[ANPPOM-Lista] Digest Anppom-L, volume 100, assunto 36
Ale Fenerich
fenerich em gmail.com
Qui Out 31 01:12:50 BRST 2013
Sandroni, apoiado veementemente...
Em 30/10/13, Carlos Sandroni<carlos.sandroni em gmail.com> escreveu:
> Mas não é bem que ele esteja errado, Hugo. Se eu achasse que ele está
> errado seria muito melhor, porque daria pra discutir.
> Daniel, não dá pra postar um email assim numa lista acadêmica de uma
> associação nacional de pesquisa.
>
>
>
> 2013/10/30 Daniel Lemos <dal_lemos em yahoo.com.br>
>
>>
>> Caro Hugo,
>>
>> Seria interessante você se posicionar quanto às suas discordâncias. Este
>> assunto é pouco debatido, precisamos amadurecê-lo.
>>
>> Daniel
>>
>>
>> --------------------------------------------
>> Em qua, 30/10/13, Hugo Leonardo Ribeiro <hugoleo75 em gmail.com> escreveu:
>>
>> Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Digest Anppom-L, volume 100, assunto 36
>> Para: "Daniel Lemos" <dal_lemos em yahoo.com.br>
>> Cc: vonhart em hotmail.com, "anppom-l" <anppom-l em iar.unicamp.br>
>> Data: Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013, 20:31
>>
>> Prezado Daniel,
>> eu não sei nem por onde começar a responder seu
>> texto. Então é melhor eu dizer que não concordo com nada
>> e, de acordo com meu ponto de vista, você está errado em
>> todas as suas posições nesse email. É mais simples e
>> direto.
>>
>> Hugo
>>
>> Em 30 de outubro de
>> 2013 00:50, Daniel Lemos <dal_lemos em yahoo.com.br>
>> escreveu:
>>
>>
>>
>> Caro Ernesto,
>>
>>
>>
>> Parabenizo-lhe por mais uma brilhante colocação. A
>> alteração nos recursos humanos e na programação da
>> Rádio MEC, se for mesmo concretizada - ainda mais de forma
>> silenciosa - certamente é um ato a ser repudiado. Primeiro,
>> porque ela é um dos poucos veículos de mídia massiva que
>> não está sob o controle de empresários e da indústria
>> cultural (basta analisar as políticas culturais no Brasil
>> para deduzir que Adorno não descansa em paz...). Segundo,
>> porque tudo o que o governo muda é sempre pra pior, com
>> exceção dos salários dos congressistas. Terceiro, porque
>> ter fortes argumentos para defender uma coisa ou outra não
>> fazem a menor diferença para as decisões em fóruns
>> criados por governos pseudo-democráticos.
>>
>>
>>
>>
>> Obviamente, as lutas pela Música de Concerto dificilmente
>> serão abraçadas por antropólogos, historiadores ou
>> "os etnos" defensores da cultura dita
>> "popular" - cujas fronteiras, na prática, são
>> cada vez menores em relação à cultura europeia ou
>> erudita. O fato é que todos estão confortáveis com a
>> grande atenção que as empresas e o governo dão para a
>> cultura popular, mas tem sido incapazes de enxergar - ou
>> reconhecer - um lado importante e maquiavélico que há
>> nessas políticas:
>>
>>
>>
>>
>> 1) O artista popular "nasce sabendo", então, ele
>> muito raramente irá exigir acesso a uma formação ou
>> aprimoramento artístico (se ele estudar, pode até correr o
>> risco de se "tornar erudito"; esta é uma boa
>> discussão...);
>>
>>
>>
>>
>> 2) O artista popular trabalha com os recursos que estão à
>> sua disposição no momento, sendo assim, não exige do
>> governo e das empresas investimentos em recursos ou
>> infraestrutura - fato totalmente diferente das artes
>> clássicas;
>>
>>
>>
>>
>> 3) A arte popular já atinge, naturalmente, grandes
>> públicos no Brasil. Isso implica em publicidade para as
>> empresas, e votos para o governo.
>>
>>
>>
>>
>>
>> Está aí a receita para dizimar a cultura de um país.
>>
>>
>>
>> Daniel Lemos
>>
>>
>>
>>
>>
>> ________________________________________________
>>
>> Lista de discussões ANPPOM
>>
>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>>
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>>
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>>
>
>
>
> --
> Carlos Sandroni
> Departamento de Música, UFPE
> Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFPE
> Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB
> Telefones:
> (81) 2126 8596 / 8597 (UFPE)
> (81) 9811 1473 (Celular)
> Endereço:
> Rua César Loureiro, 75/103
> Casa Forte - 52060-350
> Recife - PE
>
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Alexandre Sperandéo Fenerich
prof. Adjunto IAD - UFJF - http://www.ufjf.br/musica/
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