[ANPPOM-Lista] RES: [Sonologia-l] RES: Ministério da Educação estuda oferecer na internet vídeos com aulas de universidades

jamannis em uol.com.br jamannis em uol.com.br
Sáb Jan 19 14:51:04 BRST 2013


Carlos,

 

Não é porque ajudamos alguém que estamos fazendo caridade. Não é porque uma
pessoa faz caridade que a vida dela vai bem.

Já vi muitas pessoas em condições precárias estendendo a mão para outras,
com o pouco das forças que tinham.

 

As universidades já tem em sua estrutura atividades de formação em segundo
grau (na Unicamp temos 3 escolas técnicas). Portanto isso não é uma
novidade.

A universidade tem condição de assegurar uma capacitação técnica de segundo
grau, por que grande parte do conteúdo da programação didática da graduação
é, na verdade, próprio a ensino de segundo grau. Isso inclusive permitiria
que os cursos de música fossem mais curtos e concentrados.

 

A critica de que “a universidade está "instrumentando e capacitando" para as
linguagens empoladas” cabe em determinadas situações, mas não pode ser
generalizada.

 

O padrão ABNT é uma das possibilidades a serem adotadas. Há outras normas
que podem ser seguidas. Dependendo do que está sendo realizado justifica-se
mudar o padrão. E isso acontece. Portanto adotar ABNT é uma opção. Por outro
lado até que ponto os universitários praticando música tem buscado e se
interessado em intervir na ABNT? Outros setores do conhecimento se
mobilizaram para serem incluídos e ouvidos. Apesar das forças e interesses
políticos por traz das decisões, algumas coisas foram mudadas para melhor.
Portanto é preciso querer que isso aconteça e é preciso de mexer para fazer
algo.

 

O alimento, também nunca está parado. Mas sempre em transição e eterna
mutação. Acreditar que sua comida é muito boa é sempre bom. Mas de fato,
achar que para comer sua comida é preciso ter pré requisitos é mesmo
difícil. Quase como em certos restaurantes tradicionais italianos nos quais
se alguém pede macarrão com coca-cola o dono torce o nariz (para não falar
outra coisa).

 

Abraços

 

Mannis

 

De: sonologia-l-bounces em listas.unicamp.br
[mailto:sonologia-l-bounces em listas.unicamp.br] Em nome de Carlos Palombini
Enviada em: sábado, 19 de janeiro de 2013 14:08
Para: Pesquisadores em Sonologia (Música)
Cc: anppom-l em iar.unicamp.br
Assunto: Re: [Sonologia-l] RES: Ministério da Educação estuda oferecer na
internet vídeos com aulas de universidades

 

Sem dúvida o ensino fundamental e médio necessita atenção, mas dizer que, de
nossa parte, cumpra realizar ações extensionistas, a desempenhar o papel que
a caridade desempenha em nossa economia (vide a esse respeito Slavoj Zizek)

http://youtu.be/hpAMbpQ8J7g

é dizer que, conosco, tudo vai bem, obrigado.

Na verdade, não é que não seja bem isso: não é nada disso. Tenho razão para
acreditar que não seja a universidade quem esteja "instrumentando e
capacitando" para aproveitar isso ou aquilo. Tanto quanto posso julgar pelo
grosso da pesquisa em música, a universidade está "instrumentando e
capacitando" para as linguagens empoladas, ainda que gramaticalmente
incorretas, em estrita obediência a uma entidade que, de pesquisa, não
entende patavinas: a ABNT.

Em resumo, já não é mais que "a massa um dia comerá o biscoito fino que
fabrico", e muito menos que "a massa não está preparada para comer o
biscoito fino que fabrico", mas sim que "o biscoito é outro".

abraços
cvp

2013/1/17 <jamannis em uol.com.br>

A iniciativa é louvável. Ela será muito útil para quem está instrumentado e
capacitado para aproveitar isso. 

 

Mas para quem não está estruturado para conduzir seu auto-aprendizado (ter
aprendido a aprender as coisas = apreender criticamente o mundo) são
petiscos de intelectualidade que não terão como ser assimilados de forma
eficiente para esses indivíduos. 

 

Volto a insistir (em prosseguimento à política de cotas) que o buraco está
mais embaixo: o ensino fundamental e médio tem que ser aprimorado. E
acredito que as universidades podem iniciar esse processo, estendendo suas
ações para a formação técnica de 2º grau junto ao ensino médio dentro da
suas áreas de excelência.

 

Mannis 

 

De: sonologia-l-bounces em listas.unicamp.br
[mailto:sonologia-l-bounces em listas.unicamp.br] Em nome de Carlos Palombini
Enviada em: quarta-feira, 16 de janeiro de 2013 19:17
Para: anppom-l em iar.unicamp.br; Pesquisadores em Sonologia (Música)
Assunto: [Sonologia-l] Ministério da Educação estuda oferecer na internet
vídeos com aulas de universidades

 


Ministério da Educação estuda oferecer na internet vídeos com aulas de
universidades


16/01/2013 - 18h49 


Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil 

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-01-16/ministerio-da-educacao-es
tuda-oferecer-na-internet-videos-com-aulas-de-universidades

Brasília – O Ministério da Educação estuda disponibilizar na internet vídeos
com palestras e aulas de universidades públicas federais. O projeto, chamado
Universidade Livre, visa distribuir o conteúdo ao público em geral. A
expectativa é que comece a funcionar ainda no primeiro semestre deste ano,
de acordo com ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

“Desta forma, você poderá assistir a aula de qualquer professor em qualquer
universidade do Brasil. Se quer um tema específico, entra lá e assiste a
palestra. Serve para complementar o curso que está fazendo e isso vai
multiplicar a capacidade pedagógica de aprendizagem. A iniciativa não
substitui a universidade, não substitui a certificação que é o diploma, mas
ajuda a reforçar o processo de aprendizagem”, explicou o ministro.

Mercadante explicou que as universidades terão autonomia para decidir se
querem participar do projeto. O assunto, segundo ele, já foi discutido com
reitores e foi recebido com “simpatia”.

O ministério promoveu hoje seminário sobre educação digital, que teve a
participação do professor norte-americano Salman Khan, autor de mais de 3,8
mil videoaulas na internet, com 200 milhões de acessos. No evento, Khan
defendeu o uso da educação digital como forma de democratizar o acesso ao
ensino de qualidade. “O conteúdo ao qual o filho dos mais ricos tem acesso
pode ser dado aos menos servidos de educação. Queremos tornar a educação,
não em algo escasso, mas em um direito humano que todas as pessoas possam
ter”, disse.

Graduado pelo renomado Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT, sigla
em inglês) e com MBA pela Universidade de Harvard, Khan trabalhou no mercado
financeiro antes de se tornar conhecido no mundo virtual por postar aulas
sobre matemática, física, biologia, química e outras disciplinas, o que o
levou a criar uma organização acadêmica. Na avaliação de Khan, ferramentas
tecnológicas otimizam o tempo dos professores e contribuem para ampliar o
contato entre aluno e professor e estimulam o aprendizado individualizado.

Cerca de 400 aulas do professor foram traduzidas para o português pela
Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos. O material deverá integrar
o conteúdo dos tablets a serem distribuídos, este ano, pelo Ministério da
Educação (MEC) aos professores do ensino médio, informou Mercadante. As
aulas podem ser acessadas gratuitamente na internet.

“É mais uma opção que o professor tem para ver boas aulas, práticas
didáticas exitosas e isso vai enriquecer o repertório dele. Se o professor e
a rede municipal ou estadual tiverem interesse de utilizar de uma forma mais
intensa, o MEC está disposto a apoiar, não só essa plataforma, mas outras
similares”, explicou o ministro.

Edição: Carolina Pimentel

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