[ANPPOM-L] Evoluir, Juntos.

Roberto Bittar rbittar em uai.com.br
Dom Nov 30 13:41:25 BRST 2008


Jorge.

 

Pontos de Cultura:

Quais as suas necessidades? Cabe a você responder, certo?

Querem saber as necessidades dos Pontos de Cultura? Perguntem a eles.

Eu participei de duas TEIAS, a de BH e a de Brasília.

Fui em diversas comunidades em vários estados.

Muitas cidades do interior.

Obviamente acredito no que faço e é meu papel divulgar isto.

Tenho declarações escritas e filmadas muito favoráveis a minhas idéias e NÃO
vou utilizá-las como defesa nesta lista, pois o Pontos de Cultura e outros
não participam deste debate.

A TEIA – 2008 aconteceu em Brasília agora em novembro, fiquei lá de 9 as 21
horas, todos os dias.

Vocês poderiam ter feito o mesmo.

 

 

Sua experiência e suas idéias.

Novamente afirmo que suas idéias estão muito além da minha capacidade até de
entendê-las.

Muitos Professores também devem ter outras idéias, outras formas.

 

Permita-me uma comparação:

1)      Eu ofereço feijão e arroz;

2)      Você oferece Filet Mignon.

 

Eles não são concorrentes, nem conflitantes. Deveriam ser COMPLEMENTARES.

Só não aceito deixar as comunidades sem Feijão e Arroz, só porque não
podemos oferecer Filet Mignon.

 

Já disse e REPITO, que se você (ou outro Professor) quiser criar um processo
via internet para fazer o que fez no Ponto de Cultura do MST, tenho boa
experiência nisto e estou a disposição para contribuir.

 

Parece fácil, mas não é.

As dificuldades são inúmeras:

                Internet ruim;   

                Faltam ferramentas de Hardware;

                Falta de monitores capacitados;

                É muito difícil se fazer entender em MINUTOS, principalmente
para crianças que, as vezes, nem sabem ler direito.

 

Seria muito bom, conhecerem melhor a solução que criei.

Verão que está aberta uma ENORME GAMA de oportunidades para os Professores
de Música.

Criação de novas músicas, jogos, produtos, livros, métodos,  DVDs,  novas
formas de interação, etc, e novos resultados.

 

Internet:

Há resistência contra o uso de computadores, internet, etc.

Mas não há como segurar a evolução.

Muitos lucram com a evolução, outros resistem e ficam pelo caminho e não fui
eu quem inventou isto.

 

Ensino a Distância:

Como atingir todo o País, com tanta falta de recursos?

Resposta: Potencializando aqueles que são capazes, ou seja, os Professores
de Música devem ter ferramentas de performance.

Hoje, grandes cirurgiões que dão suporte a outros, utilizando a internet.

A NATURA conquista e capacita vendedores através da internet.

O Ensino a Distância é uma realidade, tanto que o MEC já tem uma secretaria
para tal fim.

Já existe a Universidade Aberta.

 

Nosso Debate:

O debate via e-mail é muito limitado, principalmente para assuntos
polêmicos.

No meu caso esta ainda pior, pois alguns estão falando sobre um produto que
nem conhecem.

 

Pela terceira vez, reafirmo:

1)      estar a disposição para um DEBATE no fórum ou local que escolherem,
deveria ser na UnB;

2)      respeito a academia e também as ações populares, elas não são
concorrentes, deveriam ser complementares;

3)      a população precisa mais da academia que a academia da população,
por isto a necessidade da academia ter sensibilidade social para dirigir
seus objetivos;

4)      acho que a oportunidade oferecida pelo MinC/UnB, PODERIA e DEVERIA
ser um grande estudo de tudo que vocês estão questionando, inclusive da
necessidade dos Pontos de Cultura. 

 

Então, porque não fazê-lo?

Estamos no momento de evoluir, juntos.

 

Roberto Bittar

 

 

 

 

 

 

De: Jorge Antunes [mailto:antunes em jorgeantunes.com.br] 
Enviada em: domingo, 30 de novembro de 2008 11:41
Para: maria isabel montandon
Cc: Jorge Antunes; mario em unb.br; Roberto Bittar; anppom-l em iar.unicamp.br;
farlley em pianobrasileiro.com; abemcentro-oeste em grupos.com.br; beatriz em unb.br;
criscarvalho em abordo.com.br; mariobr em terra.com.br;
mestrandos_e_doutorandos_ufrgs_musica em yahoogrupos.com;
secretaria_abem em yahoo.com.br; muscoord em unb.br; Abel Camargo CAMUS; alciomar;
Beatriz Magalhães-Castro; Bohumil Med; Bojin Nedialkov; Carlos Mello;
Conrado Marco; Cristina Grossi; Daniel Tarquinio; David Junker; departamento
de musica; Ebnezer Nogueira; Edson; Eustaquio Grilo; Flavia Narita; Glesse
Collet; Glesse Collet; Irene Bentley; Jaci Toffano; luizmar souza; Maria
Volpe; Patricia Vanzella; Programa de Pós-Graduação; Renato Vasconcellos;
Ricardo Dourado Freire; Sergio Nogueira; Vadim
Assunto: Re: A idéia é ser ÚTIL.

 

Oi, Isabel:

Seu questionamento é muito oportuno:
"Quais são as necessidades dos Pontos de Cultura?"

No dia 29 de fevereiro de 2006 eu estive num Ponto de Cultura que fica no
acampamento do MST próximo à Cidade Ocidental.
Fui a convite do MST, para ministrar uma palestra sobre História da Música.
Era atividade do curso "Arte, Comunicação e Cultura na Formação". Eram
vários os palestrantes.
Outras palestras, em outros dias, versavam sobre artes plásticas, conjuntura
nacional, literatutra brasileira, modernidade, crítica social, etc.
Na minha palestra, de 4 horas, com intervalo, abordei a história do uso do
som na criação artística, desde os primórdios da humanidade até a música
eletroacústica. O CD com ilustrações musicais que levei continha sons e
músicas de diferentes culturas: alaúde, vielas, harpas, trompas do Tibet,
guimbarda, cantos difônicos, bambus oscilantes, sons eletrônicos, música das
Ilhas Solomon, de Taiwan, Etiópia, indígenas brasileiros, Papua, Mongólia,
Chopin, Beethoven, Mahler, Schoenberg, Stockhausen, Schaeffer, Riley,
Antunes.

Depois do almoço e descanso, o programa previa uma oficina. Fizemos uma bela
e riquíssima sessão de criação coletiva durante toda a tarde. O material
sonoro usado foi o produzido por foices, pás, martelos, enxadas e vozes. Os
participantes somavam um total de 63 pessoas.
Foi um belíssimo trabalho de educação musical, que ainda hoje dá frutos. No
final do dia, depois de nova pausa refrescante, foi feita uma grande reunião
para balanço, análise crítica do trabalho e dos resultados, e ampla discusão
sobre política cultural.
Na recente solenidade de transmissão de cargo de reitor, no Espaço Cultural
Athos Bulcão, encontrei dois representantes daquele assentamento.
Disseram-me que até hoje os assentados desenvolvem estudos, experimentações
e trabalhos artísticos, que tiveram como fator gerador aquele dia
29/02/2006.
Garanto que dentre as necessidades daquele Ponto de Cultura, não se
destacava o aprendizado do do-re-mi.

Abraço,
Jorge Antunes









2008/11/30 maria isabel montandon <misabel em unb.br>


Mário,
acho ótimo que você e Roberto estejam nessa lista, pois, assim, poderão
dirimir muitas dúvidas em relação ao material e ao projeto.

você poderia explicar o que quer dizer com "atender as necessidades dos
Pontos de Cultura"?

Mais especificamente:
1. Quais são as necessidades dos Pontos de Cultura?
2. De acordo com quem?

3. Em que e como  TOMPLAY atende às essas necessidades?

4. Quem instalou, inicialmente o TOMPLAY nos Pontos de Cultura? Roberto e
Mário poderiam esclarecer isso?


Isabel







Citando mario lima brasil <mario em unb.br>:

Caros Colegas!

Atualmente a Ferramenta Nacional que atende as necessidades dos Pontos de
Cultura que conhecemos é o Tom - Aventuras Musicais. No entanto, por razões
morais, éticas e legais vamos (Minc, UnB, Pontos de Cultura) lançar um
edital de chamada pública.

Gostaria que os colegas ajudassem a divulgar em todas as listas para os
demais interessados que queiram participar.

Mário Lima Brasil
Coordenador do Projeto


Citando Jorge Antunes <antunes em jorgeantunes.com.br>:

Caro Roberto Bittar:

Obrigado por sua resposta.
Devo assinalar que a palavra "inclusão" já está, por toda parte, e por parte
do governo, sendo usada à exaustão, ganhando total banalização e
esvaziamento.
Considero totalmente vazio este discurso que fala em INCLUSÃO DA MÚSICA nas
vidas das crianças.
Está faltando uma discussão aprofundada sobre o conceito de "inclusão
social".
As crianças já nascem "incluídas" na música. A música que toca no rádio e na
TV já está por demais "incluída" nas crianças.
Essa "inclusão" biunívoca, que torna nossas crianças incluídas na "música",
e torna a "música" incluída nas crianças, é uma peste danosa, é uma doença
incurável.
Como não conheço o Tomplay, não sei se o produto ajuda a combater essa
praga, essa droga, que está mediocrizando, alienando e emburrecendo nossa
juventude.
Tenho visto projetos que tiram jovens da maconha, colocando-os no funk, no
pagode ou na religião.
Troca-se uma droga por outra. Dessas, não sei qual é a droga pior.
Devo salientar que o democratismo tem sido outra praga, que corta qualquer
possibilidade de educação de qualidade.
Você fez mal em consultar jovens da Febem, com relação a nome de projeto.
Se você colocar em votação, entre eles, escolhas relacionadas às suas
preferências, muito falarão em Bruno & Marrone, outros em Chitãozinho &
Xororó, outros em Lacraia e alguns indicarão preferência pelo revólver
calibre 38.
Abraço,
Jorge Antunes




2008/11/28 Roberto Bittar <rbittar em uai.com.br>

Prof. Jorge Antunes



Tenho que reconhecer, este debate está muito acima de minhas competências,
inteligências e experiência, mas vou tentar explicar o que penso.



1)      O nome.

Em 2004, escolhi o nome TOM, fiz minhas primeiras avaliações com
ADOLESCENTES de alta periculosidade da FEBEM.

Fiz um concurso para eleger o nome e eles escolheram TOM PLAY. Hoje o
projeto se chama AVENTURAS MUSICAIS, em homenagem ao Maestro Heitor
Villa-Lobos, que dizia: Não componho músicas, componho AVENTURAS MUSICAIS.



2)      Citação dos Personalidades:

Citei os nomes, pois entendi que o Farley era do Rio de Janeiro e quis
mostrar que venho *buscando* apoio dos Acadêmicos, SÓ ISTO.

Tenho uma carta do Dr. Turíbio Santos, apoiando o projeto, mas não tenho
interesse em utilizar o nome, nem posição de ninguém.

Já estive com muita gente, inclusive MEC. Tenho filmes de declarações
públicas de Governadores, Secretários de Educação, Artistas, Mães, Alunos,
Diretores de Conservatório, Professores, etc, mas não acho que este é o
momento para Marketing.

Saiba que não tenho fortuna, não sou político, não tenho força com
Ministérios, nem em Prefeituras do Interior.

Quem está fazendo a diferença é o Projeto.

Importante é a LIBERDADE de debater as IDÉIAS.

Lutamos por isto durante anos.



3)      Disse tudo:

Gostei tanto que, se me permitir, vou incluir sua frase no como objetivo a
ser alcançado pelo projeto. Você disse tudo que eu não conseguia explicar:

" Enfim, lembremos que o grande objetivo nosso não é aprender Música
através da Educação. Ao contrário, o objetivo é Educar através da Música"

No site www.inclusaomusical.com.br, tem um vídeo citando Howard Gardner e
Oliver Sacks, falando dos efeitos da música no desenvolvimento do cérebro.



4)      Simples e Fácil.

Meus objetivos são muito simples, feijão com arroz.

Tirar o MÊDO, a sensação de que a música é DIFÍCIL, INATINGÍVEL e que
somente os mais INTELIGENTES, BONITOS, FORTES e RICOS são capazes de
aprender.

Mostrar, informar, esclarecer e provar que ao DIVIDIR O BOI em bifes,
conseguimos comê-lo por inteiro.

Enquanto as crianças BRINCAM com as informações musicais, fazemos a
inclusão digital e social.



5)      A MAIOR PROVA:

Talvez a maior prova de minhas intenções, são o grande número de críticas
técnicas: Falta isto, falta aquilo, etc.

Não falta nada. Não é para fazer tudo que acham que tem que fazer.

É para ser o INÍCIO, não é para ser TUDO.

Se fosse TUDO, ai sim,  os Professores de Música deveriam se preocupar. Mas
não tenho interesse nisto.

Gostaria, que pessoas com sua capacidade e dos demais, apoiassem a idéia de
DEFINIR O MELHOR INÍCIO?

Os outros passos, tais como os que você cita e eu nem consigo entender,
deveriam vir dos Professores de Música, aos milhares.

Quanto a isto, já me dispus a ajudar, apoiar o desenvolvimento de novos
produtos, novas formas, jogos, etc, dentro de minhas competências, e cuja
propriedade e patente seja de QUEM CRIOU.



6)      O Professor e o Mercado de Trabalho.

Realmente, há professores ruins em todas as áreas, assim como tem médicos
ruins, músicos ruins, etc.

Mas não há como substituir o SER HUMANO, a relação, o contato e sentimentos
passados pessoalmente. Isto é válido para todas as áreas.

DESPERTAR 30 milhões de crianças e jovens do Ensino Fundamental
(IBGE/2007), para que queiram aprender música DEVERIA ser incentivado pelos
Professores de Música, pela indústria de Instrumentos Musicais, etc.

Ainda não consegui entender COMO isto está sendo entendido de forma
contrária.

Fico tocando sax na Praça da Liberdade todos os fins de semana, é grande o
número de alunos que indico  para dois professores (formados). Se ganhasse
comissão deles, seria ótimo.

Quem sabe um dia, um Professor de Música não me manda uma comissão por
NOVOS ALUNOS? (risos).



7)      Um novo UNIVERSO.

Sinceramente, não tenho capacidade para avaliar a dimensão dos seus
conceitos sobre sons e música.

Talvez, com sua ajuda possamos criar um UNIVERSO sobre estes ALARGAMENTOS
da dimensão do sons.

Podem surgir outros também.

Estamos abertos ao diálogo.



8)      Licitação:

Gostaria que houvesse. Isto cabe ao MinC e UnB. Por isto não opinei.



9)      Sobre a Pesquisa:

Não acho que o MinC queira uma avaliação sobre minha solução, isto nem tem
sentido.

O que entendo ser objetivo do MinC é pesquisar ferramentas EXISTENTES, para
DESENVOLVER formas dos Pontos de Cultura prestarem serviços à COMUNIDADE
onde atuam.

A UnB terá que gastar tempo, passagens, bolsas, diárias, treinamento e tudo
mais, isto custa e esta será a maior parte, incluindo a ANALISE, AVALIAÇÃO,
etc. Isto é com a UnB.

Minha empresa tem o maior interesse em ACOMPANHAR, EFETUAR MELHORIAS,
APRIMORAR a solução, independentemente de ser exigida pela UnB.

Para fazê-lo, vou gastar do que "poderei" receber pelo valor dos Kits.



10)  Participação dos Professores de Música.

Acho que é mais que OPORTUNO,  é fundamental.

Tenho insistido com esta participação.

Se por problemas de tempo, agenda, etc não puder ser através da PESQUISA DE
SUSTENTABILIDADE, estou a disposição da ABEM, UnB ou qualquer outro fórum de
debate.

A população precisa de SOLUÇÃO e AÇÃO.



11)  Concorrentes e telefone.

Nas vendas que já fiz a governos, não aparecem concorrentes, nem SIMILARES.

Assim, solicito a todos, que enviem-me os endereços destes concorrentes,
mesmo que internacionais traduzidos.

Tenho colocado meus números de telefone, inclusive celular, para mostrar
que não me escondo de debates, que estou aberto a discussão de idéias.



Agradeço a oportunidade de apresentar minhas idéias.



Convoco a todos que participem da construção de NOVOS MODELOS, de
incentivar e desenvolver o Mercado Musical, mas, PRIORITARIAMENTE, de
DESPERTAR  as crianças e jovens para este REMÉDIO NATURAL para o Ser Humano,
que é a INCLUSÃO DA MÚSICA em suas vidas.



Roberto Bittar

31-9976-5262

31-3421-2223







*De:* Jorge Antunes [mailto:antunes em jorgeantunes.com.br]
*Enviada em:* sexta-feira, 28 de novembro de 2008 10:31
*Para:* Roberto Bittar
*Cc:* anppom-l em iar.unicamp.br; farlley em pianobrasileiro.com;
abemcentro-oeste em grupos.com.br; beatriz em unb.br; criscarvalho em abordo.com.br;
mariobr em terra.com.br;
mestrandos_e_doutorandos_ufrgs_musica em yahoogrupos.com.br;
secretaria_abem em yahoo.com.br; muscoord em unb.br; antunes em unb.br; Abel
Camargo CAMUS; alciomar; Beatriz Magalhães-Castro; Bohumil Med; Bojin
Nedialkov; Carlos Mello; Conrado Marco; Cristina Grossi; Daniel Tarquinio;
David Junker; departamento de musica; Ebnezer Nogueira; Edson; Eustaquio
Grilo; Flavia Narita; Glesse Collet; Glesse Collet; Irene Bentley; Jaci
Toffano; luizmar souza; maria isabel montandon; Maria Volpe; Mario Brasil;
Patricia Vanzella; Programa de Pós-Graduação; Renato Vasconcellos; Ricardo
Dourado Freire; Sergio Nogueira; Vadim
*Assunto:* Re: [ANPPOM-L] RES: URGENTE - TOMPLAY substitui professor de
música na escola



Prezado Senhor Roberto Bittar:

Parabéns e obrigado pela resposta pública que o senhor nos envia.
Ela tenta esclarecer alguns pontos.
Não conheço o Tomplay. Assim, não posso emitir opiniões a respeito.
Por enquanto, a única opinião que posso emitir é a de que o nome "Tomplay"
é péssimo.
Eu diria que, por aí, tudo já começa mal. Sei que essa minha opinião será
tratada como a opinião de um "Jerryplay".
Mas, é pena que não tenham batizado o dito cujo de, por exemplo, "Jogo de
Sons". Poderia, enfim, ter sido usado qualquer outro nome na língua
portuguesa. O processo de Educação, a tão almejada, já começaria por aí.
Gostaria, entretanto, de dizer que não concordo com aqueles que dizem ser a
presença do professor insubstituível.
Em outras palavras, sou contra a idéia de que um software é sempre pior que
um professor real ao vivo in loco.
Penso assim, porque são muito conhecidos os casos de professores de
educação musical que, ao invés de educarem, deseducam, ou alimentam a
deseducação.
Existe um vício de uso de métodos Dalcroze, Montessori, Orff, Kodali, etc,
que simplesmente manipulam a cabeça das crianças no sentido de moldá-las
unicamente para a música tonal. O professor, nessa linha filosófica, dá
pulos de alegria quando a pobre criancinha consegue cantar afinadinha as
conhecidas sete notas do sistema temperado. Dali para a frentte o que vemos
é o surgimento de público que tem pavor de música erudita contemporânea e
que considera música eletroacústica coisa de doido.
A pretendida educação de qualidade, nesses casos, passa em geral a ser mera
deseducação porque são formados pequenos futuros consumidores de
"músicas-que-tocam-no-rádio", "músicas-que-tocam-no-faustão" e
"músicas-que-tocam-no-gugu".

Espero que o Tomplay, que não conheço, não adote esse mesmo método de
educação musical a que chamo de "educação-lesa-pátria".

Enfim, espero que o Tomplay possa realmente substituir aqueles maus
professores, e que inclua, na programação, uma etapa de introdução às
linguagens da música contemporânea: atonal, dodecafônica, estocástica,
eletroacústica, ...
Enfim, lembremos que o grande objetivo nosso não é aprender Música através
da Educação. Ao contrário, o objetivo é Educar através da Música.
E, educar é formar novos cidadãos de mentes abertas, fraternos, solidários,
conscientes, que não discriminem qualquer corrente de pensamento. Por isso,
fazer conhecer *apenas* as sete notas, as cirandas e a música tonal é
deseducar.

Pior, existe corrente de educação musical que pretende partir e usar
unicamente a prática estética conhecida pelo grupo de deseducandos. Nesse
método, o grupinho que só conhece funk é trabalhado pelo professor a partir
do funk. Tudo começa no funk e termina no funk, não sendo introduzidas
outras corrrentes e linguagens musicais.

Com relação aos seus argumentos, em seu e-mail, tenho algumas observações.
O senhor menciona nomes reconhecidos do nosso meio, e instituições, de uma
maneira vã e anti-ética. O senhor afirma: "No Rio de Janeiro, estive com o
Maestro André Cardoso  UFRJ e na ABM com o Maestro Ricardo Tacuchian, e com
o Dr. Turíbio Santos do Museu Villa-Lobos, todos em agosto/2007."
E dai? Não creio que o senhor esteve apenas com essas pessoas. O senhor
deve ter estado também com pessoas do governo Lula. Não? Por exemplo, com
gente do MEC. Com o Ministro. Por que não mencionou também os outros nomes,
na lista de pessoas com quem o senhor esteve. O senhor esteve com o
governador do Acre? O senhor esteve com o reitor da Universidade do Acre?
Sua menção aos três nomes parece pretender passar a impressão de que o
senhor insinua que eles gostaram do Tomplay. Mas nada é afirmado nesse
sentido. Apenas envolve-se os nomes, comprometendo-os.

Outra sua afirmação é surpreendente:
"Deverá haver algum tipo de LICITAÇÃO ou de CHAMADA PÚBLICA para outras
soluções equivalentes."
Afinal, deverá haver? Ou haverá?

Um outro esclarecimento é amedrontador:
"Os R$ 500.000,00 (o projeto é de responsabilidade da Universidade) são
para analise, discussão, avaliação e a maior parte destes recursos, vão para
custear os trabalhos, que serão feitos pela Universidade E SERIA OPORTUNO, a
participação dos Professores de Música, até para criticar com mais
consistência técnica."

Se a maior parte desses recursos vão para custeio dos trabalhos,
subentende-se que a menor parte vai para pagamento de "analise, discussão,
avaliação". Como é isso? O MEC vai subornar os professores? Os professores
costumam fazer, de graça, em seus horários normais de trabalho, análises,
discussões e avaliações. O senhor está providenciando pagamento aos
professores para que eles discutam?
Esse método é bem inteligente, embora imoral! Muitos professores, no
desespero salarial, gostarão muito de serem pagos para avaliar e discutir.

Por enquanto é só. Espero ter contribuído um pouco com a discussão.

Cordialmente,
Jorge Antunes






2008/11/26 Roberto Bittar <rbittar em uai.com.br>

*Caro Farlley.*

* *

*Quanto ao Ministério Público ser acionado, não vejo nenhum problema. *

*Estamos numa DEMOCRACIA e lutar por direitos legítimos é uma obrigação.*

* *

Nota:

As informações da Prof. Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo não
estão corretas.

Ela deve ter recebido alguma informação errada.

Não estão sendo discutidos a venda de 2000 kits.

Os R$ 500.000,00 (o projeto é de responsabilidade da Universidade) são para
analise, discussão, avaliação e a maior parte destes recursos,  vão para
custear os trabalhos, que serão feitos pela Universidade E SERIA OPORTUNO, a
participação dos Professores de Música, até para criticar com mais
consistência técnica.

A demanda, vem dos Pontos de Cultura que, em alguns casos, já estão
utilizando o projeto.

*Deverá haver algum tipo de LICITAÇÃO ou de CHAMADA PÚBLICA para outras
soluções equivalentes*

*Tive uma apresentação e debate na UNB com vários Professores de diversos
departamentos e a Prof. Maria Cristina não estava presente.*

*Todos, inclusive a representante dos Educadores Musicais, fizeram elogios
ao Projeto.*

*Claro que todos tem sempre algo a acrescentar, sugerir a até criticar.*

*Neste projeto, a PPV se compromete, formalmente,  a acatar as mudanças
solicitadas (dentro de limites possíveis) e SE aprovadas no CAMPO DE TESTE,
torná-las padrão do site.*

* *

* *

* *

*Há um engano em suas conclusões, parece-me que induzidas por informações
equivocadas, que é fundamental eliminar para termos um debate equilibrado.
*

* *

*Jamais** dissemos ou defendemos que o Professor de Música seja
DISPENSÁVEL.*

*                Informamos que se não houver um Professor de Música, o
Monitor dos Laboratórios (são capacitados para isto) podem aplicar o Projeto
de Inclusão Musical, Aventuras Musicais aos alunos.*

*                Se isto NÃO FOI ENTENDIDO CORRETAMENTE, deverei ser mais
explícito, farei a verificação do site.*

*                Para a PPV, o Professor de Música é tão importante quanto
MÉDICO, pois acreditamos na MÚSICA como REMÉDIO NATURAL para os problemas
sociais.*

*                Quanto aos dados estatísticos, a resposta é sim, temos.*

*                Todo e qualquer acesso ao site é registrado em Banco de
Dados, detalhadamente.*

* *

*Defesa da Educação Musical.*

*                Não vejo em seus argumentos NADA que defenda a Educação
Musical, assim, se puder, envie-me estes argumentos.*

*                Também não vejo como podemos prejudicar os Professores de
Música, acho que podemos ALAVANCAR o mercado.*

* *

*A PPV.*

*Empresa pequena, ética e competente:*

·         *tem consciência que não tem uma solução MÁGICA, apenas
INOVADORA;*

·         *tem consciência que a participação dos Educadores Musicais é
importante no desenvolvimento do PROJETO;*

·         *não mudará seus objetivos de INCLUIR MUSICALMENTE as crianças,
principalmente as mais podres.*

*Por isto, já fez inúmeras tentativas em buscar junto aos Educadores
Musicais, apoio na participação, discussão e até mesmo críticas quanto ao
Projeto.*

*Nosso objetivo é desenvolver uma ferramenta de Inclusão Musical e
esperamos que ela possa ser utilizada pelos Educadores Musicais.*

*No Rio de Janeiro, estive com o Maestro André Cardoso  UFRJ e na ABM com
o Maestro Ricardo Tacuchian, e com o Dr. Turíbio Santos do Museu
Villa-Lobos, todos em agosto/2007.*

* *

*Soluções Tecnológicas:*

*Mais cedo ou mais tarde, algum grande PLAYER irá lançar alguma solução
nesta direção.*

*Seria melhor ser uma empresa nacional, com apoio e participação dos
Professores de Música do Brasil.*

* *

*Computadores:*

*Acho desnecessária a discussão sobre os computadores.*

*Eles existem aos milhões e a taxa de aumento é superior a 25% ao ano.*

*Existem mais de 90 mil Lan-Houses no Brasil, a maioria em Favelas.*

* *

*Debate importante:*

*Despertar, através da internet,  milhões de crianças, jovens e adultos a
APRENDER MÚSICA, deveria ser um INCENTIVO ao crescimento e desenvolvimento
do mercado para os Professores de Música.*

*Acho que seria mais proveitoso, se pudermos ter um debate NESTA DIMENSÃO.
*

*Estamos abertos ao DEBATE, a MUDANÇAS, a INCLUSÃO DE OUTROS PRODUTOS.*

*Desde que não seja um DEBATE DE SURDOS.*

* *

*Gêmeos:*

*Favor informar-me a idade deles.*

*Enviarei em outro e-mail, três senhas, uma para você e duas para os
gêmeos.*

*Com o acesso ao site,  enviarei os relatórios sobre cada um deles para
sua analise.*

* *





Roberto Bittar

31-3421-2223

31-9976-5262



*De:* anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:
anppom-l-bounces em iar.unicamp.br] *Em nome de *Farlley
*Enviada em:* segunda-feira, 24 de novembro de 2008 18:10
*Para:* Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo
*Cc:* Secretaria da ABEM; riz Magalhães-Castro; "=?ISO-8859-1?Q?Beat?="@
iar.unicamp.br; anppom-l em iar.unicamp.br;
mestrandos_e_doutorandos_ufrgs_musica em yahoogrupos.com.br;
abemcentro-oeste em grupos.com.br
*Assunto:* Re: [ANPPOM-L] URGENTE - TOMPLAY substitui professor de música
na escola



Eu vou manipular o software, mas me antecipei para solicitar junto ao site
do fabricante alguns esclarecimentos, conforme texto abaixo.

Boa tarde. Meu nome é Farlley Derze, sou professor de música, com
Licenciatura Plena na Universidade Federal do Rio de Janeiro, pós-graduação
e mestrado em Música, na Universidade de Brasília. Tendo em vista a
propaganda sobre o software de que não se faz necessário o acompanhamento de
um professor de música, creio que tal afirmação encontra-se embasada em
dados estatísticos colhidos ao longo de vários anos em que o software vem
sendo utilizado. Como vocês afirmam participar "da luta" para a inserção da
educação musical nas escolas brasileiras (que se deu por meio de um aditivo
à Lei de Diretrizes e Bases de 9394 de 1998), e atestam que o software
cumpre com os objetivos relacionados à Educação Musical nas escolas,
acredito que é oportuno levar ao conhecimento do Ministério Público Federal,
aqui em Brasília, as afirmações que acompanham a propaganda do software que
vocês estão vendendo. Especialmente a afirmação de que o professor de música
é dispensável para a educação musical da criança. A idéia é contar com a
participação do Ministério Público na defesa da Educação Musical no Brasil.
Se o professor de música é dispensável, como vocês afirmam, será possível
verificar a partir de resultados estatísticos sobre o rendimento de crianças
em contato com o referido software. Vocês já descobriram como solucionar os
milhões de estudantes do ensino fundamental e médio que não dispõem de um
computador? A consequência é não ter aula de música, já que se dependeria de
um computador para instalação do referido software.
Tenho 45 anos de idade. Tenho 2 filhos gêmeos. Vocês aceitariam enviar o
software para que meus filhos manipulassem o mesmo? Vocês poderiam enviar a
estatística com os dados quantitativos de quantas crianças usaram o software
e os dados qualitativos, elucidando quantas das crianças aprenderam a tocar
algum instrumento?
Atenciosamente,

Farlley Derze


Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo escreveu:

Prezados colegas,

Preciso urgentemente da opinião de vocês sobre o software TOMPLAY que está
sendo comercializado na internet. Visitem os sites:

http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/

http://www.tomplay.com.br
http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/

http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai
-na-agencia-de-noticias-do-acre/

O autor do projeto, o empresário Roberto Bittar, por meio da sua empresa
PPV Informática está solicitando e tentando obter apoio de acadêmicos da
nossa área  para legitimar seu produto e, assim efetivar parceria com o MINC
para a compra de mais de 2000 Kits para os pólos de cultura. Para avaliar o
programa esperam gastar cerca de    R$ 500 000,00 do dinheiro público.

A empresa divulga em seu site parceria com o estado de Minas Gerais para
introduzir o programa em todas as escolas do estado. O argumento comercial
da PPV Informática é que o software é simples, fácil de ser usado, lúdico,
compatível com linux e windows e dispensa *a presença de um professor com
formação acadêmica *para ministrar aula de música, a ferramenta o
substitui. Com esse argumento, a empresa defende o baixo custo do produto.
Vejam como a empresa justifica seu argumento comercial:

*O artigo que previa a formação específica de professores na área musical
para ministrar os conteúdos foi vetado. Afinal a música é uma prática social
e, no Brasil, há diversos profissionais sem formação acadêmica específica ou
oficial na área e que são reconhecidos por seu talento. **In
*http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-a
gora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2

No site www.ppvinformática.com.br <http://www.xn--ppvinformtica-ceb.com.br>
<http://www.ppvinform%C3%A1tica.com.br>vocês podem ver que a empresa oferece
treinamento para qualquer pessoa
implantar o software nas escolas: produção em série de tutores ou monitores
- uma visão tecnicista de ensino e aprendizagem.

Vejam algumas opiniões sobre o assunto de colegas na lista da ANPPOM do ano
passado:

*o software é realmente um brinquedo bacana e vou até indicá-lo para meus
sobrinhos. mas, como a Wanda disse, também não vejo sentido em o governo
adotar software e ficar na mão do produtor. o softw. é discutível assim como
muitas aulas de música são discutíveis. o principal, a meu ver, é q ele não
ensina (nem nunca terá como ensinar) o sujeito a tocar um instrumento e é aí
q mora a diferença e talvez seja este o foco de uma pedagogia musical:
ensinar a pessoa a cantar e tocar instrumento, visando adquirir um rigor
técnico (seja sopro, percussão, cordas, mas com um certo rigor da minúcia).
realmente a pedagogia musical precisa ser pensada e urgente no Brasil a
partir da prática completa da música e não do brinquedos musicais. Silvio*

*Dei uma olhada no material e considero-o pedagogicamente profundamente
discutível.Acho, também, que o ensino, e a educação em geral, têm como base
profissionais bem formados e bem remunerados. Não vejo sentido em o governo
gastar com esse software ou qualquer outro, sem que haja um investimento
real e consistente na formação de professores,  na melhoria dos salários
deles, na melhoria das condições materiais em sala de aula, etc. Material de
apoio, como o software pretende ser, deve ser um complemento à ação
competente de um educador musical.Não acredito que qualquer software, mesmo
que pedagogicamente adequado, seja o ponto de partida para trazer de volta a
música às escolas. Na verdade, considero quetal iniciativa seria uma total
inversão de valores e um desperdício de dinheiro público. Vanda Freire *

*Concordo com o que o Silvio, Wanda e Palombini falaram. Apesar de não ser
a
minha área direta, gostaria de dizer ainda que acredito ser muito
retrógrado se limitar ao ensino das notas musicais e não explorar de forma
mais ampla a percepção do som e de suas qualidades internas.Se a criança é
adestrada desde os 7, 8 anos de idade sendo formatada neste universo apenas
(das relações tonais), estamos perdendo a oportunidade de abrir a sua cabeça
para um universo muito mais rico de sonoridades que a música já se utiliza a
mais de 50 anos e que chega com força hj até na música comercial, vide
música eletronica, suas raves e quantidade de público que gosta e produz
esse tipo de música. Ou seja, adotando um programa ( = um sistema de ensino)
voce atropela a discussão sobre como fazer acoisa, como educar musicalmente
os jovens nas escolas. Alexandre.*

Eu concordo com os colegas acima. Acho que o software apresenta potencial
como ferramenta digital complementar à aula de música,  o que exige a
presença de um *professor de música *e sua  reflexão sobre como usar,
quando, por quanto tempo, associado a que atividades. Além disso, o software
apresenta pontos discutíveis relativo a concepção de ensino de música,
construção de conceitos musicais, procedimentos pedagógicos musicais e
seleção musical. Uma outra questão é o governo adquirir um produto
específico que está nas mãos de um único produtor sem analisar outros
produtos do mercado de livre acesso.

Aguardo a avaliação de vocês, pois a UnB e outras instituições estão sendo
contactadas de forma não muito precisa para legitimar esse produto. Penso
que precisamos urgentemente nos unirmos para defendermos* o professor de
música como o único profissional competente para ministrar a aula de música
nas escolas. *Repassem este email para outros educadores musicais. A
secretaria da ABEM pode repassá-lo para todos os sócios? Obrigada.

Um abraço para todos,
Maria Cristina de Carvalho C. de Azevedo









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----- Final da mensagem encaminhada -----



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Prezados colegas,

Preciso urgentemente da opinião de vocês sobre o programa TOMPLAY que está
sendo comercializado na internet.

O autor do projeto, o empresário Roberto Bittar, por meio da sua empresa
PPV Informática está solicitando e tentando obter apoio de acadêmicos da
área (educação musical, músicos, informática, programação visual, etc) para
legitimar seu produto e, assim efetivar parceria com o MINC para a compra de
mais de 2000 Kits para os pólos de cultura.

A empresa divulga em seu site parceria com o estado de Minas Gerais para
introduzir o programa em todas as escolas do estado. O argumento comercial
da PPV Informática é que o software é simples, fácil de ser usado, lúdico,
compatível com linux e windows e despensa a presença de um professor com
formação acadêmica para mediar a ferramenta. Com esse argumento, a empresa
defende o baixo custo do produto. Além disso, vejam como a empresa justifica
seu argumento comercial:

*O artigo que previa a formação específica de professores na área musical
para ministrar os conteúdos foi vetado. Afinal a música é uma prática social
e, no Brasil, há diversos profissionais sem formação acadêmica específica ou
oficial na área e que são reconhecidos por seu talento. In
*http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-a
gora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2

O software apresenta potencial como ferramenta digital complementar à aula
de música,  o que exige a presença de um *professor *e sua  reflexão sobre
como usar, quando, por quanto tempo, associado a que atividades. Além disso,
o software apresenta problemas com relação a concepção de ensino de música,
construção de conceitos musicais, procedimentos pedagógicos e seleção
musical. Uma outra questão é o governo adquirir um produto específico que
está nas mãos de um único produtor sem analisar outros produtos do mercado
de livre acesso.
Vejam algumas opiniões sobre o assunto de colegas na lista da ANPPOM do ano
passado:

*o software é realmente um brinquedo bacana e vou até indicá-lo para meus
sobrinhos.*

*mas, como a Wanda disse, também não vejo sentido em o governo adotar
software e ficar na mão do produtor. o softw. é discutível assim como muitas
aulas de música são discutíveis. o principal, a meu ver, é q ele não ensina
(nem nunca terá como ensinar) o sujeito a tocar um instrumento e é aí q mora
a diferença e talvez seja este o foco de uma pedagogia musical: ensinar a
pessoa a cantar e tocar instrumento, visando adquirir um rigor técnico (seja
sopro, percussão, cordas, mas com um certo rigor da minúcia).*

*realmente a pedagogia musical precisa ser pensada e urgente no Brasil a
partir da prática completa da música e não do brinquedos musicais. silvio*

*Dei uma olhada no material e considero-o pedagogicamente profundamente
discutível.Acho, também, que o ensino, e a educação em geral, têm como base
profissionais bem formados e bem remunerados. Não vejo sentido em o governo
gastar com esse software ou qualquer outro, sem que haja um investimento
real e consistente na formação de professores,  na melhoria dos salários
deles, na melhoria das condições materiais em sala de aula, etc. Material de
apoio, como o software pretende ser, deve ser um complemento à ação
competente de um educador musical.Não acredito que qualquer software, mesmo
que pedagogicamente adequado, seja o ponto de partida para trazer de volta a
música às escolas. Na verdade, considero quetal iniciativa seria uma total
inversão de valores e um desperdício de dinheiro público. Vanda Freire *

*Concordo com o que o Silvio, Wanda e Palombini falaram. Apesar de não ser
a
minha área direta, gostaria de dizer ainda que acredito ser muito
retrógrado se limitar ao ensino das notas musicais e não explorar de forma
mais ampla a percepção do som e de suas qualidades internas.Se a criança é
adestrada desde os 7, 8 anos de idade sendo formatada neste universo apenas
(das relações tonais), estamos perdendo a oportunidade de abrir a sua cabeça
para um universo muito mais rico de sonoridades que a música já se utiliza a
mais de 50 anos e que chega com força hj até na música comercial, vide
música eletronica, suas raves e quantidade de público que gosta e produz
esse tipo de música. Ou seja, adotando um programa ( = um sistema de ensino)
voce atropela a discussão sobre como fazer acoisa, como educar musicalmente
os jovens nas escolas. Alexandre.*






Estive visitando a internet para conhecer o software. É um produto
comercial,
vejam os sites abaixo.
http://www.tomplay.com.br
http://www.tomplay.com.br/site/
http://www.tomplay.com.br/versoes/v5b/download/musicas
http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/


http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai
-na-agencia-de-noticias-do-acre/

Fuçando eu me deparei com a notícia abaixo onde escrevi  um comentário
(não resisiti);

http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-ag
ora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2

Acho que devemos iniciar uma campanha contra esse tipo de iniciativa e
processo, que querem eliminar o professor de música. Estou disposta a
enviar para toda ABEM e colegas o site do TOMPLAY e a reportagem que
li para façam uma avaliação do software e se manifestem. De repente eu
estou com implicância. O que acham? E o pessoal de Minas? Será que
estão apoiando? Puxa vida é duro tanto trabalho para privilegiar uma
iniciativa privada.

Se o software tem potencial, ótimo, mas quais as suas intenções e
conseqüências? Depois é duro ouvir o Mário querer ensinar o pai nosso
ao vigário, tipo a  "lógica dos pólos é diferente da academia". Então
porque precisam da academia?

O que acham de encaminharmos esse email para a Beatriz MC?

Beijos,

M Cristina




 





 

 

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