[ANPPOM-Lista] Fwd: Convite

Magali Kleber magali.kleber em gmail.com
Ter Maio 6 22:29:03 BRT 2014


 *C**onvite*


*A Reitora da Universidade Estadual de Londrina, Profa. Dra. Nádina
Aparecida Moreno *
*e a Vice-Reitora, Profa. Dra. Berenice Quinzani Jordão, *
*convidam para o Lançamento do Livro:*
*A Pratica de Educação Musical em ONGs: Dois Estudos de Caso no Contexto
Urbano Brasileiro*
*, da Profa. Dra. Magali Oliveira Kleber, editado pela Editora Appris.*
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*7 de maio de 2014 -  19h30m*

*Livraria Curitiba - Catuaí Shopping Londrina*



 Prefácio:

"...Fruto de sua tese de doutorado, defendida no Programa de Pós-Graduação
em Música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e indicada pelo
mesmo como seu representante no prêmio CAPES de melhor dissertação na área
de Linguística, Artes e Comunicação no ano de 2006, o livro se inicia
(Capítulo 1) com a explicitação de seu arcabouço teórico, além da
explicitação detalhada dos procedimentos da pesquisa de campo (Capítulo 2).
Nele, se ressalta não somente a já mencionada noção de fato social total,
de Mauss, mas a preocupação com as dimensões cognitivas, afetivas e
políticas do ensino de música pelas ONGs, que leva a autora a buscar apoio
interdisciplinar nas áreas de Etnomusicologia, Educação Musical, Sociologia
da Música, Ciências Sociais, colocando em diálogo produtivo, sem omissão de
eventuais conflitos e desafios, as respectivas visões de autores
referenciais brasileiros e estrangeiros.
Os Capítulos 3 e 4 remetem, respectivamente, ao exame do PVL (Projeto Villa
Lobinhos e da AMM (Associação Meninos do Morumbi). A estratégia utilizada
por Magali Kleber é idêntica em ambos os casos, apresentando um breve e
esclarecedor histórico de cada instituição, uma exposição dos objetivos de
suas respectivas iniciativas de ensino de música e uma fascinante
intercalação de depoimentos, registros de apresentações e análises da nada
abaixo de monumental experiência de campo da autora. Os depoimentos, em
particular, são muitas vezes tocantes e reveladores de como os agentes se
movem e refletem da forma que lhes é possível sobre essa complexa trama
urdida em diferentes planos, que vão do macro – em que os contextos
metropolitanos explicitam relações de poder frequentemente assimétricas,
circunscrevendo de modo problemático as formas de existência em seu
interior – ao micro – dos fragmentários investimentos pessoais e das
pequenas grandes ações, muitas vezes tendo diante de si a hercúlea tarefa
de superar as dificuldades estruturais ou intermitentes, típicas dos ventos
neoliberais que condicionam a institucionalidade habitualmente instável do
trabalho em ONGs. Mas são principalmente as análises de Kleber sobre como
os processos pedagógico-musicais, observados de modo participativo, acionam
mais que dispositivos técnicos ou ideais estéticos, abrem aos leitores a
apreciação dos processos de ensino em ONGs como fato social total. Neles,
como expõe a autora com extrema sensibilidade às muitas nuances e
potenciais presentes, convergem da consciência do preconceito mais
repugnante à diversidade racial ou de classe ao senso de superação de
barreiras antes tidas como insuperáveis devido à introjeção irrefletida ou
aceitação tácita dos mecanismos mais ou menos sutis e perversos de exclusão
social, como a violência simbólica da “incapacidade de berço” ou das por
demais estreitas, se alguma, possibilidades de escolha.
Em síntese, afigura-se no livro de Magali Kleber uma contribuição decisiva
ao estudo dos processos de transmissão de conhecimento musical em ONGs, os
situando e problematizando como um testemunho crítico sobre as visões de
mundo em voga nessa virada de século, e não apenas no país, ainda permeada
por tantas interrogações, entre elas os rumos da ainda frágil democracia à
brasileira, buscando superar obstáculos crônicos e construir compromissos
de convivência além de cambaleantes simulacros e jogos de cena. A análise
dos processos destacados por Kleber se oferece, portanto, como uma sólida e
seminal contribuição ao debate acerca da universalização do ensino de
música via rede pública, luta em que a autora, enquanto presidente da ABEM,
exerceu inequívoco protagonismo. O futuro, porém, permanece nebuloso, e é
somente a partir da proliferação já constatável de reflexões substanciais e
significativas sobre experiências concretas, como a que aqui descortinada
por Magali Kleber, que será possível vislumbrar cenários mais promissores
para a transmissão de saber musical entre futuras gerações no país."

Dr.Samuel Araújo
Coordenador do Laboratório de Etnomusicologia
Universidade Federal do Rio de Janeiro
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