[ANPPOM-Lista] RES: Avaliando a ANPPOM

Rodolfo Caesar rodolfo.caesar em gmail.com
Sáb Set 23 09:07:42 BRT 2017


Olás,

agradecendo as msgs anteriores sobre o tema ANPPOM, minha sugestões:
(Agradeço também à diretoria da Anppom por existirmos, e à coordenação do
congresso na Unicamp pela última edição!)

- envolvimento de estudantes. Talvez pudéssemos pensar em aliviar o
pagamento de taxas, tanto para graduandos como para pós-. Soube de
estudantes que não puderam ir a Campinas por falta de recursos, ou que só
puderam ficar um dia. Não podemos fazê-los pagar pela inadimplência. Os
congressos da Anppom têm apresentado textos não só de pós-graduados e
pesquisadores, mas de todos desde que passem pelos pareceres, o que é muito
bom não só para estudantes, mas para provocar experientes acomodados. Para
que isso continue, seria interessante desonerar os estudantes. (Aproveito
para comunicar à administração da lista que muitos (ou todos os) estudantes
inscritos recentemente não estão recebendo as msgs.)
- política. Sou a favor de menos timidez. Gostaria de ser/ter sido
representado em inúmeras ocasiões nesses últimos anos. (Fora os sindicatos
da UFRJ, a ANPPOM é minha única associação de classe.) Não me refiro apenas
a esse tempo mais atual e mais problemático. Por exemplo, compareci uma vez
a um GT de políticas públicas, cujo texto de conclusão, contundente, teria
tido algum sentido se fosse publicado para além dos limites da prestação
final no congresso em que se realizou. Sabemos que não vai ser um documento
nosso que conseguirá remover as gentes no poder, garantir eleições,
constituição, etc. E, se fossemos listar as desgraças atuais, esse trabalho
seria interminável. Mas poderíamos ter sido mais presentes em casos em que
nosso fazer e pensar está diretamente relacionado, tais como o feminicídio
da nossa colega Mayara, os cortes nas verbas de fomento, o desmanche da
UERJ, a publicação de declarações racistas de um 'maestro' em órgão de
imprensa, etc. Acredito que a sensação de pertencimento a uma associação
politicamente expressiva poderia até estimular a redução da inadimplência.
- setorização: concordo totalmente com o Palombini no que se refere às
sub-áreas. Acho que, nesses tempos de dinâmica acelerada entre disciplinas,
linhas de pesquisa e interseções, precisamos prestar mais atenção à
formação de 'representatividades' verticais em detrimento de interesses
horizontais. É uma questão super-complexa, mas que não deve ser ignorada
por esse motivo.

abs,
Rodolfo

2017-09-17 9:21 GMT-03:00 Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com>:

> Dou prosseguimento às considerações da Heloísa e elaboro a questão da
> importância da Anppom de um ponto de vista mais pessoal. Comecei a
> participar da Associação em 1999, quando apresentei trabalho no XII
> encontro, em Salvador. Desde então, participei de todos ou quase todos os
> eventos como membro dos comitês científicos de entre uma e três áreas.
> Apresentei trabalho ainda no XIV Encontro, em Porto Alegre, em 2003 (o
> último "encontro"); no XVII Congresso, em São Paulo, em 2007; no XIX
> Congresso, em Curitiba, em 2009; e no XX Congresso, em Florianópolis, em
> 2010.
>
> Por que não envio trabalhos para o Congresso desde 2012? Porque desde então
> me parece que o tempo e o dinheiro gastos em apresentações em congressos,
> incluída a elaboração da comunicação, não se justifiquem em vista da
> exiguidade dos tamanhos de texto e apresentação. Não me refiro
> exclusivamente aos congressos da Anppom, mas a congressos de modo geral.
>
> Já se observou que a Anppom abrange uma diversidade enorme de sub-áreas. Se
> isso é positivo do ponto de vista da representatividade, não o é
> necessariamente do ponto de vista de quem participa de um congresso. Creio
> que, se mantivermos essa diversidade (e de outro modo a Anppom deixaria de
> ser a Anppom) será desejável que as sub-áreas sejam divididas de modo mais
> racional e representadas por um número mais equilibrado de trabalhos.
>
> Quanto à questão da atuação política (no sentido amplo), também acho
> relevante que a entidade se posicione, como tantas outras o têm feito,
> inclusive a própria Anppom. O fato de sermos uma associação tão
> diversificada com integrantes com diferentes posições não deveria ser um
> problema, pois há diferentes maneiras de realizarmos votações.
>
> Creio que a sugestão de Flávia, a do trabalho de base com orientandos e
> alunos, seja das mais pertinentes e simples de implementar.
>
>
> 2017-09-16 11:19 GMT-03:00 Heloísa e Wagner Valente <whvalent em terra.com.br
> >:
>
> Bom dia Marta e todos,
> >
> > Estive em viagem e não tive como responder. Não pude comparecer a este
> > último congresso. Fiquei impossibilitada de comparecer ao evento, o que
> > muito lamento. Ainda que minha resposta seja muito breve -e, tendo em
> conta
> > os ricos comentários aqui já expostos- queria registrar apenas o
> seguinte:
> >
> > Quanto à estrutura do congresso: talvez um evento de vários dias deva ser
> > reduzido, tendo em conta os custos e dificuldade de ausência no trabalho
> > por longo tempo.
> > Como sugestão, tenho em conta que a decisão de instituir grupos de
> > trabalho somente pela Diretoria  (que resulta de uma análise com base em
> > debates nas assembleias e o que vem ocorrendo nos PPGMUSs) deveria
> > contemplar também demandas da comunidade de sócios que habitualmente
> > participam do evento. O Congresso constitui rara oportunidade para
> encontro
> > de pessoas que têm  dificuldades em se encontrar presencialmente. Como
> > associação majoritária, os congressos da Anppom devem englobar várias
> áreas
> > dos estudos sobre/ em música, oferecendo, assim,  a ocasião privilegiada
> > para tais encontros e diálogos.
> >
> > Quanto à instituição, em si, creio que ela deveria abrigar todas as áreas
> > e sub-áreas, independentemente do número de interessados/ participantes
> > ativos. Deveria ser a instituição-mãe de todas as outras. Pessoalmente,
> > tenho participado regularmente por anos consecutivos e percebo que a
> > programação não atende a todas demandas, sobretudo no que tange aos
> estudos
> > interdisciplinares.
> >
> > Um dos porquês de uma suposta diminuição de interesse: Para além de
> razões
> > financeiras e de campo (cf. Bourdieu...), é fato que congressos pouco
> valem
> > para a pontuação nos sistemas de avaliação da Capes, ora implementadas.
> > Tampouco as publicações em atas são consideradas relevantes. Isso deve
> > estar pesando na hora de o associado selecionar o congresso da Anppom,
> > quando há necessidade de optar entre esse e outros.
> >
> > Mas, a despeito das determinações da Capes, sabemos o quanto é importante
> > o encontro presencial e o quanto as publicações em atas atestam o 'estado
> > da arte' nas diversas áreas da pesquisa em música. O que fazer? Talvez
> uma
> > das medidas seja de atender a demandas da comunidade de associados.
> Talvez
> > isso tenha sido debatido na última assembleia. Caso não tenha ocorrido,
> > poderia ser feito através de um questionário, como este.
> >
> > Concluo parabenizando pela iniciativa corajosa de efetuar este
> > diagnóstico. Certamente, poderá contribuir para um aprimoramento na
> > concepção das diretrizes desta Associação. Sobretudo, numa época em que
> > instituições acadêmicas, legitimamente constituídas estão sendo
> > desvalorizadas pelos órgãos gestores da federação, um fortalecimento é
> > necessário.
> >
> > Abraço cordial,
> > Heloísa
> >
> ________________________________________
> anppom-l em listas.unicamp.br
> Lista de Discussão dos Associados da ANPPOM - Associação Nacional de
> Pesquisa e Pós-Graduação em Música
> https://www.listas.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>
> Conforme deliberado na Assembleia Geral realizada em 24 de agosto de 2016,
> das 17 às 19 horas, no Auditório da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da
> Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, B. Horizonte – Não são
> veiculadas nesta lista mensagens contendo ANEXOS.
>


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