[ANPPOM-Lista] abertura da mostra funk.doc, querta-feira, sesc palladium, bh

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Seg Maio 26 15:20:53 BRT 2014


*Mostra Funk.DOC abre olhos e ouvidos para a filmografia sobre esse gênero
musical brasileiro e sua cultura*



*Lançado há 20 anos, o pioneiro ‘Funk Rio’ e outros seis documentários
serão exibidos no Sesc Palladium de 28 a 31 de maio, em sessões com entrada
grátis*



Nas versões de raiz, melody, sensual (ou de putaria), proibidão (ou funk de
facção), consciente, gospel, montagem e ostentação, a música funk no Brasil
e sua cultura já atravessam duas décadas, que o cinema e o vídeo buscam
documentar desde o princípio. Lançado em 1994, “Funk Rio”, de Sérgio
Goldenberg, inaugurou uma filmografia sobre o tema que hoje abrange vídeos
com milhões de visualizações na internet. São tempos e espaços midiáticos
distintos que a Mostra Funk.DOC aproxima na tela grande, com a proposta de
abrirmos nosso olhar para esse universo. O evento será realizado de 28 a 31
de maio, no Cinema Professor José Tavares de Barros do Sesc Palladium, com
sessões gratuitas.

A abertura da Mostra Funk.DOC será no dia 28 de maio (quarta-feira), às
20h, com a exibição de “Funk Rio”, em sessão comentada por Carlos
Palombini, professor de musicologia da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG). Estudioso do funk carioca, especialmente do proibidão, Palombini
considera o gênero o primeiro de música eletrônica dançante no Brasil.
“(...) Como a house de Chicago, o funk carioca resulta da apropriação
criativa de tecnologia barata por ‘não músicos’ para a produção de música
destinada a setores marginalizados da população: jovens negros gays de
Chicago no início dos anos oitenta; jovens habitantes de regiões urbanas
economicamente deprimidas do Rio de Janeiro no final dos anos oitenta”,
escreveu.

Passadas mais de duas décadas, o pesquisador não hesita em afirmar que o
funk carioca é o principal fenômeno musical brasileiro na atualidade. “Se
perguntarmos onde o funk nasceu, a resposta é: na favela. E onde fica a
favela? Na periferia. Mas o funk não é de periferia [no sentido daquilo que
está sujeito à dominação]. Se perguntarmos qual música está no centro no
Brasil hoje, não tenho dúvida de que a resposta é o funk. É a música mais
polêmica e, para mim, a mais criativa”, afirmou recentemente.



*Dos bailes à batalha do passinho*

Além de resgatar “Funk Rio”, um raro exemplar do início da filmografia
sobre o tema, a Mostra Funk.DOC exibirá outros seis documentários, sendo
dois longas-metragens. "Favela on Blast”, produção de 2008 codirigida pelo
mineiro Leandro HBL e o DJ norte-americano Diplo, traz depoimentos de
expoentes da cena funk carioca da década passada, como Deize Tigrona e Duda
do Borel.

As coreografias dos bailes black dos primórdios transformaram-se até chegar
ao estilo passinho em voga hoje. A produção carioca “A Batalha do Passinho
- O Filme" (Emílio Domingos, 2013) retrata essa sofisticada linguagem de
dança e alguns de seus dançarinos e dançarinas, como Cebolinha, Beiçola,
Brayan Dancy e Gambá, este morto antes de o filme ser finalizado.

O fenômeno recente de tocar música no transporte público usando telefones
celulares, players e caixinhas de som portáteis é abordado no
curta-metragem "Esculacho" (2013). Produzido em Belo Horizonte, o
documentário só foi exibido uma vez, em seu lançamento. Na Mostra Funk.DOC,
uma das sessões do filme será seguida de bate-papo com o diretor, o
documentarista Marcelo Reis - de “Aterro” (2011).

 Já os curtas "Funk Ostentação – O Filme” (Renato Barreiros e Konrad Dantas
- o Kondzilla, 2012) e “Funk Ostentação: O Sonho” (Sidney Mariano, São
Paulo, 2014) descrevem a trajetória de MC Guimê e outros músicos da Baixada
Santista e da capital paulista. A vertente ostentação, utilizando as
tecnologias digitais do audiovisual e as redes sociais, trouxe para o funk
a cultura do videoclipe. Veiculados originalmente pela internet, esses
vídeos serão projetados em alta definição numa sala de cinema na Mostra
Funk.DOC, ao lado de “90 Dias com Catra” (Rafael Mellin, 2010), que
ultrapassa cinco milhões de visualizações na rede.

A Mostra Funk.DOC tem a curadoria do documentarista Marcelo Reis e da
jornalista Débora Fantini. O evento é uma realização das produtoras
Bagulium Loquo Est e Barco, com apoio do Sesc Minas Gerais.





*Serviço*



*Mostra Funk.DOC*



*Data*: 28 (quarta-feira) a 31 (sábado) de maio

*Local*: Cinema Professor José Tavares de Barros - Sesc Palladium - Av.
Augusto de Lima, 420, centro, Belo Horizonte. Telefone: (31) 3270-8100.

*Entrada grátis*. Distribuição de ingressos duas horas antes da
sessão. Lotação:
76 lugares



*- Programação*



*28 de maio (quarta-feira)*

20h - Funk Rio ** Sessão seguida de palestra e bate-papo com o pesquisador
Carlos Palombini (Proibidao.org e UFMG)*



*29 de maio (quinta-feira)*

17h - Favela on Blast

19h - A Batalha do Passinho - O Filme

21h - Funk Ostentação + Esculacho ** Sessão seguida de bate-papo com o
diretor Marcelo Reis*



*30 de maio (sexta-feira)*

17h – Funk Ostentação: O Sonho + 90 Dias com Catra

19h – Favela on Blast

21h – A Batalha do Passinho - O Filme



*31 de maio (sábado)*

17h - Funk Ostentação + Esculacho

19h – Funk Rio

21h – Favela on Blast





*- Sinopses e fichas técnicas*



*A Batalha do Passinho – O Filme*

*Dir. Emílio Domingos, HD, 75min, Rio de Janeiro, 2012. Classificação
indicativa: 10 anos*

Quando o vídeo Passinho Foda atingiu quatro milhões de acessos no YouTube,
Beiçola e seus amigos se surpreenderam. Gravado com uma câmera fotográfica
digital num churrasco no quintal da casa, o vídeo mostrava uma nova forma
de dançar funk. Em menos de uma semana, tinha virado febre na internet. Um
fenômeno que revela como a cultura do funk se expandiu para além dos
bailes, DJs e favelas.



*Esculacho*

*Dir. Marcelo Reis, HD, 22min, Belo Horizonte, 2013. Classificação
indicativa: 14 anos*

Um conflito auditivo no transporte público das grandes cidades do sudeste
brasileiro: a

popularização de dispositivos sonoros portáteis, o desconhecimento de
espaço público e o funk.



*Favela On Blast*

*Dir. Leandro HBL e Wesley Pentz (DJ Diplo), HD, 76min Rio de Janeiro,
2008. Classificação indicativa: 16 anos*

Um retrato da cultura em torno do funk carioca através do registro das
interações humanas, linguísticas e estéticas no cotidiano das comunidades
carentes do Rio de Janeiro. Ponto de interseção de classes sociais
distintas, local onde personagens se misturam, favorecidos por uma
linguagem musical acessível. MCs, DJs, moradores das comunidades, pessoas
que se propõem uma alternativa através da cultura popular. O funk é um
ritmo que busca referências em toda parte. Por isso, é universal.



*Funk Ostentação*

*Dir. Konrad Dantas e Renato Barreiros, HD, 36min, São Paulo, 2013.
Classificação indicativa: 14 anos*

Correalizado pelo maior produtor de videoclipes do gênero, o documentário
revela as opiniões dos principais MCs que cantam o funk que ostenta carros,
joias e mulheres na periferia de São Paulo.



* Funk Ostentação: O Sonho*

*Dir. Sidney Mariano, HD, 25min São Paulo, 2014. Classificação indicativa:
10 anos*

Documentário acadêmico conta a história do funk no Brasil e sua chegada a
São Paulo. A principal ideia do trabalho é contar a influência do ritmo
para os jovens da periferia.



*Funk Rio*

*Dir. Sérgio Goldenberg, DV, 45 min., Rio de Janeiro, 1994. Classificação
indicativa: 14 anos*

O universo do funk carioca, suas ligações com a marginalidade, a música e a
dança de uma tribo que criou no isolamento um código estético e cultural.
Tudo isso está registrado neste documentário pioneiro.



*90 dias com Catra*

*Dir. Rafael Mellin, HD, 28min. Rio de Janeiro, 2010. Classificação
indicativa: 16 anos*

Episódio piloto produzido pela Mellin Vídeos/Grupo Sal sobre a rotina do
operário do funk Mr. Catra. Mesmo sem finalização de áudio, cor e arte, o
vídeo possui quase seis milhões de visualizações no YouTube.



*- Mostra Funk.DOC*



*Curadoria: *Marcelo Reis e Débora Fantini

*Realização: *Bagulium Loquo Est e Barco

*Apoio: *Sesc Minas Gerais

*Palestrante convidado: *Carlos Palombini

*Projeto gráfico: *Marcelo Lustosa



*Assessoria de imprensa*

Débora Fantini - Barco

(31) 3234-6135 / (31) 8873-2003

debora em obarco.info
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carlos palombini
professor de musicologia ufmg
professor colaborador ppgm-unirio
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