[ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra Andre mehmari - entrando também na questão do que faz (e deve fazer) a musicologia

Ferraz,Gabriel A gabrielferraz em ufl.edu
Qui Maio 30 22:51:52 BRT 2013


  

Sem dúvida isso também faz parte, José, mas devemos levar em
conta que a falta de educação não foi necessariamente o estopim da
balbúrdia, mesmo que tenha contribuído para que ela acontecesse.


Abraços, 

Gabriel 

On Thu, 30 May 2013 22:32:20 -0300, José
Eduardo Costa Silva wrote: 

> Prezado Gabriel, 
> em minha opinião
existe um motivo muito mais simples para o fato de as crianças terem
vaiado o músico, a saber: falta de educação! Falta de disposição
para o outro! 
> Ab 
> José Eduardo 
> 
> Em 30 de maio de 2013 08:36,
climério de oliveira santos escreveu:
> 
>> Pessoal, 
>> 
>> Se vaia
fizesse mal, Caetano Veloso, Carlinhos Brown, Lobão, Gilberto Gil, ...
estariam todos pobres. 
>> Isso se estende aos músicos de concerto
também, como Severino Araújo, Aliazar de Carvalho, Pavaroti, Mozart,
Beethoven... - todos eles foram vaiados. 
>> Ser vaiado é muito melhor,
por exemplo, do que passar incólume, resultado típico de uma
performance insossa. Portanto, deixemos de compaixão. André Mehmari é
massa, é um trabalhador da pesada, um talento e tanto. Quem duvidar,
vá assistir, ou veja no Youtube. 
>> Não há nada demais numa vaia, a
não ser um aspecto importante: uma performance só é vaiada quando
provoca o público. 
>> 
>> Abraços em todos, 
>> Climério de
Oliveira. 
>> 
>> Em 29 de maio de 2013 18:11, Ferraz,Gabriel A
escreveu: 
>> 
>>> Oi pessoal. Eu conheci o André Mehmari na USP,
quando fiz meu bacharelado lá. Apesar de não ter me tornado amigo
dele, conversamos rapidamente algumas vezes. Além de ser um dos
músicos mais talentosos de sua geração (talvez o mais talentoso que
eu conheço), ele é realmente uma pessoa muito simples, e nem posso
imaginar como ele se sentiu no palco ao ser vaiado por crianças. Um
episódio realmente triste para a nossa música.
>>> 
>>> Com relação
ao motivo pelo qual as crianças vaiaram, menciona-se muito a questão
da indústria cultural e do meio cultural onde essas crianças vivem, a
maneira como elas são, de certa forma, condicionadas culturalmente a
ouvir certos tipos de música. Esse argumento é totalmente válido e
verdadeiro, mas a questão do "condicionamento" da escuta vai além do
poder que o meio cultural exerce na formação do indivíduo. Pesquisas
neurológicas recentes têm mostrado que quando o cérebro se condiciona
a ouvir determinadas combinações de sons, esses sons passam a
estimular áreas do cérebro sons causam prazer (as mesmas áreas que
são estimuladas quando alguém come algo gostoso ou pratica sexo).
Além disso, o córtex auditivo literalmente se molda para ouvir esses
sons aos quais a pessoa é exposta mais constantemente, e combinações
de sons que não se encaixam nesses padrões já apreendidos soam muito
dissonantes (entenda-se "mal") para o indivíduo, e causam um enorme
desconforto e, posteriormente, a rejeição desses sons
"desagradáveis".
>>> 
>>> Pesquisas australianas mostraram que quanto
mais o indivíduo é treinado a ouvir determinadas combinações de
sons, menos dissonantes elas soarão (mesmo que a teoria da música as
classifique como dissonantes - pensem em uma 2a maior, por exemplo).
Talvez essa seja a explicação científica para o que comumente
chamamos "costume". Ou seja, o "costume" não é só um condicionamento
social e cultural, mas, primeiramente, fisiológico.
>>> 
>>> Sei que no
caso do André as vaias começaram antes mesmo de ele começar a tocar,
o que implica em um preconceito contra Nazareth (já que as crianças
não haviam ouvido a música ainda), muito provavelmente desconhecido
dessas crianças. Não quero aqui teorizar sobre os diversos porquês da
atitude das crianças, que certamente também brotaram da sua falta de
exposição ao compositor e, portanto, da sua falta de conhecimento da
música, o que deve ter gerado a resistência antes mesmo do concerto
começar. E sem querer especular demais, mas seguindo um raciocínio
lógico, afirmaria que, provavelmente, essas crianças já haviam
imaginado, antes mesmo da apresentação começar, todo o tipo de sons
"do passado" - que talvez elas nem saibam exatamente o que são -
associados a um compositor que elas não conheciam, o que causou o
estranhamento, distanciamento, e finalmente, o repúdio. Seguindo as
conclusões dos estudos dos neurologistas, acredito que ao ouvir aqueles
sons, que elas realmente não conheciam, o cérebro dessas crianças
deve ter percebido uma enorme "dissonância", mesmo que a música de
Nazareth não seja dissonante de acordo com a nossa teoria musical, o
que as levou a balbúrdia total. (E isso independe de condição social
e cultural).
>>> 
>>> Desculpem pelas digressões no caminho, mas meu
ponto principal aqui é que em musicologia utiliza-se muito as teorias
das ciências sociais e da antropologia para explicar comportamentos
associados à música, e muitas vezes esquece-se de que muito do que se
percebe e se apreende em uma experiência musical (seja ela com simples
ruídos que ouvimos na rua ou em obras musicais complexas) deve-se à
maneira como nosso cérebro processa essa informação. Não devemos
deixar esse ponto de lado em nossas discussões. Pelo contrário,
acredito que, em se tratando de tópicos que envolvem discussões sobre
música e comportamento, o entendimento dos processos neurológicos da
percepção da música é um componente fundamental, e que, talvez, deva
ser entendido antes mesmo de utilizarmos teorias da sociologia e
antropologia na tentativa de entendermos e explicarmos esses
tópicos.
>>> 
>>> Para quem quiser saber mais sobre as pesquisas que
mencionei, tenho 3 tópicos que versam sobre o assunto no meu site: dois
textos com comentários sobre pesquisas em música e neurologia, e um
documentário interessantíssimo sobre o mesmo assunto, que todos os
músicos e, principalmente, musicólogos, devem conhecer. Envio ainda o
link para uma discussão estética da apreciação musical, que também
se relaciona com o assunto. Como o objetivo é tratar os assuntos
musicais de uma maneira mais "jornalística" e menos musicológica, para
que um público mais geral leia e se interesse pelo que acontece no
mundo da música que só os especialistas conhecem, os textos não
seguem o padrão acadêmico, e eu não me proponho a dar respostas sobre
os assuntos discutidos, mas tão somente transmitir informações e
propor reflexão. As informações discutidas, entretanto, não são
menos válidas ou menos "verdadeiras" por esse motivo.
>>> 
>>> Os links
seguem abaixo:
>>> 
>>> Aprenda a gostar da música que você não
gosta: http://www.zapmusico.com.br/blog/como-gostar-de-musica/ [47]
>>>
Boa música é "tão bom quanto sexo":
http://www.zapmusico.com.br/blog/musica-boa-e-sexo/ [48]
>>> O que é a
música, afinal de contas?:
>>> The Music Instinct: Science & Song by
Elena Mannes: http://www.zapmusico.com.br/blog/a-psicologia-da-musica/
[49]
>>> 
>>> Obrigado pela atenção. Espero que o comentário
contribua para a discussão e que os textos do blog gerem discussões
sobre o entendimento de assuntos ligados à música e comportamento.
>>>

>>> Abraços,
>>> 
>>> Gabriel Ferraz, pianista e musicólogo
>>> 
>>>
On Wed, 29 May 2013 12:52:29 -0300, anppom-l-request em iar.unicamp.br [50]
wrote:
>>> 
>>>> Enviar submissões para a lista de discussão Anppom-L
para
>>>> anppom-l em iar.unicamp.br [14]
>>>> 
>>>> Para se cadastrar ou
descadastrar via WWW, visite o endereço
>>>>
http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l [15]
>>>> ou, via email,
envie uma mensagem com a palavra 'help' no assunto ou
>>>> corpo da
mensagem para
>>>> anppom-l-request em iar.unicamp.br [16]
>>>> 
>>>> Você
poderá entrar em contato com a pessoa que gerencia a lista pelo
>>>>
endereço
>>>> anppom-l-owner em iar.unicamp.br [17]
>>>> 
>>>> Quando
responder, por favor edite sua linha Assunto assim ela será
>>>> mais
específica que "Re: Contents of Anppom-L digest..."
>>>> 
>>>> Tópicos
de Hoje:
>>>> 
>>>> 1. Re: Fim da Prova de Habilidade Específica em
Música
>>>> (Luciano Morais)
>>>> 2. Re: [Sonologia-l]
[etnomusicologiabr] "pontos de ruptura no
>>>> tecido civilizatório"
(Carlos Palombini)
>>>> 3. Re: novo artigo sobre a vaia contra Andre
mehmari
>>>> (Carlos Palombini)
>>>> 4. Re: Fim da Prova de Habilidade
Específica em Música
>>>> (Estevão Moreira)
>>>> 
>>>>
----------------------------------------------------------------------
>>>>

>>>> Message: 1
>>>> Date: Wed, 29 May 2013 08:41:44 -0300
>>>> From:
Luciano Morais 
>>>> To: Daniel Lemos 
>>>> Cc: "anppom-l em iar.unicamp.br
[20]" 
>>>> Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Fim da Prova de Habilidade
Específica em
>>>> Música
>>>> Message-ID: 
>>>> Content-Type:
text/plain; charset="utf-8"
>>>> 
>>>> Musicologia não precisa ser
circunscrita a um "ramo" das
>>>> ciências humanas (um braço, um
sub-item, um setor, sem
>>>> especificidade nem autonomia em relação
às ciências humanas no que
>>>> se refere a método tratamento e
escolha dos objetos), mas também (e,
>>>> para alguns, principalmente,
porque engloba pesquisas voltadas
>>>> especificamente para a
performance, processos de composição e
>>>> critica de obras de arte
como tais, ao lado e além da consideração
>>>> delas enquanto dados
sócio-histórico-culturais) o estudo aprofundado
>>>> da música
enquanto produção artística. Me perdoe, caro prof. Dr.
>>>> Didier,
mas qualquer pesquisa séria nessa área exige formação
>>>> técnica
e musical bem além do básico. Um musicólogo tem ter livre
>>>> acesso
às "obras" ou objetos sonoros e musicais pela via da leitura,
>>>> da
escrita, da perspectiva da performance, ou seja, tem que ter tido
>>>>
em algum momento da vida vivido a situação de musico, e dos bons,
>>>>
capaz de ler, tocar, fazer musica de conjunto, discutir
>>>>
interpretação, etc. Essa formação permite ao pesquisador acesso
>>>>
às obras, seja de que origem social forem, vale as da tradição
>>>>
oral, mas elas tem que poder ser comentadas e percebidas (vai uma
aula
>>>> de percepção aí ou não precisa saber distinguir intervalos
pra ser
>>>> musicólogo?) do ponto de vista musical, não só
histórico-social.
>>>> Vale lembrar que José Ramos Tinhorão rejeitava
ser chamado de
>>>> musicólogo dizendo: "Eu sou historiador,
musicólogo é o Regis
>>>> Duprat!"). Gostem ou não dos dois, eles
respeitavam as diferenças de
>>>> área.
>>>> Duprat estreou obras do
Cláudio Santoro, se for preciso lembrar.
>>>> Abraço!
>>>>
Luciano
>>>> 
>>>> Em 28/05/2013, às 12:09, Daniel Lemos escreveu:
>>>>

>>>>> Mas o que seria a Musicologia sem um musicólogo capaz de ler
partituras, conhecer o repertório, técnicas de composição, análise
musical e situar a importância de seu trabalho em meio à produção
musical? Um antropólogo, um sociólogo ou um historiador seriam capazes
de fazer esse tipo de trabalho?
>>>>> 
>>>>> Daniel Lemos
Cerqueira
>>>>> 
>>>>> http://musica.ufma.br [1]
>>>>> 
>>>>> --- Em
ter, 28/5/13, Didier Guigue escreveu:
>>>>> 
>>>>> De: Didier Guigue

>>>>> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fim da Prova de Habilidade
Específica em Música
>>>>> Para: "Daniel Lemos" 
>>>>> Cc: "ANPPOM"

>>>>> Data: Terça-feira, 28 de Maio de 2013, 11:35
>>>>> 
>>>>> Mas o
que seria "musicologia", lato sensu [estudos sobre música], senão um
ramo das ciências humanas?
>>>>> 
>>>>> Em 27 de maio de 2013 01:53,
Daniel Lemos escreveu:
>>>>> 
>>>>> Prezado Luciano,
>>>>> 
>>>>>
Bravíssimo! Excelente colocação. Destaco uma frase de seu
discurso:
>>>>> 
>>>>> "Para perspectivas interdisciplinares sem
exigência de habilidades específicas, estão aí as áreas de
ciências humanas."
>>>>> 
>>>>>
________________________________________________
>>>>> Lista de
discussões ANPPOM
>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
[7]
>>>>> ________________________________________________
>>>>
-------------- Próxima Parte ----------
>>>> Um anexo em HTML foi
limpo...
>>>> URL:
>>>> 
>>>> ------------------------------
>>>> 
>>>>
Message: 2
>>>> Date: Wed, 29 May 2013 10:07:04 -0300
>>>> From: Carlos
Palombini 
>>>> To: Pesquisadores em Sonologia (Música)
>>>> 
>>>> Cc:
Etnomusicologia Br Yahoo ,
>>>> anppom-l 
>>>> Subject: Re:
[ANPPOM-Lista] [Sonologia-l] [etnomusicologiabr] "pontos
>>>> de ruptura
no tecido civilizatório"
>>>> Message-ID:
>>>>
16kL9i9Z7kMUe9PkzfjpZsKqtWW30Q em mail.gmail.com>
>>>> Content-Type:
text/plain; charset="iso-8859-1"
>>>> 
>>>> Hugo,
>>>> 
>>>> Enviei o
texto por várias razões, que não caberiam num simples "não
>>>>
concordo". Há muita coisa errada ali, independente do que tenha
acontecido.
>>>> A primeira delas, e a principal, é que André Mehmari
ser insultado numa
>>>> apresentação apareça como "pontos de ruptura
no tecido civilizatório", um
>>>> clichê precioso (entre os vários
clichês do texto) no qual os
>>>> Mehmari/Wisnik ofendidos (tenho em
mente também a manifestação do pianista
>>>> no Facebook) são o
civilizatório rompido. A outra face da moeda é seu
>>>> significado, o
fio do qual esse civilizatório é tecido: são os
>>>> tiros com
os
>>>> quais os não-Mehmari não-Wisnik são não só impedidos de
realizar seu
>>>> trabalho como também executados (no sentido criminal
do termo) impune, pura
>>>> e simplesmente --- em São Paulo mesmo.
>>>>

>>>> Não sei se você lê a *Piauí*, mas o último número tem um
bom
>>>> artigo que se
>>>> intitula, na capa, "A praga modernista", e
no interior, "Reféns da
>>>> modernistolatria":
>>>> 
>>>>
http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-80/questoes-de-literatura-cultura/refens-da-modernistolatria
[29]
>>>> 
>>>> Abraço,
>>>> 
>>>> Carlos
>>>> 
>>>> 2013/5/28 Hugo
Leonardo Ribeiro 
>>>> 
>>>> Palombini,
>>>> 
>>>>> Posso afirmar, com
quase certeza, que você enviou esse texto mas não
>>>>> concorda com o
autor. Nem eu concordo. Há muitos problemas básicos em seu
>>>>>
discurso, entre os quais esse necessidade de uma ponte para ligar
culturas
>>>>> distintas. Isso sempre é problemático. Principalmente
quando se pensa que
>>>>> um grupo de indivíduos precisa ter acesso a
determinados bens culturais
>>>>> para poder elevar seu status
sociocultural. Espero que tal projeto seja
>>>>> mais do que o que o
Wisnik descreveu. Senão, é, no mínimo, etnocêntrico...
>>>>> 
>>>>>
Hugo Ribeiro
>>>> -------------- Próxima Parte ----------
>>>> Um anexo
em HTML foi limpo...
>>>> URL:
>>>> 
>>>>
------------------------------
>>>> 
>>>> Message: 3
>>>> Date: Wed, 29
May 2013 12:10:09 -0300
>>>> From: Carlos Palombini 
>>>> To: ANPPOM

>>>> Subject: Re: [ANPPOM-Lista] novo artigo sobre a vaia contra
Andre
>>>> mehmari
>>>> Message-ID:
>>>> 
>>>> Content-Type: text/plain;
charset="windows-1252"
>>>> 
>>>> Este trecho aqui é uma joia:
>>>>

>>>> Vejamos: primeiramente, Nazareth não é dodecafônico, Nazareth
não foi um
>>>> alienígena de difícil compreensão, ou um compositor
nascido na Monróvia.
>>>> Nazareth retirou o material de sua criação
da música do povo brasileiro,
>>>> das ruas, do choro, das valsas, do
ambiente musical popular de sua época.
>>>> Sendo assim, a aberração
está não em mostrar Nazareth ao povo, mas no fato
>>>> desse mesmo
povo não ser capaz ? não de ?compreender? ? mas de se
>>>> reconhecer
minimamente em uma obra que se baseia na raiz de sua própria
>>>> forma
de expressão, a ponto de recusá-la com veemência. Se há algo de
>>>>
errado nesse enredo, o erro é esse! E, evidentemente a
responsabilidade
>>>> disso n&ati
>>>> 
>>>>> ; hoje, para fazer com que
uma música que tenha vindo tão
>>>>> profundamente do povo não seja
reconhecida por esse próprio povo como parte
>>>>> de sua
simbologia.
>>>>> 
>>>>> Ao fim e ao cabo, é o mesmo lero-lero:
oferecer aos ignaros algo melhor que
>>>>> a lama em que chafurdam, algo
de que necessitariam, se ao menos pudessem
>>>>> entender isso. Para
corigi-lo, que o governo nos dê mais um dinheirinho.
>>>>> 
>>>>>
"Colocar a semente de Nazareth no coração desses jovens..." Ave Maria
cheia
>>>>> de graça!
>>>>> 
>>>>> "Jovens oriundos de um ambiente
socialmente degradado, tocando Stravinsky
>>>>> como gente grande na
Sala São Paulo..."
>>>>> 
>>>>> AD MAJOREM DEI GLORIAM INQUE HOMINUM
SALUTEM
>>>>> 
>>>>> Abraço,
>>>>> 
>>>>> Carlos
>>>>> 
>>>>> 2013/5/28
Ale Fenerich 
>>>>> 
>>>>> http://www.advivo.com.br/blog/
>>>>
xt-decoration:
underline;">luisnassif/plateia-infantil-hostiliza-musico-andre-mehmari
>>>>

>>>> mais um artigo do episodio de Andre Mehmari
>>>> 
>>>> --
>>>>
carlos palombini
>>>> pesquisador visitante, centro de letras e artes,
unirio
>>>> ufmg.academia.edu/CarlosPalombini [35]
>>>> proibidao.org
[36]
>>>> -------------- Próxima Parte ----------
>>>> Um anexo em HTML
foi limpo...
>>>> URL:
>>>> 
>>>> ------------------------------
>>>>

>>>> Message: 4
>>>> Date: Wed, 29 May 2013 12:14:55 -0300
>>>> From:
Estevão Moreira
>>>> 
>>>>>
f="mailto:dal_lemos em yahoo.com.br">dal_lemos em yahoo.com.br&g
>>>>
anppom-l em iar.unicamp.br [38]
>>>> Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Fim da
Prova de Habilidade Específica em
>>>> Música
>>>> Message-ID:
>>>>
xMKqBwmgkD6MrGCHnyn=3EU6sQVH5P74FaBPQ em mail.gmail.com [39]>
>>>>
Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1"
>>>> 
>>>> Caros,
>>>>

>>>> Se nossa área de pesquisa situa-se, a título de categorização,
dentro da
>>>> linguística, convém ampliar o q se quer chamar de campo
de estudo da
>>>> música. Ademais, a própria ideia de linguagem, sobre
a qual se aportam e se
>>>> apertam muitas teorias, práticas e querelas
sobre a noção de "linguagem
>>>> musical", são alheias ao campo
estrito da música, tem sua origem nas
>>>> ciências sociais.
>>>>

>>>> Isso certamente não seria um problema se houvesse consenso no
uso
>>>> corriqueiro de termos tão polêmicos e polissêmicos. Afinal
de contas, um
>>>> dos requisitos da pesquisa científica é
comunicabilidade e objetividade.
>>>> 
>>>> Estevão
>>>> 
>>>> Enviado
do tel
>>>> Em 29/05/2013 00:51, "Daniel Lemos" escreveu:
>>>> 
>>>> Mas
o que seria a Musicologia sem um musicólogo capaz de ler
partituras,
>>>> conhecer o repertório, técnicas de composição,
análise musical e situar a
>>>> importância de seu trabalho em meio à
produção musical? Um antropólogo, um
>>>> sociólogo ou um
historiador seriam capazes de fazer esse tipo de trabalho?
>>>> 
>>>>
Daniel Lemos Cerqueira
>>>> 
>>>> http://musica.ufma.br [41] 
>>>> 
>>>>
--- Em *ter, 28/5/13, Didier Guigue * escreveu:
>>>> 
>>>> De: Didier
Guigue 
>>>> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Fim da Prova de Habilidade
Específica em Música
>>>> Para: "Daniel Lemos" 
>>>> Cc: "ANPPOM"

>>>> Data: Terça-feira, 28 de Maio de 2013, 11:35
>>>> 
>>>> Mas o que
seria "musicologia", lato sensu [estudos sobre música], senão um
>>>>
ramo das ciências 
>>>> 
>>>>> mos em yahoo.com.br
>>>>> > escreveu:
>>>>>

>>>>> Prezado Luciano,
>>>>> 
>>>>> Bravíssimo! Excelente colocação.
Destaco uma frase de seu discurso:
>>>>> 
>>>>> *"Para perspectivas
interdisciplinares sem exigência de habilidades
>>>>> específicas,
estão aí as áreas de ciências humanas."*
>>>>> 
>>>>>
________________________________________________
>>>>> Lista de
discussões ANPPOM
>>>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
[10]
>>>>> ________________________________________________
>>>>> 
>>>>>
-------------- Próxima Parte ----------
>>>>> Um anexo em HTML foi
limpo...
>>>>> URL:
>>>>> 
>>>>> ------------------------------
>>>>>

>>>>> _______________________________________________
>>>>> Anppom-L
mailing list
>>>>> Anppom-L em iar.unicamp.br [12]
>>>>>
http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l [13]
>>>>> 
>>>>> Fim da
Digest Anppom-L, volume 97, assunto 31
>>>>>
*********************************************
>>> 
>>>
________________________________________________
>>> Lista de
discussões ANPPOM
>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
[51]
>>> ________________________________________________
>> 
>> -- 
>>
Climério de Oliveira Santos
>> 
>> (81) 9945-9434
>> (21) 8001-6586 
>>

>> Aguardo sua resposta. 
>>
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