[ANPPOM-Lista] RES: Avaliando a ANPPOM

Carlos Palombini cpalombini em gmail.com
Dom Set 17 09:21:39 BRT 2017


Dou prosseguimento às considerações da Heloísa e elaboro a questão da
importância da Anppom de um ponto de vista mais pessoal. Comecei a
participar da Associação em 1999, quando apresentei trabalho no XII
encontro, em Salvador. Desde então, participei de todos ou quase todos os
eventos como membro dos comitês científicos de entre uma e três áreas.
Apresentei trabalho ainda no XIV Encontro, em Porto Alegre, em 2003 (o
último "encontro"); no XVII Congresso, em São Paulo, em 2007; no XIX
Congresso, em Curitiba, em 2009; e no XX Congresso, em Florianópolis, em
2010.

Por que não envio trabalhos para o Congresso desde 2012? Porque desde então
me parece que o tempo e o dinheiro gastos em apresentações em congressos,
incluída a elaboração da comunicação, não se justifiquem em vista da
exiguidade dos tamanhos de texto e apresentação. Não me refiro
exclusivamente aos congressos da Anppom, mas a congressos de modo geral.

Já se observou que a Anppom abrange uma diversidade enorme de sub-áreas. Se
isso é positivo do ponto de vista da representatividade, não o é
necessariamente do ponto de vista de quem participa de um congresso. Creio
que, se mantivermos essa diversidade (e de outro modo a Anppom deixaria de
ser a Anppom) será desejável que as sub-áreas sejam divididas de modo mais
racional e representadas por um número mais equilibrado de trabalhos.

Quanto à questão da atuação política (no sentido amplo), também acho
relevante que a entidade se posicione, como tantas outras o têm feito,
inclusive a própria Anppom. O fato de sermos uma associação tão
diversificada com integrantes com diferentes posições não deveria ser um
problema, pois há diferentes maneiras de realizarmos votações.

Creio que a sugestão de Flávia, a do trabalho de base com orientandos e
alunos, seja das mais pertinentes e simples de implementar.


2017-09-16 11:19 GMT-03:00 Heloísa e Wagner Valente <whvalent em terra.com.br>:

Bom dia Marta e todos,
>
> Estive em viagem e não tive como responder. Não pude comparecer a este
> último congresso. Fiquei impossibilitada de comparecer ao evento, o que
> muito lamento. Ainda que minha resposta seja muito breve -e, tendo em conta
> os ricos comentários aqui já expostos- queria registrar apenas o seguinte:
>
> Quanto à estrutura do congresso: talvez um evento de vários dias deva ser
> reduzido, tendo em conta os custos e dificuldade de ausência no trabalho
> por longo tempo.
> Como sugestão, tenho em conta que a decisão de instituir grupos de
> trabalho somente pela Diretoria  (que resulta de uma análise com base em
> debates nas assembleias e o que vem ocorrendo nos PPGMUSs) deveria
> contemplar também demandas da comunidade de sócios que habitualmente
> participam do evento. O Congresso constitui rara oportunidade para encontro
> de pessoas que têm  dificuldades em se encontrar presencialmente. Como
> associação majoritária, os congressos da Anppom devem englobar várias áreas
> dos estudos sobre/ em música, oferecendo, assim,  a ocasião privilegiada
> para tais encontros e diálogos.
>
> Quanto à instituição, em si, creio que ela deveria abrigar todas as áreas
> e sub-áreas, independentemente do número de interessados/ participantes
> ativos. Deveria ser a instituição-mãe de todas as outras. Pessoalmente,
> tenho participado regularmente por anos consecutivos e percebo que a
> programação não atende a todas demandas, sobretudo no que tange aos estudos
> interdisciplinares.
>
> Um dos porquês de uma suposta diminuição de interesse: Para além de razões
> financeiras e de campo (cf. Bourdieu...), é fato que congressos pouco valem
> para a pontuação nos sistemas de avaliação da Capes, ora implementadas.
> Tampouco as publicações em atas são consideradas relevantes. Isso deve
> estar pesando na hora de o associado selecionar o congresso da Anppom,
> quando há necessidade de optar entre esse e outros.
>
> Mas, a despeito das determinações da Capes, sabemos o quanto é importante
> o encontro presencial e o quanto as publicações em atas atestam o 'estado
> da arte' nas diversas áreas da pesquisa em música. O que fazer? Talvez uma
> das medidas seja de atender a demandas da comunidade de associados. Talvez
> isso tenha sido debatido na última assembleia. Caso não tenha ocorrido,
> poderia ser feito através de um questionário, como este.
>
> Concluo parabenizando pela iniciativa corajosa de efetuar este
> diagnóstico. Certamente, poderá contribuir para um aprimoramento na
> concepção das diretrizes desta Associação. Sobretudo, numa época em que
> instituições acadêmicas, legitimamente constituídas estão sendo
> desvalorizadas pelos órgãos gestores da federação, um fortalecimento é
> necessário.
>
> Abraço cordial,
> Heloísa
>


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