[ANPPOM-L] Sobre o espet á culo "Luar Trovado", baseado em "Pierrot Lunaire" de Schoenberg

Luciana Gifoni nanagifoni em gmail.com
Ter Jun 12 19:44:38 BRT 2007


Ooops, desculpem, 1996 não, acho que foi depois, 2002, por aí.

Em 12/06/07, Luciana Gifoni <nanagifoni em gmail.com> escreveu:
>
>
>
> Em 12/06/07, Luciana Gifoni <nanagifoni em gmail.com> escreveu:
> >
> > Prezado professor Antunes,
> >
> > interessante seu depoimento, gostaria mesmo de ter visto esse
> > espetáculo, mas apenas esclarecendo um ponto do relato: Claudinho E
> > Bochecha formavam uma dupla, o primeiro morreu em um acidente de carro em
> > 1996, quanto ao outro não faço idéia do que anda fazendo.
> >
> > Abraços,
> >
> > Luciana
> >
> > p.s.: quanto ao Luar Trovado, assisti no domingo, não teve Tom Zé nem
> > discurso nenhum do Gerald Thomas. Ufa.
> >
> > Em 12/06/07, Jorge Antunes <antunes em unb.br> escreveu:
> > >
> > > Caros Zé Luiz, Fernando e Carlos:
> > >
> > > Gostei muito da discussão sobre o tema do diálogo Pierrot & Funk.
> > > Não vi e não gostei.
> > > As opiniões de vocês, que assistiram, corroboram meu vaticínio.
> > >
> > > Gostaria de informar que apresentei, em 2005, nos CCBBs do Rio e de
> > > Brasília, espetáculos que também colocavam no palco linguagens
> > > tradicionalmente consideradas antagônicas.
> > > Estou me referindo à série intitulada Speculum Brasilis.
> > > Os espetáculos eram do tipo "non stop". Cada um deles mesclava música
> > > eletroacústica (pré-gravada, sintetizador analógico e computador) com uma
> > > manifestação musical popular. O primeiro espetáculo usava o chorinho com
> > > bandolim (Hamilton de Holanda). No segundo tínhamos o grupo de bumba-meu-boi
> > > do Seu Teodoro. O terceiro contava com a participação de um coro de câmara
> > > cantando canções folclóricas. O quarto tinha a viola caipira (Roberto
> > > Corrêa).
> > > Cada um desses espetáculos usava a simultaneidade das linguagens.
> > > Diálogos esporádicos, linguagens alternadas, também eram usados, mas com
> > > breves durações. Assim, o que acontecia predominantemente era a fusão.
> > > Em boa parte do tempo em que a tradição popular atuava, eu a
> > > processava no computador em tempo real com o GRM-Tools no G4.
> > >
> > > A seguir relato o que mais interessa.
> > > No Rio teríamos que apresentar um quinto espetáculo. Para este estava
> > > prevista, no projeto, a participação do funk carioca com a Tati
> > > Quebra-Barraco.
> > > O meu produtor entrou em contato com ela, que o enviou ao seu
> > > empresário (creio que este era seu próprio marido).
> > > Não deu certo, porque o empresário era arrogante e exigia uma fortuna
> > > de cachê.
> > > Depois convidamos o Claudinho Bochecha. O empresário desse foi mais
> > > cordial e interessado e o valor pedido como cachê era bem mais coerente e
> > > acessível para nós. Quando ficou tudo acertado, o Bochecha me pediu um
> > > "demo" da "tal" música eletroacústica.
> > > A conversa acabou logo. Segundo o empresário, o Claudinho Bochecha não
> > > gostou, ou ficou amedrontado.
> > > Finalmente, fizemos o quinto espetáculo com uma dupla caipira.
> > >
> > > Devo salientar que todas as músicas, com exceção daquela do
> > > bumba-meu-boi, eram de minha autoria. Tanto as eletroacústicas quanto as
> > > "populares" : choros, canções, coco, embolada, cantoria etc.
> > >
> > > Modestia à parte, deu tudo muito certo, com resultado muito bom. O
> > > público que assistiu era eclético e gostou. Dos nossos colegas membros da
> > > Anppom que assistiram, lembro-me de apenas três nomes: Carlos Kater, Isabel
> > > Montandom e Ricardo Tacuchian.
> > >
> > > Creio que o acerto foi conseqüência de dois fatores que não estiveram
> > > presentes nessa experiência do Sesc Pinheiros, com o diálogo Schoenberg &
> > > Funk:
> > > 1- O predomínio da simultaneidade de linguagens, em lugar da
> > > alternância;
> > > 2- A utilização de obras do mesmo autor.
> > >
> > > Abraço,
> > > Jorge Antunes
> > >
> > > PS. A seguir, para que se divirtam um pouco, reproduzo as redondilhas
> > > que escrevi para os cantadores do quinto espetáculo.
> > >
> > > CANTORIAS de Jorge Antunes para o Speculum Brasilis
> > > para serem cantadas por Chico de Assis e João Santana
> > >
> > > O dotô da Academia
> > > sabe tudo de montão.
> > > Ele faz até transplante
> > > de rim e de coração.
> > > Só não quero que ele cante:
> > > vai tirá meu ganha-pão.
> > >
> > > Mas tem coisa que o dotô
> > > não tem a menor noção.
> > > É saber que quem conhece
> > > é o cabôco do sertão,
> > > que sabe de muita prece
> > > pra curá todo cristão.
> > >
> > > Da cozinheria na roça
> > > vou contar segredo dela:
> > > pro arroz não se queimar
> > > não ficar como a barrela
> > > é uma cruz você riscar
> > > bem no fundo da panela.
> > >
> > > Quando tem dois cantadô
> > > nossa voz a gente dobra.
> > > Na noite escura e sombria
> > > o cuidado se redobra:
> > > ai daquele que assobia
> > > pois está chamando cobra.
> > >
> > > O dotô não sabe tudo,
> > > acho que nem sabe rima.
> > > Se a ferida de sarar
> > > pó e banha não anima,
> > > de manhã, ao levantar,
> > > cospe três vezes em cima.
> > >
> > > O mestre do contraponto
> > > sabe até fazê uma fuga.
> > > Mas aponta uma estrela
> > > que no infinito madruga,
> > > pois não sabe que ao vê-la
> > > vem no dedo uma verruga.
> > >
> > > O maestro que dá aula
> > > lá na Universidade
> > > sabe tudo de Chopén,
> > > sabe de tonalidade,
> > > dizem que sabe também
> > > fazer música que agrade.
> > >
> > > O meu filho Joãozinho
> > > e minha sobrinha Mônica
> > > estudaram com um mestre
> > > que tinha doença crônica:
> > > só compunha Sinfonia
> > > misturada em eletrônica.
> > >
> > > Muitas coisas eles ouvem
> > > desde Bach até Beethoven.
> > > Gravam sons que vêm do céu,
> > > fazem musca com o mause,
> > > ouvem Bruckner, Ravel,
> > > até mesmo Stockrrause.
> > >
> > > Eles ligam as orelha
> > > num sonzinho muito doido.
> > > Fazem zumbidos de abelha
> > > som de pato, som de cuco,
> > > tocam o que dá na telha,
> > > fazem um som bem maluco.
> > >
> > >
> > > Nós aqui fora do campus
> > > só fazemos som singelo.
> > > Não entendo o que houve,
> > > eu me espanto, eu me gelo:
> > > o maestro que nos ouve
> > > diz que nosso som é belo.
> > >
> > > Nosso canto é matuto
> > > mas não chega ao fracasso.
> > > Eu insisto e eu luto
> > > pra mostrar tudo que faço,
> > > e tô sempre muito puto
> > > quando não encontro espaço.
> > >
> > > Também diz a mesma coisa
> > > o maestro sabichão.
> > > Só de ópera tem quatro
> > > com muita bela canção,
> > > não encontra um teatro
> > > pra mostrar a produção.
> > >
> > > Muita obra tem o home,
> > > sinfonias e quartetos.
> > > Ele escreve em qualquer data
> > > acordes muito bem feitos.
> > > Ele tem até cantata,
> > > muitos trios e duetos
> > >
> > > Com apoio dos ricaço
> > > por aí tem muita droga.
> > > O que é bom não tem espaço,
> > > não tem grana, não tem folga.
> > > (*tirando o chapéu*)
> > > O chapéu que agora eu passo
> > > vai todo pra óp'ra Olga.
> > >
> > > Se esse trabalho do mestre
> > > tá um pouco esquecido,
> > > ele tá que nem a gente,
> > > sem apoio, bem fudido.
> > > Se juntá a gente sente
> > > vai ficar fortalecido.
> > >
> > > Música que tem ciência,
> > > tem beleza, tem poema,
> > > que tem alma, tem essência,
> > > que tem som um tanto novo,
> > > pode fundir sem problema
> > > com o canto do meu povo.
> > >
> > > O saber da Academia
> > > não pode estacionar.
> > > Toda aquela teoria
> > > ganha muito se juntar
> > > a busca do dia-a-dia
> > > com o saber popular.
> > >
> > > O cantar do erudito
> > > tá perdido no mercado.
> > > É que nem canto na feira
> > > que em busca de um trocado
> > > anda sem eira nem beira
> > > e sai sempre machucado.
> > >
> > > Pega a voz do cantador
> > > e transforma em alquimia.
> > > Mete no computador
> > > transformando a noite em dia.
> > > É liquidificador
> > > que enlouquece a melodia.
> > >
> > > Eletrônica e canto
> > > vão juntando energia.
> > > Ri o jovem, chora a dona,
> > > ri o home, chora a moça.
> > > É fusão que emociona,
> > > é união que faz a força.
> > >
> > >
> > >
> > > José Luiz Martinez wrote:
> > >
> > > Caros colegas,
> > >
> > > Eu e o Fernando Iazzetta assistimos o espetáculo "Luar Trovado",
> > > baseado em
> > > "Pierrot Lunaire" de Schoenberg, sábado passado. O espetáculo
> > > aconteceu no
> > > teatro do Sesc Pinheiros, em São Paulo. A direção cênica é assinada
> > > por
> > > Gerald Thomas e a direção musical é de Lívio Tratenberg.
> > >
> > > Embora eu e o Fernando não tenhamos nos encontrado no teatro,
> > > concordamos
> > > sobre o resultado. Repasso agora para as listas onde foi realizada
> > > (alguns
> > > dias antes do espetáculo) uma proveitosa discussão sobre Pierrot,
> > > Deise
> > > Tigrona, bizarrices, etc. as mensagens trocadas hoje entre eu, o
> > > Fernando e
> > > mais alguns colegas.
> > >
> > > Confesso que toda a nossa discussão na lista da Anppom e na Musikeion
> > > foi me
> > > instigando. Eu estava curioso para ver o "Luar Trovado". Afinal, o
> > > espetáculo portava boas promessas como a obra de Schoenberg com
> > > tradução de
> > > Augusto de Campos e diversos convidados que no mínimo garantiriam algo
> > > de
> > > bizarro. A partitura de "Pierrot Lunaire" foi executada corretamente.
> > > Mas,
> > > infelizmente, o espetáculo foi decepcionante. Valeu apenas pela
> > > iniciativa.
> > > Que outras experiências venham à luz e que o Sesc possa continuar
> > > bancando
> > > algo fundamental em ópera contemporânea. Criar e colocar em cena para
> > > que o
> > > público veja e julgue.
> > >
> > > Gostaria de advertir que concordamos em não omitir ou utilizar
> > > quaisquer
> > > eufemismos para os títulos dos funks cantados pela Deise Tigrona.
> > > Assim,
> > > aqueles que possivelmente se ofenderiam com palavras de baixo calão,
> > > por
> > > favor, desconsiderem essa mensagem e não leiam o que segue.
> > >
> > > Cordialmente,
> > > Martinez
> > >
> > > --
> > > Prof. Dr. José Luiz Martinez
> > > Departamento de Linguagens do Corpo
> > > Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP
> > >
> > > Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música
> > > http://www.pucsp.br/pos/cos/rism
> > >
> > > Musikeion - fórum sobre signficação musical
> > > http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion
> > > http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/
> > >
> > > **********************************************************************
> > >
> > >
> > > Caro Fernando,
> > >
> > > Eu também estava lá no sábado, pena que a gente não se encontrou na
> > > saída
> > > para bebericar uma crítica ferina ao espetáculo, chamado de ópera. Eu
> > > pretendia escrever alguma coisa na lista da Anppom e na Musikeion.
> > > Afinal,
> > > depois de tanta conversa, nossos colegas devem estar curiosos. Você
> > > permitiria que eu citasse sua mensagem e postasse na lista da Anppom?
> > > Será
> > > que teremos que usar eufemismos para o funk "a porra da boceta é
> > > minha"?
> > >
> > > Eu concordo com tudo o que você disse. E acrescentaria o desnível
> > > entre as
> > > composições do Lívio Tratenberg e as peças do "Pierrot" de Schoenberg.
> > > É uma
> > > responsabiliade muito grande você compor peças para serem executadas
> > > ao lado
> > > de um clássico do séc. XX. Na minha opinião, as do Lívio eram todas
> > > muito
> > > fracas, inclusive as eletroacústicas. Outra coisa difícil de aguentar
> > > eram
> > > as "interações" entre a Lucila Tratenberg e a Adélia Issa. A coisa foi
> > >
> > > colocada como um conflito entre as duas cantoras, inclusive resvalando
> > > sobre
> > > uma politicamente incorreta briga entre a gorda e a magra
> > > (respectivamente
> > > Adélia e Lucila). Musicalmente era fraquíssimo. Num ponto da cena
> > > entrava um
> > > clarone e uma tuba, mas os dois músicos passavam sem nenhuma interação
> > >
> > > cênica com as duas. Se é para fazer uma cena grotesca e politicamente
> > > incorreta, que se faça direito!
> > >
> > > O diálogo ficou mesmo entre a Deise e os músicos fazendo o "Pierrot".
> > > O
> > > público aplaudia fortemente a funqueira. Poderia ter sido construído
> > > por aí.
> > > Mas era uma simples alternância. Os músicos e a Adélia ficavam no
> > > escuro e
> > > entrava a Deise. A Deise saia e voltavam os músicos. Seria melhor do
> > > que
> > > toda a cenografia obvia e efeitos desperdiçados. Até uma encenação de
> > > algumas das canções de Schoenberg teria sido melhor. "Lavadeira
> > > Lívida", por
> > > exemplo, poderia ter uma cena correspondente com a bailarina. Qualquer
> > > coisa
> > > seria melhor do que aquele casal de atores fazendo piquenique na lua,
> > > ou um
> > > fotógrafo que entrava em cena disparando o flash, personagens
> > > completamente
> > > inexpressivos e dispensáveis. Ainda que óbvio por outro lado, eu
> > > preferiria
> > > que o cenário fosse uma favela. Seria mais instigante do que o
> > > pastiche
> > > lunar.
> > >
> > > Acho que a Elke Maravilha (dublando horrivelmente sua voz gravada, num
> > > texto
> > > fraco e mal interpretado) representa bem a idéia central da direção
> > > cênica
> > > de colocar alguns ícones da mídia, mais pelo nome do que pela atuação,
> > > para
> > > compor algo muito bizarro, mas que no fim implodiu pela inconsistência
> > >
> > > musical e cênica.
> > >
> > > Para mim a amplificação da voz da Adélia tinha um problema técnico.
> > > Não sei
> > > se você (Fernando) concorda. Mas estava tudo bem enquanto ela cantava
> > > em pp
> > > ou mf, mas quando ela ia para o f e ff a amplificação fazia a voz da
> > > Adélia
> > > ficar insuportavelmente forte, encobrindo completamente os
> > > instrumentos.
> > > Faltou aí um compressor?
> > >
> > > A história do Tom Zé era o que faltava para acabar com toda a "ópera".
> > >
> > > Talvez o G. Thomas tenha percebido ao final que nada daquilo parava de
> > > pé e
> > > resolveu transformar tudo em programa de auditório. Ao menos disfarçou
> > > a
> > > reação da platéia...
> > >
> > > Abraços,
> > > Martinez
> > >
> > > On 10/06/2007 02:50, "Fernando Iazzetta" <iazzetta em usp.br> wrote:
> > >
> > > > Meus caros,
> > > >
> > > > Foi alarme falso. Me dei ao trabalho de ir conferir o pierrot com
> > > funk. A
> > > > deise tigrona funkeou com "a buceta é minha, eu dou pra quem eu
> > > quiser", a
> > > > Elke maravilha fez um "dueto" com a lucilia tragtemberg e a adelia
> > > issa
> > > > cantou direitinho umas partes do pierrot schoenberguiano. Tudo
> > > normal.
> > > > Fizeram boa música até.
> > > >
> > > > O bizarro ficou mesmo por conta do Gerald Thomas e põe bizarro
> > > nisso. O
> > > > espetáculo é horroroso, dos cenários à direção de cena, parecia
> > > trabalho de
> > > > estudantes de artes cênicas que ainda não entenderam como se juntam
> > > idéias e
> > > > realização.
> > > >
> > > > Para completar no finalzinho da encenação o G Thomas entrou no palco
> > > e falou
> > > > que no Brasil tem um cara mais fantástico e radical que Schoenberg,
> > > e chamou
> > > > o Tom Zé que levantou da primeira fila da platéia e fez um discurso
> > > > gaguejado em que misturou assuntos como "o cromatismo de Mahler"
> > > com a
> > > > buceta da tigrona e por aí vai... De repente chamaram o Danilo
> > > Miranda
> > > > (manda-chuva do SESC), depois o cara que fez a cenografia, depois a
> > > deise
> > > > tigrona com a Elke, todo mundo se cumprimentou palco (tudo bem, os
> > > músicos
> > > > ficaram num canto sem saber o que fazer). Quando a coisa começou a
> > > sair de
> > > > controle o G Thomas pediu para baixar a cortina, e... acabou!
> > > >
> > > > Tão bizarro que muita gente não sabia se era pra bater palma ou se a
> > > "coisa"
> > > > ia recomeçar depois de um intervalo.
> > > >
> > > >
> > > > Abraços, fernando
> > > >
> > > >
> > >
> > > ________________________________________________
> > > Lista de discussões ANPPOM
> > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
> > > ________________________________________________
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> > >
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> > > Lista de discussões ANPPOM
> > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
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