[ANPPOM-L] Contraponto sobre possbilidades dos testes específicos

fernando rocha fernandorocha70 em gmail.com
Qua Nov 24 08:18:03 BRST 2010


Prezado Palombini,

Tenho acompanhado as suas mensagens e, apesar de discordar totalmente e por
diversos motivos de suas idéias, até o presente momento eu vinha usando-as
como material para reflexao e critica sobre um possivel redimensionamento de
provas especificas. Bom, mas me parece que o seu ultimo argumento (em
resposta a mensagem do Flavio Barbeitas - um argumento que parece colocar as
agencias de fomento como verdadeiras Igrejas da Idade média, as quais nao
podem nem ser questionadas) foi tão fraco que me mostrou que voce realmente
nao tinha razao desde o inicio e que talvez a sua idéia tenha sido apenas a
de polemizar. Bom, mas nao vou me estender muito nesta mensagem, pois
infelizmente eu tenho que voltar aos meus estudos (ler aquelas notas
musicais que voce nao gosta). Por falar nisto, eu tenho composto  (e
pricipalmente tocado) muita música eletroacústica nos últimos anos e fico
feliz de saber ler e escrever música. Me ajuda bastante... Mas  talvez para
vocé, a musica eletroacustica que eu faça também seja sem valor...
Bom, boa sorte na busca de novos argumentos polemicos. Me parece um uso
divertido do seu tempo... Boa maneira de se levar a vida...

Abraço,

Fernando Rocha

2010/11/23 Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com>

> É outra possibilidade. Infelizmente, muito pouco na política da Capes e
> nada na política do CNPq aponta nesta direção.
>
> 2010/11/23 Flavio <flateb em gmail.com>
>
> Pelo visto, pode-se mesmo dizer que nada do que se faz na tal "área
>> específica" de música presta ( "análises interpretativas",
>> "instrumentista-pesquisador que nem toca nem faz pesquisa",
>> "compositor-pesquisador cuja pesquisa é dizer o que quer que seja da música
>> que só é ouvida por seus próprios colegas" etc.). Faltou apenas incluir a
>> categoria de egrégios "pesquisadores" que não tocam, não cantam, não
>> compõem, não diferenciam uma colcheia de um violão, costumam fugir de sala
>> de aula e de orientações, mas encontram-se muito bem instalados e pagos
>> em... Escolas de Música (vejam que coisa!). Enfim, acabemos com esse tipo
>> também, pessoal, e assim podemos apagar todas as luzes de tão nefasta área,
>> entregando os prédios (e principalmente a verba pública que alimenta, por
>> exemplo, muitas bolsas de pesquisa) para a sociedade fazer de tudo isso um
>> melhor uso.
>>
>>  Flavio Barbeitas.
>>
>>
>> 2010/11/23 Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com>
>>
>> Não, acabamos apenas com a prova de habilidades específicas, o que
>>> resultará no fim do Conservatório Universitário, e no fim também das
>>> intermináveis discussões sobre a "especificidade" da área, sobre quantos
>>> artigos vale um concerto, sobre o número de artigos que substitui uma
>>> dissertação na pós-graduação em performance, acabamos com as "análises
>>> interpretativas" e tantos outros males, como o instrumentista-pesquisador
>>> que nem toca nem faz pesquisa (ou faz de conta que faz, e se publica porque
>>> as revistas precisam de artigos para satisfazer as exigências de
>>> periodicidade da Capes), com o compositor-pesquisador cuja pesquisa é dizer
>>> o que quer que seja da música que só é ouvida por seus próprios colegas, e
>>> poderemos pensar numa formação adequada e específica para instrumentistas,
>>> compositores, musicólogos, educadores etc. Não seria um benefício?
>>>
>>> 2010/11/23 Fernando Pereira Binder <fernandobinder em yahoo.com.br>
>>>
>>>> Muito bem,
>>>>
>>>> Primeiro acabamos com a prova de habilidades específicas para música.
>>>> Depois acabamos com a prova geral (português, história, etc...).
>>>> Daí acabamos com a alfabetização.
>>>> Re-instituímos a igreja como guardiã do conhecimento ocidental (começada
>>>> na última eleição).
>>>> Pronto, voltamos todos à Idade Média em 4 etapas!
>>>>
>>>> Fernando Binder
>>>>
>>>>  Em 22/11/2010, às 10:07, Carlos Palombini escreveu:
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>  2) Não exigir conhecimentos específicos desvaloriza a Lei 11.769/2008,
>>>>> uma árdua conquista da área de Música que simboliza sua valorização, pois
>>>>> esta é comumente tratada de forma amadora pela sociedade. Atualmente, há uma
>>>>> verdadeira "indústria educacional" em torno da Educação Básica, pois sua
>>>>> função mais comum é oferecer acesso à Universidade, desvalorizando sua
>>>>> própria utilidade educacional. Nesse contexto, há o risco de muitos se
>>>>> perguntarem: "pra que estudar Música se para entrar no Curso de Música não é
>>>>> necessário estudar Música?";
>>>>>
>>>>
>>>> Há um erro básico aqui: supor que estudar música seja solfejar, tocar um
>>>> instrumento (ou cantar), ou compor. Como é isso que a maioria de nossos
>>>> colegas sabe fazer, esse erro não será democraticamente erradicado. A prova
>>>> específica tem a função de perpetuá-lo.
>>>>
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