[ANPPOM-Lista] o som à prova de bala

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Ter Jul 3 20:39:35 BRT 2012


Olá,

Coloquei na rede uma versão multimídia do trabalho que apresento nesta
quarta-feira, 4 de julho, às 14:30, no IV Seminário Música Ciência
Tecnologia, na ECA-USP.

http://www.proibidao.org/o-som-a-prova-de-bala/

“Temos preguiça e não questionamos.” As palavras de Pushkin continuam
> válidas.
>
> Estamos assistindo ao surgimento de uma arte nova. Ela está-se
> desenvolvendo a passos largos, desligando-se da influência das artes
> precedentes e começando a influenciá-las. Ela cria normas próprias, leis
> próprias, para depois rejeitá-las, confiante. Torna-se assim um instrumento
> poderoso de propaganda e educação, um fato social cotidiano e onipresente.
> Nisso, deixa todas as outras para trás.
>
> Os estudos *de música* no entanto parecem continuar de todo alheios a seu
> desenvolvimento. O colecionador de *discos de cera de carnaúba* e outros
> objetos raros só se interessa *pela época de ouro*. Para que preocupar-se
> com o surgimento e a autodeterminação *da música eletrônica* quando é tão
> simples contentar-se com hipóteses imaginosas sobre a origem *do samba*ou a natureza sincrética
> *da modinha e do lundu*? Tanto mais escassos os traços preservados, tanto
> mais instigante a reconstrução do desenvolvimento das formas estéticas. O
> estudioso considera a história da *música eletrônica dançante* uma
> banalidade; praticamente, uma vivissecção, quando sua especialidade é sair
> à cata de antiguidades. Porém é óbvio que a busca pelo legado recente do *funk
> carioca* há de tornar-se em breve tarefa de arqueólogo. *A primeira década
> * do *proibidão* já *constitui* uma “era de fragmentos”. Dos **anteriores
> a *1995*, por exemplo, não resta muito, além *do “Rap da armas”*, afirmam
> os especialistas.
>
> Mas o *proibidão* é uma arte autônoma? Onde andará seu herói específico?
> Que tipo de material essa arte transforma? *Artistas como Mr. Catra, o MC
> Leonardo, o MC Smith, o MC Orelha e o DJ Marlboro* afirmam corretamente
> que o material do *proibidão* são as coisas reais. E *os criadores da
> sonoridade proibida entenderam* perfeitamente que, no *proibidão*, até
> mesmo o homem é “só um detalhe, uma parte da matéria do mundo”.
>
Abraços,

Carlos

-- 
carlos palombini
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