[ANPPOM-Lista] o villa-lobos de guérios

Jorge Antunes antunes em unb.br
Qua Jan 8 12:11:09 BRST 2014


Oi,

Antes de 1923?
Mas é óbvio!
A *Lenda do Caboclo*, composta em 1920, foi estreada no ano seguinte
(1921), por Iberê Lemos, a quem a peça é dedicada, no Teatro São Pedro de
Porto Alegre: exatamente no dia 13 de junho de 1921.

Em 1922 Villa fez uma versão da *Lenda do Caboclo *para orquestra.
Infelizmente essa partitura para orquestra está extraviada.

Feliz 2014 para todos e todas colegas da ANPPOM,

Jorge Antunes


Em 8 de janeiro de 2014 02:34, Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com>escreveu:

> Marcus,
>
> obrigado por suas colocações. Que bom que o Dil Fonseca nos trouxe esses
>> dados sobre a "Lenda do Caboclo" que corroboram o que eu havia afirmado
>> anteriormente sobre a apresentação dessa peça antes de 1923... (ano do
>> contato com Cocteau em Paris).
>>
>
> Sim, fico feliz em ter contribuído com uma evidência em favor de seu
> argumento, ainda que, no *match* Guérios vs Wolff, eu torça pelo
> primeiro.
>
>  Fora a questão da alteração das datas de composição de algumas obras,
>> como indica Jorge Coli, é bom sair um pouco do âmbito estritamente musical
>> e lembrar que Villa conhecia Graça Aranha, cuja "Estética da Vida" (1921),
>> já pregava a integração da cultura ao "solo" da nação. Como vc deve ter
>> lido, defendo no artigo que apresentei no 2o Simpósio Villa-Lobos que  "O
>> legado de Graça Aranha foi fundamental para essa retomada da questão da
>> brasilidade e assim, para a reviravolta que o modernismo sofreu a partir de
>> 1924, quando a descoberta da brasilidade tornou-se seu ponto central, que
>> assim convergiu para aquilo que passou a ser valorizado pela vanguarda
>> francesa após a Primeira Guerra".  Isso não nega a tal influência da
>> vanguarda francesa - 2 coisas que convergiram no sentido da construção de
>> representações da nação através das artes.
>>
>
> Confesso que uma das coisas de que mais gostei em seu artigo foi ler os
> excertos de Graça Aranha. Fui portanto olhar agora na Wikipedia (*will
> you pardon me?*) quem teria sido esse Graça Aranha, e veja o que
> encontrei:
>
> Devido aos cargos que ocupou na diplomacia brasileira em países europeus,
>> ele esteve a par dos movimentos vanguardistas que surgiam na Europa, tendo
>> tentado introduzi-los, à sua maneira, na literatura brasileira, rompendo
>> com a Academia Brasileira de Letras por isso em 1924.
>>
>
>
>
>> Acho que muita coisa precisa ser ainda investigada para que com base na
>> análise dos documentos, possamos reinterpretar o "gênio", vc não acha?
>>
>
> Sem dúvida. Fazemos muitas interpretações (quando não exibição de
> opiniões) sem ter antes realizado a "Musicologia positivista" necessária.
>
>
>> PS - espero que vc não se importe de eu postar essa minha resposta
>> (repensada após a contribuição do Dil que trabalha no Museu Villa-Lobos) na
>> lista de etno na lista da ANPPOM já que agora tem mais gente entrando no
>> debate.
>>
>
> Claro que não! O Dil fez o que qualquer um que queira ir além do "não
> pretendo escrever sobre o assunto, mas..." deveria ter feito: apresentar os
> documentos que embasam o argumento (no caso, alheio).
>
> Abraço,
>
> Carlos
>
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