[ANPPOM-Lista] Avaliando a ANPPOM

Angela Lÿfffffchning angela_luehning em yahoo.com.br
Qui Set 7 18:32:43 BRT 2017


Carolina e Pedro, seguem novamente minhas mensagens e, aproveitando, agradeço ao Renato pela descrição do processo de levantamento para o seu doutorado. Espero que possamos trocar mais ideias e informações. Estou a sua disposição quando precisar, acho que tem várias questões a serem pensadas e a serem aprofundadas que são bem importantes para nossa área.AbcsAngela Lühning 
Martha, 

grata pelo ponta pé inicial e aoscolegas, grata pelas reflexões, em especial Adriana, pela inspiração matinal, acontextualização  e as contribuições propositivas, que adorei. Acho que,além da importância dos encontros presenciais enquanto espaços de reflexãocrítica e fortalecimento político enquanto área, um dos caminhos importantes éa inserção muito consciente de pesquisadores mais jovens em diversas funções,além das tantas outras questões e sugestões muito importantes levantadas porAdriana.

 Mas queria ir mais longe na minhareflexão, também um pouco mais longa: No ano que vem teremos como dataimportante de reflexão os 30 anos de existência da ANPPOM.  O que mudou ounão nestes 30 anos, seja em relação ao perfil dos seus associados ou aoscontextos diversos ao nosso redor? E a final, qual a missão principal da ANPPOMe em quais aspectos ela seria diferente de outras associações da grande área deartes como a ABEM ou a ABRACE ou, então, teria questões e problemas em comum?

 A resposta óbvia seria, tratar dequestões de pesquisa e/em pós-graduação em música, já que foi para isso que elafoi fundada. Mas, se for isso mesmo, a maior parte dos docentes, discentes eex-discentes não deveria dialogar com ela, de forma constante. E isso acontece?Analisando os números trazidos por Martha, não. Por que?  Pergunto-me, oque desmotivaria as pessoas a irem mais do que uma vez ou só eventualmente paraos encontros da ANPPOM. Não seria este o fórum para discutir a situação dapesquisa e da Pós em música no Brasil?

 Será que outras associações comhistóricos e propostas parecidos também têm problemas parecidos com os da nossaassociação? Qual seria a situação da ANPOCS, bem mais antiga, e a da ABRACE,bem mais nova? Ambas são bem mais maiores do que nos, a primeira pelo número deprogramas na área e a segunda por fazer muitas trocas com profissionais da áreadas artes cênicas, algo parecido com a atuação da ABEM que inclui muitosprofissionais da educação básica. Mesmo assim, também há rotatividade deassociados proporcionalmente? Há tantos problemas com inadimplência como nóstemos?

 Tem outro detalhe importante: diferentede 30 anos atrás hoje tem um número crescente de outras associações na área demúsica que se desdobraram da ANPPOM, pelo que parece. Foram os profissionaisque as fundaram e levaram, provavelmente, seus alunos? Isso seria resultado docrescimento da área, o número de pessoas não cabendo mais na ANPPOM, ou seria ocontrário, a ANPPOM não atendendo aos desejos e às necessidades das pessoas?Quantas associações novas são, afinal? Quantas pessoas pertencem só a elas, masnão (mais?) à ANPPOM?

 Como último ponto, acho que éimportante descobrir o que significa para as pessoas participar de um programade pós-graduação, para docentes e discentes? Entre interesses (pessoais ecoletivos), direitos, possibilidades e compromissos? A pesquisa continuaassociada aos programas de pós-graduação ou já está em outros níveis? Quais sãoos problemas atuais da Pós-graduação no Brasil, em geral, e em nossa área, emespecial? Estas questões certamente são importantes para serem discutidas e queestão “no ar” desde a ANPPOM de Vitória, a partir da mesa com Samuel Araujo ePaulo Castagna que levou a uma discussão plenária muito intensa e foramretomadas de forma tão interessante na última mesa do nosso últimoencontro.  

 

Logo minhas propostas para a ANPPOM2018 e até lá seriam:

 1)      Fazer das questões colocadas por Adriana, bem como das colocadas acima, o tema do encontro: quem somos, a final, e para onde queremos ou precisamosir? 

 2)      Convidar para a reflexão contextualizada pessoas de outras associaçõesde pós-graduação como ANPOCS, ANPED e ABRACE (sugiro visitar as páginas destas)

 3)      Convidar também representantes destas outras associações de música (alevantar) para pensarmos ações em conjunto e não de forma segmentada.

 4)   Conseguir fazer algumlevantamento ou uma reflexão sobre a visão da geração mais nova sobre a ANPPOM,algo que cada docente poderia fazer com suas turmas e ter representantes demúsica de um das associações de pós-graduandos/as no próximo encontro.  

 5)      Rever a política dos valores de anuidades e inscrições: obrigatóriaspara todos os sócios (ver aviso no site da ANPOCS) e valores baixos paraestudantes de graduação.

 6)      Até lá fazer um levantamento prévio sobre outras associações querepresentam pós-graduações, seus perfis, problemas, associados, valores pagos

 7)      Até lá fazer um levantamento prévio sobre as associações na área demúsica, quantas são, desde quando existem, suas propostas, perfis, associados,anuidades etc ....

 Abcs

Angela Lühning

UFBA

  Colegas,

Esqueci de mais umaspecto que gostaria de acrescentar :

 Peranteas reflexões recentes e crescentes sobre pessoas egressas dos programas de pós(a exemplo do projeto PROCAD, coordenado por Cristina Tourinho, tema de um dosGT´s da ANPPOM, além de vários outros trabalhos e publicações) gostaria desugerir que para o encontro do ano que vem aprofundássemos estes levantamentos,em especial pensando naquelas pessoas que depois do mestrado/ doutorado não entraramna carreira docente em nível superior. Quais são as efetivas possibilidades deatuação profissional depois do mestrado e doutorado, entendendo o não ingressoem uma IES não como fracasso (perante às expectativas da CAPES), mas comoalternativa real, viável e talvez até necessária, diante do atual cenário? Masestamos pensando nesse cenário ao darmos nossas disciplinas e acompanharmosdissertações e teses? 

 Nãodando tempo hábil para fazer disso um projeto com algum apoio e sendo a facemenos visível da formação pós-graduada, seria muito legal se pudéssemos fazerdesta questão uma pesquisa realmente coletiva e colaborativa entre os váriosprogramas: cada um deles poderia levantar quais os caminhos profissionais, alémda carreira de professor/a no ensino superior, que foram tomados pelas pessoasdepois de concluir o mestrado ou doutorado. (Este levantamento poderia serfeito por grupos de atuais pós-graduandos/as e orientadores/as em disciplinascomo trabalho final). Os resultados deste grande levantamento coletivo comseus dados cruzados poderiam ser apresentados em uma mesa específica dedicadaao tema.

Abcs

AngelaLühning

 

    Em Quinta-feira, 7 de Setembro de 2017 18:22, Carolina Couto <ana.carol.couto em gmail.com> escreveu:
 

 Prezados, boa noite!

Estou acompanhando com muito interesse a discussão desse email.
Observei que Renato Borges menciona mensagem de Angela, que não aparece
visível para mim.
Se possível, gostaria muito que fosse reencaminhada, para que eu pudesse
lê-la também.

abçs

ana carolina couto

<https://www.avast.com/sig-email?utm_medium=email&utm_source=link&utm_campaign=sig-email&utm_content=webmail>
Livre
de vírus. www.avast.com
<https://www.avast.com/sig-email?utm_medium=email&utm_source=link&utm_campaign=sig-email&utm_content=webmail>.
<#DAB4FAD8-2DD7-40BB-A1B8-4E2AA1F9FDF2>

Em 7 de setembro de 2017 18:08, Renato Borges <renatoptborges em gmail.com>
escreveu:

> Prezadas Adriana e Angela,
>
> sou doutorando no PPGM-UNIRIO sob orientação da Prof. Martha Ulhôa, no
> início do terceiro ano do curso, escrevendo tese sobre a pesquisa em música
> no Brasil. Acompanho as mensagens na lista, mas, como normalmente não me
> manifesto por aqui, achei que cabia uma apresentação.
>
> Fiquei muito feliz com os seus e-mails, sobretudo nos tópicos sobre o
> estado do campo (2.2 do email da Adriana e questões trazidas pela Angela),
> pois boa parte do meu esforço de pesquisa tem sido dedicada, por incrível
> que pareça, a levantar dados que teoricamente seriam simples de termos à
> mão. Em relação a alguns PPG, dados como a quantidade de dissertações/teses
> defendidas ou o ano de implantação do programa são verdadeiros mistérios,
> apesar das várias tentativas em descobri-los. Curiosamente, essa semana
> mesmo eu estava terminando de preparar uma listagem de linhas de pesquisa
> de 14 PPG de música brasileiros, que apresentarei num colóquio na UNIRIO
> mês que vem. Envio a lista no final do meu email, para não perturbar a
> leitura da mensagem, já adiantando a questão 2.2 do email da Adriana.
>
> A questão da rotatividade dos pesquisadores (ingressos e “desistências”) é
> algo que particularmente me interessa. Em comunicação escrita com Fernando
> Vago e apresentada no II Congresso da TeMA esse ano, apontamos o número de
> que, dos 220 autores que submeteram comunicações para Composição ou Teoria
> e Análise Musical na ANPPOM entre 2012 e 2016, apenas oito (3,6%) autores
> estavam presentes nas cinco edições e nada menos que 160 (72,7%)
> apresentaram em apenas um ano. A nossa comunicação no Congresso da TeMA tem
> muitos dados em relação a essas duas subáreas da ANPPOM em 2012-2016. Às
> vezes, ela tem número até demais, mas a ideia era de fato registrar
> informações que pudessem fundamentar discussões mais à frente. A professora
> Ilza Nogueira divulgou a publicação dos anais aqui na lista da ANPPOM há
> uns dois meses, mas segue o link para agilizar:
> https://drive.google.com/file/d/0B25FEDImmu_uLVFwZ0JDREZiQ3c/view . Nosso
> texto está na página 146.
>
> Gostaria também de indicar, no mesmo link, a comunicação escrita pela
> Camila Durães Zerbinatti, Isabel Nogueira e Tânia Neiva, que discutem o
> próprio meio da pesquisa também.
>
> Por fim, mas não menos importante, gostaria de parabenizar a presença de
> debatedores nas conferências do EITAM4, relatado pela Adriana. Funcionou
> muito bem. O envolvimento prévio dos debatedores com os conferencistas
> permitiu perguntas muito pertinentes aos temas das conferências, assim como
> uma aproximação das falas originais com o nosso contexto (buscando pontes
> para conhecimentos não usuais nas nossas discussões e expandindo as
> discussões com o que temos a oferecer). Espero que a ideia se espalhe!
>
> Um abraço a todos,
>
> Renato Borges
>
> ~
>
> Linhas de pesquisa de PPG em música no Brasil (levantamento em 04/09/2017)
>
> PPGMUS-UDESC
> 1. Processos e Práticas em Educação Musical
> 2. Música e Sociedade
> 3. Processos Criativos em Interpretação e Composição Musical
>
> PPGMUS-UFBA
> 1. Composição
> 2. Educação Musical
> 3. Etnomusicologia
> 4. Execução Musical
> 5. Musicologia
>
> PPG MÚSICA-UFG
> 1. Música, Criação e Expressão
> 2. Música, Educação e Saúde
> 3. Música, Cultura e Sociedade
>
> PPGMUS-UFMG
> 1. Educação Musical
> 2. Música e Cultura
> 3. Performance Musical
> 4. Processos Analíticos e Criativos
> 5. Sonologia
>
> PPGM-UFPB
> 1. Processos e Práticas Composicionais
> 2. Processos e Práticas Educativo-Musicais
> 3. Música, Cultura e Performance
> 4. História, Estética e Fenomenologia da Música
> 5. Dimensões Teóricas e Práticas da Interpretação Musical
>
> PPGMÚSICA-UFPR
> 1. Cognição/Educação Musical
> 2. Composição Musical
> 3. Musicologia / Etnomusicologia
>
> PPGMÚSICA-UFRGS
> 1. Composição
> 2. Educação Musical
> 3. Musicologia/Etnomusicologia
> 4. Práticas Interpretativas
>
> PPGM-UFRJ
> 1. Música, Educação e Diversidade
> 2. Etnografia das Práticas Musicais
> 3. História e Documentação da Música Brasileira e Ibero-americana
> 4. Poéticas da Criação Musical
> 5. Práticas Interpretativas e seus Processos Reflexivos
>
> PPGMUS-UFRN
> 1. Processos e Dimensões da Formação em Música
> 2. Processos e Dimensões da Produção Artística
>
> PPGMUS-UnB
> 1. Processos e produtos na criação e interpretação musical
> 2. Concepções e vivências no ensino e aprendizagem da música
> 3. Teorias e Contextos em Musicologia
>
> PPG em Música-UNESP
> 1. (Mestrado) Abordagens históricas, estéticas e educacionais do processo
> de criação, transmissão e recepção da linguagem musical
> 2. (Mestrado) Epistemologia e práxis do processo criativo
> 3. (Doutorado) Música, Epistemologia e Cultura
> 4. (Doutorado) Teoria e Práxis do Processo Criativo
>
> PPG em Música-UNICAMP
> 1. Estudos instrumentais e Performance musical
> 2. Música, Cultura e Sociedade
> 3. Música, Linguagem e Sonologia
>
> PPGM-UNIRIO
> 1. Ensino-aprendizagem em Música
> 2. Etnografia das Práticas Musicais
> 3. Documentação e História da Música
> 4. Linguagem e Estruturação Musical
> 5. Processos Criativos em Música
> 6. Teoria e Prática da Interpretação
>
> PPG em Música-USP
> 1. Teoria e Análise Musical
> 2. Musicologia e Etnomusicologia
> 3. Performance
> 4. Questões interpretativas
> 5. Música e educação: processos de criação, ensino e aprendizagem
> 6. Sonologia: criação e produção sonora
>
>
> ________________________________________
> anppom-l em listas.unicamp.br
> Lista de Discussão dos Associados da ANPPOM - Associação Nacional de
> Pesquisa e Pós-Graduação em Música
> https://www.listas.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>
> Conforme deliberado na Assembleia Geral realizada em 24 de agosto de 2016,
> das 17 às 19 horas, no Auditório da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da
> Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, B. Horizonte – Não são
> veiculadas nesta lista mensagens contendo ANEXOS.
>



-- 
Depto de Música
Universidade Federal de Pernambuco
(81) 9 8245-5449 VIVO e Whatsapp
________________________________________
anppom-l em listas.unicamp.br
Lista de Discussão dos Associados da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música
https://www.listas.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l

Conforme deliberado na Assembleia Geral realizada em 24 de agosto de 2016, das 17 às 19 horas, no Auditório da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, B. Horizonte – Não são veiculadas nesta lista mensagens contendo ANEXOS.


   


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