar explicar o que penso.

 

1)      O nome. 

Em 2004, escolhi o nome TOM, fiz minhas primeiras avaliações com
ADOLESCENTES de alta periculosidade da FEBEM.

Fiz um concurso para eleger o nome e eles escolheram TOM PLAY. Hoje o
projeto se chama AVENTURAS MUSICAIS, em homenagem ao Maestro Heitor
Villa-Lobos, que dizia: Não componho músicas, componho AVENTURAS MUSICAIS.

 

2)      Citação dos Personalidades:

Citei os nomes, pois entendi que o Farley era do Rio de Janeiro e quis
mostrar que venho buscando apoio dos Acadêmicos, SÓ ISTO. 

Tenho uma carta do Dr. Turíbio Santos, apoiando o projeto, mas não tenho
interesse em utilizar o nome, nem posição de ninguém.

Já estive com muita gente, inclusive MEC. Tenho filmes de declarações
públicas de Governadores, Secretários de Educação, Artistas, Mães, Alunos,
Diretores de Conservatório, Professores, etc, mas não acho que este é o
momento para Marketing.

Saiba que não tenho fortuna, não sou político, não tenho força com
Ministérios, nem em Prefeituras do Interior.

Quem está fazendo a diferença é o Projeto.

Importante é a LIBERDADE de debater as IDÉIAS.

Lutamos por isto durante anos.

 

3)      Disse tudo:

Gostei tanto que, se me permitir, vou incluir sua frase no como objetivo a
ser alcançado pelo projeto. Você disse tudo que eu não conseguia explicar:

“ Enfim, lembremos que o grande objetivo nosso não é aprender Música através
da Educação. Ao contrário, o objetivo é Educar através da Música” 

No site  <http://www.inclusaomusical.com.br> www.inclusaomusical.com.br, tem
um vídeo citando Howard Gardner e Oliver Sacks, falando dos efeitos da
música no desenvolvimento do cérebro.

 

4)      Simples e Fácil.

Meus objetivos são muito simples, feijão com arroz.

Tirar o MÊDO, a sensação de que a música é DIFÍCIL, INATINGÍVEL e que
somente os mais INTELIGENTES, BONITOS, FORTES e RICOS são capazes de
aprender.

Mostrar, informar, esclarecer e provar que ao DIVIDIR O BOI em bifes,
conseguimos comê-lo por inteiro.

Enquanto as crianças BRINCAM com as informações musicais, fazemos a inclusão
digital e social.

 

5)      A MAIOR PROVA:

Talvez a maior prova de minhas intenções, são o grande número de críticas
técnicas: Falta isto, falta aquilo, etc.

Não falta nada. Não é para fazer tudo que acham que tem que fazer.

É para ser o INÍCIO, não é para ser TUDO.

Se fosse TUDO, ai sim,  os Professores de Música deveriam se preocupar. Mas
não tenho interesse nisto.

Gostaria, que pessoas com sua capacidade e dos demais, apoiassem a idéia de
DEFINIR O MELHOR INÍCIO?

Os outros passos, tais como os que você cita e eu nem consigo entender,
deveriam vir dos Professores de Música, aos milhares.

Quanto a isto, já me dispus a ajudar, apoiar o desenvolvimento de novos
produtos, novas formas, jogos, etc, dentro de minhas competências, e cuja
propriedade e patente seja de QUEM CRIOU.

 

6)      O Professor e o Mercado de Trabalho.

Realmente, há professores ruins em todas as áreas, assim como tem médicos
ruins, músicos ruins, etc.

Mas não há como substituir o SER HUMANO, a relação, o contato e sentimentos
passados pessoalmente. Isto é válido para todas as áreas.

DESPERTAR 30 milhões de crianças e jovens do Ensino Fundamental (IBGE/2007),
para que queiram aprender música DEVERIA ser incentivado pelos Professores
de Música, pela indústria de Instrumentos Musicais, etc.

Ainda não consegui entender COMO isto está sendo entendido de forma
contrária.

Fico tocando sax na Praça da Liberdade todos os fins de semana, é grande o
número de alunos que indico  para dois professores (formados). Se ganhasse
comissão deles, seria ótimo.

Quem sabe um dia, um Professor de Música não me manda uma comissão por NOVOS
ALUNOS? (risos).

 

7)      Um novo UNIVERSO.

Sinceramente, não tenho capacidade para avaliar a dimensão dos seus
conceitos sobre sons e música.

Talvez, com sua ajuda possamos criar um UNIVERSO sobre estes ALARGAMENTOS da
dimensão do sons.

Podem surgir outros também. 

Estamos abertos ao diálogo.

 

8)      Licitação:

Gostaria que houvesse. Isto cabe ao MinC e UnB. Por isto não opinei.

 

9)      Sobre a Pesquisa:

Não acho que o MinC queira uma avaliação sobre minha solução, isto nem tem
sentido.

O que entendo ser objetivo do MinC é pesquisar ferramentas EXISTENTES, para
DESENVOLVER formas dos Pontos de Cultura prestarem serviços à COMUNIDADE
onde atuam.

A UnB terá que gastar tempo, passagens, bolsas, diárias, treinamento e tudo
mais, isto custa e esta será a maior parte, incluindo a ANALISE, AVALIAÇÃO,
etc. Isto é com a UnB.

Minha empresa tem o maior interesse em ACOMPANHAR, EFETUAR MELHORIAS,
APRIMORAR a solução, independentemente de ser exigida pela UnB.

Para fazê-lo, vou gastar do que “poderei” receber pelo valor dos Kits.

 

10)  Participação dos Professores de Música.

Acho que é mais que OPORTUNO,  é fundamental.

Tenho insistido com esta participação.

Se por problemas de tempo, agenda, etc não puder ser através da PESQUISA DE
SUSTENTABILIDADE, estou a disposição da ABEM, UnB ou qualquer outro fórum de
debate.

A população precisa de SOLUÇÃO e AÇÃO.

 

11)  Concorrentes e telefone.

Nas vendas que já fiz a governos, não aparecem concorrentes, nem SIMILARES.

Assim, solicito a todos, que enviem-me os endereços destes concorrentes,
mesmo que internacionais traduzidos.

Tenho colocado meus números de telefone, inclusive celular, para mostrar que
não me escondo de debates, que estou aberto a discussão de idéias.

 

Agradeço a oportunidade de apresentar minhas idéias.

 

Convoco a todos que participem da construção de NOVOS MODELOS, de incentivar
e desenvolver o Mercado Musical, mas, PRIORITARIAMENTE, de DESPERTAR  as
crianças e jovens para este REMÉDIO NATURAL para o Ser Humano, que é a
INCLUSÃO DA MÚSICA em suas vidas. 

 

Roberto Bittar

31-9976-5262

31-3421-2223

 

 

 

De: Jorge Antunes [mailto:antunes em jorgeantunes.com.br] 
Enviada em: sexta-feira, 28 de novembro de 2008 10:31
Para: Roberto Bittar
Cc: anppom-l em iar.unicamp.br; farlley em pianobrasileiro.com;
abemcentro-oeste em grupos.com.br; beatriz em unb.br; criscarvalho em abordo.com.br;
mariobr em terra.com.br;
mestrandos_e_doutorandos_ufrgs_musica em yahoogrupos.com.br;
secretaria_abem em yahoo.com.br; muscoord em unb.br; antunes em unb.br; Abel Camargo
CAMUS; alciomar; Beatriz Magalhães-Castro; Bohumil Med; Bojin Nedialkov;
Carlos Mello; Conrado Marco; Cristina Grossi; Daniel Tarquinio; David
Junker; departamento de musica; Ebnezer Nogueira; Edson; Eustaquio Grilo;
Flavia Narita; Glesse Collet; Glesse Collet; Irene Bentley; Jaci Toffano;
luizmar souza; maria isabel montandon; Maria Volpe; Mario Brasil; Patricia
Vanzella; Programa de Pós-Graduação; Renato Vasconcellos; Ricardo Dourado
Freire; Sergio Nogueira; Vadim
Assunto: Re: [ANPPOM-L] RES: URGENTE - TOMPLAY substitui professor de música
na escola

 

Prezado Senhor Roberto Bittar:

Parabéns e obrigado pela resposta pública que o senhor nos envia.
Ela tenta esclarecer alguns pontos.
Não conheço o Tomplay. Assim, não posso emitir opiniões a respeito.
Por enquanto, a única opinião que posso emitir é a de que o nome "Tomplay" é
péssimo.
Eu diria que, por aí, tudo já começa mal. Sei que essa minha opinião será
tratada como a opinião de um "Jerryplay".
Mas, é pena que não tenham batizado o dito cujo de, por exemplo, "Jogo de
Sons". Poderia, enfim, ter sido usado qualquer outro nome na língua
portuguesa. O processo de Educação, a tão almejada, já começaria por aí.
Gostaria, entretanto, de dizer que não concordo com aqueles que dizem ser a
presença do professor insubstituível.
Em outras palavras, sou contra a idéia de que um software é sempre pior que
um professor real ao vivo in loco.
Penso assim, porque são muito conhecidos os casos de professores de educação
musical que, ao invés de educarem, deseducam, ou alimentam a deseducação.
Existe um vício de uso de métodos Dalcroze, Montessori, Orff, Kodali, etc,
que simplesmente manipulam a cabeça das crianças no sentido de moldá-las
unicamente para a música tonal. O professor, nessa linha filosófica, dá
pulos de alegria quando a pobre criancinha consegue cantar afinadinha as
conhecidas sete notas do sistema temperado. Dali para a frentte o que vemos
é o surgimento de público que tem pavor de música erudita contemporânea e
que considera música eletroacústica coisa de doido.
A pretendida educação de qualidade, nesses casos, passa em geral a ser mera
deseducação porque são formados pequenos futuros consumidores de
"músicas-que-tocam-no-rádio", "músicas-que-tocam-no-faustão" e
"músicas-que-tocam-no-gugu".

Espero que o Tomplay, que não conheço, não adote esse mesmo método de
educação musical a que chamo de "educação-lesa-pátria".

Enfim, espero que o Tomplay possa realmente substituir aqueles maus
professores, e que inclua, na programação, uma etapa de introdução às
linguagens da música contemporânea: atonal, dodecafônica, estocástica,
eletroacústica, ...
Enfim, lembremos que o grande objetivo nosso não é aprender Música através
da Educação. Ao contrário, o objetivo é Educar através da Música.
E, educar é formar novos cidadãos de mentes abertas, fraternos, solidários,
conscientes, que não discriminem qualquer corrente de pensamento. Por isso,
fazer conhecer apenas as sete notas, as cirandas e a música tonal é
deseducar.

Pior, existe corrente de educação musical que pretende partir e usar
unicamente a prática estética conhecida pelo grupo de deseducandos. Nesse
método, o grupinho que só conhece funk é trabalhado pelo professor a partir
do funk. Tudo começa no funk e termina no funk, não sendo introduzidas
outras corrrentes e linguagens musicais.

Com relação aos seus argumentos, em seu e-mail, tenho algumas observações.
O senhor menciona nomes reconhecidos do nosso meio, e instituições, de uma
maneira vã e anti-ética. O senhor afirma: "No Rio de Janeiro, estive com o
Maestro André Cardoso  UFRJ e na ABM com o Maestro Ricardo Tacuchian, e com
o Dr. Turíbio Santos do Museu Villa-Lobos, todos em agosto/2007."
E dai? Não creio que o senhor esteve apenas com essas pessoas. O senhor deve
ter estado também com pessoas do governo Lula. Não? Por exemplo, com gente
do MEC. Com o Ministro. Por que não mencionou também os outros nomes, na
lista de pessoas com quem o senhor esteve. O senhor esteve com o governador
do Acre? O senhor esteve com o reitor da Universidade do Acre?
Sua menção aos três nomes parece pretender passar a impressão de que o
senhor insinua que eles gostaram do Tomplay. Mas nada é afirmado nesse
sentido. Apenas envolve-se os nomes, comprometendo-os.

Outra sua afirmação é surpreendente:
"Deverá haver algum tipo de LICITAÇÃO ou de CHAMADA PÚBLICA para outras
soluções equivalentes."
Afinal, deverá haver? Ou haverá?

Um outro esclarecimento é amedrontador:
"Os R$ 500.000,00 (o projeto é de responsabilidade da Universidade) são para
analise, discussão, avaliação e a maior parte destes recursos, vão para
custear os trabalhos, que serão feitos pela Universidade E SERIA OPORTUNO, a
participação dos Professores de Música, até para criticar com mais
consistência técnica."

Se a maior parte desses recursos vão para custeio dos trabalhos,
subentende-se que a menor parte vai para pagamento de "analise, discussão,
avaliação". Como é isso? O MEC vai subornar os professores? Os professores
costumam fazer, de graça, em seus horários normais de trabalho, análises,
discussões e avaliações. O senhor está providenciando pagamento aos
professores para que eles discutam?
Esse método é bem inteligente, embora imoral! Muitos professores, no
desespero salarial, gostarão muito de serem pagos para avaliar e discutir.

Por enquanto é só. Espero ter contribuído um pouco com a discussão.

Cordialmente,
Jorge Antunes








2008/11/26 Roberto Bittar <rbittar em uai.com.br>

Caro Farlley.

 

Quanto ao Ministério Público ser acionado, não vejo nenhum problema. 

Estamos numa DEMOCRACIA e lutar por direitos legítimos é uma obrigação.

 

Nota:

As informações da Prof. Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo não
estão corretas.

Ela deve ter recebido alguma informação errada.

Não estão sendo discutidos a venda de 2000 kits.

Os R$ 500.000,00 (o projeto é de responsabilidade da Universidade) são para
analise, discussão, avaliação e a maior parte destes recursos,  vão para
custear os trabalhos, que serão feitos pela Universidade E SERIA OPORTUNO, a
participação dos Professores de Música, até para criticar com mais
consistência técnica.

A demanda, vem dos Pontos de Cultura que, em alguns casos, já estão
utilizando o projeto.

Deverá haver algum tipo de LICITAÇÃO ou de CHAMADA PÚBLICA para outras
soluções equivalentes

Tive uma apresentação e debate na UNB com vários Professores de diversos
departamentos e a Prof. Maria Cristina não estava presente.

Todos, inclusive a representante dos Educadores Musicais, fizeram elogios ao
Projeto.

Claro que todos tem sempre algo a acrescentar, sugerir a até criticar.

Neste projeto, a PPV se compromete, formalmente,  a acatar as mudanças
solicitadas (dentro de limites possíveis) e SE aprovadas no CAMPO DE TESTE,
torná-las padrão do site.

 

 

 

Há um engano em suas conclusões, parece-me que induzidas por informações
equivocadas, que é fundamental eliminar para termos um debate equilibrado.

 

Jamais dissemos ou defendemos que o Professor de Música seja DISPENSÁVEL.

                Informamos que se não houver um Professor de Música, o
Monitor dos Laboratórios (são capacitados para isto) podem aplicar o Projeto
de Inclusão Musical, Aventuras Musicais aos alunos.

                Se isto NÃO FOI ENTENDIDO CORRETAMENTE, deverei ser mais
explícito, farei a verificação do site.

                Para a PPV, o Professor de Música é tão importante quanto
MÉDICO, pois acreditamos na MÚSICA como REMÉDIO NATURAL para os problemas
sociais.

                Quanto aos dados estatísticos, a resposta é sim, temos.

                Todo e qualquer acesso ao site é registrado em Banco de
Dados, detalhadamente.

 

Defesa da Educação Musical.

                Não vejo em seus argumentos NADA que defenda a Educação
Musical, assim, se puder, envie-me estes argumentos.

                Também não vejo como podemos prejudicar os Professores de
Música, acho que podemos ALAVANCAR o mercado.

 

A PPV.

Empresa pequena, ética e competente:

·         tem consciência que não tem uma solução MÁGICA, apenas INOVADORA;

·         tem consciência que a participação dos Educadores Musicais é
importante no desenvolvimento do PROJETO;

·         não mudará seus objetivos de INCLUIR MUSICALMENTE as crianças,
principalmente as mais podres.

Por isto, já fez inúmeras tentativas em buscar junto aos Educadores
Musicais, apoio na participação, discussão e até mesmo críticas quanto ao
Projeto.

Nosso objetivo é desenvolver uma ferramenta de Inclusão Musical e esperamos
que ela possa ser utilizada pelos Educadores Musicais.

No Rio de Janeiro, estive com o Maestro André Cardoso  UFRJ e na ABM com o
Maestro Ricardo Tacuchian, e com o Dr. Turíbio Santos do Museu Villa-Lobos,
todos em agosto/2007.

 

Soluções Tecnológicas:

Mais cedo ou mais tarde, algum grande PLAYER irá lançar alguma solução nesta
direção.

Seria melhor ser uma empresa nacional, com apoio e participação dos
Professores de Música do Brasil.

 

Computadores:

Acho desnecessária a discussão sobre os computadores.

Eles existem aos milhões e a taxa de aumento é superior a 25% ao ano.

Existem mais de 90 mil Lan-Houses no Brasil, a maioria em Favelas.

 

Debate importante:

Despertar, através da internet,  milhões de crianças, jovens e adultos a
APRENDER MÚSICA, deveria ser um INCENTIVO ao crescimento e desenvolvimento
do mercado para os Professores de Música.

Acho que seria mais proveitoso, se pudermos ter um debate NESTA DIMENSÃO.

Estamos abertos ao DEBATE, a MUDANÇAS, a INCLUSÃO DE OUTROS PRODUTOS.

Desde que não seja um DEBATE DE SURDOS.

 

Gêmeos:

Favor informar-me a idade deles.

Enviarei em outro e-mail, três senhas, uma para você e duas para os gêmeos.

Com o acesso ao site,  enviarei os relatórios sobre cada um deles para sua
analise.

 

 

 

Roberto Bittar

31-3421-2223

31-9976-5262

 

De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br]
Em nome de Farlley
Enviada em: segunda-feira, 24 de novembro de 2008 18:10
Para: Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo
Cc: Secretaria da ABEM; riz Magalhães-Castro;
"=?ISO-8859-1?Q?Beat?="@iar.unicamp.br; anppom-l em iar.unicamp.br;
mestrandos_e_doutorandos_ufrgs_musica em yahoogrupos.com.br;
abemcentro-oeste em grupos.com.br
Assunto: Re: [ANPPOM-L] URGENTE - TOMPLAY substitui professor de música na
escola

 

Eu vou manipular o software, mas me antecipei para solicitar junto ao site
do fabricante alguns esclarecimentos, conforme texto abaixo.

Boa tarde. Meu nome é Farlley Derze, sou professor de música, com
Licenciatura Plena na Universidade Federal do Rio de Janeiro, pós-graduação
e mestrado em Música, na Universidade de Brasília. Tendo em vista a
propaganda sobre o software de que não se faz necessário o acompanhamento de
um professor de música, creio que tal afirmação encontra-se embasada em
dados estatísticos colhidos ao longo de vários anos em que o software vem
sendo utilizado. Como vocês afirmam participar "da luta" para a inserção da
educação musical nas escolas brasileiras (que se deu por meio de um aditivo
à Lei de Diretrizes e Bases de 9394 de 1998), e atestam que o software
cumpre com os objetivos relacionados à Educação Musical nas escolas,
acredito que é oportuno levar ao conhecimento do Ministério Público Federal,
aqui em Brasília, as afirmações que acompanham a propaganda do software que
vocês estão vendendo. Especialmente a afirmação de que o professor de música
é dispensável para a educação musical da criança. A idéia é contar com a
participação do Ministério Público na defesa da Educação Musical no Brasil.
Se o professor de música é dispensável, como vocês afirmam, será possível
verificar a partir de resultados estatísticos sobre o rendimento de crianças
em contato com o referido software. Vocês já descobriram como solucionar os
milhões de estudantes do ensino fundamental e médio que não dispõem de um
computador? A consequência é não ter aula de música, já que se dependeria de
um computador para instalação do referido software.
Tenho 45 anos de idade. Tenho 2 filhos gêmeos. Vocês aceitariam enviar o
software para que meus filhos manipulassem o mesmo? Vocês poderiam enviar a
estatística com os dados quantitativos de quantas crianças usaram o software
e os dados qualitativos, elucidando quantas das crianças aprenderam a tocar
algum instrumento?
Atenciosamente,

Farlley Derze


Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo escreveu: 

Prezados colegas,

Preciso urgentemente da opinião de vocês sobre o software TOMPLAY que está
sendo comercializado na internet. Visitem os sites:

http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/

http://www.tomplay.com.br <http://www.tomplay.com.br/> 
http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/
http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai
-na-agencia-de-noticias-do-acre/

O autor do projeto, o empresário Roberto Bittar, por meio da sua empresa PPV
Informática está solicitando e tentando obter apoio de acadêmicos da nossa
área  para legitimar seu produto e, assim efetivar parceria com o MINC para
a compra de mais de 2000 Kits para os pólos de cultura. Para avaliar o
programa esperam gastar cerca de    R$ 500 000,00 do dinheiro público.

A empresa divulga em seu site parceria com o estado de Minas Gerais para
introduzir o programa em todas as escolas do estado. O argumento comercial
da PPV Informática é que o software é simples, fácil de ser usado, lúdico,
compatível com linux e windows e dispensa a presença de um professor com
formação acadêmica para ministrar aula de música, a ferramenta o substitui.
Com esse argumento, a empresa defende o baixo custo do produto. Vejam como a
empresa justifica seu argumento comercial:

O artigo que previa a formação específica de professores na área musical
para ministrar os conteúdos foi vetado. Afinal a música é uma prática social
e, no Brasil, há diversos profissionais sem formação acadêmica específica ou
oficial na área e que são reconhecidos por seu talento. In
<http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-a
gora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2>
http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-ag
ora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2

No site www.ppvinformática.com.br <http://www.ppvinform%C3%A1tica.com.br>
vocês podem ver que a empresa oferece treinamento para qualquer pessoa
implantar o software nas escolas: produção em série de tutores ou monitores
- uma visão tecnicista de ensino e aprendizagem.

Vejam algumas opiniões sobre o assunto de colegas na lista da ANPPOM do ano
passado:

o software é realmente um brinquedo bacana e vou até indicá-lo para meus
sobrinhos. mas, como a Wanda disse, também não vejo sentido em o governo
adotar software e ficar na mão do produtor. o softw. é discutível assim como
muitas aulas de música são discutíveis. o principal, a meu ver, é q ele não
ensina (nem nunca terá como ensinar) o sujeito a tocar um instrumento e é aí
q mora a diferença e talvez seja este o foco de uma pedagogia musical:
ensinar a pessoa a cantar e tocar instrumento, visando adquirir um rigor
técnico (seja sopro, percussão, cordas, mas com um certo rigor da minúcia).
realmente a pedagogia musical precisa ser pensada e urgente no Brasil a
partir da prática completa da música e não do brinquedos musicais. Silvio

Dei uma olhada no material e considero-o pedagogicamente profundamente
discutível.Acho, também, que o ensino, e a educação em geral, têm como base
profissionais bem formados e bem remunerados. Não vejo sentido em o governo
gastar com esse software ou qualquer outro, sem que haja um investimento
real e consistente na formação de professores,  na melhoria dos salários
deles, na melhoria das condições materiais em sala de aula, etc. Material de
apoio, como o software pretende ser, deve ser um complemento à ação
competente de um educador musical.Não acredito que qualquer software, mesmo
que pedagogicamente adequado, seja o ponto de partida para trazer de volta a
música às escolas. Na verdade, considero quetal iniciativa seria uma total
inversão de valores e um desperdício de dinheiro público. Vanda Freire  

Concordo com o que o Silvio, Wanda e Palombini falaram. Apesar de não ser a 
minha área direta, gostaria de dizer ainda que acredito ser muito retrógrado
se limitar ao ensino das notas musicais e não explorar de forma mais ampla a
percepção do som e de suas qualidades internas.Se a criança é adestrada
desde os 7, 8 anos de idade sendo formatada neste universo apenas (das
relações tonais), estamos perdendo a oportunidade de abrir a sua cabeça para
um universo muito mais rico de sonoridades que a música já se utiliza a mais
de 50 anos e que chega com força hj até na música comercial, vide música
eletronica, suas raves e quantidade de público que gosta e produz esse tipo
de música. Ou seja, adotando um programa ( = um sistema de ensino) voce
atropela a discussão sobre como fazer acoisa, como educar musicalmente os
jovens nas escolas. Alexandre.

Eu concordo com os colegas acima. Acho que o software apresenta potencial
como ferramenta digital complementar à aula de música,  o que exige a
presença de um professor de música e sua  reflexão sobre como usar, quando,
por quanto tempo, associado a que atividades. Além disso, o software
apresenta pontos discutíveis relativo a concepção de ensino de música,
construção de conceitos musicais, procedimentos pedagógicos musicais e
seleção musical. Uma outra questão é o governo adquirir um produto
específico que está nas mãos de um único produtor sem analisar outros
produtos do mercado de livre acesso.

Aguardo a avaliação de vocês, pois a UnB e outras instituições estão sendo
contactadas de forma não muito precisa para legitimar esse produto. Penso
que precisamos urgentemente nos unirmos para defendermos o professor de
música como o único profissional competente para ministrar a aula de música
nas escolas. Repassem este email para outros educadores musicais. A
secretaria da ABEM pode repassá-lo para todos os sócios? Obrigada.

Um abraço para todos,
Maria Cristina de Carvalho C. de Azevedo









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----- Final da mensagem encaminhada -----



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Prezados colegas,

Preciso urgentemente da opinião de vocês sobre o programa TOMPLAY que está
sendo comercializado na internet. 

O autor do projeto, o empresário Roberto Bittar, por meio da sua empresa PPV
Informática está solicitando e tentando obter apoio de acadêmicos da área
(educação musical, músicos, informática, programação visual, etc) para
legitimar seu produto e, assim efetivar parceria com o MINC para a compra de
mais de 2000 Kits para os pólos de cultura. 

A empresa divulga em seu site parceria com o estado de Minas Gerais para
introduzir o programa em todas as escolas do estado. O argumento comercial
da PPV Informática é que o software é simples, fácil de ser usado, lúdico,
compatível com linux e windows e despensa a presença de um professor com
formação acadêmica para mediar a ferramenta. Com esse argumento, a empresa
defende o baixo custo do produto. Além disso, vejam como a empresa justifica
seu argumento comercial:

O artigo que previa a formação específica de professores na área musical
para ministrar os conteúdos foi vetado. Afinal a música é uma prática social
e, no Brasil, há diversos profissionais sem formação acadêmica específica ou
oficial na área e que são reconhecidos por seu talento. In
http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-ag
ora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2
<http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-a
gora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2> 

O software apresenta potencial como ferramenta digital complementar à aula
de música,  o que exige a presença de um professor e sua  reflexão sobre
como usar, quando, por quanto tempo, associado a que atividades. Além disso,
o software apresenta problemas com relação a concepção de ensino de música,
construção de conceitos musicais, procedimentos pedagógicos e seleção
musical. Uma outra questão é o governo adquirir um produto específico que
está nas mãos de um único produtor sem analisar outros produtos do mercado
de livre acesso.
Vejam algumas opiniões sobre o assunto de colegas na lista da ANPPOM do ano
passado:

o software é realmente um brinquedo bacana e vou até indicá-lo para meus
sobrinhos.

mas, como a Wanda disse, também não vejo sentido em o governo adotar
software e ficar na mão do produtor. o softw. é discutível assim como muitas
aulas de música são discutíveis. o principal, a meu ver, é q ele não ensina
(nem nunca terá como ensinar) o sujeito a tocar um instrumento e é aí q mora
a diferença e talvez seja este o foco de uma pedagogia musical: ensinar a
pessoa a cantar e tocar instrumento, visando adquirir um rigor técnico (seja
sopro, percussão, cordas, mas com um certo rigor da minúcia).

realmente a pedagogia musical precisa ser pensada e urgente no Brasil a
partir da prática completa da música e não do brinquedos musicais. silvio

Dei uma olhada no material e considero-o pedagogicamente profundamente
discutível.Acho, também, que o ensino, e a educação em geral, têm como base
profissionais bem formados e bem remunerados. Não vejo sentido em o governo
gastar com esse software ou qualquer outro, sem que haja um investimento
real e consistente na formação de professores,  na melhoria dos salários
deles, na melhoria das condições materiais em sala de aula, etc. Material de
apoio, como o software pretende ser, deve ser um complemento à ação
competente de um educador musical.Não acredito que qualquer software, mesmo
que pedagogicamente adequado, seja o ponto de partida para trazer de volta a
música às escolas. Na verdade, considero quetal iniciativa seria uma total
inversão de valores e um desperdício de dinheiro público. Vanda Freire  

Concordo com o que o Silvio, Wanda e Palombini falaram. Apesar de não ser a 
minha área direta, gostaria de dizer ainda que acredito ser muito retrógrado
se limitar ao ensino das notas musicais e não explorar de forma mais ampla a
percepção do som e de suas qualidades internas.Se a criança é adestrada
desde os 7, 8 anos de idade sendo formatada neste universo apenas (das
relações tonais), estamos perdendo a oportunidade de abrir a sua cabeça para
um universo muito mais rico de sonoridades que a música já se utiliza a mais
de 50 anos e que chega com força hj até na música comercial, vide música
eletronica, suas raves e quantidade de público que gosta e produz esse tipo
de música. Ou seja, adotando um programa ( = um sistema de ensino) voce
atropela a discussão sobre como fazer acoisa, como educar musicalmente os
jovens nas escolas. Alexandre.






Estive visitando a internet para conhecer o software. É um produto
comercial,
vejam os sites abaixo.
http://www.tomplay.com.br
http://www.tomplay.com.br/site/
http://www.tomplay.com.br/versoes/v5b/download/musicas
http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/

http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai
-na-agencia-de-noticias-do-acre/

Fuçando eu me deparei com a notícia abaixo onde escrevi  um comentário  
(não resisiti);
http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-ag
ora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2

Acho que devemos iniciar uma campanha contra esse tipo de iniciativa e  
processo, que querem eliminar o professor de música. Estou disposta a  
enviar para toda ABEM e colegas o site do TOMPLAY e a reportagem que  
li para façam uma avaliação do software e se manifestem. De repente eu  
estou com implicância. O que acham? E o pessoal de Minas? Será que  
estão apoiando? Puxa vida é duro tanto trabalho para privilegiar uma  
iniciativa privada.

Se o software tem potencial, ótimo, mas quais as suas intenções e  
conseqüências? Depois é duro ouvir o Mário querer ensinar o pai nosso  
ao vigário, tipo a  "lógica dos pólos é diferente da academia". Então  
porque precisam da academia?

O que acham de encaminharmos esse email para a Beatriz MC?

Beijos,

M Cristina



 

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